1 como foi a evolução histórica das interferências humanas nos ecossistemas

1 como foi a evolução histórica das interferências humanas nos ecossistemas
Por Elissandro Santana, Porto Seguro, para Desacato.info.

Somos seres de destruição no Planeta e esse fato deveria nos levar a questionar a teoria da racionalidade humana. Como seres racionais destroem a Casa Comum, o próprio lar?

Da descoberta e da manipulação do fogo, à primeira Revolução Agrícola e Domesticação dos Animais, à Revolução técnico-científica atual, as pegadas ecológicas do bicho homem comprometeram a própria permanência dele na Mãe Terra.

O ser humano, desde que apareceu em Pachamama, perturbou o planeta causando impactos nos ecossistemas hídricos e terrestres. No que concerne a este último, ao interferir na dinâmica da vida por meio do crescimento urbanístico, da destruição dos solos e dos habitats subterrâneos, da salinização de terras pela irrigação, da exploração insustentável dos recursos hídricos subterrâneos, da perturbação da terra, da poluição por extração mineral, contribuiu para o surgimento dos desertos. O ser humano ao transformar as áreas naturais em terras agrícolas, liberou CO2 pela queimada de espaços de floresta para a expansão de novas fronteiras agrícolas e para a pecuária, sobrepastoreio dos rebanhos bovinos, caprinos e equinos, produção de petróleo e outras questões causou impactos visuais e ambientais nas paisagens. Ao desmatar para a agricultura, pastoreio de gado, madeira e crescimento urbanístico, conversão de diversas florestas em plantações de árvores, danos causados por veículos off-road e poluição dos córregos das matas o homem fez desaparecer florestas e contribuiu, bruscamente, para as mudanças climáticas.

De acordo G. Tyler Miller Jr., o Millennium Ecosystem Assessment mostra que 62% dos ecossistemas terrestres mais importantes do mundo estão sendo degradados ou usados de forma insustentável, conforme a pegada ecológica humana aumenta e se espalha por toda a Terra.

Acerca da pegada ecológica, é sempre importante entender como isso ocorre por países e, principalmente, a partir de alguns elementos como industrialização e população por nação.

Abaixo, tem-se o gráfico retirado do site http://altcop15.net/qcentrais_en.html para uma reflexão sobre o quadro de destruição dos recursos naturais por país e quantitativo populacional, mostrando que há uma relação estreita entre tamanho da população e demanda de/por recursos naturais, ainda que este não seja o elemento central, haja vista que outros fatores devem ser levados em consideração.

1 como foi a evolução histórica das interferências humanas nos ecossistemas

Levando-se em consideração que a estimativa populacional do Planeta é de crescimento exponencial, caso não ocorra uma mudança nos paradigmas de produção, a tendência é que a degradação do capital natural tenda a crescer e, consequentemente, a piorar o campo de déficit ambiental.

Conforme dados encontrados no site http://altcop15.net/qcentrais_en.html, a previsão é de crescimento populacional acelerado e que superaremos os atuais 7 sete bilhões de habitantes em breve.

1 como foi a evolução histórica das interferências humanas nos ecossistemas

1 como foi a evolução histórica das interferências humanas nos ecossistemas

G. Tyler Miller Jr., ao questionar como temos afetado os ecossistemas no mundo, indaga o seguinte: por quanto tempo podemos continuar a consumir essas formas terrestres de capital natural sem ameaçar nossas economias e a sobrevivência, longo prazo, da nossa e de muitas outras espécies?

Essa é uma pergunta que precisa ser respondida, pela transdisciplinaridade e complexidade, por ambientalistas, cientistas ambientais, bem como por outros profissionais que se interessam por sustentabilidade, ecologia, capital natural e outras questões. Segundo o autor acima, ninguém sabe por quanto tempo usaremos os recursos naturais sem comprometer a diversidade ecológica, mas há sinais crescentes de que precisamos enfrentar essa questão vital.

O referido teórico externa que uma preocupação importante é que, se aumentarmos as tensões sobre os biomas, como a derrubada das florestas tropicais, eles poderiam ser substituídos por pastagens em muitas áreas, o que representaria uma enorme perda de biodiversidade. Além disso, reduziria a vegetação necessária para remover parte do dióxido de carbono em excesso que adicionamos à atmosfera, principalmente, por meio da queima de combustíveis fósseis. Isso levaria a níveis mais elevados de dióxido de carbono na atmosfera, o que poderia acelerar as mudanças climáticas projetadas.

Por fim, pode-se pontuar que o quadro de degradação ambiental só tende a aumentar, ou seja, a piorar, pois nosso consumo é insustentável e não respeita a resiliência do Planeta. Caso não mudemos de rumo e repensemos nossa arquitetura mental, será quase impossível arrancar alegria do futuro, pois somente diante de um design cognitivo sustentável será possível sonhar com o futuro da terra. Segundo G. Tyler Miller Jr., para ajudar a preservar a biodiversidade e conter as mudanças climáticas previstas, muitos cientistas ambientais exigem um esforço global para proteger do desenvolvimento as áreas naturais restantes no mundo.

Referências para a construção do texto

 Livro “Ecologia e Sustentabilidade” de G. Tyler Miller Jr.

http://altcop15.net/qcentrais_en.html. Acesso em 27 de novembro de 2016.

Tudo o que está ao nosso redor advém da natureza. Ela é a condição fundamental para a sobrevivência humana, desde seu estágio natural até a sua transformação executada pela ação humana, a chamada segunda natureza.

Todas as modificações ocorridas na natureza são realizadas a partir do trabalho humano, criando assim relações de interdependência social: homem x homem e homem x natureza.

As relações sociais confrontam a convivência humana, pois o homem, como um ser social, necessita do outro, porque na sociedade cada indivíduo cumpre uma função, por mais simples que ela seja.

Já a relação homem-natureza é realizada em razão da dependência humana dos recursos que a natureza oferece, para que, com a força de trabalho, a primeira natureza seja transformada em segunda.

A interferência do homem na natureza é indispensável para a continuidade do funcionamento da sociedade, mas por outro lado é preciso lembrar que a natureza e seus recursos são esgotáveis e que ela necessita de respeito e cuidados especiais. Por vezes percebemos que o homem esquece que faz parte da natureza.
 

Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia

Interferências humanas nos ecossistemas: Habitando sobre a Terra há poucos milhares de anos, um instante apenas da história do planeta, o homem é, todavia, o animal que mais profundamente vem transformando o ambiente que o rodeia. Tudo terá começado há cerca de 9000 anos, quando ergueu as primeiras construções. Daí até ao momento presente, mudou o mundo. Começou a praticar a agricultura, selecionando espécies e combatendo outras; desenvolveu métodos para modificar as plantas segundo as suas conveniências; domesticou animais e transformou-os, por necessidade ou prazer. Introduziu novos animais e plantas em sítios em que não existiam, provocando profundas transformações nos ecossistemas. Provocou o desaparecimento de espécies em vastas regiões e favoreceu o surgimento de outras. Criou habitats artificiais (como as monoculturas e as cidades) onde se instalaram e a que se adaptaram uma enorme diversidade de animais. Espalhou inseticida por toda a Terra, com isso alterando os ecossistemas. Produziu inúmeros detritos, desde os lixos urbanos, aos gases fabris que foi despejando na Natureza, julgando que o mundo é tão grande que, de alguma maneira, todos os venenos gerados pela sua atividade desaparecerão. Capturou espécies animais precisas em tal quantidade que desequilibrou as populações, quebrando ciclos naturais. Está a destruir as florestas tropicais. “Mas se o poder do homem para mudar a face da Terra é hoje imenso, amanhã será, por certo, ainda maior.” Quando o meio ambiente não é capaz de fornecer as condições exigidas para a vida - nutrição, reprodução e proteção - ele se torna impróprio à sobrevivência do ser vivo. O sapo-boi, por exemplo, destrói certos besouros que prejudicam o cultivo da cana-de-açúcar.

Entretanto, ele também se alimenta de incetos destruidores de moscas transmissoras de doenças. Como o sapo-boi prolífera com facilidade (vive 40 anos e põe 40 mil ovos por ano), é perigoso colocá-lo em regiões onde não existam outras espécies que possam