Quantos dias são necessarios para recuperação de extração de cisos

Para ter uma boa recuperação depois da retirada dos sisos, são necessários alguns cuidados, como repouso e mudanças na alimentação. 

O dente do siso (terceiro molar) é o último dente a nascer e, por esse motivo, nem sempre encontra o espaço necessário para erupção. Às vezes, a própria anatomia da arcada dentária não permite a erupção de todos os dentes de maneira harmônica. Dessa forma, o siso fica envolvido pelo tecido gengival ou pelo tecido ósseo e se torna um dente retido, podendo, em alguns casos, causar dores e quadros inflamatórios e infecciosos. Nessas situações, um especialista poderá indicar se a extração é o melhor caminho.

Se esse for o seu caso, saiba que alguns cuidados devem ser tomados no pós-operatório.

A cirurgia para retirada dos sisos é realizada por um cirurgião-dentista em consultório odontológico, com o uso de anestesia local. Depois do procedimento, é comum haver um pouco de sangramento e dor no local da extração.

Vale lembrar que o pós-operatório também vai depender do quão traumática foi a cirurgia. Ou seja, se foi uma extração mais complicada e demorada, a recuperação tende a ser mais difícil. Se foi uma extração mais simples, a recuperação costuma ser mais tranquila. Por isso, apenas o profissional responsável pelo procedimento pode orientar o paciente de forma individualizada.  

Mas existem recomendações gerais que são muito importantes neste período de recuperação. Veja abaixo os principais cuidados após a extração dos sisos: 

Evite fazer esforço físico 

Em geral, recomenda-se evitar esforço físico principalmente nas primeiras 24 horas após a extração, para evitar aumento da circulação sanguínea e consequentes sangramentos. 

“De modo geral, o paciente é aconselhado a evitar ações que possam aumentar o sangramento. É aconselhado também aos fumantes evitar fumar nas primeiras 12 horas, se possível”, explica o dr. Sidney Neres, cirurgião-dentista especialista e mestre em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial ligado ao Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (Crosp). 

Agora, quando falamos em prática de atividade física mais intensa, como treinos na academia, normalmente o paciente é liberado para retomar as atividades uma semana depois da cirurgia. 

Segundo o especialista, quando o paciente apresenta algum problema sistêmico, como pessoas com cardiopatias ou diabetes, por exemplo, ou mesmo pessoas muito idosas, que tendem a ter uma cicatrização mais lenta, a recomendação é mais individualizada. Pode ser necessária uma avaliação prévia com o médico que acompanha o tratamento e alguns cuidados a mais, como um tempo maior de repouso. 

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Cuidado com a escovação e movimentos com a boca 

Após a cirurgia, segundo o dr. Sidney, é recomendado evitar conversar por pelo menos três a quatro horas e também evitar cuspir nas primeiras 12 horas. 

Outra medida é morder uma gaze dobrada no local da extração logo após o procedimento, o que auxilia no controle do sangramento. 

Além disso, a escovação deve ser feita com cuidado, utilizando escova extramacia e fazendo movimentos com delicadeza. O especialista recomenda o uso de enxaguante bucal à base de 0,12% clorexidina durante uma semana. Mas atenção: não faça bochechos. Deixe o enxaguante em contato com o local por um minuto, depois jogue água e deixe o líquido escorrer pela boca. 

Prefira alimentos macios e frios

É importante evitar ingerir comidas quentes especialmente nas primeiras 12 horas, mas também não se deve ficar em jejum, porque isso prejudica a recuperação.

Dê preferência a alimentos macios e frios, como sorvetes, açaí, vitaminas, caldos e sopas. Os caldos e as sopas podem ser consumidos em temperatura ambiente (nunca quentes). O sorvete é uma excelente alternativa porque, além de ser fácil de consumir, o fato de ser gelado proporciona até um certo alívio da dor local. 

Uma boa estratégia, segundo o cirurgião-dentista, é bater os alimentos no liquidificador. Outra dica é optar pelas comidas japonesas, como o sashimi, que é bem macio e frio. A única restrição são os temperos mais ardidos, como o wasabi, que não são indicados. 

Evite coisas duras ou que exijam muito esforço mastigatório, como churrasco, por exemplo.

Com o passar dos dias, as restrições vão diminuindo e você pode começar a incluir comidas mornas e com mais textura, como arroz e feijão. 

Alguns especialistas também recomendam que não sejam utilizados canudos neste período de recuperação, para evitar a pressão e o esforço da sucção. 

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Tome as medicações receitadas 

O profissional que realiza a cirurgia sempre irá receitar algumas medicações após o procedimento. Siga as recomendações. “Na maioria dos procedimentos, é recomendada a utilização de analgésicos, antibióticos e anti-inflamatórios para proporcionar um maior conforto e controle pós-operatório”, afirma o dr. Sidney. 

Ele explica que geralmente se recomenda tomar o antibiótico por uma semana, o anti-inflamatório nos primeiros dias – quando a inflamação é maior – e o analgésico no dia da extração, e depois somente em caso de dor ou desconforto no local. “Essas recomendações podem sofrer alterações dependendo da individualização da situação clínica apresentada”, destaca.

O paciente também pode usar uma compressa de gelo para aliviar o desconforto na região, mas somente no dia da extração.

Atenção ao risco de alveolite

A alveolite é um processo inflamatório que acontece quando o coágulo de sangue que deve se formar após a remoção do dente é expelido ou dissolvido antes da cicatrização da ferida, deixando os ossos e as terminações nervosas expostas.  

“É uma das complicações pós-operatórias mais frequentes após a exodontia de dentes permanentes. Sua etiologia ainda não é completamente clara, mas alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolver o quadro: perda prematura do coágulo sanguíneo, deficiências no sistema imunológico do paciente – como pacientes imunossuprimidos –, presença de infecção próxima ao local operado, tabagismo, uso de contraceptivos orais e higienização inadequada da boca por parte do paciente”, explica o cirurgião-dentista. 

Fique atento à dor que piora, principalmente após o quinto dia da extração, porque a dor pós-operatória normalmente começa a regredir depois de 24 a 48 horas. Se a dor já melhorou, e de repente você começa a sentir dor novamente, principalmente se for acompanhada de mau hálito, pode ser alveolite. Nesse caso, procure o dentista. 

Os cuidados mencionados ao longo da matéria ajudam a prevenir um quadro de alveolite. 

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Cuidados após a retirada dos pontos

Os pontos da cirurgia geralmente são removidos uma semana depois da extração dos sisos, mas o período de cicatrização total dos tecidos ósseo e gengival tende a ser mais lento. Por esse motivo, o cirurgião-dentista recomenda evitar a ingestão de alimentos muito duros por mais algumas semanas. “Gradualmente, a gengiva volta à condição normal, e com ela a capacidade normal de mastigação”, afirma. 

É normal que fique um buraquinho na boca no local onde estava o dente. O especialista recomenda fazer bochechos leves com enxaguante bucal à base de 0,12% de clorexidina após a escovação, medida que vai auxiliar na manutenção da higiene local até que ocorra o fechamento completo da gengiva, que pode levar algumas semanas. A cicatrização ocorre de dentro para fora, ou seja, o buraco vai ficando cada vez mais raso, até fechar. 

Caso caiam restos de alimento lá dentro, a dica é utilizar uma seringa com soro fisiológico e fazer a irrigação de forma suave diretamente na entrada do buraco para remover os resíduos.

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Os sisos são os últimos dentes a nascer, e isso costuma ocorrer entre os 15 e 20 anos de idade. Por isso, é muito comum que não haja espaço suficiente para ele, causando dores, sensação incômoda e desconforto, inflamações ou, até mesmo, alteração do alinhamento da arcada, sendo necessária a extração!

A cirurgia de siso consiste na retirada dos terceiros molares, e para muitas pessoas esse procedimento é uma sensação de alívio. Apesar de tranquila e sem razões para temer, a extração dos sisos exige cuidados, sendo essencial cumprir as orientações do dentista para que não aconteça nenhum problema após a cirurgia e, também, para reduzir os desconfortos que a operação causa.

Se você vai passar por uma de extração dos sisos e quer saber mais sobre esse processo, não deixe de conferir o nosso conteúdo. Aqui, vamos falar sobre o que é necessário para a cirurgia, bem como ela é feita. Confira!

Quais os exames feitos antes da cirurgia?

A primeira fase de uma cirurgia para extrair o siso consiste em uma análise feita pelo dentista. O exame de imagem padrão é a radiografia que permite uma concepção melhor e mais clara da situação da arcada dentária.

Dependendo do caso, pode existir a possibilidade de outro exame que forneça ao cirurgião dentista mais detalhes para o seu planejamento cirúrgico. Nessa situação, ele pode solicitar uma tomografia computadorizada, que consiste em um exame complementar de diagnóstico por imagem.

Para que a cirurgia seja realizada com segurança, outros exames podem ser solicitados dependendo da situação do paciente. Por fim, com as informações corretas, o dentista entende e pode decidir a melhor forma de extrair.

O objetivo é apostar na prevenção de algumas complicações e evitar a dor que uma cirurgia pode proporcionar — quanto mais adequado for o procedimento, mais fácil será a operação e a recuperação.

Como se preparar no dia da extração?

Os cuidados pré-operatório devem ser avaliados com o seu dentista e é importante tirar todas as dúvidas. É recomendado não comer e beber nas horas que antecedem a cirurgia, mas, se não for possível, opte por uma refeição leve e ligeira. Evite tomar medicamentos, consumir álcool e tabaco até 12 horas antes do procedimento, e não se esqueça de escovar os dentes e usar o fio dental.

Após uma cirurgia oral, não é possível prever qual o estado do paciente no final da operação e, assim, recomenda-se levar um acompanhante ou solicitar alguém para buscá-lo no consultório.

Como é dada a anestesia?

Quantos dias são necessarios para recuperação de extração de cisos

A anestesia  faz com que os tecidos percam a sensibilidade por aproximadamente 180 minutos. A anestesia é local, administrada por injeção e aplicada nos lados de fora e de dentro da gengiva — no caso de sisos superiores, é aplicada também no canto do céu da boca e próximo ao dente.

Além da anestesia, você e seu dentista podem decidir usar algum sedativo para controlar o estresse. Caso seja utilizado, é preciso levar alguém que acompanhe você para orientar enquanto o sedativo ainda estiver fazendo efeito.

Como é o processo de extração?

Antes do processo, o dentista analisará se é necessário tomar antibióticos antes e depois da extração, caso apresentar algum sinal de inflamação ou cárie para a prevenção de infecções.

A cirurgia pode ser realizada de duas maneiras: se os dentes já nasceram e estão à vista, sua extração é feita do mesmo modo que se extrai qualquer outro; se estão inclusos, é preciso fazer uma incisão na gengiva e remover a parte do osso que se apresenta sobre o siso.

No dia da remoção, o dentista anestesiará a região e, logo depois, os siso serão soltos com um instrumento de extração, removendo-os com fórceps dentários. No caso dos dentes inclusos, é realizada uma incisão na gengiva até onde ele está localizado, para que possa ser retirado.

Depois da extração, o cirurgião vai suturar o local com pontos e utilizar uma compressa estéril para que o paciente possa morder para interromper a hemorragia.

Os dentes que estão erupcionados são retirados rapidamente e com uma recuperação mais fácil. Já o que está incluso pode demorar mais tempo e a recuperação é mais lenta devido a manipulação cirúrgica mais invasiva.

Quanto tempo dura a cirurgia de siso?

O tempo da cirurgia está relacionado ao grau de dificuldade de cada siso, se está incluso ou erupcionado na cavidade bucal. Outro fator é em relação ao grau de experiência do dentista, pois há cirurgiões e pacientes que preferem extrair os dois dentes de um mesmo lado em uma única sessão e, após alguns dias, remover os dois do outro lado.

Em geral, a cirurgia leva menos de 30 minutos em cada dente para ser realizada e, em alguns casos mais fáceis, dependendo do quadro do paciente, pode demorar até 5 minutos.

Quais as possíveis complicações?

Os problemas que podem ser comuns em todas as cirurgias são as infecções, mas além delas, podem ocorrer:

    • alveolite: pode aparecer quatro ou cinco dias após o procedimento e vem acompanhada de dores fortes. Acontece quando o coágulo de sangue que foi formado se desloca ou se desfaz;

    • parestesia: é bem rara e pode durar algumas semanas. Consiste em um dano nos nervos adjacentes ao dente que foi retirado, causando dormência na boca;

    • trismo: acontece quando a pessoa mantém a mandíbula bastante tensa durante a operação, ou quando a extração foi difícil. O paciente sente dificuldades em abrir a boca, prejudicando a mastigação e a alimentação.

Esses problemas são raros e podem ser evitados com medicação prescrita antes do procedimento, e depende da competência do dentista. Por isso, se você precisa realizar a cirurgia de siso, marque uma consulta com um profissional responsável. Ele poderá esclarecer todas as suas dúvidas em relação ao procedimento cirúrgico, além de explicar as possíveis complicações.

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