Quer entender quais são as técnicas e métodos de estudos mais eficazes e por que algumas funcionam mais do que as outras? Show Listamos as técnicas de acordo com o grau de eficiência e as justificativas de cada uma. Atenção! Embora o ranking seja fruto de uma pesquisa científica, cada pessoa tem suas próprias técnicas de estudo e pode estar adaptada a um modelo que funciona bem para si. Mas não custa dar uma olhada e testar novos métodos, principalmente para quem vai enfrentar vestibular, concurso ou alguma prova ou disciplina mais difícil! Acompanhe: Métodos poucos eficazes de estudo1) GrifarTão fácil e comum quanto ineficiente. É isso que o estudo da Psychological Science in the Public Interest diz sobre a técnica de grifar as partes mais importantes de um texto. A explicação é que o método exige pouco esforço e o cérebro acaba “não dando importância” para aquilo que exige pouco esforço. Ao apenas destacar trechos do conteúdo, o seu cérebro não está organizando, criando ou conectando conhecimentos. Mas não precisa aposentar a marca texto! Os pesquisadores apontam que grifar pode ter alguma (pouca) utilidade quando combinada com outras técnicas, como, por exemplo, revisão, ou quando você já está cansado. 2) ReleituraApenas reler o conteúdo que vai cair na prova é bem pouco efetivo. Conforme o estudo, a técnica só tem algum resultado e pode ser melhor do que a de fazer resumos ou grifos se for uma releitura massiva. Ou seja, é como pegar o capítulo de um livro e reler, reler, reler e reler consecutivamente. A dica é fazer isso por diversas vezes no mesmo dia. Porém, é um pouco provável que eu alguém queira e tenha força de vontade para isso… 3) MnemônicosQuem já estudou para concursos com apostilas ou cursos online já deve ter deparado com a famosa SoCiDiVaPlu para decorar os Fundamentos da República do Brasil. SOberania; CIdadania; DIgnidade da pessoa humana; VAlores sociais do trabalho e da livre iniciativa; PLUralismo político. Essa é a chamada técnica de mnemônicos, que nada mais é do que a criação de palavra, frases ou esquema para memorizar algum conteúdo. Porém, o estudo apontou que esse método só é efetivo quando os mnemônicos são importantes e quando o material estudado inclui palavras-chaves fáceis de memorizar. Funciona melhor para conteúdos sequenciais e sem qualquer relação lógica entre si – como os nomes ou números de leis, caso da SoCiDiVaPlu. Caso contrário, melhor escolher outra técnica. 4) VisualizaçãoVocê gosta de criar visualizações enquanto lê algum conteúdo? E já experimentou representá-lo num diagrama composto por palavras, ícones e flechas – o chamado “mapa mental”? A imaginação de figuras enquanto se estuda se mostrou efetiva apenas para a memorização de frases. Com relação a textos mais longos, os pesquisadores viram que é pouco efetiva. Até mesmo a transformação das imagens mentais em desenhos não aumenta a aprendizagem e ainda por cima limita os benefícios da imaginação. Isso não quer dizer que o uso de mapas mentais deve ser abandonado, porque, além de desenhos, eles trazem a vantagem de conectar ideias e conceitos. Por isso, pode ser utilizado na compreensão de um determinado conteúdo e na revisão – mas invista em outras técnicas conjuntamente para garantir a nota no final! 5) ResumosResumir os pontos mais importantes de um texto com as principais ideias é algo quase intuitivo para quem estuda qualquer coisa. O estudo Psychological Science mostrou que a técnica é mais útil do que grifar e reler textos, porém, ela é limitada. Serve para provas escritas, mas não para as objetivas. Segundo os pesquisadores, quem já tem a manha de fazer resumos pode continuar usando a ferramenta, pois vai, sim, ajudar a fixar os conteúdos, mas somente fazer isso não contribui muito para o aprendizado. Agora, que tal conhecer algumas formas de estudo que tenham eficácia comprovadamente maior e tentar incluir elas na sua rotina? Métodos moderadamente eficazes de estudo1) Interrogação elaborativaA técnica consiste em criar explicações para o que você está aprendendo. Funciona assim: você pega um texto e, ao invés de se perguntar “O que é isso?”, como normalmente fazemos, você questiona: “Por que disso?”. Talvez você tenha que pesquisar em outros textos para buscar a resposta. É com essas informações sobre o fato estudado que você fará um resumo. Esse método requer um esforço maior do cérebro e talvez de tempo, pois você irá em busca das causas de determinado assunto e terá de escrever depois. Mas isso será um enorme diferencial na hora de responder a redações e questões discursivas. Como num concurso público ou nas provas daquele professor que curte escrever “disserte sobre o assunto”. 2) AutoexplicaçãoA técnica de autoexplicação, como o próprio nome diz, é pegar um conteúdo e, depois de ler, tentar explicá-lo com suas próprias palavras para você mesmo. Para faz um curso EAD, por exemplo, e pode estudar de casa, essa estratégia é bem interessante e você pode até “se dar aula” em voz alta. Entretanto, conforme o estudo, essa estratégia é eficaz durante a fase do aprendizado, mas não mostrou grandes resultados após o estudo, no momento da revisão. Ou seja, na primeira fase de estudos, quando você está aprendendo, use e abuse dessa técnica. Depois, parta para outra. 3) Estudo intercaladoAo invés de pegar um único conteúdo e insistir nele por horas, essa técnica sugere que você intercale várias matérias enquanto estiver estudando. A pesquisa apontou que essa técnica de intercalação tem maior eficácia para conteúdos que envolvam movimentos físicos e tarefas cognitivas (como ciências exatas). O principal benefício dessa estratégia é fazer com que a pessoa consiga manter-se mais tempo estudando – já que ficar insistindo numa mesma matéria pode cansar e acabar sendo desperdício de tempo. Que tal, agora, conferir as técnicas e métodos de estudo mais eficazes de acordo com a pesquisa? Métodos mais eficazes de estudo1) Teste práticoPegar provas de concursos anteriores, de provas do Enem ou vestibulares da universidade que você quer ou encontrar questões online e em livros sobre o assunto que você está estudando – essa a técnica de teste prático. Essa é uma das duas melhores maneiras de aprendizagem. Conforme o estudo da Psychological Science, é até duas vezes mais eficiente do que outras técnicas e métodos de estudo! Uma das dicas dicas para estudar de maneira efetiva é fazer toneladas de exercícios de provas anteriores. Com isso, você vai ter contato na prática com aquilo que vai ser cobrado na prova – testando se você sabe ou não aquele conteúdo e te mostrando se precisa estudá-lo mais e, ao mesmo tempo, fixando as informações na sua mente. Os testes práticos não são nem uma recomendação – são uma obrigação! 2) Prática distribuídaVocê é daqueles que vai estudando os conteúdos conforme vai chegando perto da prova? Se sim, você está fazendo isso errado. A técnica de distribuir o estudo ao longo do tempo, em vez de concentrar toda a aprendizagem em um bloco só (ou seja, na véspera da prova), é uma das melhores que existe! Para aplicá-la, basta criar bom um método de distribuição, ou seja, um cronograma (já falamos disse em outro artigo) e dividir seus estudos de uma maneira que possa rever mais os conteúdos nos quais tem mais dificuldade, e menos aqueles que já assimilou. A pesquisa mostrou que o melhor tempo de distribuição das sessões de estudo é de 10% a 20% do período que o conteúdo precisa ser lembrado. Por exemplo: para aprender sobre um assunto que cairá numa prova daqui há 10 dias, você deve estudar o conteúdo a cada 2 dias, pois assim estará espaçando o assunto em 20% do tempo. Se quer lembrar de algo para uma prova que ocorrerá em 3 meses (90 dias), precisa revisar, pelo menos, a cada 4 dias. A prática distribuída também pode ser aplicada distribuindo os estudos em pequenos períodos ao longo do dia, intercalando com descanso e lazer. Por exemplo, estudar uma hora de manhã, uma hora à tarde e outra hora à noite. Dica finalConheça todas as técnicas e métodos de estudo e teste, na prática, como elas funcionam para você. Não duvide do estudo da revista Psychological Science in the Public Interest e aproveite para experimentar ferramentas com eficácia comprovada. Entretanto, não insista naquilo em que você não se adaptar. O melhor método (ou métodos, de preferência, unindo alguns deles) é sempre aquele que funciona para você! |