Sobre a comunicação não verbal e sua importância profissional assinale a alternativa verdadeira

Analise as assertivas sobre comunicação verbal e não-verbal e assinale a alternativa correta.

I. A comunicação verbal compreende qualquer forma de expressão falada ou escrita.

II. A comunicação não verbal é realizada por meio da linguagem corporal, dos gestos, posturas, expressões faciais, contato visual, entre outros.

III. São alguns exemplos da comunicação não verbal: imagens, símbolos, luzes, e-mails, mímicas, e tom de voz.

IV. Uma comunicação verbal deve ser simples, clara e objetiva, facilitando a compreensão do receptor.

V. Não é possível utilizar a comunicação verbal e a não verbal simultaneamente.

Apenas I e II estão corretas.

Apenas I, II e III estão corretas.

Apenas I, II e IV estão corretas.

Apenas II, IV e V estão corretas.

Não podemos negar que, quando comunicamos, a linguagem não-verbal (por exemplo as nossas expressões faciais, o modo como usamos o nosso corpo, o ritmo e tom da nossa voz) tem um impacto muito maior do que a generalidade das pessoas pensa e que, principalmente os perfis mais lógicos, tendem a descurar esta realidade.

Se tem assistido a programas ou seminários sobre comunicação, é provável que já tenha tido contacto com o famoso estudo de Mehrabian e a regra dos 7%-38%-55%. Neste artigo partilho como é que este estudo tem vindo a ser mal interpretado e algumas pistas sobre a importância da comunicação não verbal.

O estudo de Mehrabian: a regra dos 7%-38%-55%

No fim dos anos 60, Mehrabian e colegas fizeram um estudo de que resultou o conhecido gráfico da importância relativa das várias componentes da comunicação. Este estudo levou à generalização de que as palavras que usamos têm um peso de 7% na comunicação, o tom de voz (velocidade, tom, volume) tem um peso de 38% e a linguagem corporal (o modo como nos movemos, as nossas expressões faciais) tem um peso de 55%.

Sobre a comunicação não verbal e sua importância profissional assinale a alternativa verdadeira

Porque é que o estudo de Mehrabian é um mito

Em seminários, livros, documentários, este estudo tem vindo a ser referido como fonte e propagada a ideia de que o que se diz quase não tem importância e que devemos investir na comunicação não-verbal. Muitos dos que o divulgam não exploraram a sua origem nem as reais implicações tendo-se por isso disseminado o mito do estudo de Mehrabian como uma verdade inquestionável. O próprio Mehrabian tem demonstrado desconforto do seu estudo estar a ser generalizado e a atribuírem-lhe conclusões erradas.

O que é que é que realmente foi feito neste estudo?

Mehrabian queria estudar a incongruência entre a comunicação verbal e não-verbal quando expressamos emoções. Ele analisou como é que pessoas respondiam a imagens com fotos (!) de diferentes expressões faciais e gravações áudio de uma pessoa dizendo uma só palavra (como amor ou palavras neutras como talvez) com diferentes entoações transmitindo emoções como gostar, não gostar e neutra. Aos participantes foi pedido para avaliarem as emoções da outra pessoa e de onde tinham tirado as pistas para a intenção real por trás das palavras. A audiência respondeu que descodificaram a intenção da pessoa através de pistas visuais (55% do tempo) e do tom de voz (38% do tempo). Só 7% do tempo usaram as palavras reais.

As conclusões do estudo de Mehrabian relacionavam-se com aquilo que ele chamou “a mensagem silenciosa”: como é que as pessoas comunicam as suas emoções e que quando as palavras e as mensagens não-verbais estão em conflito, as pessoas tendem a acreditar nas mensagens não-verbais. E isto é uma conclusão muito importante!

No entanto, este estudo tem sido generalizado, indicando que em qualquer situação de comunicação o significado da mensagem é transmitido pelas pistas não-verbais em vez do significado das palavras. No entanto, o estudo focou-se especificamente na comunicação de emoções e no cenário altamente controlado e restrito. Além disso, a linguagem não-verbal considerada foi restrita às expressões faciais (fotos).

Conflito entre linguagem verbal e não-verbal

Resumindo a conclusão do estudo: obtemos a nossa interpretação da intenção emocional por trás das palavras pelas pistas não-verbais. E quando as duas estão em conflito, acreditamos nas pistas não-verbais.

Por exemplo, quando alguém diz as palavras “eu não tenho nenhum problema contigo” e ao mesmo tempo evita olhar-nos nos olhos ou tem uma linguagem corporal que demonstra desconforto, tendemos a pensar que algo não está certo.

Ou quando perguntamos a alguém “o que é que tens?” e a resposta é “nada” com “aquele” tom de voz…já sabemos que algo não está certo. Alguns homens são até especialistas em interpretar os vários “nadas” das mulheres. 🙂

Nestas situações tendemos a dar importância (e devemos) à linguagem não-verbal.

No entanto, quando todos os meios de comunicação são congruentes, ou seja, quando as palavras que dizemos, o modo como dizemos e o nosso corpo dizem todos a mesma coisa, não damos tanta importância à linguagem não-verbal.

A importância da linguagem não verbal para comunicarmos melhor

A grande mais-valia deste estudo é ter chamado a atenção para a importância da comunicação não-verbal na nossa capacidade de comunicarmos eficazmente, criarmos relação e empatia com quem nos ouve e aumentarmos a nossa capacidade de influência. As percentagens podem estar distorcidas mas a sua importância é inquestionável.

Às vezes até sabemos as “palavras certas” para dizer mas a nossa linguagem não-verbal trai-nos mostrando que não é aquilo em que acreditamos o que reduz a nossa credibilidade.

Na programação neurolinguística investimos no estudo da comunicação não-verbal, não só como mais uma fonte de informação quando comunicamos com outros, mas também como uma ferramenta para melhorar a nossa comunicação de modo a aumentarmos a nossa eficácia.

Do ponto de vista de quem quer comunicar eficazmente por exemplo numa apresentação ou reunião pode e deve trabalhar esta dimensão (Quantas vezes uma apresentação de conteúdo interessante foi ignorada porque o apresentador tinha uma voz monocórdica ou não olhava para a audiência?). Deixo-lhe algumas sugestões para começar:

1. habitue-se a “ver-se de fora” e a observar o seu corpo: para onde está a olhar, qual a posição do seu corpo, qual a sua expressão facial? Se houver áreas tensionadas, faça algo que o ajude a relaxá-las. Pode treinar isto no dia-a-dia sem ser quando está a interagir com outros. Por exemplo, neste momento, “veja-se de fora”. A autoconsciência para os sinais exteriores e interiores treina-se, implica reprogramar o piloto automático e é uma competência cada vez mais importante tendo em conta a velocidade de resposta atual. Se é uma área que gostava de treinar, veja este curso online.

2. peça a alguém para gravar uma apresentação ou uma reunião. Isso vai dar-lhe a capacidade de ser ver de fora e aumentar a sua perceção do impacto da sua linguagem não-verbal.

3. enquanto está a ouvir outros, dê pistas não verbais de que está a prestar atenção (como acenar com a cabeça e manter contacto ocular). Isto parece óbvio mas lembre-se de como é fácil distrairmo-nos com o telemóvel e passarmos a mensagem não verbal de que não estamos a prestar atenção ao que nos dizem.

Sobre a comunicação não verbal e sua importância profissional assinale a alternativa verdadeira

Às vezes, nossas expressões faciais, gestos, contato visual, postura e tom de voz podem transmitir uma mensagem melhor que as próprias palavras. A comunicação não verbal é um aspecto importante no local de trabalho, pois mostra como você escuta, olha e reage enquanto gerencia a equipe.

Isso tem muito a ver com a maneira como transmitimos significado e informação a outras pessoas, além de influenciar a interpretação dos sinais de quem está ao nosso redor. Já se perguntou como a linguagem corporal ajuda no relacionamento interpessoal na sua agência de comunicação?

Neste artigo, vamos abordar sobre os seguintes temas:

Boa leitura!

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O que é comunicação não verbal?

A comunicação não verbal, como o próprio nome sugere, é aquela que acontece sem o uso de palavras faladas ou escritas. Inclui comportamentos aparentes, como: olhares, gestos, toques, posturas, assim como mensagens menos óbvias, como: roupas, distância espacial entre as pessoas etc.

A pesquisa científica sobre o tema começou com a publicação de um artigo de Charles Darwin em 1872, com o título: A expressão das emoções no homem e nos animais.

Desde então, outros estudos sobre os tipos, efeitos e expressões do comportamento humano surgiram. O termo comunicação não verbal foi popularizado em 1956 pelo psiquiatra Jurgen Ruesch e o escritor Weldon Kees no livro: “Comunicação não verbal: notas sobre a percepção visual das relações humanas”.

Quais os tipos de comunicação não verbal?

Características físicas

São tipos de comunicação não verbal que são usados no corpo e ambientes, que comunicam significado às outras pessoas. Considere suas preferências por estilo do corte de cabelo, moda, joias e automóveis.

Todas essas escolhas expressam significados para quem está ao redor sobre o que você valoriza e a imagem que deseja exibir. Como na maioria das comunicações, aparência pessoal, objetos e acessórios acontecem dentro de espaços culturais e são interpretados à luz desses contextos.

Proxêmica

É o estudo de como o uso do espaço influencia a maneira como nos relacionamos com os outros. Usamos o espaço para regular nossa comunicação verbal e comunicar significados relacionais e sociais.

O espaço pessoal varia de dezoito polegadas a quatro pés e é reservado para a maioria das conversas com pessoas não íntimas (amigos e conhecidos).

O espaço social se estende de quatro a doze pés e é usado para interações em pequenos grupos, como sentar ao redor de uma mesa de jantar com outras pessoas ou uma reunião de grupo.

O espaço público se estende além de três metros e é mais usado em situações de falar em público. Um exercício divertido é ir a um ambiente público e observar as pessoas.

Cronêmica

É o estudo de como as pessoas usam o tempo, afinal, isso também comunica uma variedade de significados às pessoas. Pense em alguém que você conhece que está constantemente atrasado, ou o colega mais pontual do grupo.

Como você as descreveria? Existe alguma diferença no seu modo de pensar sobre eles? Nesse caso, essa percepção se baseia no tempo.

Paralinguagem

É o termo utilizado para descrever qualidades vocais, como: tom, volume, inflexão, velocidade da fala e ritmo. A forma como as palavras são ditas geralmente expressam maior significado que as próprias palavras.

Por exemplo, se você diz que está muito feliz com o feedback de alguém mas faz isso com uma voz monótona e expressão facial entediada, a pessoa entende o seu comentário como uma ironia.

Como a comunicação não verbal pode ser usada na publicidade?

Quando a linguagem corporal está incorreta em uma peça publicitária, dificilmente o cliente vai se interessar pelo produto ou serviço. Movimentos, expressões ou atitudes comportamentais fora de contexto influenciam de forma negativa a escolha do consumidor.

Por outro lado, a comunicação não verbal bem-elaborada ajuda a transmitir a mensagem de acordo como foi planejada. Um bom exemplo disso é que os comerciais de creme dental sempre têm alguém sorrindo para mostrar o quanto os dentes ficaram brancos. Sem isso, não seria a mesma coisa.

A escolha da paleta de cores ideal e o logotipo são outros meios de criar uma identidade de marca sem a necessidade de verbalizar. Imagens e símbolos também são responsáveis por entregar uma mensagem forte e, assim, gerar reconhecimento e empatia.

Quando a comunicação não verbal precisa ser priorizada?

Sempre. Afinal, a última coisa que você quer é que as pessoas tenham medo ou se sintam intimidadas, não é mesmo? A maneira mais fácil de parecer amigável é estampar um sorriso no rosto.

Olhar para o colaborador enquanto ele está falando demonstra que você está prestando atenção ao que diz. Ao mesmo tempo, isso mantém as linhas de comunicação abertas.

Quando se trata de comunicar com gestos, as palmas das mãos podem ser um sinal revelador de suas intenções. Mantê-las para cima significa disposição para ouvir ou negociar, enquanto para baixo revela que você está falando sério.

Como investir em soluções de comunicação para minha equipe?

Dá para se manter consciente da linguagem não verbal se você começar a observar o comportamento das pessoas, assim como os seus também. Confira estas dicas para treinar essa habilidade, melhorar as áreas em que acha que deve mudar e ensinar a sua equipe a fazer o mesmo.

Seja um bom observador

Primeiro de tudo, reconheça que as pessoas se comunicam em vários níveis. Observe as expressões faciais, o contato visual, a postura, os movimentos das mãos e pés, o movimento e a colocação do corpo, a aparência e a passagem enquanto caminham em sua direção.

Todo gesto está comunicando alguma coisa. Acostume-se a assistir a linguagem não verbal e a capacidade de ler os sinais aumentará com a prática na sua gestão para agências.

Faça contato visual

A maneira como você se comunica com a equipe, clientes e fornecedores dá maior relevância para os negócios. O contato visual é incrivelmente importante para a sua liderança.

Olhar os membros da sua equipe diretamente nos olhos e ouvir (não apenas responder) gera confiança. Sua linguagem corporal pode ter um enorme impacto em como os colaboradores se relacionam com você na empresa.

Fique atento à postura

Para melhor ou pior, a comunicação não verbal pode minar as palavras reais que você diz. Tentar dizer que estão fazendo um bom trabalho ou compartilhando informações importantes pode ser anulado por uma linguagem corporal ruim que faz você parecer inseguro ou mentiroso.

Nesse sentido, uma simples postura faz a diferença. Por exemplo, se você se mantiver inclinado para trás vai parecer que deseja ficar distante mas, se ficar ereto e levemente voltado para a frente, o sentido é oposto.

Se quiser parecer amigável e deixar os outros à vontade, considere usar gestos mais sutis e ocupar menos espaço físico.

Fale com as mãos

A incorporação de gestos na conversa melhora o conteúdo verbal e resulta em uma fala menos hesitante, reduzindo preenchimentos como “um” e “aí”.

Aperfeiçoe o aperto de mão

Se o seu aperto de mão é muito fraco, você pode ser percebido como tímido. Forte demais, vai parecer que é agressivo. Prefira o meio-termo, pois isso pode gerar uma credibilidade instantânea.

Reduza os gestos nervosos

É comum fazermos gestos que demonstram inquietação quando estamos estressados, como: balançar a perna, esfregar as mãos, girar o cabelo e outros. Quando se flagrar fazendo coisas do tipo, apoie os pés firmemente ao chão, respire fundo e apoie as mãos no colo ou nas laterais do corpo.

Quais os principais erros na comunicação não verbal?

Aqui estão alguns erros comuns da linguagem corporal a serem evitados no local de trabalho.

Aperto de mão fraco

Por mais insignificante que possa parecer, um aperto de mão fraco pode enviar sinais desfavoráveis, enquanto pessoas com um aperto de mão forte são comprovadamente vistas de maneira mais favorável.

Não fazer contato visual

O contato visual é um dos meios de comunicação mais primitivos e importantes, e é uma maneira de solicitar feedback. Ele também transmite confiança, liderança e força.

Não sorrir

O sorriso tem um efeito poderoso, pois mostra que você é uma pessoa agradável, com confiança, abertura e energia, ou seja, fatores positivos no mundo profissional.

Demonstrar inquietação

Ficar olhando o relógio com frequência, balançar as pernas ou brincar com o cabelo são exemplos que denunciam inquietação, ansiedade ou desinteresse. Portanto, evite.

Cruzar os braços

A menos que esteja com muito frio, entrar em uma reunião de negócios com os braços cruzados sugere que você está na defensiva ou não está aberto ao que a outra pessoa está dizendo. Em alguns casos, o ato de cruzar os braços pode até agir como uma barreira física, em vez de deixar colegas ou parceiros de negócios à vontade.

Como você viu, tudo o que fazemos, mesmo quando estamos no mais absoluto silêncio, emite sinais de comunicação não verbal. Gestos, tom de voz, aparência física e outros detalhes são frequentemente interpretados pelas pessoas que nos cercam. Por isso, é preciso estar atento para transmitir a mensagem certa e observar a reação dos outros.

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