Em 2050 projeta-se que aproximadamente quantos por cento da população viverá em centros urbanos

Em 2050 projeta-se que aproximadamente quantos por cento da população viverá em centros urbanos

© REUTERS/Adnan Abidi

A população que vive em áreas urbanas vai atingir os 2,5 mil milhões de pessoas em todo o mundo em 2050, representando 68% da população mundial, com o crescimento concentrado na Ásia e na África, pode ler-se num relatório divulgado esta quinta-feira pelas Nações Unidas.

O Departamento de Assuntos Económicos e Sociais das Nações Unidas apresentou um relatório sobre as previsões para a urbanização mundial, salientando que existe uma "mega tendência" para o aumento nas áreas urbanas devido ao crescimento populacional e ao deslocamento das áreas rurais para as cidades.

"Cerca de metade da população mundial (55%) vive atualmente em centros urbanos e, para 2050, estima-se que cerca de dois terços (68%) de todas as pessoas residam em áreas urbanas", afirmou John Wilmoth, diretor de divisão do departamento.

O aumento na população urbana mundial estará concentrado (90%) em duas regiões que acolhem precisamente a maioria dos residentes rurais, África e Ásia, mas será limitado a "alguns países", entre os quais a ONU destacou a Índia, a China e a Nigéria.

Também vão existir mais megacidades. Hoje, sob essa denominação existem 33 aglomerados habitacionais e, até 2030 mais 43 estão projetados, principalmente em países em desenvolvimento.

A urbanização pode ser vista como positiva, segundo John Wilmoth, diretor da divisão populacional, citado pela Reuters.

A crescente concentração de pessoas nas cidades oferece uma maneira de fornecer serviços mais económicos. Nós achamos que as populações urbanas têm melhor acesso aos cuidados de saúde e educação.

A concentração da população também pode ajudar a minimizar o impacto ambiental no planeta e ajudar as cidades a projetar políticas e práticas para se preparar para o influxo.

  • Yarawaneska
  • 29/12/2021
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10. Em 2050, projeta-se que aproximadamente quantos por cento da população viverá em centros urbanos?.


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Encontro de alto nível da Assembleia Geral observa papel dos grandes centros urbanos na Agenda Global; áreas incluem desenvolvimento sustentável, segurança alimentar, nutrição e mudança climática; atualmente 55% da população mundial vive em cidades.

As Nações Unidas promoveram esta terça-feira o encontro que debateu “O papel das cidades na agenda global, incluindo cidades para o desenvolvimento sustentável, segurança alimentar, nutrição e mudança climática”.

O evento foi organizado pela presidente da Assembleia Geral, Maria Fernanda Espinosa em parceria com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, e o Programa da ONU para Assentamentos Humanos.

Em entrevista à ONU News, em Nova Iorque, o diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, falou sobre a importância da discussão destes temas para que se alcance a #FomeZero.  O objetivo da reunião foi abordar a agenda de desenvolvimento de questões globais para prioridades locais.

“O evento de hoje é procurar mostrar que as cidades têm papel importante a cumprir na provisão de alimentos de qualidades saudáveis para a sua população. Nós queremos mostrar o que se está fazendo em distintas cidades ao redor do mundo, para que isso possa estimular outras cidades também a se juntarem a essa agenda urbana da FAO. Nós promovemos sobretudo oportunidade de mercados locais para os consumidores como por exemplo, o mercado dos produtores, feiras livres, banco de alimentos, restaurantes populares, de baixo preço e boa qualidade.

A cidade da Praia, em Cabo Verde, participou na reunião de alto nível que reuniu prefeitos e representantes de centros urbanos como Valencia, Quito e Nova Iorque. A base do compartilhamento de experiências foram práticas locais eficazes, estratégias inovadoras e lições aprendidas ao lidar com desafios globais como o da insegurança alimentar.

Buscar uma perspectiva sustentável e resiliente do sistema alimentar é uma das metas desta iniciativa.

Segundo a ONU, atualmente 55% da população mundial vive em áreas urbanas e a expectativa é de que esta proporção aumente para 70% até 2050.

Este crescimento coincide com um período em que muitos países estão implementando processos de políticas descentralizadas. Isso estaria resultando num aumento das responsabilidades de governos locais.

Neste contexto, cidades estariam tendo que assumir papeis mais ativos ao contribuir com as iniciativas de governos nacionais para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODSs.

Mudança Climática

Entre os desafios enfrentados na vida das cidades no século 21 está a mudança climática. O chefe da FAO destaca como este processo está afetando a produção de alimentos ao redor do mundo, incluindo em cidades brasileiras.

“Nós temos tido regiões sofrendo secas sucessivas, o El Niño tem se repetido, ano atrás de ano, e os impactos que a gente vê de inundações e os temporais. Rio de Janeiro e são Paulo é um bom exemplo por exemplo. Nos últimos meses, no verão brasileiro, tem sido afetado por chuvas torrenciais. Chove no dia. A chuva que normalmente deveria ser distribuída ao longo do mês. Isso dificulta muito os circuitos de distribuição. A população não pode ter acesso aos seus locais de compra. Muitas vezes os locais de armazenamento são inundados e o produto destruído, o produto perecível principalmente.”

Para a ONU, a maior parte dos desafios enfrentados pelas cidades em nível local, incluindo a mudança climática e insegurança alimentar, são de natureza global e exigem soluções multilaterais.

Em 2050 projeta-se que aproximadamente quantos por cento da população viverá em centros urbanos

Em 2050 projeta-se que aproximadamente quantos por cento da população viverá em centros urbanos