Qual é atualmente o principal produto agrícola brasileiro do qual somos o maior produtor do mundo

Reunir grandes especialistas do agronegócio e a classe agrícola de Mato Grosso para compartilhar as principais informações que vão nortear a próxima safra de soja. Esse é o objetivo da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT) com o Encontro Técnico Soja, que neste ano chegou à 22ª edição e contou com 300 pessoas no formato presencial e mais 300 no online, totalizando 600 participantes. Realizado em Cuiabá (MT), a instituição cumpriu, mais uma vez, o seu papel de contribuir para o crescimento e desenvolvimento da agricultura nacional, através do compartilhamento de pesquisas agronômicas e estudos, além de experiências da última safra.

Qual é atualmente o principal produto agrícola brasileiro do qual somos o maior produtor do mundo
Para abrir o evento, o presidente do Conselho Curador da Fundação MT, Odílio Balbinotti Filho, chamou os conselheiros Gilberto Goellner, Marcelo Vendrame e José Maria Bortoli, para discorrerem sobre a experiência deles na criação da instituição, próxima de completar 30 anos. Naquela época, produtores rurais e o pesquisador, Dario Minoru Hiromoto (in memoriam), uniram forças no intuito de encontrar soluções para o desenvolvimento da agricultura em uma região que poucos acreditavam.

“A Fundação MT tem hoje uma abrangência nacional e até internacional, pois todo o conhecimento que ela já gerou e gera acaba servindo para a agricultura brasileira. Outras regiões acabaram vindo beber dessa fonte, não só com conhecimento na produção de soja, mas também milho e algodão”, colocou o presidente. Ele ainda destacou o trabalho voluntário dos conselheiros, de exercer essa função pela agricultura em geral, promovendo benefícios não só para os seus negócios, mas para todos no Brasil.

O Encontro Técnico contou com 11 painéis que abordaram temas de impacto, com especialistas reconhecidos em todo o País. O debate sobre como ficará o agronegócio perante o cenário global, por exemplo, teve a contribuição de André Pessôa, da Agroconsult, Jeferson Souza, da Agrinvest, Christian Lohbauer, da CropLife, Kellen Severo, da Jovem Pan News, além de Odílio Balbinotti. A mensagem deixada à classe agrícola foi sobre a aquisição de insumos, para o produtor se orientar pela disponibilidade e margem, e não só pelo preço.

Em outro painel, convidados de grupos agrícolas de todas as regiões de Mato Grosso compartilharam seus relatos sobre a safra 2021/22, expondo os principais desafios, soluções utilizadas, erros e acertos. “Esse é um momento valioso, pois se trata de trocas de experiências que aconteceram na prática de uma safra inteira, em regiões que possuem características diferentes, enriquece muito o aprendizado de cada um que está participando”, definiu Luis Carlos Oliveira, gestor de marketing da Fundação MT.

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Muita informação técnica foi repassada, como no painel de solos, que destacou a eficiência da adubação nos sistemas produtivos de soja, tema linkado ainda com o cenário global do mercado de fertilizantes. De forma unânime, os pesquisadores e especialistas que conduziram esse assunto pontuaram que a condição do solo é a chave que o produtor rural tem em mãos. Nesse sentido, ajudaram a classe agrícola a entender se é possível reduzir a adubação sem impactar na produtividade.

Outro painel de muito interesse dos agricultores e que faz parte da área de pesquisa aplicada da Fundação MT, foi o de pragas, com a incidência dos coleópteros na soja – cascudinho e a cerotoma -, além do manejo de sugadores no sistema soja-milho com foco para o percevejo barriga-verde. O cenário e o manejo de doenças, os desafios com relação às plantas daninhas, os prejuízos causados pelos nematoides no cerrado, todos foram momentos ricos em informações agronômicas para os participantes.

O painel sobre a transformação digital no campo apresentou a visão da agricultura digital a partir do ponto de vista de usuários, pesquisa, prestadores de serviço, ensino e inovação. Foram apresentadas inúmeras ferramentas validadas e em validação, e os palestrantes chamaram a atenção para a qualificação dos profissionais do agro para o uso eficiente destas tecnologias.

O Encontro Técnico encerrou na última sexta-feira (29) com um panorama da anomalia da soja. A Fundação MT levou um time multidisciplinar de especialistas para apresentar e debater as principais dúvidas que envolvem o problema – melhoramento genético, nutrição de plantas, fitotecnia e fitopatologia. Os palestrantes abordaram as hipóteses mais levantadas pela classe agrícola e compartilharam resultados de ferramentas conhecidas até o momento para mitigar os prejuízos, como cultivares de soja, conhecimento da época de semeadura e utilização de fungicidas.

A expectativa agora está em torno de dados que estão sendo analisados, através da área de Data Science da Fundação MT. A pesquisa da instituição, espera, com isso, compreender ainda mais o problema. Os próprios produtores poderão contribuir com esse sistema, a partir de um questionário que está sendo preparado por várias áreas da instituição e, em breve, será disponibilizado.

Laboratório e serviços

Nesta edição, o Encontro Técnico teve várias novidades, entre elas estandes dos laboratórios de entomologia, nematologia e fitopatologia da Fundação MT. Neles, os participantes puderam ver espécies de pragas, nematoides e sintomas das principais doenças da soja. Paralelo a essa dinâmica, conheceram os serviços que também são oferecidos à classe agrícola advindos dos trabalhos da nematologia e da fitopatologia.

Outros serviços que já são ofertados aos agricultores também foram destaque no estande nos quatro dias do evento. As equipes mostraram como funciona o trabalho de consultoria agronômica, com amostragem de solos, planejamento das culturas, recomendação de fertilizantes e corretivos, manejo fitossanitário, o posicionamento de variedades, acompanhamento dos campos, entre outros. Todos os dados são inseridos na plataforma FMT ID, com acesso facilitado via aplicativo e web para o produtor e suas equipes tomarem as melhores decisões baseadas na gestão de dados de sua propriedade.

“O patrimônio da Fundação MT é o conhecimento, a difusão é muito importante com todos os formatos de eventos que realizamos, e também com outras formas ativas de ajudar o produtor a ter mais produtividade, entender os gargalos, fazer os ajustes economicamente sustentáveis. Isso na forma mais digital possível, dentro de um sistema inteligente que vai para as mãos dele”, explica Francisco Soares, presidente da instituição de pesquisa.

União do sangue jovem com a experiência

Para levar o que há de mais atualizado em resultados da pesquisa agronômica nas nove áreas de conhecimento da Fundação MT, é preciso ter uma equipe de peso. A instituição reúne pesquisadores que são jovens talentos e profissionais de ampla bagagem, que juntos com suas equipes realizam trabalhos a campo e em laboratório. “Temos uma mescla na Fundação MT, que a diferencia, sempre estão entrando novos pesquisadores, gente jovem, e junto com pesquisadores com muitos anos de experiência dá uma dinâmica, uma grande motivação. Ao mesmo tempo sabendo o que é preciso ser feito, instruindo, acelerando o processo de desenvolvimento dos mais jovens”, destacou Odílio Balbinotti na abertura do evento.

Fonte: Assessoria

Que o Brasil é uma potência global na agricultura, não é novidade para ninguém. Porém, você sabe quais são os produtos nacionais que mais se destacam no mercado?

O agro não para! A frase se tornou uma espécie de mantra do setor por um motivo bem simples: é a mais pura verdade. O setor segue a pleno vapor no Brasil, atingindo marcas positivas de crescimento mesmo em tempos de crise e incerteza nos mercados mundiais.

Em maio de 2020, por exemplo, o agronegócio bateu a marca de US$ 10 bilhões em exportações, superando o recorde anterior, de abril de 2013, no valor de US$ 9,65 bilhões. No último ano, o PIB do setor cresceu 3,81% e mais de 700 estabelecimentos agropecuários receberam habilitação e começaram a exportar para 24 países, segundo dados divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

Além disso, as projeções apontam para a ampliação da produção e participação no PIB nacional a longo prazo. Um estudo realizado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), prevê aumento de 41% na produção agrícola brasileira até 2027, diante da necessidade em atender uma população global de número cada vez maior. Ou seja, há muito trabalho e oportunidades pela frente, o que é motivo para comemorar.

Deixando o futuro de lado, por ora, é importante entender o cenário atual e identificar quais são os produtos que mais se destacam na agropecuária brasileira hoje. Vamos à lista!

Soja

O Brasil é o segundo maior produtor de soja no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. O grão é muito usado como alimento para animais e sua produção cresce em paralelo ao aumento do consumo global de carne.

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Café

O café marcou a economia do Brasil colônia e segue importante séculos depois. Estima-se que quase 10% das exportações do agronegócio nacional seja de café.

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Milho

Em terceiro lugar na produção mundial do grão, perdendo apenas para Estados Unidos e China, o Brasil produziu uma média de quase 100 milhões de toneladas de milho por ano em períodos recentes.

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Cana-de-açúcar

A cana foi a primeira cultura agrícola extensiva realizada no Brasil e deteve participação fundamental no processo de colonização. O país é o maior produtor de cana-de-açúcar e também um de seus maiores consumidores.

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Laranja

Aproximadamente 30% da produção mundial de laranja é responsabilidade do Brasil, que há vários anos ocupa o posto de maior produtor da fruta.

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Outros produtos que merecem destaque são algodão, arroz, mandioca, tabaco e cacau. A força desses e de outros itens é tão grande que, em 2019, 8 dos 10 produtos mais exportados pelo Brasil foram de origem agropecuária. A lista completa inclui soja, milho, frango, carne bovina, farelo de soja, açúcar, café e celulose, junto com petróleo e minério de ferro. Nosso artigo só pode se encerrar com a mesma frase que começou: o agro não para!