O que você entende por usinagem de rosqueamento

Aula 14 - Processos de usinagem de roscas - Prof. Dr. Eng. Rodrigo Lima Stoeterau

Processo de Usinagem de Roscas Processos de Usinagem

Rosqueamento Definição: processo de usiangem cujo a função é produzir rocas internas e externas É um dos processos mais complexos de usinagem

Problemas da fabricação de roscas Existem diversas classes de ajuste e precisão Pelo menos cinco medidas que devem ajustar entre si: diâmetros maior, menor e efetivo, p passo,d,h 3 H 1 D D 2 e ângulo de rosca,d 2 R D 1,d 3

Problemas da fabricação de roscas Pelo menos cinco medidas que devem ajustar entre si: diâmetros maior, menor e efetivo, passo e ângulo de rosca

Problemas da fabricação de roscas Existem vários de roscas Rosca métrica normal (DIN 13-1), fina (DIN 13-2...10) Rosca métrica cônica (DIN 158-1) Rosca Whitworth (não recomendada) Rosca GAS (DIN ISO 228-1) Rosca ISO trapezoidal (DIN 103-1) Rosca de dente de serra (DIN 513) Roscas UNF (EUA+Inglaterra) Roscas Edson Roscas especiais

Tipos roscas Problemas da fabricação de roscas

Problemas da fabricação de roscas A execução de roscas é um dos processos mais complexos de usinagem As roscas têm algumas medidas que devem ajustar entre si: diâmetro maior, diâmetro menor, passo da rosca; e ângulo de hélice da rosca Se uma destas medidas estiver incorreta, o ajuste ou a transmissão de forças ou movimentos entre a rosca interna (peça fêmea) e a rosca externa (peça macho) será deficiente Outros fatores complicadores são: o grande número de tipos e formas usadas na indústria, tanto padronizadas como especiais As diversas classes de ajuste e precisão exigidas A seleção do melhor processo de rosqueamento e a escolha das ferramentas correspondentes A seleção do método de inspeção

Formas de Fabricação Usinagem Torneamento com ferramenta simples ou múltipla Cabeçotes automáticos com pentes, tangenciais radiais ou circulares Turbilhonamento Com machos e cossinetes Fresagem com fresas simples e múltiplas Retificação com rebolos de perfil simples ou múltiplo Conformação Laminação entre rolos ou entre placas planas

Formas de Fabricação Usinagem X Conformação

Tipos de rosqueamento por usinagem Torneamento com ferramenta simples ou múltipla de filetar O perfil da rosca é executado apenas com um gume em vários passes São utilizadas ferramentas de aço rápido e de metal duro O uso de insertos indexáveis exige altas vc s Altas vc s e altos avanços recuos rápidos Processo crítico na execução de roscas próximas a ressaltos e colares Máquinas de comando manual - ferramentas de HSS e peças com rebaixos longos para a saída da ferramenta Ferramentas de metal duro e cerâmicas exigem sistemas automáticos - tornos CNC (altas vc s e retornos rápidos)

Ferramentas de roscar com insertos de metal duro Bit Pastilha com perfil de rosca Pastilha com perfil de rosca

Ferramentas de roscar com insertos de metal duro

Recomendações para rosqueamento de aços e FoFo Número de passes em função do passo

Recomendações para rosqueamento de aços e FoFo Geometria ângulo de incidência (a) - 5 a 10 ângulo efetivo de incidência (aef) - 3 a 5 ângulo de saída (g) - 0 (para evitar a deformação do perfil) Velocidade de corte Em tornos paralelos com ferramentas de aço rápido - vc < 1/2 vc de torneamento Ferramentas de materiais cerâmicos - vc ~ 1500 m/min Ferramentas de metal duro

Recomendações para rosqueamento de aços e FoFo Velocidade de corte

Torneamento de rosca com pentes Generalidades Vários gumes em ação simultaneamente Cada gume realiza um corte mais profundo que o anterior - a rosca é executada em um só passe Os pentes podem ser radiais, tangenciais ou circulares (fabricados em aço rápido) Para rosca externa direita - pente de rosca esquerda e vice versa Para roscas internas - pentes circulares

Pentes de rosqueamento Ferramenta plana para rosqueamento Ferramenta circular para rosqueamento Para rosca direita Para rosca esquerda

Tipos de cabeçotes Rosqueamento com cabeçotes automáticos Estacionários / Giratórios Generalidades Tipos de pentes acoplados aos cabeçotes Radiais / Tangenciais / Circulares Processos de Usinagem Atingindo-se o comprimento da rosca os pentes abrem e aferramenta retorna Menor desgaste da ferramenta, menor tempo gasto e melhor acabamento Os pentes são ajustáveis - facilidade para a reafiação - tolerância dimensional das roscas

Rosqueamento com cabeçotes automáticos Cabeçotes automáticos de roscar: a com pentes radiais; b com pentes tangenciais; c com pentes circulares.

Rosqueamento com cabeçotes automáticos Velocidades de corte recomendadas Material Passo da rosca [mm] Fluido de corte FoFo Cinzento FoFo maleável Aço de corte livre Aço de baixo carbono (C 0,3%) Aço médio carbono (0,3% C 0,65%) Aço inoxidável Alumínio Latão Bronze (Al, Ni ou P) Cobre 1 1 1,5 1,6 3,5 3,5 24 15 12 7,5 15 12 9 6 18 12 7,5 4,5 12 9 6 3,6 6 4,5 3 2,4 6 4,5 3 2,4 75 54 33 15 75 54 33 15 18 12 7,5 4,5 186 12 7,5 4,5 Seco ou óleo solúvel Óleo solúvel Óleo solúvel ou de corte Óleos sulfurados ou óleos graxos Idem Idem Querosene Óleo parafínico Idem Idem

Rosqueamento com cabeçotes automáticos de pentes radiais Características Os dentes cortantes em cada pente são defasados de acordo com o ângulo de hélice da rosca Pentes largos podem ser usados, permitindo chanfros compridos; Podem ser adaptados para desbaste e acabamento; Servem para execução de roscas direitas, esquerdas, finas e grossas; Vida relativamente curta dos pentes; Difícil reafiação; A quebra ou o lascamento de um dente leva usualmente à perda total do jogo de pentes

Exemplo de pente de roscar radiais Peça

Rosqueamento com cabeçotes automáticos de pentes tangenciais Generalidades Os pentes tangenciais são placas planas com perfil derosca de um lado São montados no cabeçote de modo que contactem a peça tangencialmente Filetes retos ( círculos concêntricos) ou em hélice Roscas esquerdas - pentes esquerdos

Cabeçotes automáticos de pentes tangenciais t Peça

Turbilhonamento de roscas (tornofresamento) Generalidades Processo de torneamento com corte interrompido A profundidade total da rosca é obtida por um ou vários gumes - parte interna de uma ferramenta rotativa circular Uma passada, elevada velocidade de corte Ferramenta montada de forma excêntrica em relação à peça que apresenta um movimento rotativo lento no sentido contrário ao movimento rotativo da ferramenta

Turbilhonamento de roscas (tornofresamento) Generalidades Roscas externas - a ferramenta é configurada na forma de um cabeçote de fresamento com gumes para dentro Processo executado em máquinas especiais Alto potencial de corte e elevada qualidade superficial Em geral são montadas no cabeçote 4 ferramentas de metal duro defasadas de 90 Duas atuam no fundo da rosca, uma nos flancos e uma na remoção de rebarbas Mínimo aquecimento da peça e da ferramenta Operação realizada em geral a seco

Turbilhonamento de roscas (tornofresamento) 1 2 3 1 2 3 1 Peça 2 Ferramenta 3 Suporte de fixação da ferramenta

Turbilhonamento de roscas (tornofresamento) Processos de Usinagem

Turbilhonamento de roscas (tornofresamento) Processos de Usinagem

Turbilhonamento de roscas (tornofresamento) Processos de Usinagem

Turbilhonamento de roscas (tornofresamento) Processos de Usinagem

Distribuição das ferramentas no turbilhonador Ferramenta lateral Ferramenta de fundo Ferramenta de rebarba

Rosqueamento com macho de roscar Processos de Usinagem

Rosqueamento com machos e cossinetes Generalidades Processo especial de furação e alargamento Machos para furos passantes têm entrada cônica Parte rosqueada é dividida em pentes e rebaixos Rebaixos - condução de cavacos e fluido

Rosqueamento com macho de roscar Generalidades Ferramentas manuais - fornecidas em jogos (pré-corte e acabamento, eventualmente corte intermediário) Material - quase que exclusivamente aço-rápido Processos de Usinagem Em furos cegos a velocidade é limitada pela profundidade do furo e pela rapidez de inversão da rotação da máquina Velocidades excessivas maior desgaste, acabamento ruim, rebarbas, fora da dimensão, alta Fc quebra Roscas curtas - velocidades grandes são utilizáveis Roscas profundas - baixas velocidades Diâmetros pequenos - elevados torques quebra

Tipos de macho de roscar Machos p/ tubos Machos Manuais Machos Máquina Machos p/ porcas Machos especiais

Constituintes de machos de roscar Processos de Usinagem

Constituintes de machos de roscar Processos de Usinagem

Saída dos cavacos em machos de roscar Processos de Usinagem

Desgaste em machos de roscar Processos de Usinagem

Refiação de macho de roscar Processos de Usinagem

Exemplo de macho de roscar Ferramenta Peça Primeiro corte

Rosqueamento com Cossinetes Processos de Usinagem

Rosqueamento com Cossinetes Ferramentas multicortantes utilizadas no corte de roscas externas Trabalhos de manutenção, reparos, máquinas de roscar com exigências limitadas de precisão e acabamento Inversão da rotação para a retirada da peça (pode causar danos nos filetes da rosca e desgastar a ferramenta) Pequeno diâmetro - uso em máquinas com espaço limitado Metais de resistência média - roscas de até 24 mm Metais leves - roscas de até 30mm O sobrematerial para acabamento não deve ser pequeno O sobrematerial de mais - desgaste excessivo, trancamento e quebra

Condições para rosqueamento com cossinetes Diâmetro da haste levemente menor que o diâmetro maior da rosca assegurar corte fácil, precisão e acabamento Como orientação pode-se adotar: d h =d P 10 Onde: P = passo da rosca dh= diâmetro da haste d = diâmetro nominal da rosca

Condições para rosqueamento com cossinetes Chanfro da haste de 45 - facilitar o início do corte e eliminar bordos vivos cortantes na entrada da rosca. O diâmetro de entrada deve ser o diâmetro menor da rosca Uso de lubrificação adequada Uso de velocidades de corte reduzidas (menores que as recomendadas para usinagem com machos) Ângulos adequados de entrada, incidência, saída e ponta espiral, de acordo com o tipo de material da peça a ser rosqueada

Fresamento de roscas Processos de Usinagem

Fresamento de roscas Interno Externo

Fresamento de roscas Interno Externo

Retificação de roscas Processos de Usinagem

Retificação de roscas Processos de Usinagem