A comunicacao popular se da quando o assistente social

A comunicacao popular se da quando o assistente social

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO curso de graduação em Serviço social práticas de comunicação popular e comunitária Curvelo 2016 práticas de comunicação popular e comunitária Trabalho apresentado ao Curso de Serviço Social da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas de Gestão Social e Análise de Políticas Sociais, Comunicação na Prática do Assistente Social, Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso e Estágio em Serviço Social III. ATIVIDADE DE PRODUÇÃO TEXTUAL: Grupo Prof. Maria Angela Santini Valquíria Aparecida Dias Caprioli Amanda Boza Nelma S. A. Galli Curvelo 2016 SUMÁRIO INTRODUÇÃO............................................................................................................4 DESENVOLVIMENTO.................................................................................................5 CONCLUSÃO..............................................................................................................9 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................10 � � � � � � � � � Introdução Ao longo da história humana, o homem aprendeu a desenvolver instrumentos e ferramentas que o ajudassem a superar as dificuldades encontradas ao lidar com o mundo, e permitissem aumentar a capacidade de intervir na realidade. Por vivermos todos em sociedade é fundamental salientarmos a importância que a comunicação tem em nosso cotidiano, bem como suas implicações nos âmbitos social, político, econômico e cultural. No século XXI não se constrói nenhuma política de largo alcance sem a utilização de instrumentos de comunicação. O ser humano é um indivíduo comunicativo que se utiliza de diferentes tipos de linguagem para comunicar-se com as pessoas individualmente na sociedade. Sendo pois, a linguagem o processo comunicativo pelo qual as pessoas interagem e a comunicação ocorrendo quando há interação entre elas ao utilizarem a linguagem, ambos os conceitos inexistem sem o outro ou mesmo separadamente. Comunicação significa partilhar, participar algo, tornar “comum”. Através da comunicação, os seres humanos e os animais partilham diferentes informações entre si, desde tempos imemoriais os processos de comunicação são importantes para as relações entre os seres humanos e entre os próprios animais.  A comunicação é feita através de sinais, de ruídos, de imagens e da fala. O ser humano além, claro, da palavra, criou outros tipos de sinais para a sua comunicação, quer seja através da fala, através da escrita, da mímica, dos sons e das imagens. Existem ainda os meio de comunicações em massa, rádios, TVs, jornais, e o mais recente, a internet, são os meios ou canais de comunicação usados na transmissão de mensagens à grande número de receptores. A comunicação popular e comunitária vem se consolidando como uma área bastante promissora no campo de estudo da comunicação. A comunicação popular e comunitária pode ser entendida de várias maneiras, mas sempre denota uma comunicação que tem o "povo" como protagonista principal e como destinatário, desde a literatura de cordel até a comunicação comunitária. Este trabalho tem como objetivo relatar sobre os conceitos de comunicação popular e comunitária, destacando a importância da comunicação no trabalho do assistente social. Práticas de comunicação popular e comunitária A pressão social provocou um avanço na democratização dos meios de comunicação, o que pode ser identificado no aumento do número de emissores, principalmente por meio dos canais de uso gratuito na TV a cabo, na área do rádio de baixa potência e com a presença crescente de entidades populares na internet. A Comunicação Popular e Comunitária, como uma especificidade no interior do Campo da Comunicação, vem se constituindo a partir da contribuição teórica de vários pesquisadores. Trata-se de um processo dialético e em permanente construção e que, por isso mesmo, permite uma atuação marcada pela pluralidade de perspectivas e de referenciais teóricos. Há que se recordar que comunicação popular deriva da palavra povo, de uso não unissonante. Como enfatiza Wanderley (1979, p. 64), o termo povo pode significar o conjunto dos cidadãos; os nacionalistas que lutam contra um colonizador estrangeiro; os pobres ou empobrecidos, sempre lembrados como "povão" ou "povinho"; as classes subalternas situadas em oposição das classes dominantes na sociedade. Pode-se ainda tomar "povo" como um conceito sempre em transformação que contém rica negatividade e está sempre em oposição aos que se apresentam como anti-povo, os opressores ou aqueles que contradizem as necessidades e interesses da maioria. A comunicação popular representa uma forma alternativa de comunicação e tem sua origem nos movimentos populares dos anos de 1970 e 1980, no Brasil e na América Latina como um todo. Ela não se caracteriza como um tipo qualquer de mídia, mas como um processo de comunicação que emerge da ação dos grupos populares. A comunicação popular foi também denominada de alternativa, participativa, horizontal, comunitária e dialógica, dependendo do lugar social e do tipo de prática em questão. Porém, o sentido político é o mesmo, ou seja, o fato de tratar-se de uma forma de expressão de segmentos excluídos da população, mas em processo de mobilização visando atingir seus interesses e suprir necessidades de sobrevivência e de participação política. O conceito de Comunicação Popular e Comunitária apresenta características diferentes, não excludentes. Ambas se apresentam como uma Comunicação alternativa aos meios de Comunicação de massa, conforme Deliberador (2006, p. 7), que sustenta ainda que a Comunicação Popular é aquela voltada para a defesa da classe subalterna. É um meio alternativo de Comunicação que visa os interesses da classe dominada. Já a Comunicação Comunitária é um meio alternativo de Comunicação que considera as pessoas como protagonistas, independentemente de classe social e território. Caracterizada por resgatar o valor de cada um como sujeito concreto, pela interatividade e pela participação. A Comunicação Comunitária visa o comprometimento no interesse comum da comunidade, “um meio de Comunicação que interliga, atualiza e organiza a comunidade, e realiza os fins a que ela se propõe... para promover maior coesão social” (MARCONDES FILHO, 1986, p. 161 apud PAIVA, 1998, p. 154). A comunicação comunitária, entendida como um campo temático de estudos dentro da área da Comunicação, ganhou projeção na última década com a produção de várias pesquisas com enfoque para a construção da cidadania e também pela consolidação do chamado Terceiro Setor, principalmente com a multiplicação das organizações não governamentais (ONGs). Atualmente a utilização de tecnologias tradicionais, como o rádio por exemplo,  aliado ao uso de tecnologias modernas como o celular e a internet, vem produzindo uma transformação na comunicação e isto inclui a comunicação comunitária.  A comunicação comunitária, é a comunicação dos segmentos populares da sociedade, é  outra forma de comunicação que vem sendo construída pelas classes subalternas. Trata-se de uma comunicação que ganha expressividade nas últimas décadas por envolver diversos setores das classes subalternas, tais como moradores de uma determinada localidade desassistidos em seus direitos à educação, saúde, transporte, moradia, segurança etc.; trabalhadores da indústria; trabalhadores do campo; mulheres; homossexuais; defensores da ecologia; negros; cidadãos sem terra interessados em produzir meios à sua própria subsistência etc. Essa comunicação não chega a ser uma força predominante, mas desempenha um papel importante da democratização da informação e da cidadania, tanto no sentido da ampliação do número de

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interesses locais; no poder de contribuir para a democratização do conhecimento e da cultura. Portanto, é uma comunicação que se compromete, acima de tudo, com os interesses das “comunidades” onde se localiza e visa contribuir na ampliação dos direitos e deveres de cidadania. O espaço na mídia comunitária é um campo de conflitos. Não há um modelo único, apesar de existirem características centrais que a caracterizam. Cada vez mais a comunicação comunitária vai se revelando numa pluralidade de formas e mostrando sua validade no contexto das comunidades, mesmo que não expressem mecanismos puros de autogestão. Contudo, há que se distinguir o que é aceitável e válido em matéria de comunicação local, daquilo que é simples apropriação de um espaço garantido legalmente às práticas associativas comunitárias, para uso individualizado com finalidades comerciais ou para o proselitismo político partidário e religioso. No caso do rádio, por exemplo, há emissoras de matizes diferentes sob o rótulo de comunitária: algumas são operadas como negócio comercial; outras são religiosas; outras estão a serviço de políticos profissionais; há também aquelas operadas por entusiastas do rádio e do trabalho comunitário, mas que acabam por desenvolver o personalismo de suas lideranças, dificultando o envolvimento da população; mas existem também aquelas de caráter público vinculadas a organizações comunitárias e a movimentos sociais. É campo de conflito também porque não são bem aceitas por todos os segmentos da sociedade. Há quem as considere “piratas” e causadoras de quedas de aviões. Os conflitos também se afloram nas disputas internas, nas disputas entre opositores e entre as classes sociais. Mas, não são os conflitos e as contradições que vão tirar o brilho desse tipo de ação cidadã. A sociedade se abre a múltiplas experiências. O mais importante é que ampliando o número de emissores se democratiza a comunicação e que se faça uma comunicação cidadã. Até uma rádio de baixa potência comercial tem seus pontos positivos, afinal pode estar fazendo uma comunicação cidadã, força a democratização do acesso a canais; uma forma de contestar o sistema de controle da mídia, ou, seja o oligopólio dos grandes meios de comunicação de massa no Brasil. As contradições são inerentes às sociedades e o espaço comunitário apenas reflete a realidade mais ampla.  COMUNICAÇÃO POPULAR E COMUNITÁRIA NA PRÁTICA DO ASSISTENTE SOCIAL Até os anos de 1990 os meios de comunicação popular/comunitária eram vistos como uma necessidade de expressão dos movimentos sociais. Aos poucos vem sendo agregada a noção de acesso aos mesmos como um direito de cidadania. No nível no discurso, várias entidades, estudiosos e ativistas têm se posicionando publicamente a favor do direito à comunicação, tomando-o como um mecanismo de se efetivar a democratização dos meios de comunicação. A comunicação comunitária tem o potencial de contribuir para a ampliação da cidadania não só pelos conteúdos crítico-denunciativo reivindicatórios e anunciativos de uma nova sociedade, mas pelo processo de fazer comunicação. Há uma relação dinâmica entre comunicação e educação que merece ser analisada. Os meios de comunicação comunitários – nem todos obviamente têm o potencial de serem, ao mesmo tempo, parte de um processo de organização popular canais carregados de conteúdos informacionais e culturais e possibilitarem a prática da participação direta nos mecanismos de planejamento, produção de mensagens/programas e gestão da organização comunitária de comunicação. A principal característica da comunicação é seu marcante caráter político, reivindicatório e engajado, trabalhando com conteúdo crítico, libertador, emancipa tórios a fim de possibilitar uma real conscientização, empoeiramento e transformação da comunidade em questão frente às desigualdades sociais, através da organização e educação da mesma. Para entendermos sobre a Prática de Comunicação na Assistência Social vamos lembrar elemento importante que compõe os meios de comunicação “Tecnologias da Informação; Informação, Alienação; Real e Virtual; Democratização da Comunicação”. Conforme a leitura em Web aula, a Práxis em comunicação implica conhecer a realidade, analisá-la, tanto em nível macro como micro social, e utilizar - se de uma metodologia libertadora para atingir tais objetivos de forma consciente da essência do real, não apenas da aparência. Portanto percebemos que essa ferramenta é de suma importante no campo profissional do Assistente Social. A grande finalidade da comunicação é promover uma ação-reflexão no modo agir na interação com o outro e em relação ao mundo assim, como pensar no comprometimento nos pensamentos de transformação da realidade do cotidiano. De acordo com a Web aula 04/2016 da Comunicação da Pratica da comunicação do assistente social, “O Assistente Social deve” compreender minimamente os atuais comunicadores e veículos de informação, entender que as informações viajam instantaneamente, e que existe uma conexão entre a comunicação global e local tanto nas informações, quanto nas formas como se comunicar. É preciso ficar atento para as questões de segurança relacionada à comunicação, principalmente em relação às redes sociais, pois a “comunicação e a informação devem estar a serviço da profissão e não o contrário” É preciso entender que a comunicação é um instrumento necessário no exercício profissional domínio e o conhecimento, para que, no fazer profissional possa fazer seu trabalho, sabendo o porquê e para que fizer cada intervenção social observando a dimensão pedagógica da profissão conforme indicação de. Deste modo, a solidariedade e a colaboração intraclasses subalternas, bem como a mobilização, a capacitação e a organização das mesmas classes apresentam-se como elementos constitutivos de um novo princípio educativo – base de uma pedagogia emancipa tória – na medida em que condições históricas determinadas contribuem para subverter a maneira de pensar e de agir, isto é, a ordem intelectual e moral estabelecida pelo capital, e plasmam novas subjetividades e novas condutas coletivas indicativas de uma nova cultura. (ABREU apud IAMAMOTO 2007, p. 323). In Web aula 04 Serviço Social; TI’s e Práxis Profissional A comunicação é o instrumento de suma importância no campo de atuação do serviço social, e o meio que o profissional no exercício da pratica cotidiana utiliza no tratamento da informação pois a comunicação implica no saber fala e do saber ouvir, como partes fundamental de um diálogo para com um bom relacionamento humano e nas relações de trabalho, outro objetivo desse trabalho e atender o princípios processos da comunicação e do relacionamento interpessoal e seus impactos no ambiente organizacional o tendo o Código de Ética como princípio norteador da pratica profissional do assistente social. Brunetta e Ribeiro (2009). As autoras lembram que, para que haja comunicação é necessário que haja, o envio e recebimento de símbolos, mensagem, código, porém, podemos acrescentar que as decodificações, assimilações, entendimentos, também fazem partes do processo de comunicação. CONCLUSÃO De acordo com o assunto abordo nesta produção, pode-se concluir que acesso a comunicação é um direito do cidadão e um poderoso mecanismo de se efetivar a democratização dos meios de comunicação. O acesso do cidadão aos meios de comunicação na condição de protagonista é fundamental para ampliar ao poder de comunicar. Quando esse protagonismo é desenvolvido pelas organizações de interesse social ocorre uma possibilidade maior de se colocar os meios de comunicação a serviço do desenvolvimento comunitário e desse modo ampliar os direitos à liberdade de expressão a todos os cidadãos. Direito à comunicação não diz respeito apenas ao direito básico do cidadão em ter acesso à informação livre e abundante ao conhecimento produzido pela humanidade. Isso é essencial nas sociedades democráticas. Nem se cogita a possibilidade de restrições à liberdade de