A eleição disruptiva por que bolsonaro venceu

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" Leitura obrigatória para compreender não apenas a eleição de Jair Bolsonaro, mas também o Brasil de hoje. O pleito presidencial de 2018, um marco na política brasileira, é o tema em análise neste A eleição disruptiva: Por que Bolsonaro venceu . Tivemos a vitória de um candidato que, de acordo com a maioria dos analistas e dos líderes políticos, tinha poucas chances de vencer. Tivemos também a quebra do longo ciclo político nacional dominado pela rivalidade entre PT e PSDB. O antipetismo mostrou-se, na campanha de 2018, uma força social muito mais mobilizada, e o “partido da Lava Jato” mostrou-se maior que o lulismo. Esse foi o verdadeiro embate dessa eleição, a disputa entre lulismo e o “partido da Lava Jato”, que encarnava o “ser contra tudo que está aí” em substituição à antiga polarização entre PT e PSDB. Esse “partido” não só elegeu Jair Bolsonaro, mas protagonizou uma onda de renovação sem precedentes no Congresso em nossa história recente, relegando à condição de partidos médios as grandes estruturas partidárias herdeiras da Nova República, como MDB, PSDB e DEM. Maurício Moura e Juliano Corbellini conseguiram a proeza de explicar o resultado das urnas com simplicidade - o que não é fácil - por meio de duas perguntas essenciais: 1) Quais eram os principais anseios do eleitor? e 2) Como esse eleitor estava se informando? Com dados de pesquisa de opinião e a análise acurada do contexto histórico, A eleição disruptiva: Por que Bolsonaro venceu argumenta que os temas ligados à corrupção e segurança, e a raiva contra “tudo o que está aí”, definiram boa parte do desejo do eleitorado. Além disso, eles explicam como o uso das redes sociais e do WhatsApp redefiniu o modo como o eleitor passou a se informar. Essa análise desvenda o paradoxo da eleição de Bolsonaro a despeito da falta de recursos e apoio, e também evidencia por que os autores estavam no grupo bastante restrito que enxergava a vitória do candidato muito antes de a eleição começar. "

1ª edição

2019

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO

SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

Moura, Maurício

M888e

A eleição disruptiva [recurso eletrônico]: por que Bolsonaro venceu / Maurício Moura, Juliano Corbellini. – 1ª ed. – Rio de Janeiro: Record, 2019.

recurso digital

Formato: epub

Requisitos do sistema: adobe digital editions

Modo de acesso: world wide web

ISBN 978-85-01-11756-4 (recurso eletrônico)

1. Bolsonaro, Jair Messias, 1955-. 2. Marketing político – Brasil. 3. Presidentes –Brasil – Eleições. 4. Campanhas eleitorais – Brasil. 5. Livros eletrônicos. I. Corbellini, Juliano. II. Título.

19-57314

CDD: 324.70981

CDU: 324(81)

Vanessa Mafra Xavier Salgado – Bibliotecária – CRB-7/6644

Copyright © Maurício Moura e Juliano Corbellini, 2019

Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução, armazenamento ou transmissão de partes deste livro, através de quaisquer meios, sem prévia autorização por escrito.

Texto revisado segundo o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

Direitos exclusivos desta edição reservados pela

EDITORA RECORD LTDA.

Rua Argentina, 171 – Rio de Janeiro, RJ – 20921-380 – Tel.: (21) 2585-2000.

Produzido no Brasil

ISBN 978-85-01-11756-4

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A pior cegueira é a mental, que faz com que não reconheçamos o que temos pela frente.

José Saramago

Todos podem ver as táticas de minhas conquistas, mas ninguém consegue discernir a estratégia que gerou as vitórias.

Sun Tzu

A Anita, Maya, Matteo (in memoriam), Monita, Ingrid, Ana e Moacyr.

M. M.

Para João Barbosa (in memoriam) e Plinio Zalewsky (in memoriam).

J. C.

Sumário

Agradecimentos

Este livro não seria possível sem o trabalho, o esforço e a dedicação de muita gente do IDEIA Big Data que, ao longo de 2016, 2017 e 2018, se dedicou a entender o novo momento do Brasil, a estudar a mente dos eleitores e, principalmente, a ousar compreender (como poucos) em que ritmo batia o coração da opinião pública.

Primeiramente, agradeço todo o apoio (e paciência) dos meus sócios e companheiros de luta diária: Viviane Henz, Caroline Schuler, Carolina Dantas, Cila Schulman, José Maciel, Fábio Sena, Gustavo Gomes, Ygor Lemos, Rodrigo Santoro e Kiko Sader. Em especial, sou grato ao Moriael Paiva, que colaborou com ideias e comentários para este livro.

Em segundo lugar, gostaria de ressaltar o enorme suporte que tive para dissecar os dados disponíveis e não disponíveis sobre essa eleição disruptiva. Muito obrigado (aliado a uma profunda admiração) a Cristiana Brandão, Renata Castro, Carolina Dias, Ingrid Peregrini, Mina Miyakawa, professora Bruna Cavalari, Juliana Costa, Fábio Cabral, Zeca Figueiredo (aqui representando todos da Caverna de Ribeirão Preto) e Cledson Santos.

Um destaque merecidíssimo, com meu eterno agradecimento, deve ser dado ao dr. Juliano Spyer, à dra. Talita Castro e à Gabriela Mathias, por inovarem com a antropologia digital e criarem o Bolsonômetro. Obrigado também aos incansáveis parceiros: Ana Lúcia Teixeira, desde 2006 trabalhando em eleições comigo, os competentes Bruno Diniz e Andrea Mazilão e os sempre presentes Otávio Cabral, Tiago Pariz e Bia Murano.

Por fim (last but not least), agradeço ao amigo Chico Mendez, que sempre me estimulou a seguir crescendo e me aperfeiçoando nessa difícil arte de estudar, de maneira séria, correta e inovadora, a opinião pública brasileira.

M. M.

Em primeiro lugar, agradeço a toda a equipe do IDEIA Big Data pelo suporte sempre ágil na organização dos dados primários e secundários que usamos neste livro.

Agradeço a minha esposa, Aline Louise, cujo incentivo tem sido uma energia vital neste momento de minha carreira, e que me ajudou a entender conceitos teóricos no campo da comunicação que foram fundamentais na construção deste livro; a minha filha Mariana, para sempre oxigênio e luz na minha vida, e a toda minha família, que sempre acreditou e torceu muito por mim: meus pais, Hélio e Marilena, e meus irmãos Cassio, Helinho e Camilo.

Por último, muito obrigado às pessoas que, quase todas involuntariamente e quase sempre em agradáveis conversas de reflexão descomprometida, contribuíram para insights analíticos que pontuam este trabalho: meu sempre mestre Francisco Ferraz, Marco Cepik, Alvaro Bianchi, Ana Simão, Paulo Moura, João Ferrer, Carlos Grassi e Fernando Niedesberg. Amigos de vários quadrantes políticos e ideológicos, com quem tenho ampla liberdade de debates, reflexão e divergências desarmadas, algo tão necessário num tempo em que se grita tanto, se ouve tão pouco, e em que o princípio da verdade dos fatos é banalmente vilipendiado.

J. C.

Prefácio

Jairo Nicolau

Desde 1945, quando as eleições passaram a ser realizadas em um ambiente competitivo no Brasil, já houve doze disputas para a Presidência da República. Quatro delas aconteceram entre 1945 e 1964; oito foram realizadas no atual ciclo democrático. Utilizar adjetivos para comparar eleições realizadas em diferentes contextos é sempre temerário. Mas arriscaria utilizar um para dar a dimensão do lugar de 2018; ela foi a disputa mais surpreendente da história das eleições do Brasil.

Uso a expressão surpreendente para me referir à expectativa que a maioria dos estudiosos e da classe política tinha em relação a qual seria o resultado das eleições. A seis meses do pleito (quando terminou o prazo final para a filiação partidária), praticamente ninguém apostava que Bolsonaro seria eleito presidente. Sintomático dessa descrença foi o fato de o candidato do PSL não ter conseguido o apoio de nenhum dos partidos tradicionais.

Como acreditar que um candidato com uma história parlamentar sem muito destaque, concorrendo por um partido minúsculo, sem recursos do fundo eleitoral e com apenas oito segundos no horário eleitoral teria chances?

As eleições de 2018 serão estudadas por muitos pesquisadores. Listo algumas perguntas que provavelmente tentarão ser respondidas: Que fatores contextuais ajudam a explicar a vitória de Bolsonaro e o excelente desempenho do PSL? Em que medida características socioeconômicas (religião, sexo, renda) do eleitorado influenciaram o voto? Qual foi o papel das mídias sociais e das fake news? É possível dimensionar o efeito do atentado sofrido por Bolsonaro?

A eleição disruptiva: por que Bolsonaro venceu é o primeiro trabalho sistemático sobre as eleições presidenciais de 2018 a ser publicado. O livro tem a virtude de tratar dos aspectos centrais que envolveram a campanha eleitoral. Para tal, mobiliza diversos tipos de dados (entrevistas, pesquisa de opinião em larga escala, o tracking telefônico diário, antropologia digital).

O livro propõe uma hipótese muito interessante para pensar as eleições presidenciais de 2018. A disputa entre o PT e o PSDB, que vigorou por duas décadas (1994-2014), teria sido substituída pelo que os autores chamam de novo polo dinâmico. A sugestão é que, no lugar de dois partidos, a competição de 2018 tenha se dado entre duas forças: o lulismo e o partido da Lava Jato.

A existência do lulismo como força relativamente autônoma em relação ao PT já havia sido sugerida por alguns pesquisadores. A novidade é a sugestão da existência de um novo campo difuso de centro-direita, o partido da Lava Jato, que simplesmente teria sido ocupado por Bolsonaro. Esse novo campo político tem algumas características marcantes: é basicamente composto por um eleitorado urbano, que foi maciçamente exposto às denúncias de corrupção veiculadas nos últimos anos, e que experimentou a decadência dos serviços públicos e o crescimento da violência urbana.

Outro ponto de destaque no livro é o tratamento dispensado às mudanças na estrutura de comunicação das campanhas eleitorais, com o amplo uso das redes sociais. Os autores dão um peso menor ao papel das redes sociais do que o assinalado por alguns analistas ao longo da campanha. O mesmo acontece com a difusão de fake news, cujo papel na vitória de Bolsonaro também é relativizado.

Maurício Moura e Juliano Corbellini têm feito um grande número de pesquisas sobre o comportamento político dos brasileiros. Este livro é a forma que encontraram para compartilhar suas