Situação grave em que a perda de água pelo corpo é maior do que o ganho

65 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. a) Canal que conduz a urina para fora do corpo: uretra. b) Filtra o sangue, produzindo a urina: rim. c) Conduz a urina dos rins para a bexiga: ureter. d) Armazena a urina: bexiga. 4 Complete a cruzadinha. 5 D 6 1 E T 2 B S R 7 U R E I A 4 I A R X 3 A B U N D A N T E I R R S T G E A P R A T T I A E A R R Ç A E Ã Ç S O Ã O Vertical 1) Órgão muscular, elástico, que armazena a urina. 2) Tubo do sistema urinário que leva a urina da bexiga ao exterior. 4) Tubos que levam a urina dos rins até a bexiga. 5) Situação grave em que a perda de água pelo corpo é maior do que o ganho. 6) Perda de água por evaporação da superfície da pele. Horizontal 3) A quantidade de urina que produzimos quando bebemos muita água. 7) Importante resíduo tóxico do sangue que é eliminado na urina. 65 Desenvolvimento da aula Na atividade 4 , propomos, de maneira lúdica, uma revisão do con- teúdo referente ao sistema urinário. Aproveite a atividade para verificar se os alunos compreenderam os concei- tos principais desse sistema e oriente- -os caso surjam dúvidas. Aproveite também para comen- tar que a desidratação infantil ocorre mais facilmente nos meses quentes, pois nesse período a perda de água pela transpiração é maior, assim como a chance de apresentar um quadro de vômito, com grande perda de água, pela ingestão de alimentos contami- nados por microrganismos que se pro- liferam mais facilmente no calor. A desidratação, se não tratada, pode levar à morte. Nos casos de suspeita de desidratação, recomenda-se a inges- tão de muito líquido, eventualmente soro caseiro e, em casos mais graves, procurar um pronto-socorro, em que o médico poderá achar necessário injetar soro diretamente na circulação.


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Todos nós sabemos que devemos ingerir todos os dias pelo menos três litros de água para que nosso corpo funcione adequadamente. O motivo dessa necessidade está no fato de que nosso corpo não é capaz de armazenar água e utiliza essa substância a todo tempo para a realização de vários processos vitais. Em razão do gasto constante de água, devemos sempre manter um equilíbrio entre o que é ingerido e o que é perdido. Vale destacar, no entanto, que não temos controle sobre a eliminação de água, restando apenas controlar a ingestão.

A água é eliminada no nosso corpo de várias formas, algumas de fácil percepção e outras não. Aquelas perdas que podem ser observadas são denominadas de sensíveis ou mensuráveis; já aquelas que não podem ser vistas são chamadas de insensíveis ou não mensuráveis.

Como principal exemplo de perda sensível, podemos citar o suor, que é formado por água e eletrólitos, como o sódio e o cloro. A produção dessa substância pelas glândulas sudoríparas é fundamental para a regulação da temperatura do corpo, impedindo que esta se eleve de forma exagerada. Entretanto, não é a produção do suor que provoca o resfriamento, e sim a sua evaporação.

Além do suor, verificamos a perda de água pela urina, uma substância formada por água e substâncias tóxicas e em excesso que devem ser eliminadas do organismo. A urina, que é produzida nos rins, pode ser utilizada como uma forma de analisar a quantidade de água presente no corpo. Quando eliminamos uma urina de coloração clara, é um indicativo que estamos bem hidratados; entretanto, quando a urina está bem concentrada, é sinal de que nosso corpo necessita urgentemente de água.

As fezes também provocam perda de água, porém em menor quantidade do que o suor e a urina. Atenção redobrada deve ser dada aos casos de fezes líquidas, em que uma grande quantidade de água é perdida. Quadros de diarreia intensa podem provocar desidratação, um problema grave que pode levar à morte se não tratado de maneira adequada por meio da reposição de líquidos e sais.

As perdas insensíveis, apesar de não serem observadas facilmente, também devem ser analisadas. Dentre essas perdas, destacam-se a liberação de vapor de água no momento da respiração e a perda por difusão através da pele.

Certos fatores aumentam a eliminação de água pelo organismo e, por isso, alguns casos devem ser avaliados para que a ingestão de água seja feita de forma correta. Entre as circunstâncias que exigem maior ingestão de água estão a prática de exercícios, diarreias prolongadas, febres, vômitos, uso de diuréticos, gestação e lactação, alimentação rica em sais, permanência em ambientes quentes, queimaduras, cirurgias e algumas doenças, tais como o diabetes.

Garantir o equilíbrio hídrico é fundamental para que nosso corpo funcione adequadamente. Sendo assim, a ingestão de água deve ser encarada como uma questão de saúde.

Hidrate-se corretamente!

No corpo, vários mecanismos trabalham em conjunto para manter o equilíbrio hídrico. Estes incluem

  • Interação entre a hipófise e os rins

A sede é um dos mecanismos mais importantes para manter o equilíbrio hídrico. Quando o corpo precisa de água, os centros nervosos situados na parte central do cérebro são estimulados e resultam na sensação de sede. A sensação se torna mais intensa quando a necessidade do corpo por água aumenta e motiva a pessoa a beber os líquidos necessários. Quando o corpo tem excesso de água, a sede é suprimida.

Uma interação entre a hipófise e os rins oferece outro mecanismo. Quando o corpo está com escassez de água, a hipófise secreta vasopressina (também chamada hormônio antidiurético) na corrente sanguínea. A vasopressina estimula os rins a conservar água e a excretar menos urina. Quando o corpo tem excesso de água, a hipófise secreta pouca vasopressina e faz com que os rins excretem o excesso de água na urina.

A água é fundamental para a sobrevivência do homem e de todos os outros organismos vivos. No nosso corpo ela exerce as mais variadas funções, atuando desde o controle de nossa temperatura até as reações químicas existentes no interior da célula.

Diante da importância da água e da nossa incapacidade de armazená-la no organismo, é necessária a ingestão de pelo menos 2,5 litros dessa substância diariamente. A ingestão deve ser diária, pois a sua perda ocorre a todo tempo, podendo provocar graves desequilíbrios.

Uma das formas mais perceptíveis de perda de água é pela urina. Essa substância, que é produzida pelos rins, contém produtos do metabolismo e substâncias que se encontram em excesso no corpo. A eliminação da urina é fundamental para que a composição química do meio interno permaneça em equilíbrio.

A urina é um ótimo indicador de como está a hidratação do corpo. Uma urina que apresenta uma coloração mais escura, por exemplo, indica que a quantidade de água ingerida não está sendo suficiente. A eliminação dessa urina concentrada é consequência de uma maior reabsorção de água nos túbulos renais.

Outra forma de perda de água é por meio das fezes. Apesar de normalmente a perda ser pouco significativa, pode tornar-se preocupante em casos de diarreia, uma vez que a intensa eliminação de líquidos pode desencadear desidratação. Esse problema é grave e tem levado à morte um considerável número de pessoas todos os anos, principalmente crianças.

A eliminação do suor também é uma forma de perda de água. O suor evita que nossa temperatura aumente exageradamente, principalmente em dias quentes ou quando praticamos exercícios intensos. Como o suor possui alguns importantes sais, a reposição não deve ser apenas de água, sendo fundamental a reposição eletrolítica.

Além dessas perdas que podem ser facilmente observadas, temos aquelas que não são visíveis, também chamadas de perdas insensíveis ou não mensuráveis. Essa eliminação de água ocorre por meio da respiração e por difusão na pele.

A quantidade de água ingerida diariamente deve ser superior àquela perdida. Sendo assim, fica fácil concluir que a quantidade de água necessária varia de acordo com a situação de cada pessoa, sua saúde e com as atividades realizadas no dia. Em dias quentes, em que a sudorese é maior, por exemplo, devemos ingerir uma maior quantidade de água. O mesmo vale para quando apresentamos quadros de diarreia, em que se faz necessária rápida hidratação.

Dentre os fatores que aumentam a necessidade de água em um indivíduo, podemos destacar a realização de exercícios físicos, cirurgias, queimaduras, diarreia, vômito, febre, uso de diuréticos, alto consumo de sal, gestação, lactação, entre outros.


Por Ma. Vanessa dos Santos