A ciência política é o campo das ciências sociais que estuda as estruturas que moldam as regras de convívio entre as pessoas em agrupamentos. A ciência política dedica-se a entender e moldar as noções de Estado, governo e organização política, e pode estudar também outras instituições que interferem direta ou indiretamente na organização política, como ONGs, Igreja, empresas etc. Alguns teóricos restringem o objeto de estudo da ciência política ao Estado, outros defendem que o seu objeto é mais amplo, sendo o poder, em geral, aquilo que deve ser estudado por essa área. Show Leia também: Positivismo – teoria social que auxiliou o surgimento da sociologia O que é ciência política?Existe uma grande área de estudos dentro das ciências humanas denominada ciências sociais. As ciências sociais são compostas pela sociologia, antropologia, psicologia social, economia e ciência política. A ciência política é a parte das ciências sociais que se dedica a tentar entender, exclusivamente, as formações políticas estruturais que o ser humano criou para garantir o convívio pacífico em grandes sociedades. Herbert Baxter Adams foi o primeiro intelectual a pronunciar o termo ciência política.A ciência política é responsável por entender e moldar as questões relativas ao poder na sociedade, estabelecendo normas e preceitos para o pleno funcionamento das instituições sociais, da economia, do Estado e do sistema jurídico. Fica a cargo da ciência política a provisão intelectual e teórica de meios de ação do ser humano e das instituições que beneficiem a vida coletiva. História da ciência políticaDesde a Antiguidade clássica, o ser humano criou mecanismos de poder para garantir alguma estrutura de organização social. Apesar de ainda não existir uma ciência política na Grécia ou Roma antigas, textos de legisladores, governantes e filósofos, como Platão e Aristóteles, demonstram esforços intelectuais para entender e organizar o meio político. Durante o Renascimento, o filósofo e teórico político Nicolau Maquiavel desenvolveu estudos sobre o modo como um governante deve agir, expondo suas teorias no livro O príncipe, que é uma fonte bibliográfica fundamental para os estudos de ciência política. No século XVI, o jurista e teórico político francês Jean Bodin deu significativas contribuições para o entendimento dos mecanismos absolutistas. No século XVII, notamos a importância das teorias do filósofo e teórico político Thomas Hobbes, também em defesa das estruturas políticas absolutistas. Ainda no século XVII, é o filósofo inglês John Locke quem imprime um grande salto nos estudos de teoria política, defendendo um liberalismo político necessário para permitir a evolução econômica da sociedade. Esse liberalismo não era compatível com a antiga política absolutista. No século XVIII, os teóricos do iluminismo francês, filósofos como Montesquieu e Voltaire, foram responsáveis por uma renovação nas teorias políticas, defendendo uma noção de Estado mais justa, que expandisse a cidadania a um maior número de pessoas. São dessa época a defesa das liberdades individuais e a noção de tripartição do poder político dentro de um Estado democrático (ideia criada por Montesquieu). No entanto, a delimitação da ciência política como campo autônomo e sistematicamente organizado somente ocorreu na segunda metade do século XIX, no contexto do nascimento das ciências sociais, em especial da sociologia e da antropologia. Até então, o que os teóricos políticos haviam feito pendia mais para especulações filosóficas do que para uma ciência. Foi o filósofo francês Auguste Comte quem postulou a necessidade de uma ciência humana capaz de estudar rigorosamente a sociedade a fim de estabelecer mecanismos de progresso social. Com a evolução dos métodos relativos a essa ciência, que se deram com os estudos do filósofo, sociólogo e economista alemão Karl Marx e do filósofo e sociólogo francês Émile Durkheim, outros pensadores começaram a buscar novas delimitações que saíssem do eixo específico da sociologia e aprofundassem-se em temas semelhantes, mas específicos de suas áreas. Essas novas subdivisões eram a antropologia, que surge, pela primeira vez, dos estudos de teóricos como os ingleses Edward Burnet Tylor e Herbert Spencer, e a ciência política, termo criado pelo historiador estadunidense Herbert Baxter Adams, em 1880. Desde então, a ciência política estabeleceu-se como campo autônomo de estudo, tendo se fixado primeiro nos Estados Unidos e se desenvolvido bastante na França e na Alemanha. No Brasil, a ciência política somente passou a ser sistematicamente estudada e praticada autonomamente, sem estar formalmente vinculada ao estudo de sociologia, a partir da segunda metade do século XX. Veja também: Fatores decisivos para o surgimento e estabelecimento da sociologia A importância da ciência políticaA ciência política lida com a atuação política de governos e estadistas.A ciência política é de extrema importância para o avanço do estudo dos mecanismos de poder. A atuação de políticos, sejam do poder Executivo, sejam do poder Legislativo, de juristas e de economistas ou pessoas ligadas ao grande mercado financeiro está diretamente ligada ao poder. Entender o poder é necessário para que haja avanço nas instituições políticas e para que se evitem os abusos de poder perpetrados pelo Estado, por governos ou por instituições financeiras. Para que os avanços nesse campo sejam efetivos, existem quatro conceitos básicos:
Todos esses conceitos estão diretamente ligados à noção fundamental da ciência política de poder. O curso de Ciência PolíticaDentro dos cursos superiores de ciências sociais, existem as habilitações que concedem o bacharelado em Ciência Política. Também existem os cursos superiores em Ciência Política autônomos, ou seja, que não estão ligados diretamente a um instituto de Ciências Sociais. A grade básica do curso compreende disciplinas como teorias políticas, estruturas políticas, teorias de Estado, tipos de governo, entre outras. Também compõem a grade básica dos cursos matérias relacionadas ao direito, à economia, à sociologia, à filosofia e uma grande parte de estudos vinculados à história.
36 Usuários buscaram por essas respostas para seus exercícios no mês passado e 38 estão buscando agora mesmo. Vamos finalizar seu dever de casa! Essa Resposta do exercício é de nível Ensino superior e pertence à matéria de Português. Essa resposta recebeu 100 “Muito obrigado” de outros estudantes de lugares como Ibertioga ou Bujaru. PerguntaAssinale a seguir a alternativa incorreta: a.Os estudiosos das ciências sociais, investigando o processo histórico de constituição do ser social, concluíram que nunca houve sociedades humanas sem dependência de drogas. b.Nas sociedades tribais, os usos de substâncias psicoativas e/ou psicotrópicas estiveram integrados à vida social, configurados em rituais significativos para as comunidades. c.Os colonizadores europeus, à medida que experimentaram certas substâncias, passaram a considerá-las curativas e disseminaram seu uso indiscriminado. d.No contexto do Iluminismo, as novas drogas foram estudadas, seus princípios ativos foram reproduzidos em laboratório e criaram-se novas mercadorias e mercados ligados a novas formas de uso das drogas. e.No capitalismo, as drogas vivem ciclos de aprovação e desaprovação social (jurídica e cultural), a depender dos relatos e estudos de efeitos adversos, mas também de variáveis tais como os interesses econômicos e políticos implicados. RespostaAlternativa incorreta:a. Os estudiosos das ciências sociais, investigando o processo histórico de constituição do ser social,concluíram que nunca houve sociedades humanas sem dependência de drogas.Espero ter ajudado, Bons estudos!. Estudantes também estão buscando por
Se você tem mais exercícios para fazer, use a barra de busca para encontrar a resposta para seu dever de casa: 250 pessoas fizeram isso hoje e 300 na última hora. Ajude seus amigos a fazer o dever de casa deles compartilhando a página Principais Respostas de Exercícios com eles, é completamente gratuito e fácil de usar! |