Tauana Marin
O barulho (zumbido) que ouvimos quando um mosquito ou qualquer outro inseto se aproxima é resultado da alta frequência do batimento das asas do animal, que se movimentam rapidamente (milhares de vezes por segundo). Quanto mais batem a asas, mais fino é o ruído. O movimento que esses bichos realizam lembra um pequeno ventilador, com ação sendo tão veloz que mal se consegue observar as ‘hélices’. Insetos maiores, como os besouros, emitem sons mais fortes, altos e capazes de serem ouvidos mesmo estando longe. Isso não acontecem com os pequenos, casos de pernilongos e abelhas. Vespas e libélulas também são outros exemplos que provocam zumbido ao voar. Os insetos chegam perto dos seres humanos por causa da temperatura do nosso corpo e pelo CO² (gás carbônico), que eliminamos pela boca e nariz quando respiramos. É como se os dois elementos fossem espécie de ‘iscas’ que os atraem. Por isso conseguem se aproximar mesmo no escuro. Quando as pessoas são picadas, o ruído para, já que esses animais estão pousados sobre a pele. É importante ressaltar que o bichinho que nos morde à noite é diferente daqueles que nos perseguem de dia. Os insetos noturnos se multiplicam e nascem sobre espaços com bastante água, como nas beiras de rios e lagoas. Já os que atuam no tempo claro (caso do Aedes aegypti, com listras pretas e brancas, que transmite doenças como dengue e febre chikungunya) se proliferam em qualquer tipo de água – parada, em movimento, limpa, suja e em quantidade menor, podendo surgir em baldes espalhados pelo quintal de casa. Trata-se de um mosquito urbano. Os insetos conseguem se adaptar a diferentes ambientes. A alimentação também varia, podendo atacar seres humanos, outros mamíferos e até aves. Quanto ao tempo de vida, o Aedes aegypti, por exemplo, vive por um mês, aproximadamente, com outras outras espécies sobrevivendo por uma semana. Temperatura , umidade e época do ano também influenciam em suas características. Consultoria de João Justi Junior, pesquisador científico do Laboratório de Pragas Urbanas do Instituto Biológico, órgão vinculado à Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento, do Estado de São Paulo. Para prevenção de picadas e evitar o incômodo barulho, além de doenças transmitidas por mosquitos, uma dica é passar repelente pelo corpo, principalmente por braços e pernas Pergunta da Alice Oliveira Cardoso, 13 anos, de São Paulo, fica incomodada com os mosquitos quando tenta dormir. “No verão, por ser mais quente, é ainda pior. Há muitos deles no quarto. Ligo o ventilador para tentar espantá-los.” Por Mário Sérgio Lorenzetto | 01/08/2019 06:28
Não é piada. Esses minúsculos insetos são considerados os animais mais mortíferos do mundo. Matam mais de 725.000 pessoas por ano. Não existem seres vivos que matem tanto como eles. Nem mesmo os humanos que assassinam algo como 475.000 congeneres anualmente. As serpentes matam em torno de 50.000. A raiva transmitida por cães, leva embora umas 25.000 pessoas. E os super temidos tubarões e lobos, matam 10 pessoas. Por que os mosquitos zumbem? Os mosquitos não zumbem para avisar suas vítimas. Zumbem para chamar a atenção de uma "mosquita". Não podem evitar o zumbido. O que acontece quando dão voltas em torno de tua cabeça procurando por um "aeroporto", um lugar para pousar, zumbem mais alto. Por que eles te picam? A chave está na invisível paisagem química que te rodeia. Aquilo que vulgarmente chamamos de "cheiro". Nós deixamos sutis rastros químicos no ar a todo momento. Os mosquitos sabem "ler" esses rastros químicos através de pequenos órgãos sensoriais. O que há em teu corpo para ser o escolhido pelos mosquitos. A curta distância, os mosquitos têm em conta uma grande quantidade de fatores que variam de pessoa a pessoa, incluindo a temperatura da pele, a presença de vapor de água e a cor da roupa. Mas o fator decisivo para a escolha são os compostos químicos produzidos pelas colônias de micróbios que vivem em nossa pele. Essas bactérias convertem as secreções de nossas glândulas de suor em compostos voláteis que são captados pelo sistema olfativo situados nas antenas dos mosquitos. São mais de 300 possíveis compostos químicos que nossa pele libera para o ar. A quantidade e o tipo de compostos varia de acordo com nossa genética e com o meio ambiente onde vivemos. Isso mesmo, filho de pai que mosquito "adora", será "adorado" pelos mosquitos. Há outra regra: as pessoas com maior diversidade de bactérias na pele tendem a ter menos picadas de mosquitos.
|