Folguedos populares do rio grande do norte

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Neste artigo iremos aponta a cultura do Rio Grande do Norte como uma das mais ricas do Nordeste, e para tal afirmação, faz alguns esclarecimentos e elenca uma serie de informações sobre as mais diversas áreas que formam a cultura do Rio Grande do Norte, o portal descreve a nossa riqueza cultural mais ou menos assim.

Folguedos populares do rio grande do norte

Conhecendo o Rio Grande do Norte

O Rio Grande do Norte é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está situado na Região Nordeste e tem por limites o Oceano Atlântico a norte a leste, a Paraíba a sul e o Ceará a oeste.

O estado é dividido em 167 municípios e sua área total é de 52.796,791 km², o que equivale a 3,42% da área do Nordeste e a 0,62% da superfície do Brasil, sendo um pouco maior que a Costa Rica.

A população do estado recenseada em 2010 foi de 3.168.027 habitantes, sendo o décimo sexto estado mais populoso do Brasil. Na bandeira nacional, o Rio Grande do Norte é representado pela estrela Shaula.

Devido à sua localização geográfica, que forma um vértice a nordeste da América do Sul, o Rio Grande do Norte é tido como “uma das esquinas do continente”, posição que também lhe confere uma grande projeção para o Atlântico (a maior dentre os estados brasileiros). Seu litoral, com uma extensão aproximada de quatrocentos quilômetros, é um dos mais famosos do Brasil.

Na economia, destaca-se o setor de serviços. Devido ao seu clima semiárido em parte do litoral norte, o Rio Grande do Norte é responsável pela produção de mais 95% do sal brasileiro.

Origem do povo do Norte Rio Grande do Norte

Para a formação do povo norte rio grandense participaram três etnias, o índio, o português e o negro. A miscigenação de todos os índios com todos os povos que passaram aqui no Brasil, também temos a mistura cultural desses três elementos foi o pilar para a composição da população do Rio Grande do Norte.

Na capital a uma grande influência de portugueses e índios. Já a raça negra influenciou nas tradições, nas danças, comidas, celebrações, religiões trazidas da cultura negra.

Sua história

Sua história se inicia a partir do povoamento do território que hoje é o Brasil, quando houve uma onda de migrações para os Andes, depois para o Planalto do Brasil, a região Nordeste, até chegarem ao Rio Grande do Norte.

Ao longo de sua história, seu território sofreu invasões de povos estrangeiros, sendo os principais os franceses e holandeses. Após ser subordinado pelo governo da Bahia, o Rio Grande do Norte passa a ser subordinado pela Capitania de Pernambuco.

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Cultura do Rio Grande do Norte

Em 1822, quando o Brasil conquistou sua independência do Império Português, o Rio Grande do Norte passaria a se tornar província e, com a queda da monarquia e a consequente proclamação da república em 1889, a província se transforma em um estado, tendo como primeiro governador Pedro de Albuquerque Maranhão. A capital do estado é Natal.

Pesquisadores potiguares afirmam que a expedição de Pedro Álvares Cabral teria atingido pela primeira vez a praia de Touros, em 1500. A descoberta do Brasil ainda gera controvérsias.

Para alguns historiadores, os espanhóis teriam chegado ao Brasil antes dos portugueses, afirmando que o território brasileiro foi descoberto pelo navegador Duarte Pacheco Pereira em 1498, quase dois anos antes da chegada de Álvares Cabral no Brasil.

Cultura

A cultura potiguar é um conjunto de atividades, modo de agir e costumes desenvolvidos por potiguares. O estado é sede de importantes monumentos e entidades culturais, como a Academia de Letras, o Instituto Histórico e Geográfico e a Associação de Astronomia.

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Cultura do Rio Grande do Norte

A influência da diversidade cultural está presente nos eventos populares e no folclore norte rio grandense, que vai de procissões a vaquejadas, e de danças típicas como forró, quadrilhas estilizadas e Bumba meu boi.

Contadores de viola, cordelistas, repentistas, emboladores e grupos de dança que recontam a historia do povo potiguar é a presença mais marcante desta cultura, que é uma das mais ricas do nordeste.

A religião predominante é a católica. A religião protestante evangélica também tem destaque aqui no Rio Grande do Norte. O percentual de evangélicos no Brasil é um pouco forte, mas podemos encontrar outras religiões como, espiritismo, umbanda, candomblé, quibanda.

A semana Santa é uma tradição, que se faz presente na forma de um retiro espiritual, inicia-se ai o período quaresmal, que suas relações eram de valorização a vida.

Para uns a tradição continua imutável, mais para a maioria da população desse mundo pós-moderno as demandas são outras, pois o desejo de ter e o de ser falam mais alto.

Quantos aos eventos, estes são realizados como diversas manifestações folclóricas (como o fandango), onde os que mais se destacam são Santos Reis, festas do Caju e de Nossa Senhora dos Navegantes, grandes vaquejadas, a Festa do Boi, o Mossoró Cidade Junina, a Festa de Santana de Caicó, a festa de Nossa Senhora da Apresentação e o Carnatal.

A cultura do Rio Grande do Norte é rica e diversa, possuindo um folclore rico, além de várias manifestações artísticas, seja na literatura, na música, ou ainda em outros ramos culturais.

Quais as danças mais tradicionais do Rio Grande do Norte?

Dentre todas as manifestações culturais do Rio Grande do Norte, essas danças são as mais fortes, é um tradição que se mantém viva e cheia de energia, gerando sempre grandes eventos onde tem sua apresentação.

Bumba meu boi

Uma das mais tradicionais festas folclóricas nordestinas, essa dança, também conhecida como boi-bumbá, está presente em diversos estados da região. No Rio Grande do Norte, essa tradição artística tem participação importante na cultura popular e encanta a todos com suas cores e ritmos.

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Cultura do Rio Grande do Norte

O festejo se caracteriza pela utilização de fantasias coloridas do animal e todos os participantes dançam ao som das toadas. Sua origem remete a lendas europeias, mas ganhou novos formatos com a influência dos índios e negros.

Essa dança é comumente apresentada durante as festas de homenagem aos Reis Magos mais popular no Nordeste e também é considerada uma festa muito rica estética e socialmente. É comum a apresentação dessas danças em festas durante o ciclo do Natal.

Coco

Quem consegue ficar parado ao som do mestre Jackson do pandeiro, por exemplo? Esse ícone da música nordestina é um dos artistas que têm suas raízes ligadas ao ritmo chamado coco. Em Natal, você pode até cansar no meio da brincadeira e dançar fora do compasso.

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Cultura do Rio Grande do Norte

Apesar de haver muita controvérsia em relação à sua origem, no Rio Grande do Norte, a dança coco é considerada parte da cultura popular, está presente nas festas e ainda influencia bastante os cantores mais jovens. Inclusive, o coco de zambê é uma dessas danças tradicionais do Rio Grande do Norte trazidas dos africanos escravizados e que faz muito sucesso entre os turistas, principalmente durante o São João.

Mas, de modo geral, o coco é caracterizado pela presença forte de instrumentos de percussão, como o pandeiro, o ganzá, o bumbo e o triângulo, e é uma das danças mais animadas do Nordeste sempre encantando os participantes com palmas de mão e pisadas marcadas, daquelas de levantar poeira do salão. Prepare sua sandália.

Boi calemba

As danças em homenagem ao bumba meu boi são tão fortes na cultura do povo potiguar que foi criada a expressão ‘’boi calemba’’, referindo-se a uma dança inspirada na do bumba meu boi para diferenciar o boi dos reis do Rio Grande do Norte de outros estados do Brasil.

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Cultura do Rio Grande do Norte

Essa dança conta, normalmente, com 16 figurantes divididos em dois grupos: os enfeitados e os mascarados. O primeiro é composto pelo mestre da brincadeira, pelos Galantes e Damas. É esse grupo que fica responsável pelo lado sério do espetáculo. Eles devem cantar as cantigas de louvor e saudações, além de dançar as músicas coreografadas ao som da rabeca.

O segundo grupo fica responsável pela parte cômica do espetáculo e é formado pelo Mateus, Birico e Catarina. As roupas apresentadas devem estar surradas e o rosto, besuntado de tisna, para evidenciar a condição de vaqueiros-escravos da pecuária nordestina.

Claro que também não pode faltar o boi calemba na apresentação, além de outros personagens como a burrinha, o bode, o gigante e o Jaraguá.

Fandango

Muita gente associa o fandango ao sul do país. De fato, o ritmo está presente por lá também porém, com uma outra roupagem e denominado marujada, entretanto, para quem não sabe, essa é uma das danças tradicionais do Rio Grande do Norte que ainda resistem ao tempo e aos modernismos, sendo inspirada nas aventuras marítimas dos portugueses e disseminada por todo Brasil.

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Cultura do Rio Grande do Norte

Seus festejos atravessaram o século e são caracterizados pelas vestimentas semelhantes às dos marinheiros (por esse motivo, a festa também costuma ser chamada de marujada em outras regiões, como já dissemos). O grupo formado deve ter 40 marujos, entre oficiais e marinheiros.

O fandango é comumente apresentado no Rio Grande do Norte durante o ciclo natalino. Todos os personagens devem estar vestidos a caráter enquanto cantam e dançam ao som de instrumentos de corda. Não é utilizado nenhum instrumento de sopro ou percussão. Tradicionalmente, os instrumentos usados nessa apresentação eram o violão e cavaquinho e, posteriormente, o banjo, em 1953.

O ritmo tem origem espanhola e, por isso, o som dos sapateados no chão se assemelham a outras danças do país. No Brasil, poucos grupos e festas ainda se organizam para manter a tradição, em especial nas zonas rurais.

Forró

E agora iremos falar um pouco sobre o gloriosos forro, nesse ritmo não tem como ficar parado. Viajar para o Nordeste e não “ralar o bucho” (como os nordestinos se referem à dança), com certeza vai deixar sua viagem incompleta. Se for ao Rio Grande do Norte, então, pode reservar algumas noites de muita dança e animação.

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Cultura do Rio Grande do Norte

Isso porque o ritmo mais característico da região que promoveu grandes artistas, como Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Elba Ramalho, entre outros ainda é a verdadeira paixão de todo nordestino e dos turistas que visitam aquelas terras. Então, se você já ouviu a expressão ”o forró daqui é melhor do que o seu”, ao seu referir ao ritmo nordestino, não se surpreenda.

Além dos clássicos do forro pé de serra, o ritmo ganha, a cada ano, novas roupagens, como o forró eletrônico e o arrocha e nem por isso perdeu seus encantos! Tem sanfona, zabumba e triângulo? Já basta para todo mundo dançar agarradinho.

Você sabia que o artesanato também é cultura?

Você sabia que todo artesanato Potiguar tem uma grande história por traz? por isso é considerado parte da cultura local, sempre com muita graça é possível encontrar artesãos espalhados por todas as grande cidades do Rio Grande do Norte.

Garrafinhas de Tibau: As areias são retiradas das dunas, que estão bem à vista, diante da praia. São areias siltosas, às vezes argilosas, impregnadas de sais de ferro. Encontram-se também areias com minerais pesados (biotita, iemenita, etc.), que são as de cores escuras. Suas variedades de cores são impressionantes, subindo a vinte e cinco tonalidades.

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Cultura do Rio Grande do Norte

Barcos de santos Reis: Esses barcos são fabricados de papel seda em diversas cores, colado sobre uma armação de palitos de coqueiro. Seu interior, interior tradicionalmente recheado de castanhas, farinha de amendoim e outros produtos semelhantes, hoje transporta uma carga de confeitos.

Rendas de bilro: As rendas de bilro que são utilizadas para adornar enxovais e saídas de banho são como símbolos para o artesanato local. Já se observa o uso de novas técnicas buscando atender as tendências da moda e da arquitetura através da decoração de peças de roupas e de ambientes rústicos.

Vamos conhecer um pouco das comidas típicas Potiguares?

A culinária potiguar é influenciada tanto pela colonização portuguesa e quanto pela cultura indígena.

Ela é basicamente divida em duas partes: comidas do mar e comidas da terra. As comidas de frutos do mar existem pelo fato do estado estar localizado no litoral e pela sua localização geográfica privilegiada. Já as comidas feitas dos produtos da terra derivam da atividade pecuária.

O estado possui assim dos pratos com tapioca, peixe, crustáceos, moluscos, milho verde, coco, entre outros e dos sucos e doces de frutas tropicais como manga, maracujá, mamão, caju, cajá, mangaba, entre outros.

Entre as mais variadas comidas que o povo consome há séculos, no interior do Estado estão aquelas que derivam da atividade pecuária: a carne-de-sol, a paçoca, o queijo de manteiga e de coalho, a coalhada, etc. Também são comuns as comidas preparadas com produtos da terra como a mandioca, milho verde, coco, etc.

Carne de sol É uma base da alimentação do Nordeste, insubstituível e indispensável. Onde a mesma recebe os nomes de: Carne do Ceará, Carne do Sertão, Carne Seca e Carne de Vento, dependendo do Estado nordestino e da região.

Tapioca, é uma espécie de beiju, feito de goma de mandioca meio seca e cozida em uma vasilha rasa e circular, tomando assim a sua forma. Recebe, às vezes, certa porção de coco ralado, coberta com uma camada fina da mesma goma, revirada para cozer esta parte, e dobrada ao meio, ficando assim com a feição de um semicírculo. São chamadas de tapiocas de coco.

Arroz de Leite, também conhecido como Arroz da Terra, é uma deliciosa alternativa ao Arroz tradicional na mesa do nordestino.

Personagens folclóricos são muito fortes nessa região, estão quase sempre na boca do povo e existe até celebrações para eles, abaixo vamos falar um poucos dos mais conhecidos culturalmente.

Dona Militana

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Militana Salustino do Nascimento, mais conhecida como Dona Militana,foi uma cantora de versos brasileira, considerada por muitos a maior romanceira do Brasil.

Boi Bumbá

Todo mundo conhece ou já ouviu falar do boi-bumbá, mas muitos não sabem o que é, qual é a usa lenda. É uma dança folclórica popular brasileira com personagens humanos e animais fantásticos como o boi-bumbá que gira em torno da morte e ressurreição de um boi.

Lobisomem

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Cultura do Rio Grande do Norte

De acordo com a lenda, um homem foi mordido por um lobo em noite de lua cheia. A partir deste momento, passou a transforma-se em lobisomem em todas as noites em que a Lua apresenta-se nesta fase. Caso o lobisomem morda outra pessoa, a vítima passará pelo mesmo feitiço.

Mula-sem-cabeça

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É um personagem do folclore brasileiro. Na maioria dos contos, é uma forma de assombração de uma mulher que foi amaldiçoada por Deus por seus pecados, muitas vezes é dito ser uma concubina que ter feito sexo dentro de uma Igreja com um padre católico, e condenada a se transformar em uma criatura descrita como tendo a forma de um equino sem a cabeça que vomita fogo, galopando pelo campo de entardecer de quinta-feira ao amanhecer de sexta-feira.

Boitatá

De acordo com a lenda, o boitatá protege as matas e florestas das pessoas que provocam queimadas.

Bicho papão

Dizem que o bicho papão é um monstro que persegue as crianças travessas.

O negrinho do pastoreio

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Nos tempos da escravidão, havia um estancieiro malvado com negros e peões, Na volta à estância, o patrão, ainda mais irritado, espancou o garoto e o amarrou, nu, sobre um formigueiro.

Cultura do Rio Grande do Norte e muito mais!

Se você gostou de aprender um pouco sobre a cultura do Rio Grande do Norte e quer aprender cada vez mais sobre a região e suas maravilhas, aproveite para ler nosso artigo sobre:
Passeios em Natal RN
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