A população bizantina floresceu na idade média deixando

ALTA IDADE MÉDIA ORIENTAL (IMPÉRIO BIZANTINO)

A população bizantina floresceu na idade média deixando

O Império Romano sofreu sua divisão em 395, em Império Romano do Oriente e Império Romano do Ocidente. O Império Bizantino, durante a Idade Média, foi o Império Romano do Oriente. Sua capital era Constantinopla, fundada por Constantino I em 330, onde se localizava a antiga colônia de Bizâncio. Durante a maior parte de sua duração manteve-se como a mais poderosa força militar, tanto econômica quanto cultural, da Europa. Três governadores se destacaram: Constantino, Teodósio e Justiniano. Justiniano fez o império atingir seu auge com políticas externas e a retomada de territórios, além disso, ele modificou os aspectos do antigo Direito Romano e realizou a construção da igreja de Santa Sofia. Seu período ficou conhecido como Era de Ouro e tinha como objetivo restaurar o antigo esplendor do Império Romano. Ele conseguiu conter o avanço militar dos persas e búlgaros sobre a região balcânia. Tentou reagrupar os antigos domínios do império e chegou a conseguir alguns, porém não resistiu à invasão dos povos germânicos na Europa e a dominação dos árabes no norte da África. Foi adotada uma política déspota e teocêntrica, sua economia tinha intervenção estatal, com comércio e desenvolvimento agrícola. Internamente o império sofreu uma revolta da população que era contra a opressão dos governantes e os elevados impostos. Essa revolta recebeu o nome de Revolta de Nika. A sociedade apresentava grande interesse por assuntos religiosos, porém divergia dos princípios católicos romanos. Os cristãos bizantinos não reconheciam a natureza física de Cristo e repudiavam a adoração de imagens surgindo, assim, as heresias, principalmente dos monofisistas e os iconoclastas, que  destruíram  imagens e a proibiram o uso delas em templos. Por causa dessas divergências, ocorreu o chamado Cisma do Oriente,  a igreja foi dividida em Católica Apostólica Romana e Ortodoxa (adotada no Império Bizantino). Em sua produção artística, destacam-se os mosaicos que foram bastante populares. Eram feitos de pedacinhos de vidros e tinham como tema principal a religião e o imperador.

O Império sofreu decadência quando sua capital, Constantinopla, foi conquistada pelo Império Otomano, passando a ser denominada de Istambul .

QUESTÕES

(UNESP) A civilização bizantina floresceu na Idade Média, deixando, em muitas regiões da Ásia e da Europa, testemunhos de sua irradiação cultural. Assinale a importante e preponderante contribuição artística bizantina que se difundiu, expressando forte destinação religiosa: a) adornos de bronze e cobre; b) aquedutos e esgotos; c) telhados e beirais recurvados; d) mosaicos coloridos e cúpulas arredondadas;

e) vias calçadas com artefatos de couro.

ALTERNATIVA D

(UEMS – 2008) O que foi a Revolta Nika que ocorreu no Império Bizantino em 532 d.C.?

a) Um movimento contra o imperador Justiniano, provocado pelos seus inimigos políticos, os aristocratas legitimistas. b) Um movimento cultural que ocorreu na Europa para difundir o velho testamento. c) Uma tentativa de invasão dos bárbaros sobre o que restava do império romano ocidental. d) Uma tentativa de tomar o poder do imperador Augusto, por uma parte do exército romano.

e) Um conjunto de prescrições da Igreja Católica Romana contra os bárbaros que invadiram Roma.

ALTERNATIVA A

(UEL/PR 2009) Justiniano (527-565), no Império Romano do Oriente, enfrentou diferentes dificuldades internas, inclusive nas relações entre a Igreja e o Estado, em virtude das heresias, como a dos monofisistas, que, entre outros princípios: a) pretendiam a destruição de todas as imagens; b) pregavam a natureza divina de Cristo; c) defendiam o conhecimento de Deus inspirado no misticismo; d) admitiam o dualismo de inspiração budista;

e) afirmavam a reencarnação das almas em corpos de animais.

ALTERNATIVA B

(ENEM) O texto abaixo reproduz parte de um diálogo entre dois personagens de um romance.

“- Quer dizer que a Idade Média durou dez horas? – Perguntou Sofia.

– Se cada hora valer cem anos, então sua conta está certa. Podemos imaginar que Jesus nasceu à meia-noite, que Paulo saiu em peregrinação missionária pouco antes da meia-noite e meia e morreu quinze minutos depois, em Roma. Até as três da manhã a fé cristã foi mais ou menos proibida. (…) Até as dez horas as escolas dos mosteiros detiveram o monopólio da educação. Entre dez e onze horas são fundadas as primeiras universidades.”

Adaptado de GAARDER, Jostein. O Mundo de Sofia, Romance da História da Filosofia. São Paulo: Cia das Letras, 1997.

O ano de 476 d.C., época da queda do Império Romano do Ocidente, tem sido usado como marco para o início da Idade Média. De acordo com a escala de tempo apresentada no texto, que considera como ponto de partida o início da Era Cristã, pode-se afirmar que:

a) as Grandes Navegações tiveram início por volta das quinze horas. b) a Idade Moderna teve início um pouco antes das dez horas. c) o Cristianismo começou a ser propagado na Europa no início da Idade Média. d) as peregrinações do apóstolo Paulo ocorreram após os primeiros 150 anos da Era Cristã.

e) os mosteiros perderam o monopólio da educação no final da Idade Média.

ALTERNATIVA A

(PUC) Em relação ao Império Bizantino, é certo afirmar que:

a) o governo era ao mesmo tempo teocrático e liberal; b) o Estado não tinha influência na vida econômica; c) o comércio era sobretudo marítimo; d) o Império Bizantino nunca conheceu crises sociais;

e) o imperialismo bizantino restringiu-se à Ásia Menor.

ALTERNATIVA C
FILMES

Construindo um Império – Bizâncio

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A Cultura Bizantina foi uma das mais importantes na época de transição da Idade Antiga para a Média, pois nela se convergiram a cultura cristã, a romana e a helenística.

Por Me. Cláudio Fernandes

O Império Bizantino deixou como legado cultural grandes obras, sobretudo mosaicos e construções arquitetônicas. Essas obras tinham como fonte principal, além da cultura romana – haja vista que o Império Bizantino era considerado o Império Romano do Oriente – e das culturas propriamente orientais, tais como o helenismo (cultura grega) da região da Anatólia (onde hoje se encontra a atual Turquia), o cristianismo primitivo.

No âmbito da cultura bizantina, a pintura e escultura tiveram um desenvolvimento importante, porém limitado. Isso em razão da iconoclastia ou movimento iconoclasta. No reinado de Leão III, no século VIII, o culto a imagens de santos, representadas em ícones de pinturas e esculturas, foi oficialmente condenado. Tal ato provocou uma grande rebelião que assumiu proporções de guerra civil na cidade de Constantinopla, capital do Império. Abaixo podemos ler um relato dos procedimentos desencadeados pelo édito iconoclasta publicado por Leão III:

“[…] o imperador compeliu todos os habitantes de Constantinopla, pela força, e pela persuasão, a deslocar as imagens do Salvador, assim como as da sua sagrada mãe e de todos os santos, de onde quer que estivessem, e, o que é horrível de contar, e queimá-las pelo fogo no meio da cidade, assim como a caiar (preencher com cal) todas as igrejas pintadas. Porque muitos de entre o povo da cidade recusaram o encargo de tal enormidade, foram submetidos a castigos; alguns foram degolados, outros mutilados.” (Anastasii Bibliothecarii. Historia de Vitis Romanorum Pontificum – S. Gregorius II. In: ESPINOSA, Fernanda (org.). Antologia de textos históricos e medievais. Lisboa: Sá da Costa, 1981. p. 60-61.)

A iconoclastia só foi revista e condenada no Segundo Concílio de Niceia, em 787 d.C. A despeito da depredação de grande parte das imagens sacras bizantinas, é possível verificar naquelas que permaneceram as características principais. Geralmente as pinturas eram feitas com a técnica do afresco, representando as formas humanas frontalmente, com posturas nítidas de clemência e piedade. Para tanto, por exemplo, as mãos eram pintadas sempre com simetria dos dedos – os dedos eram representados do mesmo tamanho para transmitirem a ideia de clamor e penitência.

Além das imagens pintadas, os mosaicos destacaram-se imensamente na cultura bizantina, chegando a ser, ao lado da arquitetura, o ponto alto da expressão artística dessa cultura. A Igreja Hagia Sophia (Santa Sofia), localizada em Istambul (antiga Constantinopla), é um exemplo da grandiosa arquitetura bizantina. Sem contar a arte dos vitrais aplicada no interior da igreja, que é uma das mais impressionantes do mundo.

*Crédito da Imagem: Shutterstock e Antony McAulay