O que pode causar diarreia por mais de uma semana

A diarréia caracteriza-se por evacuações de consistência liquida, soltas, ocorrendo mais de três vezes ao dia .É um problema comum que dura um a dois dias e tende a terminar sozinha, sem nenhum tratamento especial.Entretanto diarréia prolongada pode representar outros problemas. Diarréia pode causar desidratação - o que significa que o organismo não consegue manter a quantidade de líquido necessária para realizar suas funções adequadamente. É um problema sério em crianças e idosos e deve ser manejado com muita atenção.

Pessoas de todas as idades podem adquiri diarréia. A média em adultos é de 4 episódios em um ano.

O que causa a Diarréia?  

Diarréia pode ser causada por um problema temporário, como infecção, ou algo crônico, como uma inflamação intestinal.

Algumas causas estão representadas:

  • Infecção bacteriana: Várias causas de bactérias ingeridas através de alimentos e bebidas contaminadas podem causar diarréia.Os mais comuns incluem Campylobacter, Salmonella, Shigella, e Escherichia coli.
     
  • Infecção viral: Muitos vírus causam diarréia, rotavírus, vírus Norwalk, citomegalovirus, vírus herpes simplex, and vírus da hepatite.
     
  • Intolerância alimentar: Algumas pessoas não são capazes de digerir determinados componentes de alimentos como a lactose (leite).
     
  • Parasitas: Parasitas podem entrar no organismo através de alimentos e bebidas contaminados e instalar-se no tubo digestivo Os mais comuns causadores de diarréia são Giardia lamblia, Entamoeba histolytica, e Cryptosporidium.
     
  • Reações a medicamentos, como antibióticos, antihipertensivos e antiácidos contendo magnésio.
     
  • Doenças intestinais, como as doenças inflamatórias intestinais ou doença celíaca.
     

Distúrbios intestinais funcionais, como a syndrome do intestino irritável (SII),condição em que o tubo disgestivo não funciona adequadamente. Algumas pessoas apresentam diarréia após cirurgia do estômago ou ao retirar a vesícula.A causa pode ser a rapidez com que o alimento caminha através do intestino delgado ou um aumento na concentração da bile no intestino grosso que ocorre após a retirada da vesícula biliar. Entretanto, em muitas vezes a causa da diarréia não pode ser descoberta.Bem como a diarréia pode cessar espontaneamente, uma investigação extensiva da causa muitas vezes não é necessária.

Pessoas que viajam para outros países têm mais chances de adquiri a diarréia do viajante, a qual é causada por alimentos ou bebidas contaminadas por bactérias, vírus ou até parasitas. Este tipo de diarréia é um problema para quem viaja para países em desenvolvimento, onde as condições sanitárias não são adequadas.

Quais são os sintomas da Diarréia?  

Diarréia pode ser acompanhado por dor abdominal tipo cólica, estufamento, náuseas ou urgência de evacuar. Dependendo dos casos pode haver febre e presença de sangue nas fezes. A diarréia pode ser aguda (curto tempo) ou crônica (longo tempo). A forma aguda, a qual geralmente perdura por um tempo inferior a 3 semanas é causada na maioria das vezes por bactéria, vírus ou infecção parasitária.

Já a crônica perdura por um tempo superior a 3 semanas e está relacionada a desordens funcionais como a síndrome do intestino irritável ou doenças como a doença celíaca e as doenças inflamatórias intestinais.

Como é tratada a Diarréia?  

Na maioria dos casos a reposição de líquidos (hidratação) é o único tratamento necessário. Medicamentos para parar a diarréia são indicados em situações especiais, portanto não devem ser utilizados sem orientação médica pois podem agravar caos de diarréia infecciosa (vírus, bactérias, parasitas).
Prevenindo a desidratação

Desidratação ocorre quando o organismo perde muito líquido e eletrólitos (potássio e sódio). Esses eletrólitos e a água devem ser repostos rapidamente, o organismo não consegue realizar suas funções adequadamente sem eles.

Embora água seja de extrema importância na prevenção da desidratação, ela não contém os eletrólitos.Para assegurar uma quantidade de eletrólitos no organismo, é adequado alimentar-se com sopas (contém sódio), sucos de frutas, frutas ou vegetais leves que contém potássio.

Orientações sobre alimentos:  

  • Até o término da diarréia evite leite e derivados, alimentos doces, gordurosos ou com altas concentrações de fibras. Estes alimentos tendem a piorar a diarréia.
  • A medida que se melhora, orienta-se o acréscimo de alimentos leves como arroz, batata, torradas, frango assado sem a pele, etc.
     

A diarréia do viajante ocorre ao se consumir bebidas e alimentos contaminados com bactérias, vírus ou parasitas. Você pode tomas as seguintes medidas para evitar a contaminação ao viajar:

  • Não beba água da torneira, nem mesmo ao escovar os dentes.
  • Não beba leite não pasteurizado.
  • Não use gelo feito de água de torneia.
  • Não coma carne ou peixes crus.
  • Não coma carne ou peixe que não estejam quentes ao lhe servir.
  • Não coma alimentos de vendedores de rua.
  • Água de garrafa (lacrada), refrigerantes e bebidas quentes tipo café e chá podem ser ingeridos com segurança.
     

Dicas para lembrar:  

  • Diarréia é um problema comum que na maioria das vezes resolve espontaneamente.
  • Diarréia pode tornar-se perigosa caso a pessoa desidrate.
  • Causas de diarréia incluem vírus, bactérias e infecções parasitárias;
  • intolerância alimentar, reações a remédios, doenças intestinais e desordens intestinas funcionais.
  • O tratamento envolve a reposição de líquido e eletrólitos.
  • Dependendo da causa dos problemas, pode-se usar medicamentos para combater a infecção (antibióticos) ou remédios para diminuir a diarréia.
     

Procure orientação médica caso a diarréia é acompanhada por intensa dor abdominal, febre (temperatura axilar maior que 37,8 º C), presença de sangue nas fezes, sinais de desidratação ou diarréia contínua por mais de 3 dias.

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Você sabe o que causa diarreia? Desde a primeira infância, a diarreia é um dos sintomas mais comuns que enfrentamos em algum momento frágil de saúde. O estado que a caracteriza é o aumento na frequência das idas ao banheiro para defecar e/ou no volume das fezes, ou ainda a diminuição da sua consistência, tornando-a aparentemente aquosa.

Na maioria das vezes, o quadro é passageiro e fácil de ser tratado, sem exigir uma interferência médica. Mas, dependendo dos sintomas que a acompanham, como mal-estar, dores, vômito ou a presença de sangue nas fezes, pode exigir um pouco mais de atenção. Então, como saber se o que causa diarreia é algo grave?

De acordo com a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, o sintoma pode ser classificado em dois graus: diarreia aguda, em que a duração é inferior a duas semanas, e crônica, associada a doenças mais graves e que perdura por mais de quatro semanas.

O diagnóstico correto do quadro só poderá ser confirmado por um profissional da área. Mas é preciso ficar atento aos sinais e à duração do sintoma para saber quando é a hora de procurar ajuda.

A diferença entre diarreia e disenteria

Diarreia: Neste caso acontece um aumento da frequência ou diminuição da consistência fecal. É considerada diarreia mais de três evacuações no período de 24 horas. A diarreia pode ser dividida em:

Aguda – que dura 14 dias;

Persistente – por mais de 14 dias;

Crônica – que dura mais de 4 semanas.

Disenteria: Para ser considerado uma disenteria, a diarreia está associada a dor, com muco e sangue nas fezes¹.

A diarreia pode trazer algumas complicações e a principal delas é a desidratação. A desidratação apresenta alguns sinais como a ausência de lágrimas, o afundamento da moleira, boca e língua secas, diminuição da quantidade de urina, olhos fundos e muita sede. Ao notar estes sintomas, é importante procurar um médico para iniciar o tratamento.

Diferença entre diarreia e disenteria

Apesar de nas duas situações poder ser observado o aumento no número de evacuações por dia e alteração na consistência das fezes, na disenteria é possível observar a presença de muco e sangue nas fezes, o que não acontece em caso de diarreia.

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O que causa diarreia? 5 causas comuns

A Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia afirma que um dos principais dilemas é decidir quando submeter o paciente a uma investigação mais específica e iniciar um tratamento. Por isso, o primeiro passo é entender o histórico clínico do quadro, o aspecto das fezes e o contato com possíveis agentes externos ou condições de saúde pré-existentes que podem ser desencadeantes.

Entre as causas mais frequentes da diarreia, podemos citar:

1. Vírus, bactérias ou parasitas

A diarreia infeciosa é classificada como aguda e pode ser causada por bactérias como a Salmonella e a Shighella, toxinas bacterianas como a do estafilococus ou infecções virais, que geralmente provocam também febre, desanimo e falta de apetite.

É muito mais comum em crianças e pode durar até uma semana, se não for devidamente tratada. A Sociedade Brasileira de Pediatria aponta que a presença constante desse sintoma pode favorecer a desidratação ou a desnutrição do paciente.

Além disso, parasitas intestinais como a amebíase e giardíase, que são transmitidos por meio da ingestão de cistos presentes em alimentos ou água contaminados de fezes humanas, também podem causar infecções e provocar a diarreia, exigindo um tratamento específico.

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2. Alimentação

No caso dos alimentos, existem três situações que podem desencadear a diarreia. A primeira é o consumo excessivo de açúcar – que fermenta bastante no corpo – e gorduras, principalmente presentes nos industrializados, o que pode soltar o intestino dependendo da sensibilidade de cada organismo.

A contaminação ou intoxicação alimentar é outra opção muito frequente, em especial no verão, já que altas temperaturas podem comprometer a conservação de alimentos e favorecer a proliferação dos micro-organismos nocivos à saúde. Os principais vilões são as carnes (principalmente cruas), frutos do mar, ovos, maionese, verduras mal lavadas e leites e derivados fora de refrigeração.

Ainda, as intolerâncias e alergias a alimentos específicos são problemas comuns que afetam milhões de pessoas e provocam reações como a diarreia e gases. Podemos citar a doença celíaca (glúten) e intolerância à lactose como as mais presentes entre a população.

3. Medicamentos

O uso de antibióticos no tratamento de infecções, principalmente de forma excessiva, desnecessária ou inadequada, pode causar diarreia como um dos efeitos colaterais. O mesmo pode ocorrer diante de altas doses de vitamina C e alguns medicamentos para o coração e tratamento do câncer.

Isso porque alguns medicamentos em excesso acabam atuando na destruição indiscriminada das boas e das más bactérias dos intestinos, gerando um desequilíbrio.

Quem sofre de constipação intestinal e procurou ajuda médica para o uso de laxantes também precisa ter cuidado com sua constância e abuso, pois pode levar a um piora do quadro e provocar diarreia e fragilidade na parede do intestino.

4. Doenças inflamatórias do intestino

A Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn explica que essas duas doenças, que causam inflamação no trato digestivo, são muito conhecidas quando falamos sobre o que causa diarreia. Ambas precisam de atenção médica para controle dos sintomas.

A colite ulcerativa é uma inflamação e ulceração da camada mais superficial do cólon, provocando diarreia, sangramento retal e, às vezes, dor abdominal. Já a Doença de Crohn, que possui sintomas semelhantes, pode afetar qualquer parte do trato gastrointestinal, se tratando de uma condição crônica, que exige um acompanhamento por toda a vida.

5. Síndrome do Intestino Irritável

Um distúrbio bem mais comum entre a população feminina, que gera episódios de desconforto abdominal, dor, diarreia e prisão de ventre. Sua causa ainda é desconhecida, mas os especialistas acreditam que se relaciona a contrações musculares no intestino, infecções e inflamações do órgão, alterações no sistema nervoso digestivo ou na microbiota intestinal.

Os principais gatilhos que desencadeiam as crises são a má alimentação e qualidade de vida, alterações hormonais (como nas mudanças da menopausa), estresse e ansiedade. O tratamento envolve uma mudança de hábitos, incluindo dieta rica em fibras e medicamentos que ajudam a soltar o intestino e diminuir as dores.

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Dicas para aliviar o quadro de diarreia

A Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade afirma que se automedicar pode ser prejudicial ao quadro e à saúde geral, pois a diarreia é um jeito de o corpo eliminar as toxinas que o estão adoecendo e os remédios podem interrompê-lo. Por isso, o ideal é esperar que ela pare sozinha, sem intervenção.

Durante os dias de desequilíbrio intestinal, é essencial se hidratar tomando bastante líquidos e se alimentar com comidas leves, dando preferência às carnes magras, frutas, bebidas isotônicas, sucos naturais e chás. Evite alimentos que afetam o intestino e agravam os sintomas, como café, refrigerantes, doces, comidas gordurosas e/ou picantes, leite e derivados.

Quando procurar ajuda médica?

Para os casos em que a diarreia é o único sintoma, a recomendação é procurar por um profissional da saúde de confiança se ela não desaparecer naturalmente após sete dias. Crianças e idosos se desidratam mais rapidamente, então vale reduzir esse tempo para 2 dias, principalmente quando há muitos episódios de diarreia sequenciais e o paciente está bebendo pouco líquido.

No entanto, se os episódios de diarreia forem alternados com crises de prisão de ventre ou o aspecto das fezes parecer diferente, com a presença de sangue ou traços evidentes de gordura (má absorção), a conduta muda e é preferível realizar uma avaliação profissional.

O mesmo é indicado se as idas ao banheiro forem muito repetitivas e o paciente começar a apresentar sinais de desidratação, como apatia, boca seca e choro sem lágrimas, antes do período de sete dias.

Já quando o quadro vem acompanhado de outros sintomas desde o início, como febre, palpitações, boca seca, cólicas, vômitos, sudorese, mal-estar geral, muco ou pus nas fezes, ou se apresentar de forma crônica é importante a consulta com um especialista imediatamente.

São grandes as chances de que a diarreia esteja relacionada a outras doenças graves, como úlcera gastrointestinal, doenças inflamatórias do intestino, cânceres intestinais, alterações da imunidade como AIDS ou patologias que acarretam a má absorção dos nutrientes.

Exames podem ser necessários

Para o diagnóstico correto para saber o que causa diarreia, além do exame físico abdominal, o médico pode solicitar exames laboratoriais complementares, como os de sangue. O hemograma avalia a presença de anemia e alterações na fórmula leucocitária e o ionograma, avalia a ureia e a creatinina, mostrando a perda de fluidos e eletrólitos e como está a função renal.

Além disso, um exame das fezes auxilia na detecção de parasitas e na escolha do tratamento para os casos de doença intestinais, enquanto os exames endoscópicos são utilizados apenas na suspeita de colite pseudomembranosa, colite isquémica, e doenças inflamatórias intestinais.

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