O que foi a guerra dos mascates

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A Guerra dos Mascates ocorreu no ano de 1710 em Pernambuco e, aparentemente, foi um conflito entre senhores de engenho de Olinda e comerciantes do Recife. Estes últimos, denominados "mascates", eram, em sua maioria, portugueses.

Antes da ocupação holandesa, Recife era um povoado sem maior expressão. O principal núcleo urbano era Olinda, ao qual Recife encontrava-se subordinado.

Porém, depois da expulsão dos holandeses Recife tornou-se um centro comercial, graças ao seu porto excelente, e recebeu um grande afluxo de comerciantes portugueses.

Olinda era uma cidade tradicionalmente dominada pelos senhores de engenho. O desenvolvimento de Recife, cidade controlada pelos comerciantes, testemunhava o crescimento do comércio, cuja importância a atividade produtiva agroindustrial açucareira, à qual se dedicavam os senhores de engenho olindenses.

O que foi a guerra dos mascates

A desigualdade econômica e a crise açucareira: motivos fundamentais da Guerra dos Mascates.

O orgulho desses senhores havia colocado em crise a produção açucareira do nordeste. Mas ainda eram poderosos, visto que, controlavam a Câmara Municipal de Olinda.

À medida que Recife cresceu em importância, os mercadores começaram a reivindicar a sua autonomia político-administrativa, procurando libertar-se de Olinda e da autoridade de sua Câmara Municipal. A reivindicação dos recifenses foi principalmente atendida em 1703, com a conquista do direito de representação na Câmara de Olinda. Entretanto, o forte controle exercido pelos senhores sobre a Câmara tornou esse direito, na prática, letra morta.

A grande vitória dos recifenses ocorreu com a criação de sua Câmara Municipal em 1709, que libertava, definitivamente, os comerciantes da autoridade política olindense. Inconformados, os senhores de engenho de Olinda, utilizando vários pretextos, como a demarcação dos limites entre os dois municípios, por exemplo, resolveram fazer uso da força para sabotar as pretensões dos recifenses. Depois de muita luta, que contou com a intervenção das autoridades coloniais, finalmente em 1711 a nomeação de um novo governante que teve como principal missão estabelecer um ponto final ao conflito.

O escolhido para essa tarefa foi Félix José de Mendonça, que apoiou os mascates portugueses e estipulou a prisão de todos os latifundiários olindenses envolvidos com a guerra. Além disso, visando evitar futuros conflitos, o novo governador de Pernambuco decidiu transferir semestralmente a administração para cada uma das cidades. Dessa maneira, não haveria razões para que uma cidade fosse politicamente favorecida por Félix José, desta forma, Recife foi equiparada a Olinda e assim terminou a Guerra dos Mascates.

Em 1714,  o rei D. João V, resolveu anistiar todos os envolvidos nessa disputa, manteve as prerrogativas político- administrativas de Recife e promoveu a cidade ao posto de capital do Pernambuco.

O que foi a guerra dos mascates

A Guerra dos Mascates foi um período importante na história do Brasil. Você sabe como ela ocorreu? Esse tema é muito recorrente em vestibulares, por isso é preciso estar por dentro. Neste post, falamos, resumidamente, o que foi e quais as causas do conflito. Confira!

O que foi a Guerra dos mascates?

A Guerra dos Mascates aconteceu entre 1710 e 1711 e é considerada um movimento nativista, que é o conflito entre os nativos da terra e as pessoas do reino. Nesse confronto, de um lado estavam os senhores de terras e engenhos de Pernambuco e, do outro, os comerciantes portugueses da metrópole de Recife, chamados de mascates.

Guerra dos mascates: resumo

A guerra começou em 1710 com os olindenses invadindo a cidade de Recife. Os recifenses conseguiram retomar o controle da cidade, com uma ação militar apoiada por autoridades de outras capitanias. A guerra só foi interrompida quando a Coroa Portuguesa nomeou um novo governante para encerrar o conflito.

Causas

Os senhores de engenho de Olinda pegaram empréstimos com os comerciantes portugueses de Recife, os mascates, para saldar as dívidas. Como os juros eram altíssimos, o endividamento dos olindenses foi inevitável.

Apesar de dependente dos mascates, os olindenses não aceitaram a emancipação de Recife, que era subordinada à Olinda até então. Isso porque essa independência da cidade colocava os comerciantes no mesmo patamar político.

Líderes

Leonardo Cavalcanti de Albuquerque Bezerra foi o líder pernambucano contra os mascates. Ele, seu irmão Manoel e seu filho Cosme foram os que mais protestaram. Dessa maneira, ele foi chamado de “o primeiro pernambucano livre”.

Como terminou a Guerra dos mascates?

Félix de Mendonça foi escolhido como governante. Ele apoiou os mascates e ordenou a prisão dos olindenses que estavam envolvidos com a guerra.

Para evitar novos conflitos, o governador de Pernambuco estabeleceu que a administração seria alternada semestralmente em cada cidade. Dessa maneira, ele queria evitar que uma cidade se sentisse desfavorecida politicamente.

A Guerra dos Mascates foi o período de confronto entre os senhores de engenho de Olinda e dos comerciantes portugueses de Recife por questões políticas e econômicas. Por fim, Dom João V promoveu a cidade pernambucana ao posto de capital.

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O que foi a guerra dos mascates

O mascate com seus escravos (Henry Chamberlain)

O que foi

A Guerra dos Mascates foi uma rebelião de caráter nativista, ocorrida em Pernambuco entre os anos de 1710 e 1711, que envolveu as cidades de Olinda e Recife.

Contexto histórico

Com a expulsão dos holandeses do Nordeste, a economia açucareira sofreu uma grave crise. Mesmo assim, a aristocracia rural (senhores de engenho) de Olinda continuava controlando o poder político na capitania de Pernambuco.

Por outro lado, Recife se descolava deste cenário de crise graças à intensa atividade econômica dos mascates (como eram chamados os comerciantes portugueses na região). Outra fonte de renda destes mascates eram os empréstimos, a juros altos, que faziam aos olindenses.

As principais causas da Guerra dos Mascates foram:

- Disputa entre Olinda e Recife pelo controle do poder político em Pernambuco.

- Crise econômica na cidade de Olinda.

- Favorecimento da coroa portuguesa aos comerciantes de Recife.

- Forte sentimento antilusitano, principalmente entre a aristocracia rural de Olinda.

- Conquista da emancipação de Recife, através de Carta Régia de 1709, que passou a ser vila independente, conquistando autonomia política com relação à Olinda. A aristocracia rural de Olinda temia que Recife, além de ser o centro econômico, passasse a ser também o centro político de Pernambuco.

O que foi a guerra dos mascates

Manuel Álvares da Costa: bispo que foi governador de Pernambuco após a Guerra dos Mascates.

Objetivos do movimento:

- Os olindenses queriam manter o controle político na região, sobretudo com relação à próspera cidade de Recife.

- Os olindenses queriam que a coroa portuguesa mantivesse Recife na condição de povoado.

- Os olindenses não queriam que a coroa portuguesa continuasse privilegiando os mascates (comerciantes de Recife). Logo, defendiam a igualdade de tratamento.

Como foi e como terminou o conflito

Em 1710, havia um clima de hostilidades e tensão entre as duas cidades pernambucanas. Neste ano, os olindenses invadiram Recife dando início a Guerra dos Mascates. Num primeiro momento da guerra, os olindenses levaram vantagem, porém, em 1711 os recifenses (mascates) se organizaram e invadiram Olinda, destruindo vilas e engenhos na cidade. A guerra terminou em 1711 após a coroa portuguesa nomear, para governador de Pernambuco, Félix José Machado.

Consequências principais:

- O governador de Pernambuco ordenou a prisão dos principais líderes do movimento.

- A autonomia de Recife permaneceu após o conflito.

- Em 1712, Recife tornou-se a sede administrativa de Pernambuco.

O que foi a guerra dos mascates

Oficiais da cavalaria de Pernambuco (século XVIII) que atuaram na Guerra dos Mascates.

atualizado em 03/08/2021Por Jefferson Evandro Machado Ramos

Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).