Feromônios são substâncias químicas secretadas pelos indivíduos

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Também conhecidos como feromonas, os feromônios são hormônios sexuais que permitem que seres da mesma espécie se reconheçam e se interajam. Essas subtâncias são secretadas por mamíferos e insetos com o objetivo de impulsionar a atração sexual entre indivíduos intraespecíficos. O termo foi criado pelos cientistas Adolf Butenandt e Peter Karlson, que tem origem grega, pheren = transmitir, hormon = excitar.

Existem vários tipos de feromônios, que desempenham diferentes funções. Há os feromônios sexuais, que desepertam a atração sexual entre macho e fêmea; os feromônios de alarme, que são secretados como forma de alerta quando num possível ataque de um predador; feromônios de trilha e ovoposição, que são utilizados para demarcar o caminho até uma fonte de néctar e o lugar onde foram depositados os ovos; feromônio de ataque, que é usado para mobilizar o grupo para um ataque a um organismo estranho; e os feromônios de agregação, que permitem que os insetos sejam atraidos pelos outros ao descobrir uma nova fonte de alimento.

Os insetos são geralmente bastante sensíveis à ação de feromônios, uma mínima quantidade pode causar excitação a quilômetros de distância. Certas espécies de mariposa, por exemplo, conseguem captar o cheiro dos feromônios a aproximadamente 20 km de distância; abelhas podem sentir o odor dos feromônios a cerca de 16 km. Mamíferos também são capazes de se comunicar através de feromônios, como as coelhas fêmeas, que secretam no leite uma dose de feromônios para que sua prole reconheça as tetas e possam amamentar.

Neurocientistas defendem que seres humanos também se têm seu comportamento influenciado pela presença de feromônios, o interesse de um homem por uma determinada mulher em meio a muitas outras, a alteração do ciclo menstrual de mulheres quando convivem por muito tempo (forma de competição de fêmeas pelo macho, uma vez que, durante algumas etapas do ciclo menstrual, a mulher desperta no homem maior interesse) são exemplos de comportamentos influenciados por feromônios.

Ganham cada vez mais espaço as pesquisas relacionadas à utilização de feromônios na agricultura como forma de controle de infestações de insetos em lavouras. Essas substâncias são usadas na maioria das vezes como armadilha, sendo assim, são liberadas determinadas quantidades de feromônios, o inseto é atraído e então exterminado por outros meios, seja químico, biológico ou mesmo físico. O uso de feromônios como mais um aliado do ser humano no combate de insetos se faz muito importante nos dias de hoje, uma vez que os insetos são os seres vivos que mais competem conosco em termos de alimentação, sem contar o fato de serem os vetores de sérias doenças epidemiológicas como dengue, febre amarela, malária.

Os feromônios (ferormônios ou feromonas) são substâncias químicas mensageiras associadas sobretudo à sexualidade. De tal modo, os animais (seres humanos, mamíferos e os insetos) secretam tais hormônios com o intuito principal de atrair o parceiro bem como para adquirir alimentos.

O termo feromônios é derivado do grego pela união das palavras "pheren" (transmitir) e "hormon" (excitar), ou seja, ao pé da letra significa "transmitir excitação".

Os feromônios foram descobertos em meados do século XX pelo bioquímico alemão Adolf Butenandt (1903-1995) e são muito importantes para a comunicação, reprodução e sobrevivência das espécies.

Note que os feromônios são diferentes de uma espécie para outra, ou seja, eles atraem os seres da mesma espécie. Assim, uma cadela libera os feromônios enquanto está no cio, atraindo somente cães.

Nos seres humanos, os feromônios sexuais são muito estudados pelos especialistas e alguns acreditam na sua eficácia, uma vez que quando liberados, o cérebro capta as mensagens as quais despertam os sentimentos de atração, felicidade e excitação pelo parceiro. Um exemplo são os feromônios liberados pelas mulheres durante a menstruação, visto que quando vivem juntas, o ciclo tende a ocorrer na mesma época.

Entretanto, estudos apontam que com a evolução e as mudanças ocorridas na vida dos seres humanos, a produção de feromônios no corpo diminuiu com o passar do tempo, por exemplo, com o uso de roupas, sabonetes, desodorantes e perfumes, inibindo assim, sua eficácia natural. Por outro lado, alguns especialistas acreditam que a ação dos feromônios ocorre somente em animais e insetos.

Visto esse problema, muitas empresas de cosméticos começaram a apostar nos produtos que contém feromônios sintetizados em laboratório que causam sentimentos de atração sexual e desejo no sexo oposto sejam óleos, essências, sabonetes, desodorantes ou perfumes.

Vale lembrar que na agricultura muitos feromônios de insetos são utilizados para conter diversas pragas em plantações, os quais dispensam o uso de inseticidas.

Tipos de Feromônios

Embora os feromônios sexuais sejam os mais conhecidos, há outros tipos de feromônios, a saber:

  • Feromônios Sexuais: atraem o sexo oposto
  • Feromônios de Alarme: alertam o perigo
  • Feromônios de Trilha: sinalizam o local por onde passaram
  • Feromônios de Ataque: alertam para o ataque
  • Feromônios de Agregação: alertam para as fontes de alimentos

Feromônios são substâncias químicas secretadas por um indivíduo e que permitem a sua comunicação com outros indivíduos da mesma espécie. A mensagem química transmitida pelos feromônios tem por objetivo estimular determinado comportamento, que pode ser de alarme, agregação, contribuição na produção de alimentos, defesa, ataque, acasalamento, etc.

O termo “feromônio” pode ser usado para indicar tanto uma substância em particular, como uma mistura de substâncias. Eles foram descobertos em 1950. Em 1959, o pesquisador alemão Butenandt conseguiu isolar e identificar o primeiro feromônio conhecido como bombicol ((10,12)-hexadecadien-1-ol), que é o feromônio da mariposa do bicho-da-seda Bombyx mori. Ele precisou matar 500 mil fêmeas desse inseto para obter apenas 1 mg da substância ativa.

Os insetos são os que mais liberam esse tipo de composto químico, mas eles não são os únicos; os mamíferos (como camundongos, preás, porcos, cães e até o ser humano) também realizam essa comunicação olfativa.

No entanto, normalmente cada espécie animal produz um feromônio diferente que é reconhecido somente pelos membros de sua própria espécie. Por exemplo, o feromônio liberado por uma cadela, quando ela está no cio, para atrair cães machos para o acasalamento, não atrai animais de outras espécies, como os porcos. Mas também não há seleção de raças, sendo que essa cadela atrairá os cães de qualquer raça por perto.

No caso dos insetos, essa linguagem é ainda mais intraespecífica. Por exemplo, as formigas lava-pé não irão entender a linguagem de formigas-limão e vice-versa.

Os insetos, como as abelhas, as formigas e as moscas são exemplos notáveis do uso dos feromônios. Veja o caso das abelhas que, quando ocorre algum perigo, exalam no ar um feromônio que serve de alerta para as outras abelhas fugirem. A seguir temos a estrutura do feromônio de alarme da Appis melífera, que é um composto da função orgânica dos ésteres.

A abelha também usa feromônios específicos para indicar a localização de água ou a rota para ir até o néctar das flores e retornar para a sua colmeia sem se perder no caminho. Isso é especialmente importante porque as abelhas enxergam a uma distância muito curta. Em dias de chuva e vento, muitas abelhas acabam morrendo, pois esse feromônio é uma substância química volátil, muito diluída e por isso a trilha pode ser desfeita. Abaixo temos o feromônio de trilha da Appis melífera, que é da função álcool.

As formigas também possuem feromônios para alarme e para marcar o caminho até o formigueiro, como mostrado abaixo:

Mas os feromônios mais estudados e que apresentam mais uso agrícola são os sexuais, excretados pela fêmea e em muitos casos também pelo macho, utilizados para atrair o parceiro para a cópula e assim preservar a espécie, através da procriação.

Um exemplo de atraente sexual excretado pelas fêmeas da mosca doméstica é o cis-9-tricoseno, mostrado a seguir. Seu isômero na forma trans não apresenta a propriedade de agir como feromônio.

  CH3 ─ (CH2)7 ─ C ═ C ─ (CH2)12 ─ CH3 │     │

H     H

Alguns insetos utilizam como feromônio de acasalamento o ácido tetradec-3,5-dienoico:

                                     H                                       │

HOOC ─ CH2 ─ C ═ C ─ C ═ C ─ (CH2)7 ─ CH3

                              │             │      │

                              H            H      H

Observe que esse feromônio possui os hidrogênios dos carbonos 3 e 4 da dupla ligação na forma trans, um em cada lado do plano; enquanto que os hidrogênios dos carbonos 5 e 6 estão na forma cis. A troca de posição dos grupos ligados a uma dessas insaturações corresponderia a outra substância com propriedades diferentes e que não seria reconhecida pelo inseto.

A agricultura utiliza esses feromônios sexuais para livrar as plantações de determinados insetos. Isso é feito sintetizando o isômero correto do feromônio em laboratório e usando-o em armadilhas como isca para atrair os insetos e dificultar sua proliferação. Abaixo temos o exemplo do percevejo escuro Leptoglossus zonatus copulando depois da liberação de feromônios sexuais. Esse inseto é considerado uma das maiores pragas do milho no Brasil.

Esse método tem muitas vantagens econômicas e ecológicas, pois essas substâncias são inofensivas ao ser humano e evitam o uso de inseticidas, preservando o meio ambiente.

Entre os seres humanos, os feromônios estão presentes nas mulheres, que regulam seu ciclo menstrual de acordo com outras mulheres com as quais convivem.

Por Jennifer Fogaça

Graduada em Química