Ditado popular uma mão lava a outra

Ditado popular uma mão lava a outra

Sobre a origem desta expressão famosa nos nossos dias, uma mão lava a outra, ela poderá provir de Axíoco, um texto apócrifo atribuído a Platão no qual é dito que "uma mão esfrega a outra, dá e recebe". Porém, também está intimamente ligada a uma ideia muito presente nos provérbios gregos, que nos dizem que "A cidade preserva a cidade, o homem [preserva] o homem, a mão lava a mão, o dedo [lava] o dedo". Trata-se, portanto, de uma referência a uma espécie de troca de favores necessária à existência humana; não era tanto, como nos nossos dias, uma alusão à concessão ilegítima desses favores, mas sim uma admissão de que nenhum ser humano poderia viver sem os demais. Hoje, porém, nas culturas lusófonas ela significa algo como "tu fazes-me um favorzinho a mim, e eu faço-te outro em troca."

[Adicionado posteriormente:]

Parece que a frase "A mão lava a mão: dá algo e poderás receber algo" já aparecia em fragmentos de Epicarmo de Siracusa, algumas décadas antes de Platão. Terá, então, sido essa a verdadeira origem da expressão? Até é possível, mas não temos forma de o afirmar com uma absoluta certeza.

Existe, igualmente, uma expressão caracteristicamente portuguesa, antiga, que diz "uma mão lava a outra e as duas lavam o rosto", e que enfatiza ainda mais o facto de uma troca de favores mútua beneficiar todos os seus envolvidos...

Significado de Uma mão lava a outra:

[Ditado pop.] Significa que as pessoas ajudam e autoajudam em ações colaborativas. Troca de favores.


Exemplo do uso da palavra Uma mão lava a outra:

“Uma mão lava a outra.” Com certeza você já se deparou com essa expressão, seja nos desenhos infantis ou em alguma situação do dia a dia. O significado dela é muito parecido com o que vivenciamos no Projeto Luz: uma pessoa ajuda a outra. Ao pé da letra, entende-se que uma mão não consegue se lavar sozinha por completo, é necessário o auxílio da outra mão. Dessa forma, a analogia também funciona com pessoas e projetos.

O programa Câmbio Verde, da Prefeitura de Curitiba, atua de forma inteligente e consciente por meio da troca de resíduos recicláveis por frutas e verduras, beneficiando aproximadamente 6 mil pessoas. Através dessa iniciativa, conseguimos abastecer o Projeto Luz de
frutas e verduras. Criado em 1991, o programa possui diversos objetivos, como promover o escoamento de produtos hortifrutis dos pequenos produtores e criar na população o hábito de separar o lixo reciclável e a consciência da destinação correta dos resíduos, além de incrementar a alimentação das pessoas, a fim de que elas tenham ao menos uma refeição no dia.

Ditado popular uma mão lava a outra
(Foto: Levy Ferreira | SMCS).

O Câmbio Verde atende a população que recebe até 3,5 salários mínimos e funciona de modo muito fácil: cada quatro quilos de lixo reciclável vale um quilo de frutas e verduras. Dois litros de óleo vegetal ou gordura animal também são trocados por um quilo de alimento. De acordo com o coordenador do programa, Gilberto Hanig, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, existem 103 pontos de troca nas 10 regionais do município e são coletadas 290 toneladas de recicláveis em todos os pontos da cidade. Sem contar as 80 toneladas de alimentos que são distribuídas e beneficiam tantas pessoas, muitas delas pelo Projeto Luz.

Nós coletamos garrafas de vidro em diversos pontos da cidade, como restaurantes, bares e casa de amigos, e todas as semanas trocamos as garrafas nos diversos pontos de troca — superorganizados, diga-se de passagem. A cada quatro quilos de garrafas, recebemos um quilo de legumes ou frutas. “Com o passar dos anos, as pessoas entenderam quais eram os objetivos do programa: alimentação mais saudável, ruas e córregos mais limpos e, o mais importante, sem enchentes”, contou-me Hanig.

Na analogia do “uma mão lava a outra”, o programa Câmbio Verde auxilia o Projeto Luz e, consequentemente, toda a população curitibana. Afinal, não é à toa que Curitiba é considerada uma das cidades mais limpas do mundo e uma das melhores para morar no Brasil.

*Matéria originalmente publicada na edição #233 da revista TOPVIEW.

Nunca o ditado popular ‘uma mão lava a outra’ fez tanto sentido. Diante da pandemia causada pelo coronavírus, que vem abalando a economia global e vitimando inúmeras pessoas em mais de 100 países, empresas, sociedade civil e governos estão tendo que se unir como nunca para combate-lo. Para evitar o contágio, recomenda-se que grandes aglomerações e locais fechados sejam evitados, dentre outras medidas, como lavar bem as mãos e usar álcool gel 70%.

Como em empresas o ambiente costuma ser fechado e a maioria dos trabalhadores brasileiros utiliza o transporte público para deslocar-se de casa para o trabalho e vice-versa, é preciso saber as medidas a serem tomadas para proteger os colaboradores o máximo possível. “Precisamos criar um clima de calma e de controle diante dessa situação complexa que estamos vivendo”, afirma Paula Jacomo, Diretora de RH da SAP.

A executiva participou de um bate-papo online com Christian Cetera, Diretor de RH da GM, durante o nosso webinar “Uma visão do RH: o papel da área de pessoas na proteção dos negócios”, no dia 19/03. O evento faz parte da nossa programação digital sobre a Covid-19. Você pode conferir os próximos eventos da agenda de webinares clicando aqui.

Como medida para proteger os colaboradores, a SAP não somente liberou o home office como não está mais permitindo com que ninguém trabalhe dentro do escritório. “Apenas não trancamos ainda [o escritório] caso as pessoas precisem pegar objetos e pertences que ainda estiverem lá”, explica Paula. Para ela, além do trabalho remoto, a comunicação é essencial: “É um momento em que é melhor pecarmos pelo excesso do que pela falta”.

A GM tomou a mesma medida nos escritórios. Já nas fábricas, como não há a possibilidade de trabalho remoto, as iniciativas são diferentes. Um exemplo que Christian dá é que nos refeitórios não há mais bandejão e sim uma pessoa para servir os funcionários. “Quais são as coisas que posso restringir no negócio para não ter impacto econômico tão grande?”, questiona.

ESTENDENDO AS MÃOS

Diante de tantas mudanças, os líderes devem saber como lidar com seus times, principalmente de forma remota. “Não esqueça de fazer um check-in diário da sua equipe, às vezes apenas para saber como as pessoas estão, porque se mostrar presente é muito importante”, pontua Christian. Paula concorda: “O RH tem um papel central junto com outros parceiros na formação e desenvolvimento de líderes e num momento de crise é fundamental continuar com essas ações voltadas aos líderes, de uma maneira muito mais frequente”.

Além disso, ajudar a manter a saúde mental dos colaboradores, mesmo que à distância, é uma das tarefas mais importantes. A SAP já conta com programas de saúde mental e, diante da situação atual, está discutindo quais recursos passará a oferecer para ajudar nessa questão. A expressão ‘quem cuida de quem cuida’ também é importante neste momento: na visão de Paula, os profissionais de RH também precisam se cuidar para poder cuidar dos outros de fora efetiva. “Usar fóruns de discussão e grupos nesse momento é imprescindível”, comenta.

ABRINDO MÃO

“Este é um momento em que abrimos mão do ego para dar vez ao espírito de colaboração”, lembra Christian. Ele acredita que a atual situação transformará o mundo, que não voltará a ser como era antes: “Nao tem como evitar, apenas vivendo em outro planeta. Se você vive na Terra, tem que aprender a lidar e saber que isso vai te transformar”.

Paula acredita que o maior desafio hoje é a imprevisibilidade e quanto a atual situação impactará os negócios nos curto, médio e longo prazos. “Não sabermos o que vamos enfrentar pela frente e por quanto tempo enfrentaremos isso. Apesar de estarmos tomando todas as medidas possíveis, não temos o controle de tudo”, avalia.

Ambos deixam um recado final de esperança: “Sejamos solidários e conscientes na tomada de decisão. Vamos respirar fundo, aguentar firme e acreditar que isso vai passar e teremos que deixar nosso legado nessa situação de crise”.

Assista abaixo alguns destaques do bate papo. 

O QUE SÃO OS WEBINÁRIOS?

São transmissões ao vivo de bate-papos e entrevistas, exclusivos online, sobre diversos assuntos do mundo empresarial. Diante da atual situação com a COVID-19 no Brasil, transformamos os encontros presenciais, inicialmente programados até o dia 31 de março, em atividades digitais e webinários.

PARA QUEM SÃO E COMO FUNCIONAM?

Os webinários especiais sobre a Covid-19 são públicos, totalmente gratuitos e podem ser acessados pelo link amchambrasil.com.br/aovivo.