São 4.000 anos de história, literatura, cultura, dança, folclore, música e gastronomia. Trajetória que começa com Abraão e seus descendentes, se confunde com a própria história da humanidade e tem como referência "um Deus que não se apresenta como Criador, nem a primeira causa, mas aquele que realiza a intervenção na história e se envolve com os seres humanos, a liberdade e a ética", relembra o rabino Leonardo Alanati a saga do povo judaico, diante de um auditório lotado na abertura do ciclo de palestras Religiões do Mundo: Fontes de Sabedoria e Humanização, promovido pelo Centro Loyola. Segundo o rabino, o povo e a terra de Israel têm origem histórica com Jacó, que recebe também o nome de Israel e é neto de Abraão. Dele se originam as 12 tribos e o Estado. O rabino explica a enorme confusão que se faz entre israelita e israelense. "Israelense é um termo moderno para o Estado de Israel, fundado em 1948 e abriga não apenas judeus, mas árabes muçulmanos (15 a 20% da população) e um pequeno percentual de cristãos. Cerca de 20% da população é israelense cristã ou israelense árabe muçulmana." Segundo o rabino, já no tempo de Jesus, os judeus viviam conflitos em relação ao seu território. "Mais da metade do povo judeu vivia fora de Israel. A convivência com os romanos se mostrava às vezes difícil e, por volta do ano 66 da era cristã, os judeus se revoltaram, mas foram derrotados e o segundo templo, reformado por Herodes, foi destruído. Durante 2.000 anos os judeus vivem no exílio na Babilônia e em outras regiões. É um tempo difícil em que eles quase perdem sua terra natal. Até a Segunda Guerra Mundial, dois terços dos judeus estariam vivendo na Europa", pontua Alanati. Com todos esses enfrentamentos, o judaísmo vai se modificando. "Com a ausência do templo, não existem mais as cerimônias com oferendas de animais e alimentos, os cultos aos sacerdotes desapareceram e o rabino, que não é sacerdote, assume nova liderança. E dessa sabedoria oral surge o Talmude, vasta enciclopédia que examina as diversas questões bíblicas mais a fundo e que depois foi colocada na forma escrita. Ele molda o judaísmo muito mais que o texto bíblico. Cremos que Deus continuou a revelar sua vontade de forma indireta através do Talmude", diz o rabino.Os judeus acreditam em um Deus onisciente, onipresente, onipotente, único e radicalmente diferente de qualquer coisa por ser do mundo, abstrato. "Por isso somos contra qualquer representação de Deus. Nas sinagogas não existem imagens nem na forma de escultura ou desenho. Cremos que esse Deus revelou aos profetas a sua palavra, sendo o maior deles, Moisés. As palavras da Torá ou Pentateuco (os cinco primeiros livros da Bíblia) são consideradas mais puras e sagradas dentro da tradição judaica", ensina Alanati. O povo judeu acredita em um Deus justo, bondoso e essa justiça se revela através de recompensa para os justos e punição para os transgressores, dependendo do julgamento desse juiz misericordioso. "Na nossa dimensão, a justiça divina não é totalmente compreensível, porque ainda vivemos a realidade de um mundo imperfeito criado por Deus. E somos nós, os seres humanos, seus parceiros, que vamos ajudá-lo no processo de recriação de um mundo melhor", acentua o rabino. Show Torá Ou Pentateuco é formado de cinco livros: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio Luciana Pajecki É a segunda rabina brasileira e a primeira a voltar para servir sua comunidade natal. Peculiaridades O judeu pode ser ateu, Sigmund Freud é um exemplo Os meninos são circuncidados no oitavo dia após o nascimentoAos 13 anos acontece a cerimônia de maioridade dos meninos e aos 12 para as meninas O sabá é celebrado no sábado, dia sagrado de descanso Os judeus usam um tipo de solidéu para cobrir a cabeça ao ler a Torá Números 1939 nesse ano eram 18 milhões de judeus no mundo, sendo 12 milhões na Europa 6 milhões de judeus foram exterminados pelos nazistas 14 milhões é o número estimado de judeus hoje (6 milhões em Israel e 8 milhões no mundo) 130 mil judeus aproximadamente vivem no Brasil nos dias de hoje 4.000 é o número aproximado de judeus que vivem em Belo Horizonte --- O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo mineiro, profissional e de qualidade. Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Siga O TEMPO no Facebook, no Twitter e no Instagram. Ajude a aumentar a nossa comunidade. Há 12 mil anos, aproximadamente, o homem já ocupava toda a extensão da América, estando presente ao longo dos 15 mil quilômetros que separam o Canadá, no extremo norte, e a Terra do Fogo, nos confins sul-americanos. Essas populações deram origem às atuais comunidades indígenas americanas, e, por isso, muito acreditam que eles tinham a aparência semelhante ao nativos de hoje. Contudo, essa impressão é falsa no caso da porção do continente que fica abaixo do Equador, sugere estudo publicado na revista especializada Plos One por pesquisadores brasileiros. Segundo o artigo, os índios sul-americanos de hoje são resultado de pelo menos duas ondas migratórias vindas da Ásia em períodos diferentes, o que explica por que as tribos da América do Sul remanescentes apresentam traços tão distintos quando comparadas umas às outras ; e também aos seus ancestrais.[SAIBAMAIS]A dúvida em saber se a aparência dos nativos modernos se assemelhava com a dos ancestrais surgiu quando, ainda no século 19, o pesquisador Peter Lund encontrou os primeiros crânios na região de Lagoa Santa, sítio arqueológico em Minas Gerais onde foram descobertos os restos mortais de Luzia, mulher que viveu no Brasil 11 mil anos atrás. Desde então, quase 100 outras ossadas foram escavadas na área. O próprio Lund reparou que os crânios encontrados tinham traços distintos dos já conhecidos ancestrais americanos. Leia mais notícias em Ciência e Saúde Desde então, o tema tem sido alvo de diversas pesquisas. ;Nós somos a mais recente geração de pesquisadores explorando o tema. Para nós, entretanto, a questão é explicar a origem dessa população tão diferente no continente;, conta Mark Hubbe, principal autor do novo estudo e professor da Universidade Estadual de Ohio (OSU, em inglês), nos Estados Unidos.Apesar do nome estrangeiro, Hubbe é brasileiro. Fez doutorado na Universidade de São Paulo (USP) e trabalhou em Lagoa Santa com Walter Neves, arqueólogo e professor da USP que batizou Luzia, e André Strauss, hoje no Departamento de Evolução Humana do Instituto Max Planck de Antropologia Evolucionária, na Alemanha. Strauss, que assina o artigo com Hubbe, desenvolve pesquisas sobre os rituais mortuários dos contemporâneos de Luzia. Além da OSU e do Max Planck, a USP e a Universidade Federal da Bahia participaram da pesquisa.Comparações Strauss explica que, ao contrário do que pode parecer, existe uma enorme variabilidade de tipos e morfologias cranianas na América do Sul. ;Alguns são muito parecidos com os de povos asiáticos, caso dos guaranis. Outros, no entanto, como os botocudos, nem tanto. O objetivo do estudo foi justamente estabelecer se essa alta variabilidade já estava presente no Holoceno Inicial;, conta o cientista.A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui. Esta página cita fontes, mas estas não cobrem todo o conteúdo.Junho de 2017) A Tabela das Nações ou simplesmente Filhos de Noé, é uma extensa lista de descendentes de Noé que aparecem em Gênesis 10, da Bíblia hebraica, o que representa uma etnologia de uma perspectiva Idade do Ferro. O significado de Noé, neste contexto, é que, de acordo com Gênesis, a população da Terra foi completamente destruída durante o Dilúvio por causa da maldade dos seus habitantes, e Noé e sua família foram os únicos sobreviventes de oito para continuar a raça humana. A Visão da história apresentada pela Bíblia, portanto, que todos os seres humanos da Terra são descendentes da Família de Noé, e, assim, relacionados.
Sem, Cam e Jafé. Ilustração de James Tissot, 1904. De acordo com Gênesis 10, Noé teve três filhos:
Os nomes desses filhos são pensados para ter um significado relacionado às raízes semitas; Cam significa "quente". Sem significa apenas "nome" ou "fama", "prosperidade". Jafé significa "abrir". A identificação de diversos descendentes da primeira geração é ajudada pela inclusão da segunda, apesar de que várias de suas identificações são menos certas. (A cópia da tabela no livro bíblico de 1 Crônicas, Capítulo 1, tem variações ocasionais na segunda geração, provavelmente causada pela similaridade de letras hebraicas, como Resh e Dalet). Formas que terminam em ‘’im’’, são plurais, provavelmente indicando os nomes dos povos, e não o nome de uma única pessoa. Descendentes de SemSem é tradicionalmente considerado o ancestral do povo semita; religiosos judeus e árabes se consideram filhos de Sem através de Arpachade (assim, semitas). Na opinião de alguns estudiosos europeus do século XVII (por exemplo, John Webb), o povo da China e da Índia descendeu dele também. Porém essa afirmação se revelou sem base científica séculos mais tarde.
Família de Arpachade (genealogia de Abraão) e linhagem de JoctãA genealogia, neste ponto, lista de várias gerações de descendentes de Arpachade, por conta de sua ligação com o povo hebreu e no resto do Gênesis:
Filhos de Joctã
Descendentes de Cam
Descendentes de Jafé
Nota: o grego Septuaginta (LXX), do Gênesis inclui um filho adicional de Jafé, "Elisa", entre Javã e Tubal; no entanto, este nome não é encontrado em nenhuma outra fonte antiga, nem em I Crônicas, e é quase universalmente aceito para ser uma duplicata de Eliseu, filho de Javã. Mas a presença de Elisa (assim como a do filho Cainã de Arfachade) nas contas gregas bíblicas para a enumeração tradicional entre fontes cristãs primitivas de 72 famílias e idiomas, a partir de 72 nomes deste capítulo, ao contrário do 70 nomes, famílias e idiomas normalmente encontrados em fontes judaicas.
1.Gênesis 10: 2.Mungello, David E. (1989). Curious Land. Jesuit accomodation and the origins of sinology. EUA: University of Hawaii Press. ISBN 0824812190 3.Stabnow, David K. (2006). "Almodad". The Comprehensive Dictionary of English & Hebrew First Names. USA: Jonathan David Company 4.Noorbergen, Rene (2001). Secrets of the Lost Races. New Discoveries of Advanced Technology in Ancient Civilizations. Washington: TEACH Services. ISBN 1572581980 5.Sabbag, David C. (2007). Dicionário Bíblico. [S.l.]: DCL 6.Kolatch, Alfred J. (2002). "Almodad". Ancient Faiths Embodied in Ancient Names Part 1. USA: Kessinger Publishing. pp. 231 7.Inman, Thomas (2006). "Almodad". HCSB Super Giant Print Dictionary and Concordance. London: Broadman & Holman. pp. 201,208 10.Nathaniel West, Roswell Dwight Hitchcock (1870). Hitchcock's. New and Complete Analysis of the Holy Bible. EUA: A.J. Johnson. pp. 201,208 11.Block, Daniel I. (1997). Comment Genesis 10. Estudos Evangélicos no alvorecer da nova história. London: InterVarsity Press
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