Como começar uma historia exemplos


Nesse capítulo eu vou te dar um empurrãozinho para começar sua história. Tem tudo pronto mais travou no primeiro parágrafo? Vou colocar aqui algumas ideias de frases:

> Eu estraguei tudo.

> Você deveria parar de ler enquanto pode.

> Antes de tudo, gostaria de te avisar que essa não vai ser uma história como as outras.

> Era uma armadilha.

> OK, em minha defesa, a culpa não foi minha. Sério.

> Tem três coisas que você precisa saber antes de ler essa história.


> Era uma vez... Ah, deixa para lá. Isso não se encaixa aqui.

> Algumas vezes, as memórias são o pior tipo de tortura.

> Gostaria que você não tivesse escolhido esse livro para ler. Mas você já foi capturado, assim como eu fui. É tarde demais.

> Eu nunca pensei que minha vida daria um bom livro, mas depois de tudo, acho que talvez vire um best-seller.


> Em minha defesa, ele iria morrer de qualquer jeito.

> A verdade é que eu nunca amei Fulana.


> Meu nome é Ciclano e essa é a história de como, tentando salvar o mundo, eu acabei destruindo ele.

> A história é escrita por vencedores e é por isso que eu estou aqui.


> Quando Taylor Swift disse que odiadores vão odiar, eu não pensei que seria tanto ódio.

> Olha, não é fácil ser uma superstar.


> Se você está lendo isso, eu sinto muito. Não há mais esperança para você.

> Tudo começou quando eu me recusei a fazer um cartão C&A.


> Dizem que um homem sem chifre é um homem indefeso. Eu discordo, porque mesmo levando chifre eu me sinto indefeso.

> Quantas piadas sobre corno pode existir?

>

Querido diário.

> Fulano Ciclano faz eu querer gastar o meu réu primário.


> Minha vida parece seguir a lei de Murphy a risca: tudo que pode dar errado, dá.

> Quando olhei Fulana Ciclana Beltrania pela primeira vez eu soube que estava completamente perdido.


> De todos os infortúnios da minha vida, não poder casar com personagens literários é com certeza o pior deles.

> Eu a amei demais e esse foi o meu pior erro — e talvez, único acerto.

Sugestões para iniciar uma História

– Foi uma vez...

– Certa vez...

– Dizem que...

– Certa ocasião...

– Há muito tempo

– Certo dia...

Sugestões para o desenrolar a História

– Então...

– Por isso...

– Enquanto isso...

– De repente...

– Logo em seguida...

– Subtamente...

– Mas, ...

– E assim...

Sugestões para finalizar a História

– Daquele dia em diante...

– E foi assim que...

– E tiveram uma vida longa e feliz.

– Certamente, se não morreram, ainda estão juntos e felizes.

[ . ] Ponto final – Quando termina a frase.

[ ! ] Ponto de exclamação – Surpresa, admiração, espanto, dor.

[ ? ] Ponto de interrogação – Fazer pergunta.

[– ] Travessão – a fala de alguém.

[ : ] Dois pontos – alguém vai falar.

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Um escritor habilidoso consegue tornar a estrutura da sua história invisível.

Ele desperta nossa curiosidade e interesse nas primeiras linhas da narrativa e, algumas páginas depois, esquecemos que estamos lendo tinta preta impressa em papel, tamanho é nosso envolvimento com o texto.

Se você recém está começando suas aventuras entre as palavras, deve estar se perguntando: por onde devo começar? Como faço para transformar minhas ideias em narrativas envolventes?

Não existem teorias ou fórmulas secretas para se escrever bem. A prática constante é a única forma de aperfeiçoar suas habilidades.

Mas existem algumas técnicas que certamente ajudam no desenvolvimento de um primeiro rascunho, que é o ponto de partida para a criação de qualquer texto.

Esses são os principais ingredientes de uma história. Identifique a qual deles sua ideia mais se aproxima, e use um dos exercícios abaixo para começar a imaginar mais detalhes do seu universo de ficção.

1. Comece a partir de um personagem 

Um bom exercício é imaginar que você abriu uma porta e encontrou um personagem pela primeira vez. Inicie descrevendo as características mais curiosas e peculiares que você reconhece nele. O que chama sua atenção nesse personagem à primeira vista?

Como o lugar onde ele se encontra, as pessoas ao seu redor, as roupas que ele veste e o jeito como ele se comporta dão pistas sobre a sua personalidade? Siga observando esse personagem até entender o que é mais importante em sua vida e a forma particular como ele olha para o mundo.

2. Comece a partir de um conflito

Conflitos são ótimos pontos de partida para você começar a explorar uma possibilidade de história. Dê um desejo para seu personagem (mesmo que pequeno) e crie algum obstáculo que dificulte sua realização. Esse obstáculo pode ser interno (relacionado a limitações do próprio personagem, como medo, vergonha ou ansiedade) ou externo (relacionado a limitações concretas, como um inimigo, falta de dinheiro ou restrições sociais).

Como esse personagem planeja superar essas dificuldades para alcançar o que deseja? Por que esse desejo é tão importante para ele? Imagine uma cena onde o personagem dá o primeiro passo para alcançar seu objetivo.

3. Comece a partir de um enredo

É comum pensar em uma sequência de eventos que você quer incluir em sua história antes mesmo de saber que personagens farão parte dela. Por exemplo, o maior navio do mundo acaba de ser construído e está prestes a partir em sua primeira viagem.

Todos os passageiros estão entusiasmados em fazer parte desse evento histórico. Após quatro dias, o navio bate em um iceberg no oceano atlântico e afunda (esse enredo soa familiar?). Com esse acontecimento em mente, comece a desenvolver os outros elementos da história.

4. Comece a partir de um cenário

Eis um cenário: uma cidade completamente desconhecida foi descoberta em uma ilha no sul do pacífico. Imagine que você acabou de desembarcar nesse local. O que você vê? Quais as diferenças em relação às outras cidades?

Quem são os habitantes desse lugar? Como se vestem? Como se portam? Que língua falam? Como é possível que essa cidade nunca tenha sido descoberta? Quem a descobriu e como? Pense em possíveis respostas para essas perguntas como uma forma de explorar seu universo de ficção.

Talvez você tenha testemunhado uma discussão entre duas pessoas e isso tenha despertado sua curiosidade para saber o que motivou a briga entre elas. Esse diálogo pode servir como ponto de partida para você desenvolver personagens para sua história.

Comece procurando entender o que cada um deles estava tentando alcançar com suas falas e analisando o conteúdo emocional da discussão. Use essas informações para pensar nos outros ingredientes da história.

6. Comece a partir de um tema

Se você já sabe que tema quer investigar na sua história, isso pode servir de ponto de partida para começar a escrever. Digamos que o tema que você quer investigar é “Dinheiro pode comprar felicidade?”. Escreva o que você pensa sobre o assunto.

Converse com pessoas que concordam e discordam de você. Questione suas convicções. Depois, pense em situações que ilustrem pontos de vista diferentes sobre o tema e considere que personagens poderiam representar cada um desses pontos de vista.

Nesse primeiro momento, evite qualquer autocrítica e preocupe-se apenas em explorar livremente esse universo de ficção e seus personagens.

Mesmo que, em futuras revisões, você decida iniciar o texto de outra forma, esse exercício vai ajudar você a colocar a caneta no papel (ou os dedos no teclado) e começar a transformar suas ideias em histórias.

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Começar um texto pode ser um dos momentos mais difíceis da escrita. Se a folha em branco nos aterroriza mesmo quando temos a narrativa em mente, quem dirá quando não sabemos como começar uma história.

Há quem espere a vontade de escrever chegar, envolvida pelo manto sagrado da inspiração. Para muitos, escrever inspirado é a única saída. Outros esperam que a vontade chegue com o momento ideial. Marcham na vertigem das possibilidades, sonham suas trilogias épicas sem escrever uma palavra sequer – afinal, ainda não é chegada a hora.

A hora certa é agora. Comece a escrever.

Parafraseando Stephen Koch, em seu livro Oficina de Escritores, comece assim que terminar de ler esse parágrafo ou, se preferir, assim que terminar de ler esse artigo. De um jeito ou de outro, você precisa começar a escrever o quanto antes.

Escreva agora

O que ou como você escreverá não importa no agora. O foco é a escrita, o ato de encadear palavras. Talvez você esteja se perguntando: mas como vou escrever se ainda não sei qual é a minha história? Não se sinta mal por não saber. É claro que você não a conhece, nunca a escreveu.

Imaginar e escrever são duas ações bem distintas, bem como suas reações e impactos que causam nas pessoas. Enquanto as informações dançam como camaleões em sua mente, elas não são a sua história. São apenas conjecturas do desconhecido.

A única forma de conhecer a sua narrativa é escrevendo-a. O texto, ficcional ou não, só existe no mundo a partir do momento em que é escrito. Por isso, encare sua história como um mistério a ser desvendado – um fruto gerado por você e desenvolvido pelo mundo.

Como um bom mistério, não é preciso compreender a narrativa, nem os personagens, nem as ideias que surgem. Faça a escolha de colocar as palavras no papel sem exigências ou preocupações. Escolha, primeiro, escrever. E depois pense no resto.

O estado de espírito para a escrita

Temos muitas imagens mentais dos escritores. Boêmios, sociáveis, livres, inspirados, iluminados, inteligentes, gênios. Mas quantos de nós enxergamos, de fato, o escritor como um trabalhador? Quantos de nós pensamos na escrita como um trabalho?

Muitos de nós fomos doutrinados no pensamento cartesiano de que o artista não é um trabalhador de fato. Quando falamos em trabalho, pensamos logo em dinheiro, em atividades repetitivas e enfadonhas. E, bem, ser escritor está longe de ser monótono ou mesmo obrigatório.

No entanto, é preciso repensar o ofício antes de dedicar-se a ele. Ser escritor significa escrever mesmo que você não esteja com vontade. Mesmo sem estar inspirado, sem ter a musa por perto – ou como preferir chamar o seu momento.

Escrever é um compromisso que você faz consigo mesmo. É sentar e escrever todos os dias, com ou sem vontade. Continuar o trabalho, o seu trabalho, mesmo que ninguém te cobre por isso.

Como escritor, você precisa ser polivalente. Primeiro sonhe, voe alto. Esteja aberto a tudo que te sensibiliza, que faz seu coração pulsar. Depois analise, calcule, planeje, corte e reescreva. Seja o guardião bondoso e sábio das suas ideias. Não as maltrate, mas também não as subestime.

Mantenha o foco na ideia

A ideia é o primeiro contato que você terá com a narrativa. Na maioria das vezes você nem saberá que se trata de uma narrativa, o texto poderá parecer nebuloso e banal.

Escreva mesmo assim.

Não tente controlar a sua ideia, deixe que ela controle você. Deixe que seu lado criativo fale mais alto. Esqueça da escolha das palavras, da gramática, do sentido. Vá desarmado, mas com vontade. Lembre-se, você está apenas começando.

Faça do texto a extensão do seu pensamento. O simulacro da sua imaginação. O cofre das suas ideias. Deixe que as palavras te persigam até que as velocidades da escrita e do pensamento se igualem.

O primeiro sopro

Seja como um cão que fareja um pássaro, como Tom McGuane. Enxergue algo minúsculo, soprado pelo vento, como Henry James. Perceba o tipo de entusiasmo que as ideias trazem, tal qual Patricia Highsmith.

Inúmeros são os relatos de insights de grandes escritores. O que, para muitos, é inspiração, na verdade é o resultado de um olhar desenvolvido e atento ao que acontece ao nosso redor.

Quantas experiências presenciamos e vivemos todos os dias? E quantos de nós estamos dispostos a observar, atentos, ao menos algumas delas?

O escritor é um eterno observador. Tem um pouco de filósofo, de psicólogo, de biólogo, de jornalista, de sociólogo, de arqueólogo. Por isso, não se iluda achando que escrever exige um momento certo, inspirado.

Para ser escritor, você só precisa de três coisas: a curiosidade para buscar, a criatividade para imaginar e a disciplina para desenvolver. Todo o resto é treino.

Como começar uma história?

Aos que ainda se perguntam, a resposta mais simples é colocando a primeira palavra no papel, ou digitando-a no computador, no bloco de notas do celular ou até mesmo na máquina de escrever.

Em seu livro, O Prazer do Desprazer: A Tragédia do Protelador, Claudio Fernando Mahler faz reflexões diretas sobre o prazer que temos em deixar tudo para depois. Munido de argumentos provenientes de linhas de estudo diversas (o zen, a psicanálise, a psicologia analítica e a terapia gestalt), Mahler nos ajuda a refletir sobre o medo de iniciar e concluir uma trabalho no agora.

Seja por aguardar o momento certo, por preguiça ou por acreditar que somos incapazes de executar uma tarefa, nos enterramos em anseios e atividades que deixamos para depois só para nos dizermos que continuamos no meio do caminho.

Se a escrita te chama, atravesse a linha. Não espere que a conjuntura dos astros seja favorável, nem que você tenha mais tempo ou dinheiro para começar a escrever. Comece agora.

Apenas sente-se e comece.

Escreva e continue aprendendo!

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