Fonte: Wilton Júnior/Estadão. Museu Nacional após incêndio. Importância da arte e da cultura Texto 01. “A cultura no Brasil, especialmente a artístico/literária, é considerada tão pouco importante que ainda hoje mal conseguimos associá-la ou analisá-la como ferramenta de educação. Nesses tempos em que o tema “educação” ocupa lugar de destaque nos discursos de correntes sociais e políticas, não consigo me lembrar de ter ouvido uma única vez a palavra “cultura” associada a esses discursos. Mas porque a cultura seria tão importante? Somos um país que mal chegou à educação! Não deveríamos primeiro cuidar do mais básico para, aí sim, buscar outros graus de refinamento? Definitivamente, não! Pelo simples fato de que só a educação, por si, não ensina a pensar. Quando digo pensar, falo sobre o pensamento independente e individual, a sabedoria e, possivelmente, até mesmo sobre o conhecimento e não apenas a informação. Conhecer algo é tornar-se capaz de transformar, o que quer que seja, a partir desse conhecimento. E a educação, pelo menos a tradicional, não tem essa qualidade de ensinar a transformar, apenas a proceder. A cultura, no entanto, carrega esse poder transformador, pois não é somente construção, é também desconstrução. E é transformação permanente, o que não acontece com a educação, que tende a ser mais estática e pré-estabelecida – como disse Hannah Arendt “a educação é conservadora”, porque sua transmissão é que faz permanecer vivo nosso legado cultural. Então, é claro que não sobrevivemos sem educação, é base de tudo, assim como não podemos prescindir da proteína e do amido. Mas sem vitaminas e sais minerais não há corpo que se sustente. E aí entra o papel processador que a cultura tem em relação à educação. A cultura, e incluímos também a arte, nos instrumenta de conhecimentos múltiplos, de áreas diversas – não apenas intelectuais – e isso nos ajuda a cruzar informações, racionais, emocionais e sensoriais, a fim de obter o que existe de mais caro no mundo de hoje: ideias; e, especialmente, ideias originais.” (Magno Mello) Fonte: http://blogdomagnomello.blogspot.com/ Texto 02. “Brasil é considerado um dos maiores mercados para a economia criativa entre os países emergentes. Serviços ligados à internet – como jogos eletrônicos, vídeos sob demanda e publicidade online, por exemplo – estão entre os segmentos que mais crescem no Brasil. Os números podem explicar também o surgimento de cursos no ensino superior focados na área audiovisual e na economia criativa. Os dados mais recentes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) apontam que, em 2015, o setor cultural movimentou R$ 155 bilhões no País, ou 2,64% do Produto Interno Bruto (PIB). Cerca de 850 mil profissionais trabalham na área, segundo o banco. Para os próximos anos, a estimativa é de crescimento acima da média mundial até 2021 – de 4,6%, enquanto a expectativa para o mundo é de crescer 4,2%, segundo estudo da consultoria PwC. A pesquisa leva em conta segmentos como mídia e entretenimento, listando desde atividades tradicionais (televisão, cinema e música), até as consideradas de última geração, como os jogos eletrônicos e o grafite. O setor viveu uma década de ouro recentemente, com quase o dobro de crescimento em comparação com o resto da economia brasileira. Segundo uma pesquisa da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) de 2014, o avanço da economia criativa chegou a 69,8% entre 2003 e 2013, acima dos 36,4% de crescimento do PIB nacional no mesmo período. Não há dados mais recentes, mas especialistas dizem que essa tendência de expansão se mantém.” Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/educacao/economia-criativa-cresce-acima-da-media-no-brasil,7871d306a49af4cf8ed1e7d8ae7b0edexqg77y6i.html Texto 03. Basta olhar para a realidade à nossa frente e temos que convir que o homem se reduz a um objeto fechado, limitado a vínculos e influências que quase sempre consistem em alcançar o prático, o objetivo, transformando culturas, costumes e relações em atividades meramente lucrativas e dominantes. Toda essa realidade coloca o homem e suas possibilidades em uma condição de incapacidade para perceber emoções, conceitos estéticos e sentimentos provenientes de nossas relações com o cotidiano e com a natureza física e sobrenatural a que estamos sujeitos, bloqueando a capacidade de organização criativa e o desenvolvimento de experiências influenciadas pela realidade. Boa parte das relações sociais são estruturadas em conceitos complementares e invariáveis sem que sejam questionados ou analisados seus aspectos contrastantes, se limitando a valores absolutos e formatos do mundo contemporâneo, sempre preocupado com seus problemas modernos sem solução onde as relações humanas apresentam-se de maneira extremamente fechadas. Tais conceitos incrustados no imaginário popular agem como um teatro de um sistema cultural e social em que vem à tona um mínimo de material criativo e apagam-se lembranças e memórias que viriam a constituir um novo presente de ideias construtivas. Esse ato de dominar a realidade e estabelecer atitudes de formação ideológica e cultural cria uma distância entre objeto e arte, impedindo a visão subjetiva do estético, do belo e sepultando o grande motivo da arte, que é o sentimento e a reflexão, aliados a técnica. Encontramo-nos num momento perigoso e real onde há um movimento de alteração e transformação de valores de ordem artística, social e política onde a questão primordial é a degradação e o domínio cego do homem e de suas emoções sob justificativas sem nenhuma definição, lógica ou sentido, beirando o irracional. E a quem atribuímos tal desagravo? Aos governantes, meios de comunicação, família ou talvez o universo globalizado? Tais instituições e circunstâncias não manifestariam atitudes degradativas se não pelas teorias defeituosas de pessoas sem qualquer respeito pela cultura e seus valores emocionais, preocupadas apenas com seus valores autônomos e de consumo. O desenvolvimento da tecnologia eletrônica invadiu nosso cotidiano com uma gama de informações muito grande e diversificada porém, não sabemos disponibilizar isso de forma homogênea e ordenada, então nos atiramos a velocidade e a massificação imposta pela modernidade, tornando-nos a cada dia mais seduzidos e escravizados pelo ambiente industrializado da mídia e do marketing que torna a linguagem ou qualquer coisa que projetem na sociedade um mero objeto de consumo. A tecnologia não é o centro do processo cultural e artístico, mas sim o veículo que deveria direcionar e estimular com uma postura crítica e criativa a curiosidade do homem. A arte e o passado cultural se veem fadados ao colapso para dar lugar a uma cultura de consumo que não enxerga o abismo a seus pés e cada vez mais se afasta da emoção e da criatividade mergulhando na fantasia vertiginosa imposta pelos sistemas social, econômico e cultural deteriorando os valores do ser humano por propósitos meramente financeiros, dominadores e destrutivos. Essas são questões em que faz-se necessário repensar e questionar as circunstâncias com que são abordados os diversos modos de realidade, o consumo humano e a liberdade para a reflexão, associando as práticas cotidianas ao processo de desenvolvimento e humanização da cultura. Desta forma cabe a sociedade num todo, mobilizar ações que venham a criar consciência e valorização aos propósitos artísticos de real substâncias e conteúdo, respeitando os limites da postura e do procedimento do valor cultural, valendo-se para isso da memória histórica da arte. Os artistas de um modo geral, embora permaneçam assustados diante das expressivas ferramentas do sistema massificado, sabem que é notória a destruição das bases do processo criativo e que é preciso encontrar soluções que viabilizem a revolução da arte nos vários campos de atividade humana. Fonte: https://subcultura.org/e-mortais/marcio-coutinho/marcio-arte-html/ Proposta de redação 19N18A – Dissertação – Fuvest, Vunesp, Uniube, etc. Faça uma dissertação sobre o aforismo abaixo de modo a se posicionar em relação ao que ele comunica. “Enquanto a ciência tranquiliza, a Arte perturba.” (George Braque, pintor) Instruções para a dissertação:
Proposta de redação 19N18B – Outros gêneros – Unicamp, UEL, UnB, UFU, etc. Faça um verbete em que você defina o termo “economia criativa”. Proposta de redação 19N18C – Artigo de opinião ou editorial- Unicamp, UEL, UnB, UFU, etc. Escreva um editorial sobre a diminuição do investimento público em arte nos últimos anos no Brasil. Proposta de redação 19N18D – carta argumentativa ou aberta – Unicamp, UEL, UnB, UFU, etc. Faça uma carta aberta ao presidente da república com o posicionamento de uma instituição que julgar pertinente sobre a política pública para a cultura e arte do governo atual. Instruções gerais:
4.1. UnB – máximo de 30 linhas. A quantidade de linhas escritas interfere na nota final. “No cálculo da nota da redação, quanto maior o número de linhas efetivamente escritas, maior a pontuação.”. 4.2. Unicamp – até 22 linhas em cada um dos dois textos. 4.3. UEL – de duas a quatro redações. 12 pontos cada. Números mínimos e máximos variados entre 8 e 16 linhas a depender do gênero textual exigido. 4.4. UFU – 25 a 36 linhas. Um de três temas possíveis. Instruções UFU: Leia com atenção todas as instruções.
Proposta de redação 19N18E – Dissertação -Enem. A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “A importância da economia criativa para o desenvolvimento social do Brasil.”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Instruções Enem:
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