Porque muitas vezes fazemos com o outro aquilo que não gostaríamos que fizessem conosco

Desde crianças somos ensinadas a fazer aos outros somente aquilo que a gente gostaria que fizessem com a gen­te. Apesar de ser uma boa base para re­lacionamentos sociais equilibrados, essa máxima pode ser uma pegadi­nha quandose trata de relacionamen­tos amorosos. Segundo a orientadora emocional para mulheres, com foco em relacionamentos, e criadora e au­tora do Blog da sAmarildas, tratar o ou­tro com respeito, verdade, honrando sua individualidade e abraçando suas sombra sé a melhor forma de demons­trar como desejamos ser tratadas. No entanto, quando usamos essa máxi­ma com segundas intenções, ou seja, com o interesse de receber algo em troca, corremos o risco de nos frustrar.

“Muitas de nós, ao invés de falar abertamente o que querem, esco­lhem dar “dicas” ou deixar “pistas” sobre como desejam que a relação se desenvolva, aplicando exatamen­te o princípio do “faça ao outro o que gostaria que fizessem com você”. Ao fazer isso, deixamos de levar em con­taalgosimples: nãosomosiguais! Um casal é formado de duas pessoas que têm não apenas gostos e preferências muito particulares, como histórias de vida e costumes totalmente diferen­tes. E isso faz com que cada uma (re) aja de forma diferente na vida a dois”, explica Camilla.

Ela dá um exemplo: “Se você pre­senteiaseuparceirocomfloresporque desejaqueeletambémofaça, masnão fala isso diretamente, pode ser que ele não corresponda ao seu desejo. E isso porque: 1) nem sempre a gente “paga namesmamoeda” tudoaquiloquere­cebe, 2) talvezelenemgostedereceber florese, comoaprendeuafazercomos outrosapenasoquegostariaquefizes­sem com ele, não retribuirá seu presen­tedamesmaformaou, 3) quemsabe, o ato de oferecer flores a alguém acione nele algumas lembranças não tão posi­tivasdopassado, porexemplo”. Épossí­velentendercomoissotudopodevirar uma imensa confusão quando opta­mos por “dar dicas” ao invés de falar diretamente o que desejamos?

MAS, ENTÃO, COMO AGIR?

Deseja algo? Expresse! A orienta­ção de Camilla é ser direta e verda­deira: “Quando agimos com respei­to, verdade e amorosidade, damos o exemplo, ‘ensinamos’ pelo nosso jei­to de ser. Até aí, perfeito. Mas, quan­do a gente Quer efetivamente que o outro faça algo, o melhor a fazer é co­municar de forma aberta e direta – assim, somos muito mais assertivas e evitamos mal-entendidos e frus­trações”. “Diga a ele que gosta de re­ceber flores! Porque pode ser que ele ainda não tenha consciência de tudo aquilo que te faz feliz. Diga a ele que quando ele fica quieto demais por muito tempo, sem explicar os moti­vos, você se sente insegura. Porque pode ser que esses momentos de in­trospecção sejam especiais para ele e simplesmente não tenham nada a ver com você”, lembra ela.

Para Camilla, fazer ao outro o que desejamos que façam com a gente significa, inclusive, respeitar o fato de que ele não vai adivinhar nossos de­sejos. Além disso, cada um cresceu em um ambiente diferente, com há­bitos familiares distintos e, muitas ve­zes, até opostos. Portanto, nem tudo aquilo que nos parece óbvio é óbvio para os outros. “Para que o relaciona­mento flua sem grandes desentendi­mentos, é preciso diálogo, confian­ça mútua e o entendimento de que somos pessoas completas e únicas, mas distintas – unidas pelo objetivo de construir uma vida juntos. Então, seja direta, objetiva e verdadeira ao se comunicarcomseuparceiro. Issoési­nal de maturidade”, enfatiza.

Talvez você já tenha feito algo que magoou alguém e tenha se arrependido em seguida. Mesmo que essa situação nunca tenha te acontecido, você deve pensar melhor nas suas falas e atitudes. Hoje nós apresentaremos a lição do não faça com os outros o que não gostaria que fizessem com você.

O poder do bom senso

É possível afirmar que muitas pessoas ignoram a frase “não faça com os outros o que não gostaria que fizessem com você”. Tudo porque elas não têm bom senso em relação as suas falas e atitudes com as pessoas. Logo, muita gente não se importa com o que pensa, diz e faz com os outros.

Com a ajuda do bom senso nós podemos nos tornar pessoas melhores. Já que a sociedade tem maus exemplos, que tal nós pensarmos e fazermos diferente? Afinal, mesmo que nós não possamos mudar o mundo sozinhos, podemos inspirar os outros a serem diferentes.

Para tanto, nós precisamos ter mais:

  1. Capacidade para a empatia;
  2. Reconhecimento dos nossos erros;
  3. Responsabilidade com as nossas atitudes;
  4. Pedir perdão e, mesmo que não seja dado, aprender com essa falha.

Coerência nos protege da hipocrisia

Mesmo que não percebam ou se importem, muitas pessoas têm atitudes incoerentes com suas falas. Muitos de nós sequer pensam na frase “não faça com os outros o que não gostaria que fizessem com você”. Afinal, se você não quer alguém se intrometendo na sua vida, por que fala tanto da vida alheia?


Porque muitas vezes fazemos com o outro aquilo que não gostaríamos que fizessem conosco


Todos nós estamos mudando e o que nos parece certo hoje talvez não seja amanhã. À medida que nós amadurecemos, experimentamos vivências que moldam nossa personalidade. A questão é se nós estamos aprendendo e evoluindo com os nossos acertos e erros na vida.

Mas e se uma pessoa pensa de uma determinada maneira e age de forma contrária? Nós podemos afirmar que ela está sendo incoerente e, dependendo do caso, até sendo hipócrita. Mesmo que nós sejamos incoerentes em algum momento da vida, nós nunca devemos nos acomodar a esse comportamento.

Não crie expectativas em relação às pessoas

Nem sempre as pessoas compreendem a mensagem “não faça com os outros o que não gostaria que fizessem com você”. Muitos de nós sabem que, com certeza, possuímos responsabilidades em relação as nossas atitudes. O problema é que várias pessoas esperam que todo mundo aja da mesma maneira que elas.

Há pessoas esperando que os outros se comportem de acordo com as expectativas delas também. Entretanto, se uma pessoa pensa dessa maneira ela tem muitas chances de se decepcionar. Como resultado, ela viverá frustrada e com a sensação de agir errado porque os outros agem diferente.

Nós jamais devemos alimentar expectativas em relação às pessoas, suas atitudes ou situações. Não temos o controle de tudo, logo não devemos impor a nossa vontade em alguém. O que cabe a nós é observar as nossas atitudes e lidar com as consequências dos nossos atos.

Não espere recompensas

É possível que, no fundo, muitas pessoas gostem que as outras observem as suas atitudes positivas. Não que elas façam para inflar seu ego, mas, sim, por desejarem fazer o melhor para todos. Todavia, muitos de nós esperam que seus atos sirvam como desculpa para serem recompensados.

Quando nós fazemos uma boa ação devemos entender que essa atitude é o certo a ser feito. Não para alimentar o nosso ego, mas para fazer a diferença no dia de alguém. Nós nunca saberemos como atos de gentileza podem melhorar o dia de uma pessoa.

Portanto, você sempre deve ser uma pessoa genuína em suas intenções e atitudes. Mesmo que você encontre algum desafeto, evite ceder ao impulso de desejar algum mal para ele. Afinal, não faça com os outros o que não gostaria que fizessem com você, mesmo que tenha motivos.

Sempre olhe para dentro de si

Algumas pessoas demoram para entender “não faça com os outros o que não gostaria que fizessem com você”. É provável que elas não ainda tenham as ferramentas emocionais necessárias para compreender essa mensagem. Nós, acima de tudo, devemos ser capazes de olhar para as nossas essências como indivíduos e desenvolver:

  1. Autoconhecimento;
  2. Autocrítica;
  3. Capacidade para refletir as próprias ideias e atitudes;
  4. Evitar impulsos e pensar antes de julgar as pessoas.

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Sem dúvida, essas quatro ferramentas nos ajudarão a repensar melhor as nossas atitudes no cotidiano.

Reforce o que é bom

Não faça com os outros o que não gostaria que fizessem com você. Porém, você pode fazer aos outros o que gostaria que te acontecesse. Se uma pessoa reforça o que as outras têm de bom ela mostra como atitudes positivas são valiosas. Nós sempre devemos fazer o que é bom, pois gentileza aproxima as pessoas.

Sendo assim:

  1. Admire as qualidades positivas que as pessoas têm;
  2. Elogie as habilidades e atributos das pessoas de forma sincera;
  3. Se você está ensinando alguém, seja paciente, já que cada pessoa tem um ritmo próprio;
  4. Sempre enalteça quem está dando o melhor de si.

Seja aquele que lhe fez falta

Quem sabe nós não mudamos o dia de alguém sendo aquela pessoa que não tivemos na vida? Ou seja, por que nós não nos empenhamos para ser a presença que falta para o outro?

Você, sem dúvida, estaria mais realizado se alguém tivesse sido o mentor que lhe faltava. Embora nós não possamos consertar o passado, sempre podemos construir o futuro. Dessa forma, tente ser um referencial, dando apoio para enaltecer e motivar quem não pode crescer sozinho.

Não que você deva fazer tudo pelo outro, não é o que queremos dizer. Entretanto, você pode ser o suporte de alguém que pode oferecer muito ao mundo. Às vezes, nós só precisamos de alguém para acreditar que somos capazes.

Considerações finais sobre não faça com os outros o que não gostaria que fizessem com você

Não faça com os outros o que não gostaria que fizessem com você, jamais. Você, com certeza, não quer ser um alvo dos ataques e da ira das outras pessoas. Sendo assim, você deve rever os seus hábitos que prejudicam os outros e substituí-los por ações positivas.

Como nós dissemos antes, desenvolva o seu bom senso a fim de avaliar melhor as suas atitudes. Todos nós devemos ser responsáveis pelo que pensamos e fazemos à medida que nos relacionamos com as pessoas. Já que o mundo possui críticos e agressores demais, nós sempre devemos tentar fazer a diferença.

Após essa leitura, que tal você se inscrever em nosso curso online de Constelação? Com nossas aulas acessíveis você desenvolverá o seu autoconhecimento e terá acesso completo ao seu potencial. Não faça com os outros o que não gostaria que fizessem com você, mas sempre invista no seu crescimento pessoal.