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Estima-se que quase 14% da população brasileira vive em cidades sem jornalismo local, são os chamados desertos de notícias. A pesquisa Atlas da Notícia de 2021 identificou que 5 em cada 10 municípios estão nessa condição. São mais de 2.900 cidades, onde vivem mais de 29 milhões de pessoas, em que não foram encontrados veículos de imprensa local. A região norte tem a maior quantidade de desertos de notícias. No município de Feijó, no Acre, a quase 370 km da capital, o radialista Romennig Albuquerque decidiu lançar uma página de notícias em 2017. A dificuldade de financiamentos e a falta de profissionais da área nos municípios mais afastados dos grandes centros são os obstáculos mais comuns encontrados para se fazer jornalismo em cidades pequenas A pesquisadora responsável pelo levantamento dos veículos na região norte, Jéssica Botelho, destacou a importância do jornalismo local para as populações que vivem distante das grandes cidades. O Atlas da Notícia é um levantamento realizado pelo Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo (ProJor) em parceria com pesquisadores voluntários com objetivo de mapear o jornalismo local no Brasil. Data Unificada: quarta-feira, 23 Fevereiro, 2022 - 13:00
18 agosto 2014 Pode-se chamar de deserto qualquer regi�o est�ril que sustente poucas formas de vida. Assim definido, s�o desertos, por exemplo, a Ant�rtida (Fig. 1) e a Groenl�ndia. Comumente, por�m, considera-se deserto uma regi�o que � est�ril por ser �rida ou seca, como o deserto de Atacama, no Chile. Neles, � comum chover menos de 130 mm por ano, chuva que, al�m de ser pouca, cai de modo irregular. Aproximadamente 20% da superf�cie continental da Terra s�o �reas des�rticas, o que mostra a import�ncia desse ambientes. Eles est�o presentes em todos os continentes, exceto a Europa. O clima des�rtico O clima nos desertos quentes caracteriza-se por ampla varia��o da temperatura ao longo do dia, principalmente nos desertos situados pr�ximo ao equador. Temperaturas acima de 38 �C s�o comuns no ver�o e em Azizia, na L�bia, j� foram registrados 58 �C. Nos desertos situados longe da faixa equatorial, por�m, pode fazer frio no inverno. Em Luktchin, na �sia Central, a temperatura m�dia em julho � de 32 �C, mas em janeiro � de apenas -10,6 �C. Os dias costumam ser quentes nos desertos porque n�o h� nuvens para atenuar o calor do Sol, e as noites costumam ser frias porque a mesma falta de nuvens impede a reten��o do calor que aqueceu o solo durante o dia. Embora normalmente sejam secos, com umidade relativa do ar entre 5% e 15%, alguns t�m elevado grau de umidade. Na Nam�bia, por exemplo, ela varia entre 60% e 100%. Os desertos situados longe do litoral costumam ser ventosos, obrigando os viajantes a uma luta permanente contra a areia que o vento levanta, e que penetra nos ouvidos, garganta e olhos. Pior ainda � quando h� tempestades de areia, capazes de tapar completamente o c�u. A Fig. 2 mostra, em imagem de sat�lite, o deserto do Saara, no norte da �frica, o maior deserto quente do mundo. Fauna Sendo os desertos regi�es onde chove pouco, s�o neles limitadas as possibilidades de vida. Mas, essas regi�es frequentemente abrigam uma fauna mais diversificado do que se imagina, porque muitos animais costumam ficar ocultos, principalmente durante o dia. Predominam ali os roedores (ratos, cangurus), r�pteis (serpentes e lagartos) e insetos. O camelo � o mais �til e o mais conhecido dos animais do deserto. Sua complei��o f�sica lhe permite viajar longas dist�ncias sem beber �gua, carregando pessoas e/ou mercadorias. Vegeta��o Os desertos normalmente t�m uma cobertura vegetal esparsa por�m muito diversificada. O deserto de Sonora, no sudoeste americano, � o que tem a vegeta��o des�rtica mais complexa da Terra. Poucas partes de uma �rea des�rtica s�o totalmente est�reis. Onde a �gua do solo chega � superf�cie, surge uma grande variedade de plantas. Ap�s uma chuva, a vegeta��o nasce rapidamente, crescendo de modo descont�nuo. Para sobreviver nesse ambiente, as plantas devem ser resistentes � seca e � salinidade, tais como s�o as xer�fitas (xerox, significa seco e phytos � planta). Sua adapta��o ao clima des�rtico d�-se de v�rias maneiras: algumas dependem da chuva e, quando esta vem, florescem rapidamente, lan�am sementes dentro de poucos dias e ent�o morrem; as que dependem da �gua subterr�nea, desenvolvem longas ra�zes; os cactos enrolam suas folhas, formando espinhos, de modo a n�o perder �gua por evapora��o. Solo Geralmente, imagina-se que o solo dos desertos � arenoso, mas s� nem sempre � assim. H� desertos pedregosos, como o de Atacama, no Chile, por exemplo. Mesmo no mais arenoso de todos eles, o deserto da Ar�bia, as dunas ocupam s� cerca de 30% da extens�o. Elas podem ser, portanto, uma fei��o espetacular, como no deserto da L�bia (Fig. 3), mas n�o s�o t�o comuns quanto se cr�. No sudoeste dos Estados Unidos, as dunas ocupam menos de 1% da superf�cie. Os solos de desertos s�o pobres em mat�ria org�nica, t�m granula��o grossa e s�o altamente mineralizados. Podem surgir grandes dep�sitos de sal quando ocorre repetida acumula��o de �gua em certas
O caliche � uma rocha sedimentar t�pica de desertos,formada de n�dulos ou gr�os de nitrato de s�dio(5% a 30%), com cloreto de s�dio, sulfato de s�dio e sais de pot�ssio, magn�sio, iodo e c�lcio. � a principal fonte de iodo. �gua no deserto A vida s� � poss�vel, em desertos, onde existe �gua, os chamados o�sis. Embora essa �gua possa ser obtida atrav�s de po�os rasos, usualmente est� a profundidades bem maiores do que nas �reas �midas, exigindo po�os profundos. Os rios que nascem em regi�es chuvosas situadas fora do deserto s�o os melhores fornecedores de �gua para irriga��o. Felizmente, todos os grandes desertos, exceto o da Austr�lia, s�o atravessados por esse tipo de rio, dos quais o mais conhecido � o Nilo, no Egito. Mas, h� tamb�m o Tigre e o Eufrates, no Iraque, e o Colorado, nos Estados Unidos, por exemplo. Relevo As �reas des�rticas variam muito no seu aspecto superficial. Podem ter montanhas, plat�s ou plan�cies, por exemplo. Grandes �reas arenosas, que parecem um mar de areia, s�o chamadas de ergs. Plat�s rochosos s�o chamados de hammadas. A eros�o d�-se principalmente por a��o do vento (eros�o e�lica). Uso da terra e subsist�ncia A popula��o humana que vive em desertos � pouco superior a 85 milh�es de pessoas, o que da uma densidade populacional de apenas 3,1 habitantes por quil�metro quadrado. Somente as �reas irrigadas no baixo curso do rio Nilo t�m uma densidade populacional elevada. Os o�sis s�o intensamente cultivados, produzindo principalmente figo, trigo, arroz, feij�o e cevada. Mais recentemente, outros cultivos t�m surgido, como algod�o e cana-de-a��car. Nos Estados Unidos, os o�sis s�o aproveitados principalmente para produ��o de frutas c�tricas, vegetais de inverno, algod�o e t�maras. Para isso, cada vez mais se faz necess�rio otimizar o aproveitamento da �gua, escassa e preciosa nessas �reas. A saliniza��o do solo � um problema s�rio, que tem merecido a aten��o de diversas na��es. Em Israel, em vez de simplesmente abandonar as terras salinizadas, busca-se introduzir o cultivo de esp�cies com alta toler�ncia ao sal. Nas terras �ridas da �frica e �sia, h� popula��es n�mades, que se deslocam continuamente em busca de pastagens para o gado. O progresso tem mudado a vida nos desertos. As lavouras irrigadas v�m sendo abastecidas por �gua proveniente de grandes rios, atrav�s de gigantescos sistemas de canaliza��o. O�sis aonde antes s� se chegava de camelo, hoje disp�em de aeroportos e postos de gasolina. Outras �reas des�rticas v�m sendo ocupadas para extra��o de petr�leo, em pa�ses como a Ar�bia Saudita, Iraque e Ir�, e gigantescas minas de cobre e de outros metais existem em desertos da Am�rica do Norte e do Sul. Al�m disso, h� minerais que se formam exatamente em �reas des�rticas, como nitrato de s�dio, o mais valioso, e que � extra�do em larga escala no norte do Chile. N�o se pode deixar de lembrar tamb�m, a import�ncia dos desertos como destino tur�stico. O Monument Valley, nos Estados Unidos (Fig. 5) e o deserto de Atacama (Fig. 6), no Chile, s�o dois exemplos. Os dez maiores desertos do mundo
Curiosidades O gigantesco cacto chamado saguaro (Fig. 7), que vive no deserto de Sonora, cresce lentamente, mas pode viver duzentos anos. Com nove anos de idade, ele tem apenas cerca de 15 cm de altura e s� aos 75 anos desenvolve seus primeiros ramos. Quando totalmente adulto, o saguaro chega a 15 metros de altura (equivalente a um edif�cio de cinco andares) e pesa quase 10 toneladas. Fontes COMPTON�S Interactive Encyclopedia. [s.l.], Compton�s NewMedia, 1992.WIKIP�DIA em portugu�s.Fotos P. M. Branco (Fig. 6) e Wikip�dia (as demais) |