Como se desenvolve o estudo da Filosofia

Explicar o que é filosofia é uma tarefa bastante complexa, pois envolve muitos conceitos. Além disso, são vários anos que essa área está presente na nossa sociedade. Por conta disso, desenvolvemos este post para te ajudar a entender melhor sobre essa ciência. Por isso,confira agora mesmo!

Então, o que significa filosofia?

De um modo bastante genérico, a filosofia é uma área do conhecimento que questiona o próprio conhecimento. Desde sua origem, na Antiguidade, os filósofos já tentavam compreender o mundo e tudo o que está dentro dele, tanto no aspecto abstrato quanto no concreto.

Dessa forma, um dos objetivos dessa ciência é entender a existência da humanidade. Ademais, entender o saber por meio da análise racional. Além disso, outras áreas de estudo desse conceito são:

  • valores morais;
  • verdade;
  • linguagem;
  • mente humana.

Por fim, a filosofia possui diversos pensamentos e corretos, sendo que dependerá do conhecimento desenvolvido. Nesse sentido, alguns exemplos de filosofia são:

  • política;
  • cosmológica;
  • ética;
  • estética;
  • epistemológica.

Significado de filosofia no dicionário

Para compreender melhor sobre essa área, é importante levar em consideração o significado do termo. Desse modo, a palavra vem do grego philosophia que significa:

  • philo – amizade, afeição e amor;
  • sophia – sabedoria.

Diante disso, a filosofia significa o respeito e apreço pelo saber. Uma teoria bastante presente na origem desse termo é que ele foi pelo matemático Pitágoras após a junção das palavras philo e sophia.


Como se desenvolve o estudo da Filosofia


Qual é a origem da filosofia?

O berço da filosofia é a Grécia Antiga. Aliás, também foi lá que surgiram as cidades-estado. De acordo com registros, essa foi a primeira vez em que os homens iniciaram as suas jornadas para explicar (ou pelo menos tentar) o mundo à sua volta. Ou seja, levando em consideração o lado lógico e o lado racional.

Essa linha de pensamento é bastante diferente dos povos mais antigos. Afinal, eles tentavam explicar os acontecimentos e os fenômenos naturais por meio de mitos. Além disso, a Igreja tinha como objeto principal a Divindade e dela vinha conhecimento para satisfazer as curiosidades básicas do homem.

Saiba mais sobre esse assunto

Contudo, na Grécia Antiga as coisas tiveram um rumo bem diferente. Isso porque os filósofos começaram a sistematizar o pensamento do ser humano e usavam muito a lógica.

Outra coisa bem diferente, é que os filósofos não se enxergavam como detentores ou “donos” da verdade, algo bem diferente dos religiosos.

Já que eles acreditavam ser apenas amigos do saber e tinham a disposição de desvendar os mistérios juntamente com as pessoas comuns. A partir dessa premissa, que tinha como base o questionamento e a crítica do pensamento mítico, a Filosofia tomou forma.

Como estudar filosofia?

Você pode estudar filosofia seguindo a cronologia dos autores, isto é, seguindo uma linha do tempo, começando pelos mais antigos, por exemplo:

  • Iniciam-se os estudos a partir dos pré-socráticos.
  • Depois, estudam-se os três principais autores da filosofia grega clássica: Sócrates, Platão e Aristóteles.
  • Depois, os clássicos romanos (como Epicuro, Lucrécio, Cícero, Sêneca, Marco Aurélio) e filósofos da Idade Média, como Tomás de Aquino e Agostinho, bem como autores da transição da Idade Média para a Moderna, como Maquiavel.
  • Depois, os autores da Idade Moderna, como Bacon, Hobbes, Descartes, Pascal, Hume, Locke, Leibiniz, Spinoza, Descartes, entre inúmeros outros.
  • Por fim, os autores da chamada Idade Contemporânea, como Diderot, Rousseau, Kant, Heiddeger, Husserl, Marx, Weber, Schopenhauer, Kierkgaard, Nietzsche, Sartre, Freud, Adorno, Piaget, Vygostsky, Wittgenstein etc., até a atualidade.

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Entender a diferença entre Platão e Aristóteles é fundamental e também é uma forma de separar a filosofia entre:

  • uma linha mais idealista / racionalista / metafísica / ontológica: de Platão, que inspirou autores como Descartes, Piaget etc. A filosofia “herdada” de Platão é normalmente associada à ideia de estudo do ser, do essencialismo, da ontologia;
  • outra linha mais empirista / experimentalista / cultural: de Aristóteles, que inspirou Hume, Rousseau, Marx, Freud, Vygostsky. A filosofia “herdada” de Aristóteles estuda como a experiência (os acontecimentos da cultura) moldam o sujeito, muitas vezes entendida como uma filosofia do fazer.

Muitos autores modernos e contemporâneos (como Kant) podem ser entendidos como no meio do caminho entre Platão e Aristóteles. Esta diferenciação Platão vs. Aristóteles é só um ponto de entrada, não se trata de uma dicotomia estanque em relação à qual os filósofos precisem optar.

Observe que alguns autores são associados também a campos do saber que não sejam a filosofia, como sociologia (Marx, Weber), pedagogia (Piaget, Vygostky) e psicanálise (Freud). Ainda assim, podemos dizer que estes autores são também filósofos. Isso porque concebem teorias robustas sobre o ser humano, o desenvolvimento humano, que influenciaram o conhecimento para além de áreas específicas do saber.

O percurso que listamos acima pode ser estudado pela Coleção Os Pensadores, que segue aproximadamente um caminho cronológico, com obras e trechos de obras de alguns destes filósofos. O foco desta Coleção são os principais filósofos da chamada filosofia ocidental.

É importante lembrar que existem outras linhas filosóficas que também merecem ser estudadas, da Ásia, África, Américas.

Sobre o que fala ou escreve um filósofo?

Um filósofo pode tratar de qualquer tema. Até aproximadamente 200 anos atrás, não havia uma divisão tão rígida entre as várias ciências, como sociologia, geografia, história, linguística, antropologia, pedagogia etc.

Então, um filósofo poderia adentrar com pouco (ou nenhum) pudor estas áreas que hoje consideramos distintas e especializadas. Por exemplo, René Descartes (1596-1650) atuava como fisiologista (medicina), matemático e filósofo, dentre outras coisas.

Costuma-se dizer que uma obra ampla de um filósofo precisa abranger estudos sobre:

  • metafísica: estudo sobre o ser ou ontologia, por exemplo ao traçar o que é específico e inerente ao humano; ou pelo menos uma recusa à metafísica, propondo uma outra coisa em seu lugar.
  • lógica: estudo sobre a verdade (ou, para alguns filósofos, o estudo sobre a impossibilidade da verdade absoluta), do pensamento, da relação pensamento/linguagem, dos procedimentos lógico-racionais e do binômio coisas em si vs. representações das coisas.
  • ética: estudo sobre o certo e o errado, o que de certa forma pode englobar também uma análise não prescritiva mas principalmente observacional; dentro de ética, poderíamos englobar política, vida em sociedade, civilização, educação.
  • estética: estudo sobre o que é o belo, sobre o gosto, sobre a arte e seus fundamentos.

Então, é provavelmente errada aquela ideia de que religião, política, futebol (lazer), arte, gosto e sexo não se discutem. Talvez sejam as únicas coisas que sejam de fato discutidas o tempo inteiro. E que de fato mereçam discussão.

Mas o que a filosofia estuda?

De maneira geral, a filosofia estuda qualquer tema, haja vista que se possa desenvolver um conhecimento válido a partir de sua argumentação. Por isso, ela se dedica a averiguar problemas fundamentais que estão relacionados à lógica, ao conhecimento, à verdade, aos valores morais e estéticos etc.

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Na nossa realidade atual, há diversos cursos superiores de filosofia que visam uma formação que esteja mais voltada para a história dessa área. Por isso, os estudantes têm contato com a produção dos pensadores já consagrados, como Platão e Sócrates, por exemplo.

Contudo, essa linha de pensamento é bem diferente da concepção de muitos estudiosos de ensino de Filosofia. Isso porque eles acreditam que só se aprende filosofar quando se está filosofando.

Áreas de estudos: História da filosofia e Metodologias filosóficas

Por conta disso, há duas maneiras de estudar a filosofia. A primeira é voltada a História da Filosofia, que busca analisar a produção dos grandes filósofos mundiais. Já a outra tem o objetivo de aprender as metodologias filosóficas, o que dispensa o entendimento da História da Filosofia.

Levando em consideração esse conceito, podemos dizer que a filosofia é um estudo dos conceitos, como afirmou Deleuze. Para Kant, essa área é uma forma de estabelecer uma crítica ao conhecimento. Agora vejamos o que outros filósofos importantes concluíram sobre o estudo da filosofia.

Sócrates e Descartes

Sócrates é um dos filósofos mais antigos enquanto Descartes é mais moderno. Contudo, ambos acreditam que o saber filosófico precisa ser feito por meio de uma busca. Aliás, essa busca é bastante rigorosa, pois sempre visa uma uma verdade universal.

Nietzsche

Já para filósofo contemporâneo Nietzsche não há verdades universais. Entretanto, há genealogias e perspectivas que moldam essa verdade como conhecemos. Segundo este pensador, é necessário se dedicar a estudar a teoria do conhecimento e buscar compreender como é possível ter o entendimento.

Para que serve essa área?

Agora que sabemos o que é e o que estuda a filosofia, iremos explorar a seguinte pergunta: para o que ela serve? Infelizmente, muitas pessoas acreditam que a filosofia não tem muita utilidade, já que não apresenta nada de concreto.

Embora essa última parte seja verdade, já que essa área não atua de forma prática, a filosofia exerce um papel muito importante na nossa sociedade. Por isso, vejamos nos próximos tópicos as utilidades da filosofia.

1. Desenvolve conceitos e fundamenta outros conhecimentos

Uma das primeiras preocupações da filosofia é a construção de conceitos que serão bases fundamentais de outras áreas do conhecimento. Com isso, a filosofia visa criar conceitos, já que é uma área com o objetivo de produzir conhecimento.

Levando em consideração tais ideias, essa ideia preconceituosa de que a filosofia não serve para nada cai por terra. Um evento para ilustrar esse pensamento é a criação da ciência. Como sabemos essa área de conhecimento tem um papel bastante privilegiado no mundo.

Contudo, o seu desenvolvimento só foi possível por meio das bases metodológicas desenvolvidas pela filosofia.

2. Auxilia nas reflexões sobre a vida

Outro ponto bastante importante da filosofia é que ela tem uma forte ligação com a vida do dia a dia das pessoas. Por isso, ela traz reflexões críticas que criam um distanciamento de tudo aquilo que é trivial e comum.

Aliás, esse distanciamento é fundamental para que a nossa vida não se torne uma prática automática. Ainda, que possamos escolher de forma consciente.

3. É a base da ética e da política

Por fim, traremos uma ideia defendida pelo filósofo grego Aristóteles. Ele explica que por sermos seres humanos como animais sociais, precisamos estabelecer regras para viver em sociedade.

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Por conta disso, a filosofia serve para desenvolver a ética, compreender o Estado e construir melhores formas de governo. Além disso, o desenvolvimento do conceito de democracia e os fundamentos principais para as formas de governo contemporâneos, possui a filosofia como base.

Considerações finais

Então, como podemos perceber, a filosofia tem um papel muito importante na nossa vida. Além de ser um assunto bastante amplo em diversas áreas de estudo.

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