Como descobrir a música certa para gravar

Você deseja saber quanto custa para gravar uma música? Então continue lendo esse artigo e assista ao vídeo abaixo onde você terá uma noção de preços, de como se preparar antes e durante a gravação e de como dar início a gravação da sua música.

Se você perguntar quanto custa para gravar uma música, a resposta mais sensata que poderemos lhe fornecer é: depende. Isso mesmo, o valor pode variar entre R$ 200,00 a R$ 10.000,00 reais, pois deve-se ter em mente os seguintes pontos como:

  • Se é um artista profissional ou amador.
  • iniciante ou consagrado.
  • Se o repertório é próprio ou de amigos músicos parceiros.
  • Qual o estúdio a ser escolhido e se ele será amador ou profissional.
  • Se será uma demo ou algo mais trabalhado.
  • Se será uma banda, apenas um instrumentista solo ou cantor.

Todos esses pontos devem ser levados em conta, pois cada caso é um caso e sendo assim, o valor pode ser bem distinto.

Quanto custa para gravar uma música demo?

Como descobrir a música certa para gravar

A princípio, em suas pesquisas você encontrará diversos preços de pacotes para gravação de uma música, no entanto eles podem ser desde R$200,00 por música ou mais. Isso é o preço base para a gravação de uma música apenas.

Caso a gravação for em um estúdio amador o valor cobrado por uma música pode variar entre R$80,00 a R$200,00 por isso, em uma quantidade média para um CD com dez músicas você iria poderá ter que desembolsar entre R$800,00 a R$1.200,00, nessas condições.

Quanto custa para gravar um CD profissional?

Como descobrir a música certa para gravar

Agora se você se você pretende optar por algo profissional, com design de capa, encarte, e tudo mais, os preços mudam, é comum encontrar estúdios que produzem músicas por R$8.000 a R$3.000, nesse caso o trabalho é mais ornamentado e profissional.   

Quanto tempo leva para gravar uma música?

O processo de quanto custa para gravar uma música vai além de um sonho a ser realizado, por isso é preciso todo um preparo antes da gravação, o que pode levar de semanas a meses em alguns casos até ano

É bem comum ver artistas que passam de seis meses a um ano sem gravar ou lançar nenhuma música. Esse tempo vem diminuindo, atualmente você vê artistas lançando músicas de 3 em 3 meses.

Mas porque essa demora para realizar uma gravação? A resposta é simples, ao mencionarmos que deve existir um preparo, isso inclui: composição, escolha do repertório a ser gravado, parcerias, registro das músicas, gravadora, escolha de um bom estúdio, e se você for um iniciante no mundo da música, ainda terá que possuir o domínio dos instrumentos.

Não grave uma música de qualquer jeito!

Antes de mais nada ao em um estúdio para gravação de uma música, é necessário que você tenha um planejamento estratégico em mãos.

Esse planejamento vai desde o momento onde você pega uma caneta e escreve uma composição, ao momento em que você entra em um estúdio e inicia as gravações.

O mais adequado a se fazer para dentro de sua realidade descobrir quanto custa para gravar uma música é anotar todas as cotações feitas.

Não deixe de colar desde as coisas mínimas até as mais importantes. Muitas pessoas que possuem esse sonho acabam se equivocando ao pensar que é algo fácil e que pode ser feito de todo jeito apenas entrando num estúdio e só, porém não se deve pular todas as etapas, pois assim o resultado não sairá como se espera.

O que você deve colocar no papel

Iremos usar alguns valores como exemplos, para que você tenha a noção prática de um planejamento.

Preço do estúdio

Um dos pontos mais importantes para saber quanto custa gravar uma música é o preço do estúdio. Portanto você irá considerar apenas o valor do pacote junto com a pré e a pós-produção. Digamos que o pacote de oito músicas ficou pelo valor de R$1.000,00.

Tiragem das cópias (no caso de um CD)

Caso você deseje fazer CDs físicos, precisa orçar as cópias. Nem sempre onde se grava é onde se faz as cópias, por isso fazer uma tiragem não é algo tão barato, podemos colocar uma média de R$2,00 a R$8,00 reais por CD, se você solicitar uma tiragem de cem cópias.

Registro das músicas

Antes de mais nada é importante saber como registrar uma música. Aqui é importante salientar que a biblioteca nacional tem modalidades que se tornam baratas, assim você estará seguro e acobertado contra plágios. Os registros são em média R$20,00 reais por uma música ou compilado.

Caso você tenha esse sonho, mas não domina nenhum instrumento, aconselhamos você a estudar música, pois entrar em um estúdio de gravação e não saber nada de música, poderá te trazer grandes gastos.

Como descobrir a música certa para gravar

Isso sem contar que você pode ser enganado por algum produtor que esteja mal-intencionado, fique atento quanto a isso. Saber música é o primeiro passo para iniciar uma gravação, até porque o material final levará o seu nome.

Portanto, antes de saber quanto custa para gravar uma música, procure saber o preço para registrar sua música.

No estúdio de gravação

Como descobrir a música certa para gravar

Pode acontecer imprevistos como de cordas arrebentarem, baquetas quebrarem, microfones falharem e coisas desse tipo, por isso sempre é bom ter um valor em caixa para possíveis percalços que possam acontecer.

Também é nessa fase onde o nervosismo bate, o que pode atrapalhar não só as gravações como também refletir em mais tempo no estúdio, o que irá gerar mais gastos.

Não cometa erros na hora de gravar como tentar gravar com todos os integrantes ao vivo, escolha gravar por canais separados. Então a dica é que você só deve entrar em estúdio sabendo o que irá fazer, claro que às vezes a ideia surge, mas seja ciente de que o tempo corre contra você.

Portanto, os preços sempre irão variar de acordo com a sua necessidade e condições financeiras, muitas pessoas esquecem que gravar uma música não é apenas plugar um cabo e mostrar seu talento, e sim ter um planejamento completo de todos os gastos que estarão envolvidos.

Mas afinal, vale a pena gravar uma música ou CD?

Depois de saber tudo isso, você deve estar se perguntando se ainda compensa gravar um CD. Pra isso, recomendo que você leia este artigo aqui, e descubra.

Em conclusão. Para te ajudar ainda mais na sua carreira musical, acesse nossa página de matrícula e seja membro da Hotstages.

Como descobrir a música certa para gravar

por David Dines

Em tempos de distanciamento social, poder gravar em casa virou um privilégio que tem ajudado vários artistas a continuarem as atividades de suas carreiras. Caso você nunca tenha se aventurado em gravação digital nessa estrutura faça-você-mesmo, a Tratore separou algumas dicas básicas para começar. Confira:


1. De que equipamentos preciso?

Para começar, você tem a escolha de trabalhar do seu computador ou do celular. Hoje, com o avanço de um tipo de software chamado DAW (sigla para “digital audio workstation”, ou estação de trabalho de áudio digital), é possível gravar de forma adequada das duas formas, produzindo faixas de qualidade profissional.

Caso você opte pelo computador, algumas opções básicas de DAW são o Reaper (para o Windows) e o Garageband (para Mac, mas que também tem versões para iPad e iOS). Entre as opções avançadas, que contam com diversos plugins e instrumentos virtuais nativos, há o Ableton Live, o Pro Tools, o Studio One (todos para Windows e Mac), o Logic (apenas para Mac) e o FL Studio (para Windows e celulares Android). O Wavepad também é outra boa alternativa para dispositivos Android e iOS.

Apesar de ser possível gravar com os microfones dos próprios dispositivos, é sempre recomendado contar com uma interface de áudio, que é um hardware que recebe o sinal do seu microfone ou instrumento e garante a qualidade do que está sendo captado. Para começar, há várias marcas em diferentes faixas de preço que trabalham com interfaces USB, caso você vá utilizar o computador. Há também interfaces em conta que são específicas para dispositivos móveis, como é o caso do iRig, da IK Multimedia.

Em matéria de microfones, é importante escolher com qual você pode e quer gravar, e quais diferenças de captação há em relação a outras opções. Os microfones chamados dinâmicos, como os usados por cantores ao vivo (alguns exemplos clássicos são o Shure SM58 e o SM57), captam o som de maneira mais direta e são menos sensíveis. Por isso, são recomendados para captação de amplificadores, partes da bateria, percussões e sopros. Já os condensadores, utilizados para gravações de vozes em estúdio, possuem uma sensibilidade maior e conseguem captar melhor a ambiência.

2. Crie guias (com click)

Como no estúdio, é importante estabelecer como a música será construída a partir de um elemento que sirva apenas como parâmetro. Grave um rascunho de voz e de um instrumento harmônico (guitarra, violão, piano etc.), de preferência com metrônomo (ou click, no jargão), que todas as DAWs têm. Esses rascunhos são normalmente chamados de guias. Com eles, será mais fácil tornar a gravação mais coesa, com todos os elementos em sincronia. Conforme for avançando nas gravações, você pode remover essas faixas e deixar só os registros definitivos.

3. Grave, em seguida, a seção rítmica, as harmonias e as melodias

Uma vez gravados os elementos-guia, é padrão registrar em seguida as partes percussivas (incluindo baterias e beats eletrônicos), as harmonias (guitarras, violões, pianos, teclados etc.) e, ao fim, as melodias, incluindo a voz, um elemento por vez. No entanto, como você está no domínio do processo ao gravar sozinho/a, há a possibilidade de registrar tudo isso na ordem que julgar melhor. As DAWs, com seus instrumentos virtuais e funcionalidades MIDI, também podem ampliar a gama de timbres e recursos no seu arranjo.

Na captação, também é importante avaliar a estrutura de ganho na gravação de cada parte, para que você não grave alto demais e tenha distorções no som. Sempre grave de fones de ouvido e em um ambiente o mais silencioso possível, para minimizar vazamentos indesejáveis de áudio nos microfones.

4. Não se esqueça da edição

O bom de gravar em casa é o fato de não precisar correr com nada e experimentar uma forma de gravar mais relaxada, ao contrário de quando se está em um estúdio, pagando por hora. No entanto, é importante ser criterioso/a com a edição desse material.

Nas DAWs é possível corrigir tempo, afinação, escolher takes, cortar tracks inteiras (caso necessário) e partes que “sujam” o arranjo, mover seções, reduzir ruído, retirar chiados dos equipamentos, passos, rangidos de cadeira, respirações, trânsito na rua e outros barulhos (caso você não tenha um ambiente isolado acusticamente) e períodos de silêncio, que podem virar ruído quando se acrescenta compressão.

O processo de edição fica bem mais simples caso você tenha gravado com um metrônomo, de modo que você consegue localizar e trabalhar em compassos específicos da música.

5. Mixagem e masterização

Caso queira finalizar você mesmo/a o áudio, o que pode ser complexo para iniciantes, vem em seguida a parte de mixagem, com o balanceamento dos faders para valorizar o arranjo e a inclusão de detalhes de pan, equalização, compressão, reverb e outros efeitos. Em seguida, vem a masterização, em que é definida a compressão final e o loudness da faixa. É possível utilizar plugins das próprias DAWs para a mixagem, e há softwares como o Izotope Ozone e o T-Racks, também da IK Multimedia, que facilitam o processo de masterização.

No entanto, nesse período de quarentena, vários engenheiros de mixagem e masterização continuam trabalhando remotamente a partir dos seus home studios. É bom pesquisar e ver a possibilidade de trabalhar com esses profissionais, obtendo um ótimo resultado técnico mesmo neste momento de distanciamento social.

Lembre-se de que, para distribuir sua música em todas as plataformas digitais, o arquivo final de áudio precisa estar em .wav, no padrão 44.1 kHz, 16 bits.

6. Referência é essencial

Utilize seus melhores fones de ouvido e monitores para avaliar o áudio que você está produzindo – e, se possível, invista em um bom fone ou em um bom par de caixas. Com isso, você terá uma noção mais fiel da qualidade da sua gravação e da finalização da sua faixa.

7. Busque conhecimento

Há diversas fontes de informação para a produção de áudio na internet. Como introdução à gravação em casa, recomendamos, por exemplo, o portal E-Home Recording Studio e os canais de YouTube de Chrys Gringo e Marcelo Santos, que mostram como resolver várias questões na prática. No entanto, há vários lugares em que é possível obter informação gratuita e de qualidade para o que você precisa. E, como em várias outras habilidades adquiridas, trabalhar com áudio é um processo de aprendizado contínuo, e a melhora vem também com o tempo e a prática.

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