Célula com núcleo redondo e condensado com citoplasma escasso

Os monócitos são leucócitos presentes em nosso sistema imune, com a função de defender o organismo de corpos estranhos, como bactérias e vírus. Eles são visualizados através de esfregaços sanguíneos vistos com microscopia óptica (com diâmetro de 10 a 15 micrômetros[1]). Os monócitos têm a característica bem presente de núcleo ovoide em formato de rim, sua cromatina é mais clara e seu citoplasma possui granulações pouco visíveis. Seu citoplasma contém lisossomos, vacúolos fagocíticos e filamentos de citoesqueleto. Essas células são responsáveis pela produção de mediadores inflamatórios, além disso são recrutadas para locais de infecção ou de tecido danificado.[1]

Célula com núcleo redondo e condensado com citoplasma escasso

Monócitos rodeados por glóbulos vermelhos, observados ao microscópio a partir de uma amostra de sangue.

Sua formação começa na medula óssea (sendo uma das células originada de uma célula-tronco hematopoiética comum - HSC[1]), da qual se dirigem à circulação sanguínea; ao saírem da circulação sanguínea, chegam no tecido conjuntivo, onde diferenciam-se nos macrófagos, os quais possuem função de defender os tecidos de corpos estranhos. Quando o monócito se converte em macrófago, algumas transformações observadas permitem assegurar importantes funções fisiológicas, dado o aumento das suas capacidades fagocítica e antimicrobiana devido ao macrófago apresentar um maior número de lisossomos.
Esses macrófagos podem secretar várias citocinas, as quais agem nas células endoteliais que recobrem os vasos sanguíneos. Realizam isto para que o recrutamento de mais monócitos, além de outros leucócitos, seja aumentado, nos locais de infecções, o que amplifica a resposta protetora contra os microrganismos. [1]

A monocitose (aumento de monócitos no sangue), podem ser um indicativo de doenças crônicas como por exemplo, tuberculose, infecção por protozoários e artrite reumatoide, na qual, o paciente apresenta sintomas relacionados à causa da alteração. Quando a alteração é presente e o paciente não apresenta algum sintoma o médico responsável avaliara o caso com outros exames.

  1. a b c d ABBAS, Abul K. (2015). Imunologia Celular e Molecular. Rio de Janeiro: Elsevier 

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Célula com núcleo redondo e condensado com citoplasma escasso

Se tem um grupo de leucócitos que gera muitas dúvidas quanto sua morfologia na distensão sanguínea de sangue periférico são as células mononucleares, monócitos e linfócitos.

Neste post eu trouxe as principais alterações na morfologia dos linfócitos e possíveis distúrbios associados a essas alterações morfológicas.

O linfócito típico é pequeno, com cromatina condensada e uma pequena quantidade de citoplasma visível de cor basofílica pálida. O núcleo de um linfócito em repouso é pouco maior que um eritrócito.

São frequentemente denominados LGL (Large granular lymphocytes). 

Esse tipo de linfócito é maior que o linfócito típico em repouso, possuindo citoplasma mais abundante, azul pálido e grânulos azurofílicos visíveis (lisossomos).

O núcleo é oval ou redondo, com cromatina condensada. 

Os LGLs podem ser linfócitos T citotóxicos (CD8+) ou células NK. Sob condições normais eles correspondem a cerca de 10-15% dos linfócitos circulantes.

Podem estar aumentados em infecções virais, doenças autoimunes, após esplenectomia e na leucemia linfocítica grande granular.

Célula com núcleo redondo e condensado com citoplasma escasso

Quando o linfócito é ativado por algum processo inflamatório e/ou infeccioso, podemos observar na lâmina modificações em sua morfologia.

Várias características são diferentes dos linfócitos típicos em repouso.

Linfócitos reativos semelhantes a imunoblastos são células grandes com razão núcleo-citoplasma elevada, cromatina condensada e citoplasma basofílico (imagem abaixo).

Célula com núcleo redondo e condensado com citoplasma escasso

Outro tipo de linfócito reativo possui uma cromatina menos condensada, citoplasma abundante e azul pálido que parece estar abraçando as hemácias adjacentes.

São chamados também de células Downey do tipo II

Podem ser visto numa variedade de condições, porem estão aumentados na mononucleose infecciosa devido à infecção pelo vírus Epstein Barr (EBV).

Célula com núcleo redondo e condensado com citoplasma escasso


Linfócitos neoplásicos (clonais)

Estão associados e em número aumentado nas neoplasias linfoproliferativas, principalmente as crônicas, como leucemia linfocítica crônica (LLC), mieloma múltiplo e linfomas.

Na maioria dos casos, o analista clínico deve descrever a morfologia das células predominantes nas observações do hemograma, e não tentar fazer um diagnóstico.

O exame mais adequado para saber as características fenotípicas desses linfócitos, e assim classificá-los, é a imunofenotipagem por citometria de fluxo.

LLC típica

São linfócitos pequenos, com núcleo redondo, cromatina densa e citoplasma escasso.

Célula com núcleo redondo e condensado com citoplasma escasso


Plasmócitos

Morfologia oval, com núcleo excêntrico e cromatina extremamente compactada. O citoplasma é moderado e fortemente basofílico. Adjacente ao núcleo, observa-se uma área menos basofílica correspondente ao complexo de Golgi. Não são encontrados no sangue periférico de indivíduos saudáveis.

Pode estar presente no sangue periférico devido ao mieloma múltiplo ou fenômeno reativo, após liberação de IL-6 (LMA, linfoma, carcinoma, infecção, inflamação).

Célula com núcleo redondo e condensado com citoplasma escasso


Linfócito com núcleo clivado

São pequenos, com citoplasma escasso e levemente basofílico. O núcleo apresenta uma fenda, indentação ou fissura.

Encontrado no linfoma folicular (clonal) e infecção pela bactéria Bordetella pertussis (reacional).

Célula com núcleo redondo e condensado com citoplasma escasso


Inclusões citoplasmáticas

São encontradas nas Síndrome de Chediak-Higashi e Alder–Reilly.

Essas inclusões são um pouco maiores que as granulações dos LGLs.

Célula com núcleo redondo e condensado com citoplasma escasso

Linfócitos vilosos

Linfócitos maduros e pequenos. O núcleo é oval, com cromatina compactada. O citoplasma é escasso a moderado e levemente basofílico. Possuem vilosidades em uma ou nas duas extremidades.

Encontrado no linfoma de zona marginal esplênico (LZME).

Célula com núcleo redondo e condensado com citoplasma escasso


Células pilosas

São maiores que os linfócitos normais, e possuem citoplasma abundante levemente basofílico com as margens irregulares (projeções citoplasmáticas).

O núcleo pode ser oval, redondo ou bilobado e a cromatina com pouco condensação.

Encontradas principalmente na tricoleucemia.

Célula com núcleo redondo e condensado com citoplasma escasso


Células de Mott

São plasmócitos que possuem inclusões esféricas em seu citoplasma. Essas inclusões são estruturas vesiculares contendo imunoglobulinas.

Podem ser encontradas na plasmocitose reativa, linfoma de Burkitt, linfoma de grandes células B, mieloma múltiplo, dentre outras condições.

Célula com núcleo redondo e condensado com citoplasma escasso


Flower cells 

As células possuem núcleo irregular que é convoluto, semelhante a uma flor com várias pétalas. Algumas células possuem nucléolo.

São encontradas em Linfoma/Leucemia de células T do adulto devido a infecção por HTLV-1.

Célula com núcleo redondo e condensado com citoplasma escasso


Linfócitos pleomórficos

As células variam em morfologia, tamanho e razão núcleo-citoplasma. Algumas podem ter núcleo clivado ou irregular. A condensação da cromatina é menor que na LLC e algumas células aparentam-se com blastos. Podem ser vistos em vários tipos de linfomas não Hodgkin, LLC (típica, mista e atípica), leucemia prolinfocítica. LLA também pode ser considerada.

Célula com núcleo redondo e condensado com citoplasma escasso


Bavle RM. Bizzare plasma cell - mott cell. J Oral Maxillofac Pathol. 2013;17(1):2–3.

Bain BJ. Blood Cells - A practical guide. Blackwell, 4ª ed.