Qual foi a importância da enciclopédia para o Iluminismo brainly

Iluminismo é o nome dado a um movimento cultural, intelectual e filosófico que surgiu na Europa, com maior destaque para a França e Inglaterra, no século XVII, ganhando força no século XVIII. Foi criado por filósofos que acreditavam mais na razão do que na emoção, o que pode ser percebido nas principais características do Iluminismo, que mostram o quanto eles valorizavam a busca pelo conhecimento.  

Esses filósofos eram, em sua maioria, membros da burguesia e faziam oposição às monarquias absolutistas, ao mercantilismo, aos privilégios da sociedade estamental e à influência cultura da igreja católica, lutando por direitos. Por esse motivo, suas características mais marcantes estavam relacionadas à liberdade econômica e política.

 

Ao longo do artigo falaremos mais a respeito do movimento iluminista, principais representantes e características. Continue acompanhando e fique por dentro desse assunto que costuma ser cobrado nos principais vestibulares e no Enem!

Filósofos iluministas e suas ideias

Antes de falarmos sobre as características do Iluminismo, é interessante citarmos os principais filósofos que fizeram parte do movimento. Veja, a seguir, quem são eles e quais eram as ideias que defendiam.

Jean-Jacques Rousseau

Defendia a participação de todos nas decisões políticas, o que é chamado de democracia direta. Acreditava que o homem nasce livre e é corrompido pela sociedade e era um crítico ferrenho da propriedade privada.

John Locke

Foi um grande defensor dos direitos individuais, incluindo a liberdade de expressão. Criador do empirismo, que é a ideia de que o indivíduo nasce totalmente livre de crenças e características ligadas ao comportamento, formando sua personalidade de acordo com as experiências.

Montesquieu

Criador da teoria de divisão de poderes que, hoje, é seguida por muitos países, incluindo o Brasil, em: legislativo, executivo e judiciário. Considerava o poder executivo especialmente importante pelo fato de que as leis deveriam representar a sociedade.

Voltaire

Um grande crítico da igreja católica, por conta da sua interferência na política francesa da época, Voltaire, assim como John Locke, defendia a liberdade de expressão e o pensamento que ficou conhecido como Liberalismo.  

Além desses filósofos, o movimento iluminista também contou com a participação de: Adam Smith, Denis Diderot, David Hume, Giambattista Vico, Luís António Verney, Johann Gottfried von Herder e Immanuel Kant.

Conheça as principais características do Iluminismo

O Iluminismo era baseado em três pilares, que são: razão, liberdade e o avanço da sociedade em relação ao pensamento racional e à ciência. As características que você verá a seguir mostram que essas três ideias centrais nortearam o movimento.

Suas ideias foram inicialmente defendidas por filósofos e economistas

Filósofos e economistas criaram as ideias que pautavam o Iluminismo. Deram esse nome ao movimento porque eles se apresentavam como propagadores do conhecimento, utilizando como metáfora a luz. Inclusive, por esse motivo, em desenhos animados e histórias em quadrinhos os personagens aparecem com uma lâmpada sobre a cabeça quando têm uma ideia.

Oposição ao absolutismo

Os iluministas eram totalmente contra o absolutismo, que foi uma forma de governo presente na Europa entre os séculos XVI e XIX, e que dava ao rei o poder absoluto e muitos privilégios. Dentro dessa organização política, o povo, que era a maior parte da população, não tinha qualquer direito ou voz ativa. Então, o Iluminismo surgiu como uma forma de combater isso e promover a liberdade de escolhas e de pensamento.

Liberdade política, econômica e religiosa

A liberdade, que foi citada anteriormente como um dos pilares do Iluminismo, representava a ideia de que todo indivíduo é livre para agir de forma autônoma. Isso incluía escolher sua crença religiosa e tomar decisões em relação à economia e política, o que era totalmente o oposto do regime absolutista. Além da liberdade, o movimento pregava a igualdade, principalmente como uma forma de acabar com os privilégios do clero e da nobreza.

Valorização da razão acima de tudo

Outro pilar do movimento iluminista foi a busca pelo pensamento racional, que era visto como o principal caminho para se obter conhecimento. Os iluministas defendiam que as pessoas deveriam aprender a pensar por si mesmas, porque assim teriam acesso à liberdade, que era um de suas principais bandeiras.

Defendiam a educação para todos

Um dos marcos do Iluminismo foi a criação da enciclopédia, que são livros que contêm todo o tipo de conhecimento. Entre os anos de 1751 e 1780, a primeira obra do tipo foi publicada, contendo 35 volumes com um resumo de todas as informações racionais e históricas que se tinha na época.  

O livro, que hoje é algo corriqueiro para nós e pode até ser consultado pela internet, foi criado com o intuito de popularizar o conhecimento e permitir que mais pessoas tivessem acesso à educação.

 

O Iluminismo foi um movimento muito importante, tanto que muitas de suas ideias são seguidas até hoje. A própria Constituição Federal de 1988, que é a lei máxima do Brasil, foi criada com base em várias ideias iluministas.

 

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O Iluminismo. Chamado de “século das luzes”, o iluminismo trouxe ideias voltadas à razão para deslegitimar o modelo de estado predominante na época. Seu ideal era defender a liberdade, progresso, tolerância, fraternidade, governo constitucional e afastamento entre igreja e estado.

Qual a principal característica do Iluminismo Brainly?

As principais características eram: -Eles valorizavam a razão acima de tudo, julgavam o mais importante instrumento para conseguirem alcançar o conhecimento. -valorizava o questionamento, a investigação e a experiência como forma de conhecimento da natureza, sociedade, política, economia e o ser humano.

O que defendiam os ideais iluministas?

O Iluminismo foi uma corrente de pensamento que prevaleceu na Europa no século XVIII, denominado século das luzes. Os filósofos iluministas defendiam o predomínio da razão sobre a fé e acreditavam que o progresso e a felicidade seriam o caminho traçado para a humanidade. Não pare agora...

Qual das alternativas abaixo apresenta os principais ideias iluministas?

Qual das alternativas abaixo apresenta os principais ideais iluministas que influenciaram a Inconfidência Mineira no Brasil? A-Fim do colonialismo; fim do absolutismo; substituição da monarquia pela República; liberdade econômica (liberalismo); liberdade religiosa, de pensamento e expressão.

Qual das alternativas abaixo apresenta posições e ideais defendidos pelos iluministas?

A alternativa que apresenta apenas posições e ideias defendidos pelos iluministas é a que aponta a substituição do misticismo e crenças pela ciência; antropocentrismo; criticas ao mercantilismo e absolutismo.

O que foi o movimento iluminista suas principais idéias e consequências?

O Iluminismo foi um movimento intelectual que surgiu durante o século XVIII na Europa, que defendia o uso da razão (luz) contra o antigo regime (trevas) e pregava maior liberdade econômica e política. ... - O Antropocentrismo, ou seja, o avanço da ciência e da razão. - O predomínio da burguesia e seus ideais.

Quais os principais pensadores iluministas E o que eles defendiam?

Resposta. John Locke:defendia os direitos naturais: direito a vida,a liberdade e a propriedade. Voltaire:defendia as liberdades civis : de expressão, religiosa e de associação. Montesquieu: defendia a divisão dos três poderes (legislativo, executivo e judiciário).

O que é enciclopedistas é o seu objetivo?

Este movimento, representado pelos enciclopedistas d'Alembert e Diderot, tinha como objetivo principal a catalogação e divulgação do conhecimento iluminista, através da escrita, publicação e divulgação da Enciclopédia.

Qual a importância do enciclopedismo ao Iluminismo?

A importância da Enciclopédia para o movimento Iluminista se deu por permitir que qualquer pessoa que soubesse ler tivesse acesso a conhecimentos culturais, científicos e filosóficos. Além disso, teve grande influência na Revolução Francesa e na Independência dos Estados Unidos.

Qual a importância dos enciclopedistas?

Este movimento, representado pelos enciclopedistas d'Alembert e Diderot, tinha como objetivo principal a catalogação e divulgação do conhecimento iluminista, através da escrita, publicação e divulgação da Enciclopédia.

Qual o nome do déspota esclarecido de Portugal que fez reformas administrativas no Brasil?

marquês de Pombal

Quando estudamos a chamada época moderna, ou Idade Moderna, período que corresponde, didaticamente falando, a um espaço de aproximadamente quatro séculos (século XV ao século XVIII), percebemos que diversos autores tratam o século XVIII como sendo a época em que houve o ápice do racionalismo e do cientificismo, iniciados com o Renascimento científico e cultural dos séculos XV e XVI. Esse “ápice” teria ocorrido em virtude do Iluminismo, movimento de ideias que deu ao século XVIII o epíteto de “Século das Luzes”. Essa impressão de continuidade e de progresso que temos da Época Moderna não é totalmente errada. Entretanto, tal impressão nos foi dada pela corrente iluminista da França, que via a si própria como expoente da Razão em seu estágio mais avançado. O problema é que o Iluminismo não se restringiu somente à corrente francesa. Houve outras duas muito importantes, a britânica e a americana, ou estadunidense. Para sabermos o que é o Iluminismo de fato, é preciso que nos atenhamos ao conjunto dessas três correntes.

O Iluminismo francês foi a corrente que se tornou mais popular e acabou dando-nos a própria imagem que temos da Época Moderna, isto é, uma época de progresso, de avanços científicos e de crença na “razão”. Apesar de ter recebido bastantes influências do racionalismo clássico do século XVII, sobretudo aquele desenvolvido por Descartes, os expoentes do iluminismo francês tiveram na ciência moderna, começada efetivamente por Galileu e aperfeiçoada e teorizada por Newton, o seu principal modelo. Era nos sistemas filosófico-científicos de Newton que filósofos como Voltaire viam a “unidade” e “inexorabilidade” da “razão”. A “razão” era a faculdade para a qual convergia o destino da humanidade. Por meio dela, todo progresso, segundo os franceses, poderia ser alcançado. Como diz o filósofo alemão do início do século XX, Ernst Cassirer, em sua obra A filosofia do Iluminismo:

O século XVIII está impregnado de fé na unidade e imutabilidade da razão. A razão é una e idêntica para todo o indivíduo pensante, para toda a nação, toda época, toda cultura. De todas as variações dos dogmas religiosos, das máxima e convicções morais, das ideias e dos julgamentos teóricos, destaca-se um conteúdo firme e imutável, consistente, e sua unidade e sua consistência são justamente a expressão da essência própria da razão. [1]

Newton, ao contrário de Descartes, não partiu de axiomas, de princípios universais em direção ao conhecimento daquilo que era particular. Ao contrário, partiu dos fenômenos, dos dados empíricos observáveis e particulares e, por meio da análise deles, chegou até conceitos universais – como o de força gravitacional. Essa característica teórica de Newton, de procurar chegar ao uno, ao geral, por meio de análises empíricas, deu segurança para os filósofos franceses do século XVIII extrapolarem o uso da categoria de “razão”.

A faculdade da razão, para o Iluminismo francês, tornou-se de fato objeto de crença, uma crença caricata da crença religiosa. Na “Enciclopédia” (principal veículo de divulgação do Iluminismo na França), organizada por D'Alambert e Diderot, lê-se que “a razão é para o filósofo o que a graça é para o cristão”. Com essa frase, fica evidente não apenas a rejeição ao cristianismo, que é uma das principais características do Iluminismo francês, mas também o desejo de substituir Deus pelo racionalismo e o cientificismo – fato que foi levado a cabo primeiro pelos jacobinos, durante a Revolução Francesa, e, depois, pelo Positivismo ateísta, de August Comte.

Ao contrário do Iluminismo francês, as correntes do Iluminismo que se desenvolveram em países como Irlanda e Inglaterra, na Europa, e Estados Unidos, no continente americano, não apostavam no poder da “razão” como “carro-chefe” ou “motor” da história, do destino da humanidade. Segundo a historiadora Gertrude Himmelfarb, em sua obra Caminhos para a modernidade – O iluminismo britânico, francês e americano, o Iluminismo britânico pode ser definido como “a Era da Benevolência”, enquanto o Iluminismo americano seria melhor qualificado como “Política da liberdade”.

Por “Era da Benevolência” podemos entender a ênfase nas virtudes mais que na faculdade racional. Virtudes como a prudência estão na base do Iluminismo britânico. É a prudência que, para filósofos como Edmund Burke, dá ao homem os recursos para compreender o seu destino e seu estado de comunhão com os outros seres humanos. Isso se dá porque a prudência nasce da experiência passada, nasce da tradição. É no passado que estão as premissas e os modelos de uma civilização saudável, e não em um futuro incerto, construído pela “razão” e pela revolução. O Iluminismo americano é, em grande parte, herdeiro do britânico, mas parte dessa herança foi aperfeiçoada em alguns pontos, sobretudo no que se refere à economia e à política da liberdade, que, combinadas com a tradição religiosa puritana, produziram uma civilização singularmente próspera e devedora de valores tradicionais nos Estados Unidos.

Dessa forma, sempre que pensarmos em Iluminismo, devemos levar em consideração as diferentes perspectivas que se tem sobre esse tema para que não fiquemos presos na imagem do século XVIII como meramente o “Século das Luzes”.

NOTAS

[1] CASSIRER, Ernst. A Filosofia do Iluminismo. Trad. Álvaro Cabral. Campinas, São Paulo: Ed. Unicamp, 1992. p. 23


Por Me. Cláudio Fernandes