O que causou a morte de paulinha

O que causou a morte de paulinha

Foto: Reprodução Instagram @paulinhaabelha

Foram divulgados os laudos apontando a causa-morte de Paulinha Abelha, ex-vocalista da “Calcinha Preta”. De acordo com os documentos, há 4 possíveis causas: meningoencefalite, hipertensão craniana, insuficiência renal aguda e hepatite. As informações são do ‘Domingo Espetacular’, da Record TV, de domingo, 06 de março.

A meningoencefalite, inflamação do cérebro e das membranas que o revestem, ainda é investigada. Exames toxicológicos também foram apresentados e contém substâncias como anfetamina e barbitúricos, o que pode ter desencadeado uma hepatite medicamentosa, que também segue sendo investigada.

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Ainda segundo a atração, Paulinha Abelha teria recebido uma receita de sua nutróloga com medicamentos para emagrecimento antes de sua internação e a receita continha mais de 16 substâncias, como antidepressivo, redutor de apetite, suplemento alimentar, regulador do sono, estimulante, calmantes naturais, cápsulas para memória e concentração e fórmula para dar saciedade. Tudo isso pode ter contribuído para o agravamento do quadro clínico da cantora.

MORTE DA CANTORA

O Calcinha Preta confirmou que Paulinha Abelha morreu nesta quarta-feira, 23 de fevereiro. Ela estava em coma profundo no Hospital Primavera, em Aracaju. De acordo com os médicos, complicações neurológicas levaram ao óbito da artista. Mas, que tipo de complicações podem matar alguém tão rapidamente?

A princípio, a vocalista chegou ao hospital para tratar uma questões renais. Ela voltava de uma turnê da banda em São Paulo e foi para o hospital. Por lá, tal problema se agravou e ela foi transferida para a UTI, sem causa elucidada para a complicação.

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Menos de uma semana depois, a artista foi transferida de hospital, já em coma e ainda sem uma causa elucidada. No dia 17 de fevereiro, a banda publicou um comunicado informado que a artista não havia tido morte cerebral, apesar do estado de inconsciência.

Na tarde da terça-feira, 22, o quadro da artista evoluiu para o de ‘coma profundo’, mais alto, de acordo com a equipe médica. Os médicos do Hospital Primavera fizeram uma coletiva de imprensa para explicar ao público o que poderia ter levado ao coma profundo em que a artista se encontrava. Nesse momento, levantaram dúvidas a respeito do excesso de medicação para emagrecimento.

Ricardo Leite, diretor técnico do hospital, afirmou que existiu sim a possibilidade de uma infecção medicamentosa. Apesar disso, não é uma certeza que os remédios para emagrecer causaram o coma profundo e o comprometimento renal.

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A gente trabalha sim com a possibilidade de alguma intoxicação medicamentosa, existem exames em andamento nesse sentido para confirmar ou afastar essa hipótese. Mas hoje, a resposta taxativa para a questão ‘Paula tem uma lesão decorrente de medicação, tratamento prévio?’, nós não temos. Mas existe sim uma possibilidade nesse sentido”.

Ainda assim, é dado por certo pelos médicos que alguma substância corria pelo organismo de Paulinha e criou uma ‘cascata de inflamações’. Por isso, na declaração de óbito, o hospital afirma que houve ‘comprometimento multissistêmico’.

“Existe uma substância, algo que está circulando no corpo do paciente, que deve estar levando a uma cascata de inflamações ou lesões nesses órgãos, a ponto de deixá-los em disfunção”, disse.

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Na nota de falecimento, os médicos ainda afirmam que as lesões neurológicas decorrentes do coma grave aumentaram significativamente nas últimas 24h. Anteriormente, a equipe já havia alertado para a seriedade do caso da artista.

VEJA A NOTA DE FALECIMENTO

“O Hospital Primavera comunica, com pesar, que a cantora, Paula de Menezes Nascimento Leca Viana, Paulinha Abelha, faleceu hoje às 19h26 em decorrência de um quadro de comprometimento multissistêmico. Nas últimas 24 horas apresentou importante agravamento de lesões neurológicas, constatadas em ressonância magnética, e associada a coma profundo. Foi então iniciado protocolo diagnóstico de morte encefálica, que confirmou hipótese após exames clínicos e complementar específicos.”

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O que causou a morte de paulinha
Paulinha Abelha

O que causou a morte de paulinha
Paulinha Abelha (Foto: Reprodução/Instagram)

Clevinho Santos, viúvo da cantora Paulinha Abelha, que morreu no dia 23 de fevereiro, em decorrência de um quadro de "comprometimento multissistêmico", contratou uma assessoria médica para analisar todos os prontuários e laudos médicos da artista enquanto ela esteve internada em duas unidades - Hospital Unimed Sergipe e Hospital Primavera - e chegar a um laudo definitivo sobre o que a matou. A certidão de óbito da cantora apontou quatro causas da morte: meningoencefalite, hipertensão craniana, insuficiência renal aguda e hepatite.

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Na manhã desta quinta (31), Wanderson dos Santos Nascimento, advogado de Clevinho e da banda Calcinha Preta, enviou para a Quem o laudo definitivo com a conclusão do médico Nelson Bruni Cabral de Freitas. De acordo com o documento, "o óbito da paciente ocorreu devido a um processo infeccioso no Sistema Nervoso Central, conforme consta na Certidão de Óbito, e não decorrente de Intoxicação Exógena medicamentosa".

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Ainda segundo o documento, as lesões renais apresentadas pela artista não têm relação com o uso de medicamentos. Baseado nos documentos médicos analisados, a lesão hepática não tem nexo causal com os medicamentos prescritos pela Clínica Cavallaro [a médica nutróloga Paula Cavallaro acompanhava Paulinha] e durante a internação nos hospitais - Unimed SE e
Primavera, exames foram realizados (líquor) e evidenciaram infecção em Sistema Nervoso Central, com a celularidade demonstrando a hipótese diagnóstica de uma Meningite.

"Não foi evidenciado a presença de conduta médica inadequada durante sua internação Hospitalar (Hospitais UNIMED ou Primavera). O tratamento instituído pelos citados Hospitais seguiu o protocolo específico e bibliografia médica atual, porém, houve uma rápida evolução para o óbito. Os medicamentos prescritos pela Clínica Cavallaro e durante a internação Hospitalar (Hospitais UNIMED e Primavera) não causaram lesões e/ou intoxicação na paciente, ou seja, não existe nexo causal entre os medicamentos prescritos e o evento óbito", afirma o médico perito.

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Leia, abaixo, o documento na íntegra:

"O presente parecer médico teve como objetivo apurar qual a patologia que motivou a internação e culminou com o evento morte da paciente Paula de Menezes Nascimento Leca Viana. De acordo com a documentação analisada, as lesões renais apresentadas pela paciente não possuem relação com uso de medicamentos. Baseado nos documentos médicos analisados, a lesão hepática não possui nexo causal com os medicamentos prescritos pela Clínica Cavallaro e durante a internação Hospitalar (Hospitais UNIMEDe Primavera). Exames realizados (Liquor) evidenciam uma infecção em Sistema Nervoso Central, com a celularidade demonstrando a hipótese diagnóstica de uma Meningite.Não foi evidenciado a presença de conduta médica inadequada durante sua internação Hospitalar (Hospitais UNIMED ou Primavera). O tratamento instituído pelos citados Hospitais seguiu o protocolo específico e bibliografia médica atual, porém, houve uma rápida evolução para o óbito. Os medicamentos prescritos pela Clínica Cavallaro e durante a internação Hospitalar (Hospitais UNIMED e Primavera) não causaram lesões e/ou intoxicação na paciente, ou seja, não existe nexo causal entre os medicamentos prescritos e o evento óbito.

Não há elementos para concluir que uma intoxicação alimentar desencadeou a patologia da paciente, porém, intoxicações alimentares podem causar lesões renal, hepática e cerebral, culminando em alguns casos com o óbito do paciente dependendo da gravidade da doença e a virulência do agente patológico. Não há elementos para estabelecer se a procura antecipada por atendimento médico neste caso poderia conter a evolução da doença. Contudo a procura rápida por atendimento médico é na maioria dos casos o ideal para obter sucesso em um tratamento médico, porém, a evolução da patologia apresentada pela paciente foi rápida e incontrolável evoluindo ao óbito. O óbito da paciente ocorreu devido a um processo infeccioso no Sistema Nervoso Central, conforme consta na Certidão de Óbito, e não decorrente de Intoxicação Exógena medicamentosa. São Paulo/SP, 31 de março de 2022. Dr. Nelson Bruni C. F

".

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Dr. Nelson Bruni Cabral de Freitas, inscrito no Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo sob o n. 90.995, tem área de atuação em Clínica Médica, Título de Especialista em Medicina Legal, Medicina do Trabalho e Medicina do Tráfego, é Médico Legista, Professor no Curso de Direito de Ciências Forenses da Universidade Nove de Julho – UNINOVE, Professor da Academia de Polícia Civil Dr. Coriolano Cobra, do Estado de São Paulo – ACADEPOL, Ex-chefe do Instituto Médico Legal, das EPML’s Centro, Leste I e Leste II da Cidade de São Paulo, Ex-Diretor do Núcleo de Antropologia Forense do Instituto Médico Legal do Estado de São Paulo, Ex-Diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra – ADESG/SP, e Mestre em Bioengenharia Universidade Brasil/MEC (Ministério da Educação e Cultura).

O que causou a morte de paulinha
Laudo é assinado pelo médico Nelson Bruni Cabral de Freitas (Foto: Divulgação)

PAINEL TOXICOLÓGICO

No início de março, Quem teve acesso - por meio da família da cantora - ao exame Painel Toxicológico. Doze substâncias psicoativas foram testadas, mas apenas duas deram positivo: anfetaminas e barbitúricos. A primeira substância é encontrada em uma medicação para tratar déficit de atenção e hiperatividade, receitada por uma nutróloga que a acompanhava, a qual a Quem também teve acesso. Entre os efeitos estão a redução do apetite e a perda de peso, assim como náusea e vômitos, os primeiros sintomas que ela apresentou antes de ir ao hospital.

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Na mesma receita passada pela nutróloga há um antidepressivo, redutor de apetite, suplemento alimentar, regulador do sono, estimulante, calmantes naturais, cápsulas para memória e concentração, e uma fórmula que promete dar saciedade. Já os barbitúricos, também encontrados no corpo da cantora, são geralmente aplicados como sedativos para evitar convulsões.

A estrela do forró foi diagnosticada com insuficiência renal e hepática agudas. Além disso, foi detectado um quadro de meningoencefalite e agravamento do processo inflamatório generalizado, afetando múltiplos órgãos, principalmente neurológica.

Paulinha morreu no dia 23 de fevereiro, após 12 dias de internação em hospitais de Aracaju e um período de estado de coma profundo. O agravamento rápido de lesões neurológicas levaram à morte cerebral.

O que causou a morte de paulinha
Clevinho Santos e Paulinha Abelha (Foto: Reprodução / Instagram)