O homem é um ser social porque é um animal que precisa dos outros membros da espécie

"O homem é um animal social", que significa essa frase de Aristóteles?

Significa dizer que pessoa alguma pode viver isoladamente. Os homens têm que viver em contato uns com os outros, isto é, em interação social.

Se alguém perder o convívio com as outras pessoas ao nascer, ele fatalmete morrerá, pois o homem é o mais frágil animal nessa fase da existência. Ao nascer e até boa parte de sua infância, para sobreviver, sua depedência em relação aos outros é total.

Já foram relatados vários casos de crianças que, por algum motivo, ficaram por muito tempo isolados de outros indivíduos de sua espécie. Quando foram encontradas, eram seres desumanizados. Alguns imitavam os animais no jeito de se comportarem. Não falavam. Emitiam sons que estavam acostumados a ouvir e praticamente não desenvolveram nenhuma das potencialidades próprias dos seres humanos.

Muitos, só a muito custo, se socializaram.

Aristóteles observa que o homem é um ser que necessita de coisas e dos outros, sendo, por isso, um ser carente e imperfeito, buscando a comunidade para alcançar a completude. E a partir disso, ele deduz que o homem é naturalmente político. Além disso, para Aristóteles, quem vive fora da comunidade organizada (cidade ou Pólis) ou é um ser degradado ou um ser sobre-humano (divino).

Conforme Aristóteles, o conceito de cidadão varia de acordo com o tipo de governo. Isso porque o cidadão é aquele que participa ativamente da elaboração e execução das leis, sendo estas elaboradas pelo rei (monarquia), por poucos (oligarquia) ou por todos os cidadãos livres (democracia). No entanto, nem todos os que moram na cidade são cidadãos. Aristóteles diferencia habitante de cidadão, pois aqueles apenas moram na cidade, não participam dela, enquanto que esses dos que realmente pensam sobre ela tem o direito de deliberar e votar as leis que conservam e salvam o Estado. Dito de outro modo, cidadão é aquele que tem o poder executivo, legislativo e judiciário. Os velhos e as crianças não são realmente cidadãos. Os velhos pela idade estão isentos de qualquer serviço e as crianças não têm idade ainda para exercer as funções cívicas.

Seguindo a etiologia estabelecida em sua metafísica, Aristóteles concebe, também, as quatro causas que determinam uma comunidade. Estas são agrupamentos de homens unidos por um fim comum, relacionando-se pela amizade e justiça, isto é, por um vínculo afetivo. São características da comunidade:

- Causa Material: Lares, vilarejos, etc. É a partir de onde nasce a cidade;

- Causa Formal: O regime ou a Constituição que ordena a relação entre suas partes, dando forma a ela;

- Causa Eficiente: Desenvolvimento natural. Para Aristóteles a cidade é um ser natural, um organismo vivo;

- Causa Final: A finalidade da cidade é a Felicidade, ou seja, alcançar o bem soberano.

Para Aristóteles, “toda comunidade visa um bem”. O bem de que se trata aqui é na verdade um fim determinado. Não se refere ao bem correto, universal, mas a todo ato que tem como finalidade um certo bem. Sendo assim, toda comunidade tem um fim como meta, uma vantagem que deve ser aquela principal e que contém em si todas as outras. Portanto, a maior vantagem possível é o bem soberano.

A comunidade política, afirma Aristóteles, é aquela que é soberana entre todas e inclui todas as outras (Política, 1252 a3-5). Isto significa que a comunidade política é a cidade, que inclui todas as outras formas de comunidade (lares e vilarejos) que a compõe. A cidade é o último grau de comunidade. Além disso, a cidade é soberana dentre todas as comunidades e visa o bem soberano, existindo, portanto, uma analogia.

O fim de cada coisa é justamente a sua natureza, assim como o todo é anterior às partes. Dessa forma, além da comunidade política ser a natureza de todas as outras comunidades, ela é lógica e ontologicamente anterior a estas. Por isso ela deve prevalecer sobre as outras partes. Do mesmo modo, o cidadão é aquele que, por deliberar e criar leis, é um homem melhor do que os outros que não participam do governo, diferenciando, naturalmente os homens entre senhores e escravos.

Portanto, o animal político ou cidadão é o homem livre que goza de direitos naturais por sua competência em comandar, enquanto que aos homens dotados apenas de robustez física e pouco intelecto são aptos para obedecer, e essa analogia se estende a relação entre a soberania da cidade e as comunidades que participam dela com seus fins específicos. A cidade é soberana porque visa o bem comum, soberano. O homem livre é soberano porque é senhor de si.

Por João Francisco P. Cabral Colaborador Brasil Escola Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU

Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

Filosofia - Brasil Escola

O homem é um ser social porque é um animal que precisa dos outros membros da espécie

O homem é um ser social porque é um animal que precisa dos outros membros da espécie

Aristóteles: o homem é um ser social porque é um animal que precisa dos outros membros da espécie.

Quando o homem se torna um ser social?

A palavra etnocentrismo é de origem grega, sendo que “ethnos” significa “nação” e o final “centrismo” remete à centro. Visto isso, tem-se que o homem se torna um ser social quando assimila valores de vários grupos étnicos.

Porque os seres humanos são seres sociais?

Atualmente, a dinâmica continua a mesma, somos seres sociais, porque almejamos viver em segurança, bem como, almejamos a construção de uma família, de um relacionamento amoroso, de relacionamentos afetivos, de uma vida financeira equilibrada, dentre tantas outras metas que levam o homem à busca de uma vida social …

Porque o homem é um ser social e emocional?

O ser humano é considerado um ser social, pois é incapaz de sobreviver sozinho tal qual os animais. Isso significa que a vida em sociedade é fundamental para o desenvolvimento do homem e sua construção enquanto sujeito portador de cultura.

O que é ser um sócio?

Pessoa que, com outra ou outras, participa num negócio ou numa empresa.

O que quer dizer a palavra sociais?

1. Que diz respeito à sociedade ou às relações que se estabelecem entre os membros de uma sociedade (ex.: convívio social; afastamento social; ciências sociais). 2. Relativo a empresa ou sociedade comercial (ex.: capital social).

O que significa o homem ser um animal político?

O homem é considerado um animal político porque, diferente de todos os outros animais, é dotado da razão e do discurso. Por meio da razão e do discurso, o homem desenvolveu as noções de justo e de injusto, de bem e de mal. Tais noções só se desenvolvem em conjunto com o outro e constituem a base da comunidade política.

Por que somos considerados seres sociais e políticos?

Quando o pensamento de Aristóteles afirma que ”o homem é um ser político por natureza”, ele quer dizer que por natureza temos necessidade de viver em sociedade e que precisamos desse convívio. E, por reconhecer essa necessidade, cada cidadão deve se responsabilizar pela Polis.

Será que o homem é um ser social?

Agora que conversamos sobre perspectivas que de fato consideram que o homem é um ser social, vamos falar sobre um ponto de vista distinto. De acordo com o filósofo Thomas Hobbes, toda essa conversa de essência social é uma mentira. Para ele, é impossível que o homem seja social a esse nível porque todo ser humano é mau.

Por que o ser humano é um ser social?

O ser humano é um ser social por natureza, e não nasce pronto. Depende de se espelhar em outro ser humano para se constituir humano. Por isso a família é tão importante, e a educação, tão necessária. Do Livro Psicologia Positiva. O homem é um ser social, por isso precisa do outro homem para ser homem.

Por que o homem é um animal social?

Segundo Faria (1994, p. 66), “Aristóteles considera que a vida social é um meio essencial para a realização plena do homem e de sua felicidade”. O homem é um animal social, por isso o agrupamento em sociedade se dá de forma natural.

Por que o homem não sabe conviver em sociedade?

Assim, tendo em vista que o homem não é social, não sabe conviver em sociedade e precisa de correção. Nessa conjuntura, fica a cabo do Estado ditar normas de convivência a que todos devem obedecer a fim de manter a paz.