Por que alguns planos de negócios falham

Costuma-se dizer que mais da metade dos novos negócios falham durante o primeiro ano. De acordo com o Bureau of Labor Statistics (BLS)dos EUA, isso não é necessariamente verdade. Dados do BLS mostram que aproximadamente 20% dos novos negócios falham durante os primeiros dois anos de abertura, 45% durante os primeiros cinco anos e 65% durante os primeiros 10 anos. Apenas 25% das novas empresas chegam aos 15 anos ou mais. Essas estatísticas não mudaram muito com o tempo e têm sido bastante consistentes desde os anos 1990. Embora as probabilidades sejam melhores do que a crença comum, ainda existem muitas empresas que fecham todos os anos nos Estados Unidos.

De acordo com o BLS, os empreendedores iniciaram 774.725 novos negócios no ano encerrado em março de 2019. A partir dos dados históricos, podemos esperar que aproximadamente 155.000 desses negócios falhem nos primeiros dois anos. Com planejamento, financiamento e flexibilidade adequados, as empresas têm mais chances de sucesso. Analisaremos alguns dos maiores erros que as startups podem cometer e descobriremos como aumentar suas chances de sucesso.

1. Não investigando o mercado

Você sempre quis abrir uma imobiliária e finalmente tem os meios para fazê-lo, mas seu desejo de abrir a agência o cega para o fato de que a economia está em um mercado imobiliário em baixa e a área onde você deseja trabalhar em já está saturado de agências, o que torna muito difícil arrombar. (Este é apenas um exemplo.

Em fevereiro de 2020, os EUA são um mercado imobiliário em alta). Este é um erro que resultará em fracasso desde o início. Você tem que encontrar uma vaga ou necessidade não atendida dentro de um mercado e então preenchê-la em vez de tentar empurrar seu produto ou serviço para dentro. É muito mais fácil satisfazer uma necessidade do que criar uma e convencer as pessoas de que devem gastar dinheiro nela.

2. Problemas do plano de negócios

Um plano de negócios sólido e realista é a base de um negócio de sucesso. No plano, você delineará metas alcançáveis ​​para sua empresa, como sua empresa pode atender a essas metas e possíveis problemas e soluções. O plano descobrirá se há necessidade para o negócio por meio de pesquisas e pesquisas; descobrirá os custos e os insumos necessários para o negócio e delineará estratégias e cronogramas que devem ser implementados e atendidos.

Depois de ter o plano, você deve segui-lo. Se você começar a dobrar seus gastos ou mudar suas estratégias, estará pedindo o fracasso. A menos que você tenha descoberto que seu plano de negócios é extremamente impreciso, continue com ele. Se estiver impreciso, é melhor descobrir o que há de errado com ele, consertá-lo e seguir um novo plano em vez de mudar a forma como você faz negócios com base em observações rápidas. Quanto mais erros você cometer, mais caro seu negócio se tornará e maiores as chances de fracasso.

3. Financiamento insuficiente

Se você abriu uma empresa e as coisas não estão funcionando, e você tem pouco capital e um negócio difícil, não está em uma boa posição para pedir outro empréstimo. Se você for realista no início, pode planejar começar com dinheiro suficiente para durar até o ponto em que seu negócio esteja em pleno funcionamento e o dinheiro realmente entre.

Tentar esticar suas finanças no início pode significar que seu negócio nunca decole e você ainda terá muito dinheiro para pagar.

4. Localização ruim, presença na Internet e marketing

Um local ruim é autoexplicativo se sua empresa depende de um local para tráfego de pedestres. Tão perigoso, porém, é uma presença deficiente na Internet. Hoje em dia, sua localização na Internet e sua força nas redes sociais podem ser tão importantes quanto a localização física de sua empresa em um distrito comercial. Uma presença online permitirá que as pessoas saibam que podem dar-lhe os seus negócios, por isso, se a necessidade já existe, a disponibilidade e visibilidade do seu negócio é o próximo passo importante.

Isso é semelhante ao marketing. Você não deve apenas garantir que o marketing chegue às pessoas, mas também às pessoas certas. Portanto, certifique-se de que o tipo de marketing esteja de acordo com o público que você deseja alcançar. Grandes outdoors podem não ser a melhor opção para uma empresa de Internet, assim como os anúncios online podem não ser o melhor caminho para uma empresa de construção pesada. Se a necessidade já estiver estabelecida, certifique-se de atingir o público que precisa do seu produto ou serviço.

5. Restante Rígido

Depois de fazer o planejamento, estabelecer seu negócio e ganhar uma base de clientes, não se torne complacente. A necessidade que você está atendendo nem sempre está presente. Monitore o mercado e saiba quando pode precisar alterar seu plano de negócios. Estar no topo das principais tendências permitirá que você tenha muito tempo para ajustar sua estratégia para que possa permanecer bem-sucedido. Basta olhar para a indústria da música ou para o vídeo Blockbuster para saber que as indústrias de sucesso podem passar por grandes mudanças.

6. Expansão muito rápida

Agora que seu negócio está estabelecido e bem-sucedido, é hora de expandir, mas você deve tratar a expansão como se estivesse começando tudo de novo. Se você estiver expandindo o alcance de seu negócio, certifique-se de entender as áreas e os mercados que você alcançará agora. Se você estiver expandindo o escopo e o foco de seu negócio, certifique-se de entender seus novos produtos, serviços e consumidor pretendido, tanto quanto com seu negócio de sucesso atual.

Quando um negócio se expande muito rápido e não toma o mesmo cuidado com pesquisa, estratégia e planejamento, o escoamento financeiro do (s) negócio (s) em falência pode afundar toda a empresa.

The Bottom Line

Embora a taxa de falência empresarial nos primeiros dois anos seja de cerca de 20%, isso não significa que você tenha que falir. Por meio de pesquisa, planejamento e flexibilidade, você pode evitar muitas das armadilhas de um novo negócio e fazer parte dos 25% que chegam aos 15 anos ou mais.

Por que alguns planos de negócios falham

Todo mundo sabe da importância do planejamento estratégico. Empresas e escritórios fazem reuniões estratégicas com suas equipes, contratam renomadas consultorias como suporte, aplicam dinheiro, tempo e esforço para a implementação dos projetos. São meses e até anos discutindo, planejando, executando. No entanto, poucas organizações realmente chegam aos objetivos buscados. O índice de sucesso é baixo.

Estudos científicos apontam que o percentual de êxito nas taxas de execução de estratégia varia de 7% a 90%, com uma média em torno de 50%. Como se vê, a variação é muito grande, o que mostra que algumas empresas performam suas estratégias incrivelmente bem e outras, surpreendentemente mal. De todo modo, a média não é satisfatória. E os dados não são de admirar, pois na esfera prática é o que de fato temos visto: esforços e dispêndios ineficazes que não conseguem implantar mudanças efetivas nas empresas ou escritórios.

“São meses e até anos discutindo, planejando, executando. No entanto, poucas organizações realmente chegam aos objetivos buscados. O índice de sucesso é baixo.”

  1. Estratégias obscuras e mal definidas

Muitas vezes o problema está no começo: discussões infrutíferas que levam a lugar nenhum, a ausência de uma definição clara de onde se pretende chegar, como deve ser feito, quem deve estar envolvido, prazos de execução, resultados desejados, preparações necessárias, avaliação de fatores impulsionadores ou limitadores do projeto e de possíveis impactos positivos e negativos.

Todo caminho é caminho quando o destino final não está claro. O primeiro passo da estratégia é ter tudo muito bem definido e planejado, nos mínimos detalhes.

  1. Falha na comunicação em nível institucional

Problema bastante comum este. Uma implementação estratégica deve começar por um processo de comunicação eficaz, em nível institucional. Geralmente o planejamento é feito pela alta gerência, que tem o desafio de comunicar o projeto a toda empresa ou escritório, cujos membros serão os efetivos atores das mudanças. 

É preciso explicar o porquê, o resultado final pretendido, a importância estratégica do envolvimento de cada profissional no projeto, enfatizando a necessidade de todas as áreas e equipes se moverem em sincronia como um organismo único, rumo ao objetivo comum. Lembre-se que nenhuma estratégia empresarial pode ser implementada por uma única pessoa ou equipe.

  1. Ações isoladas e fragmentadas

Este aspecto é paralelo ao item anterior. É muito comum vermos ações estratégicas sendo executadas isoladamente por uma ou algumas pessoas. Não há dúvidas de que será ineficaz e uma verdadeira perda de investimento. 

A falha na comunicação e engajamento corporativo acaba gerando essas ações pontuais e fragmentadas, cujos efeitos sequer são sentidos pela organização. Então ocorre um esgotamento das poucas pessoas envolvidas, acompanhado da sensação de terem corrido atrás do vento. Implementação estratégica é como um grande e pesado barco. Ou todos estão juntos remando, ou ninguém está.

  1. Falta de clareza nas prioridades

Por vezes as equipes são comunicadas e engajadas, mas pode haver uma falha na definição de prioridades. A implementação estratégica implica na introdução de novas ações na lista de rotinas da empresa ou até mesmo modificações substanciais. O que deve ser priorizado pelas equipes e profissionais deve estar muito claro, para que eles possam se planejar corretamente e essas mudanças possam acontecer de uma forma estruturada e organizada, sem prejuízo do dia-a-dia que precisa continuar acontecendo.

  1. Cultura resistente a mudanças

Uma grande dificuldade que as empresas encontram na execução de estratégias é a cultura resistente a mudanças. O lema “sempre foi feito assim” atrapalha demais um processo de transformação corporativa. 

É comprovado que o ser humano em geral tem hostilidade ao novo, quando este propõe substituir algo que ele faz rotineira e costumeiramente. Isso porque demanda maior esforço e motivação para aprender, habituar-se e praticar. Cabe aos líderes estratégicos identificar o quanto a empresa ou o escritório está preparado e maduro para recepcionar estratégias modificadoras. Diante de uma resposta não muito otimista, o caminho deve ser o de estimular primeiramente a própria mudança de cultura, para depois aplicar estratégia. É preciso preparar o terreno antes de plantar.

“Implementação estratégica é como um grande e pesado barco. Ou todos
estão juntos remando, ou ninguém está.”

  1. Gestores com habilidades insuficientes

Uma das maiores falhas nas organizações é focar as hard skills dos seus gestores em lugar das soft skills. Hard skills são habilidades tangíveis, quantificáveis, que podem ser aprendidas em cursos e livros. Já as soft skills são as habilidades comportamentais, baseadas principalmente em competências relacionais, interpessoais e sociais. Hoje, mais do que nunca, gestores devem possuir soft skills para serem capazes de gerenciar pessoas e equipes. Tem a ver com inteligência emocional, social, liderança, comunicação e capacidade de persuasão, muito mais relevantes do que simples currículos acadêmicos.

Estudos apontam que cada vez menos as organizações possuem gestores com essas habilidades. A competitividade do mercado está priorizando profissionais com belos currículos recheados de hard skills. Temos por aí muitos gestores com bastante conhecimento técnico e pouca inteligência emocional.

Muitas estratégias falham justamente por esse motivo. Para que uma estratégia tenha aderência, são necessários gestores que tenham voz, liderança, alta capacidade comunicativa, empatia e carisma. É preciso motivar, engajar, trazer para si as pessoas e as equipes e reuni-las em torno do objetivo comum. Muitas empresas e escritórios têm falhado nesse aspecto.

  1. Falta de motivação e engajamento

Muitos líderes à frente de planejamentos estratégicos reclamam que as equipes não se motivam e não estão suficientemente engajadas para o projeto. Que falta neles comprometimento.

Certamente você já ouviu que motivação é interna. E é verdade. Sólidos estudos em gestão de pessoas comprovam que o principal fator motivador de um profissional é o senso de propósito. Em outras palavras, o que move um ser humano é propósito. Se entendemos, aceitamos e queremos o propósito, nós vamos. E engajamento é isso: dar um propósito claro aos profissionais da empresa ou escritório e mostrar na big picture qual é, foi e será a participação relevante de cada um deles nos resultados obtidos. E reconhecê-los devidamente por isso. Você deu um propósito claro aos seus profissionais? Se eles estão desmotivados e desengajados já sabe o que pode estar faltando. 

“Temos por aí muitos gestores com bastante conhecimento técnico e pouca
inteligência emocional.”

  1. Atrasos na execução do cronograma

Evidentemente, em qualquer planejamento um cronograma de execução é fundamental. Mas nesse quesito é preciso sinceridade e franqueza. 

O que mais temos visto são cronogramas super elaborados que simplesmente não são observados. Acabam virando um instrumento pro forma. Isso ocorre porque não há franqueza no planejamento.

Não adianta assumir prazos miraculosos, de altíssima pressão e desempenho frenético. Mais do que sair correndo, o importante é chegar com eficácia ao final da linha. Para isso, é preciso conhecer bem as capacidades internas, bem como as possibilidades. Também é importante executar as ações com firmeza e tempo para avaliações periódicas sobre o andamento. Eventuais alterações no curso do planejamento podem ser necessárias em razão de novas variáveis, antes não previstas. Para tudo isso, são imprescindíveis fôlego, organização e calma. A euforia e a afobação são inimigas de um trabalho bem feito.

  1. Estratégias desalinhadas com as mudanças do mercado

Uma das premissas da estratégia é analisar o ambiente externo. Observar para onde o mundo está indo, como estão se movimentado o segmento e os concorrentes, de que forma os clientes estão mudando seus comportamentos. Diante dessa premissa, não adianta formular estratégias focadas apenas internamente em seus serviços ou produtos, sem que se faça uma leitura alinhada com as mudanças do mercado. 

A questão do timing também é importante. Planejamentos de médio e longo prazo precisam estar ajustados aos cenários do futuro, cuja leitura deve ser feita por meio da observação de tendências ou de mercados mais maduros. O importante é entrar com a estratégia certa, na hora certa, do jeito certo.

  1. Falta de informação e comunicação sobre o desempenho

Por fim, para que o planejamento estratégico seja sustentável ao longo do tempo, é preciso manter uma boa comunicação sobre as performances parciais. Como já foi dito anteriormente, a melhor forma de engajar as equipes é mostrando a elas em que foram fundamentais nos resultados obtidos pelo caminho. Em última instância, toda pessoa gosta de ser reconhecida e ver o fruto tangível do seu trabalho e esforço. É o momento em que ocorre o sentimento de satisfação. 

De tempos em tempos deve-se avaliar os resultados parciais e dividir as vitórias. E, ainda que sejam derrotas, informar e comunicar também, para que todos possam revisar juntos os pontos de melhoria. Em suma, uma implementação estratégica deve ser feita com todos e por todos, ou não será eficaz. Percebe-se, então, que o maior desafio de um planejamento estratégico está em agregar todos em torno de um único objetivo. E o foco dos líderes deve ser este. Aí todo o resto fica mais fácil.

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