O método científico é um conjunto de etapas ou passos que um cientista segue, em uma sequência lógica e organizada, para estudar os fenômenos. As principais etapas do método científico seguidas pela maioria dos cientistas do mundo são: Show Principais etapas do método científico Vejamos em que consiste basicamente cada uma delas: * Observação: Diante de algum sistema ou alguma situação que ocorre na natureza, o cientista é levado pela curiosidade e pela necessidade a buscar formas de entender o que leva aquilo a acontecer. Assim, a partir da observação, que pode ser a olho nu ou com a utilização de instrumentos, como o microscópio, o cientista começa a formular questões. Por exemplo, observa-se que a maioria das folhas é verde. Então, a seguinte questão poderia ser levantada: “Por que as folhas são verdes?”. * Hipótese: Na tentativa de responder à questão ou às questões levantadas, o cientista passa a tentar dar uma possível resposta que explique o fenômeno observado. Essa é a hipótese, ou seja, afirmações prévias para explicar os fenômenos. Por exemplo, para responder à pergunta “Por que as folhas são verdes?”, o cientista poderia levantar a seguinte hipótese: “Alguma substância está presente em todas as folhas verdes e é responsável por lhes conferir essa cor.”. * Experiências: Para verificar que a hipótese levantada é realmente verdadeira, o cientista ou a equipe de cientistas realiza vários experimentos controlados, cujos dados são medidos cuidadosamente e anotados. As experiências podem confirmar a hipótese ou mostrar que ela não é verdadeira e deve ser descartada. Assim, outra hipótese poderá ser levantada e outros experimentos serão realizados. Com os avanços tecnológicos, atualmente existem muitos aparelhos que tornam essas experiências mais precisas e confiáveis. Por exemplo, para comprovar a hipótese de que alguma substância confere a cor verde às folhas, poderiam ser realizados experimentos para isolar alguns compostos presentes em todas as folhas verdes e verificar se alguma dessas substâncias não estaria presente nas folhas que são de outras cores. * Lei: Depois de analisar cuidadosamente os resultados obtidos com os experimentos, o cientista tira algumas conclusões. Se comprovar que determinado fenômeno repete-se após certo número de experiências, ele pode formular uma lei. Isso significa que ele descreverá os eventos que ocorrem de modo uniforme e invariável, mas não explicará por que eles ocorrem. Por exemplo, o cientista pode formular a seguinte lei: “Todas as folhas verdes possuem a substância clorofila”. * Teoria: É a explicação para a lei. A teoria explica não só a questão levantada no início, mas também todas as que surgiram durante as experiências e até mesmo prevê possíveis situações relacionadas. Por exemplo, uma teoria seria: “O tom esverdeado das folhas ocorre porque elas produzem grande quantidade do pigmento clorofila. A estrutura da clorofila possui o íon Mg2+, que é o responsável pela cor verde, pois ele absorve bem os comprimentos de ondas das cores vermelha, laranja, azul e violeta, mas reflete grande parte da luz verde, que é a cor que nós enxergamos.” Mais explicações sobre as cores das folhas podem ser encontradas no texto: Por que as folhas mudam de cor? Veja agora uma ilustração que mostra as etapas do método científico em sequência: Esquema representativo das etapas do método científico Por Jennifer Fogaça Graduada em Química Aproveite para conferir nossa videoaula relacionada ao assunto: O movimento de translação está associado à existência das estações do ano e a dinâmicas climáticas, além de eventos como os solstícios e os equinócios. Como sabemos, a Terra está em constante movimento e a translação é um dos principais movimentos do nosso planeta. Eles são primordiais para que os ciclos de vida nela funcionem perfeitamente, como o ciclo hidrológico. Todo planeta no Sistema Solar tem seus movimentos de acordo com a distância que possuem em relação ao Sol. Eles influenciam dinâmicas climáticas, alterações de marés, estações do ano, consequências de dias e noites, e outras inúmeras atividades ligadas à vida na Terra. Leia também: O que aconteceria se a Terra parasse de girar? Características do movimento de translaçãoO movimento de translação acontece quando a Terra completa uma volta ao redor do Sol. Ele dura, aproximadamente, 365 dias e seis horas. Diante disso, a cada quatro anos, um dia é colocado a mais no ano no mês de fevereiro. Quando isso ocorre, tal ano é chamado de ano bissexto. Imagem que demonstra a rotação e translação da Terra.Efeitos do movimento de translaçãoAssim como a rotação traz os dias e as noites e a elevação do nível do mar, comparando-se litorais do Hemisfério Leste com os do Hemisfério Oeste, a translação também gera algumas consequências, como a definição das estações do ano e fenômenos como solstícios e equinócios. As estações do ano — primavera, outono, inverno e verão — variam de acordo com a posição orbital do planeta em relação ao Sol. Elas ocorrem graças ao movimento que a Terra faz em torno dessa estrela. Por conta da posição de órbita, os hemisférios Norte e Sul sempre estarão com as estações opostas. Por exemplo: enquanto no Brasil for verão (Hemisfério Sul), na Espanha será inverno (Hemisfério Norte) e vice-versa. Em algumas áreas do planeta é mais difícil distinguir essas estações, como é o caso de regiões localizadas nas zonas tropicais do mundo. Para saber mais sobre as diferenças e características desses fenômenos, acesse: Estações do ano. Veja no quadro a seguir as características de cada estação e suas respectivas datas de início, no Hemisfério Norte e no Hemisfério Sul.
Por conta do ângulo de inclinação da Terra em relação ao Sol, a iluminação solar não atinge todas as regiões de forma igual. Dessa forma, algumas áreas recebem mais luz solar (áreas próximas à Linha do Equador), e outras menos (os pólos do planeta). Devido a isso, aproximadamente no dia 21 de dezembro tem-se o dia mais longo do Hemisfério Sul, além do início do verão. Os raios solares incidem sobre o Trópico de Capricórnio, tornando o sul mais iluminado. No Hemisfério Norte ocorre o contrário, com o início do inverno e o dia mais curto do ano. Esse fenômeno é conhecido como solstício de verão (Hemisfério Sul) e solstício de inverno (Hemisfério Norte). É momento em que um hemisfério está mais iluminado pelo Sol do que o outro. O mesmo fato inverte-se nos dois hemisférios no dia 21 de junho, quando os raios solares incidem sobre o Trópico de Câncer: é o dia mais longo no norte e o dia mais curto no sul. Entre os dias 21 e 23 de março e 21 e 23 de setembro, o planeta recebe raios solares de forma perpendicular na Linha do Equador. Dessa forma, esses raios irradiam igualmente para os dois hemisférios. Com isso, a insolação possui as mesmas condições, deixando o dia com 12 horas e a noite também. Tal fenômeno é chamado de equinócio de primavera e equinócio de outono, dependendo do hemisfério e do período, em março ou setembro. Durante o equinócio, dias e noites possuem a mesma duração, 12 horas. Para saber mais sobre esses eventos astronômicos, leia o texto: Solstício e equinócio. Outros movimentos da TerraÉ o movimento que o planeta faz em torno do seu próprio eixo, ou seja, uma volta em torno de si. Ele ocorre no sentido anti-horário, o que possibilita que o Sol seja visto primeiramente no Hemisfério Leste. Daí a expressão popular sobre o Japão, “a terra do Sol nascente”. Cada movimento de rotação dura, em média, 23 h e 56 min, ou 24 h (dia solar). Além disso, a rotação do planeta é responsável pela existência de dias e noites, pela elevação do nível do mar no litoral leste em comparação com o litoral oeste, e também pelo desvio para oeste das correntes marítimas e da circulação do ar atmosférico. Nosso planeta não é uma esfera perfeita, tendo os pólos achatados, forma essa conhecida como geóide. Diante disso, a trajetória da Terra em torno do Sol ocorre de forma oval, recebendo o nome de trajetória elíptica, e seu caminho recebe o nome de plano eclíptico. Representação dos movimentos do planeta com a rota oval e o plano eclíptico.Durante sua órbita, em alguns momentos, a Terra pode estar mais próxima ou mais distante do Sol. Quando há uma menor distância entre os dois, chamamo-la de periélio, o que mede, aproximadamente, 147 milhões de quilômetros. Da mesma forma, quando a Terra está mais distante do Sol, chamamos esse ponto de afélio, que pode ser de, aproximadamente, 152 quilômetros. Veja também: Oito curiosidades sobre o Sistema Solar Exercícios resolvidosQuestão 1 - (UFRGS/2016) A coluna da esquerda apresenta os movimentos de rotação e translação, responsáveis por diversos fenômenos; a da direita, alguns desses fenômenos. Associe adequadamente as colunas. 1. Rotação 2. Translação ( ) Afélio e periélio ( ) Desvios dos ventos ( ) Movimento aparente do Sol ( ) Estações do ano A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: a) 2 – 1 – 1 – 2 b) 1 – 2 – 1 – 2 c) 1 – 2 – 2 – 1 d) 2 – 2 – 1 – 1 e) 1 – 1 – 2 – 2 Resolução Alternativa “a” Fenômenos como afélio e periélio, além da existência das estações do ano, são consequências da translação da Terra. _________ Questão 2 - Sobre os movimentos da Terra, marque a alternativa correta. a) As estações do ano existem graças ao movimento de rotação. b) O movimento que a Terra faz em torno de si é chamado de translação. c) O sentido da rotação do planeta é horário, ou seja, de leste para oeste. d) Os hemisférios N e S recebem a mesma quantidade de luz solar o ano todo. e) Os dias e as noites ocorrem graças à rotação do planeta, movimento em torno de si. Resolução Alternativa “e”. Graças ao movimento de rotação, dias e noites acontecem, além das diferenças de horários em diferentes regiões do planeta. Por Átila Matias Professor de Geografia |