Os vegetais apresentam ciclo de vida conhecido como diplobionte isso se deve ao fato de que

Quais são e como se dão os ciclos reprodutivos vegetais, e qual a diferença entre esporos e gametas?
Enviado por Nivea de Castro Oliveira

Os vegetais apresentam ciclo de vida conhecido como diplobionte isso se deve ao fato de que

Existem três tipos de ciclos reprodutivos presentes nos seres vivos com reprodução sexuada, os ciclos haplobionte, diplobionte e haplodiplobionte.

Dependendo da classificação utilizada incluímos alguns grupos de algas dentro do grupo dos seres vivos que conhecemos comumente como “Vegetais”. Dessa forma os tipos de ciclos reprodutivos dos vegetais podem ser:

Ciclo Haplobionte: Ciclo de vida no qual o indivíduo que produz os gametas é haploide (n). O zigoto (ou célula ovo) diplóide (2n) é formado a partir da fecundação dos gametas e logo em seguida sofre meiose, formando células haplóides (n) que se desenvolverão formando os indivíduos adultos. A meiose neste ciclo é conhecida como meiose inicial ou zigótica. Possuem o ciclo haplobionte algumas algas verdes (clorófitas).

Ciclo Diplobionte: Ciclo de vida no qual o indivíduo que produz gametas é diploide (n). A meiose ocorre na formação dos gametas, que são as únicas células haploides (n) no ciclo. A partir da fecundação dos gametas é formado o zigoto diploide (2n), que se desenvolverá formando o indivíduo adulto. A meiose neste ciclo é conhecida como meiose final ou gamética. Possuem o ciclo diplobionte algumas algas verdes (clorófitas) e algas pardas (feófitas).

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Ciclo Haplodiplobionte: Também conhecido como Alternância de gerações, é o ciclo onde há um adulto diplóide (2n) e um adulto haplóide (n). O adulto diplóide (2n) produz esporos (n) por meiose, por isso o chamamos de esporófito (produtor de esporos). Já o adulto haplóide (n) produz gametas por mitose, recebendo o nome de gametófito (produtor de gametas). A meiose neste ciclo é conhecida como meiose intermediária ou espórica. Encontramos o ciclo haplodiplobionte presente nas algas vermelhas (rodófitas), em algumas algas verdes (clorófitas) e algas pardas (feófitas), e nos grupos das briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas.

Gametas e Esporos são células reprodutivas. O Gameta é uma célula haplóide (n) que necessita de outro gameta para fecundar e formar o zigoto (ou ovo). O zigoto dará origem ao embrião que se desenvolverá formando o indivíduo adulto. Já o Esporo é uma célula resistente que sem a presença de outra célula, a partir de condições ambientais favoráveis, germinará e se desenvolverá formando o indivíduo adulto.

*Pergunta respondida pelo professor de Biologia do Cursinho do XI, Leandro Neves.

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A expressão alternância de gerações refere-se a ciclos reprodutivos que ocorrem em diferentes organismos vivos, como plantas, algas e cnidários, e caracteriza-se por duas gerações distintas alternadas em um ciclo de vida. No entanto, apesar de ser usada a expressão alternância de gerações para a reprodução de plantas e animais, o processo é bem diferente nesses seres.

→ Alternância de gerações em plantas

Nas plantas, ocorre a alternância entre um ciclo reprodutivo com a presença de uma geração esporofítica (produz esporos) e outro apresentando uma geração gametofítica (produz gametas). A geração esporofítica tem células diploides (duas cópias de cada cromossomo), e a gametofítica é haploide (uma cópia de cada cromossomo).

A geração haploide é resultante da germinação dos esporos, os quais são haploides. Inicia-se, então, a fase chamada de gametofítica, em que há a formação de gametófitos dos dois sexos. Os gametófitos, por sua vez, produzem gametas haploides. Esses gametas fundem-se na fecundação, o que leva à formação de um embrião diploide, que sofre sucessivas mitoses e transforma-se em um indivíduo adulto formador de esporos. Formados a partir de meioses, esses esporos são, conforme foi dito antes, haploides.

Podemos concluir, assim, que todas as plantas apresentam duas gerações distintas: uma diploide, produtora de esporos, e uma haploide, produtora de gametas. Portanto, é um ciclo de vida diplobionte.

→ Alternância de gerações em cnidários

Em cnidários, também observa-se um ciclo de vida com alternância de gerações, entretanto, esse ciclo apresenta algumas importantes diferenças quando comparado à alternância de gerações das plantas. Diferentemente das plantas, os cnidários não apresentam uma fase haploide e uma fase diploide, mas apenas o gameta haploide, ou seja, trata-se de um ciclo haplobionte diplonte.

Nos cnidários, ocorrem duas fases de vida diploide, em que uma é séssil e responsável por realizar a reprodução assexuada e a outra é livre e realiza a reprodução sexuada. A reprodução assexuada é realizada na fase de pólipo, uma forma séssil do cnidário. A fase sexuada é a da medusa, que é uma forma livre e natante. Pólipos formam medusas de maneira assexuada e elas, por sua vez, originam pólipos por meio de reprodução sexuada. Percebe-se, portanto, que a alternância de gerações nos cnidários diz respeito à alternância na morfologia corporal e na forma de reprodução.

As briófitas são plantas, em sua maioria, terrestres e que vivem geralmente em ambientes úmidos e sombreados. Apresentam pequeno porte em virtude da ausência de vasos condutores e possuem como representantes mais conhecidos os musgos, pequenas plantinhas conhecidas desde a Era Paleozoica.

O ciclo de vida das briófitas destaca-se pela alternância de gerações. Isso significa que, durante a vida da planta, ela passa por uma fase de vida diploide (2n) e uma fase haploide (n). Na fase diploide, observa-se um indivíduo produtor de esporos denominado de esporófito; na fase haploide, é possível verificar a presença de um organismo capaz de produzir gametas, ou seja, um gametófito.

Ciclo de vida das briófitas

Os vegetais apresentam ciclo de vida conhecido como diplobionte isso se deve ao fato de que

Observe o esquema do ciclo de vida das briófitas

O ciclo de vida das briófitas inicia-se com os gametófitos femininos e masculinos (n), fase haploide e mais duradoura do ciclo. Nos gametófitos masculinos, percebe-se a presença de anterídios, estruturas que produzem as células reprodutoras masculinas biflageladas denominadas de anterozoides. Nos gametófitos femininos, as estruturas que produzem a célula reprodutora feminina, denominada de oosfera, são os arquegônios.

Quando uma gota de água cai sobre os gametófitos, os anterozoides nadam até o arquegônio a fim de encontrar a oosfera para que ocorra a fecundação. A natação em direção ao arquegônio é possível porque essa estrutura feminina produz substâncias químicas que promovem atração. Assim que as células se encontram, ocorre a formação de um embrião diploide (2n), que dará origem a um esporófito adulto diploide (2n).

O esporófito, fase transitória do ciclo, surge no gametófito e dele é dependente nutricionalmente. O esporófito é formado por uma haste e uma cápsula (esporângio). No interior dessa cápsula, existe um tecido esporógeno que sofre meiose e forma esporos haploides (n).

Os esporos são liberados no ambiente e, caso caiam em um local propício, germinam. O esporo, ao germinar, dá origem a uma estrutura denominada de protonema (n), a qual se transforma em um gametófito, que, por sua vez, desenvolver-se-á e reiniciará o ciclo.

Vale destacar que, em algumas briófitas, o gametófito é capaz de realizar reprodução assexuada, formando propágulos, gemas ou ainda outro ser por meio de fragmentos de talo.

Curiosidade: Apenas as briófitas apresentam a fase de gametófito como fase dominante. Todos os outros grupos de plantas apresentam o esporófito como fase mais duradoura do ciclo de vida.

Os seres vivos podem reproduzir-se de duas maneiras principais: sexuadamente ou assexuadamente. Essa última forma não envolve o encontro de gametas, diferentemente da forma sexuada, que envolve as células reprodutivas.

Organismos com reprodução sexuada podem apresentar três tipos de ciclos reprodutivos diferentes: ciclo haplobionte haplonte, ciclo haplobionte diplonte e ciclo diplobionte. Esses ciclos são diferenciados pelo número de cromossomos presentes em uma célula somática e também pela presença de adultos diploides e/ou haploides.


→ Ciclo haplobionte haplonte

Os ciclos chamados de haplobiontes (do grego haplo, simples, único, e bionte, organismo) são aqueles em que há apenas um tipo de indivíduo adulto. No ciclo haplobionte haplonte, chamado somente de haplobionte por alguns autores, o indivíduo adulto é haploide e o zigoto é diploide, ou seja, o adulto possui apenas um grupo de cromossomos, e o zigoto possui dois grupos.

Nesse ciclo, o adulto produz gametas haploides (n) que, ao fundirem-se na fecundação, originam um zigoto diploide (2n). O zigoto, então, sofre meiose, o que resulta em células haploides. São essas células haploides que originam o adulto. Percebe-se, portanto, nesse ciclo, que o único adulto é um indivíduo haploide. A meiose ocorre no zigoto e, por isso, é chamada de zigótica.


→ Ciclo haplobionte diplonte

Esse ciclo de vida também é haplobionte, uma vez que há apenas um tipo de adulto. Nesse caso, porém, trata-se de um adulto diploide, diferentemente do que ocorre no ciclo haplobionte haplonte.

No ciclo haplobionte diplonte, chamado de diplobionte por alguns autores, o indivíduo adulto diploide (2n) produz gametas haploides (n) por processos de meiose. Na fecundação, os gametas formam o zigoto diploide (2n) que, então, sofre mitose e origina um indivíduo adulto diploide (2n). Esse adulto produz gametas e dá continuidade ao ciclo. No ciclo haplobionte diplonte, apenas os gametas são haploides, e os adultos são sempre diploides. A meiose, nesse caso, é sempre gamética, pois leva à formação de gametas.


→ Ciclo diplobionte

O ciclo diplobionte (do grego diplo, duplo, dois) apresenta duas formas de vidas adultas: uma haploide e uma diploide. Esse tipo de reprodução denomina-se alternância de gerações.

Nesse ciclo, inicia-se a fusão de gametas haploides (n) para a produção de um zigoto (2n), que sofre, por sua vez, mitose, originando um adulto também diploide (2n). Esse adulto produz células haploides por meiose, as quais originam um indivíduo adulto haploide (n). Adultos haploides produzem gametas também haploides(n), que, por meio da fecundação, produzem um zigoto diploide, iniciando o ciclo. Portanto, nesse tipo de ciclo reprodutivo, existe a alternância entre gerações haploides e diploides.