Por que os economistas dizem que o desemprego estrutural e um paradoxo do sistema de globalização

  1. 1. Por Cristiana Gomes A globalização surgiu após a Guerra Fria tornando-se o assunto do momento, aparecendo nos círculos intelectuais e nos meios de comunicação, tornando possível a união de países e povos, essa união nos dá a impressão de que o planeta está ficando cada vez menor. Um dos mais importantes fatores que contribui para a união desses povos é, sem dúvida, a Internet. É impossível falar de globalização sem falar da Internet, que a cada minuto nos proporciona uma viagem pelo mundo sem sair do lugar. Dentro da rede conhecemos novas culturas, podemos fazer amizades com pessoas que moram horas de distância, trabalhamos e ainda podemos nos aperfeiçoar cada vez mais nos assuntos ligados a nossa área de interesse, através dela, milhões de negócios são fechados por dia. A globalização não é uma realização do presente, vem de longa data. Tudo começou há muito tempo quando povos primitivos passaram a explorar o ambiente em que viviam. No século XV os europeus viajavam pelos mares a fim de ligar Oriente e Ocidente, a Revolução Industrial foi outro fator que permitiu o avanço de países industrializados sobre o restante do mundo. No final dos anos 70, os economistas passaram a usar o termo “globalização” fora das discussões econômicas facilitando as negociações entre os países. Nos anos 80, começaram a ser difundidas novas tecnologias que uniam os avanços da ciência com a produção, por exemplo: nas fábricas, robôs ligados aos computadores aceleravam (e aceleram) a produção, ocasionando a redução da mão-de-obra necessária, outro exemplo são as redes de televisão que facilitam ainda mais a realização de negócios, com as suas transmissões em tempo real. A globalização envolve países ricos, pobres, pequenos ou grandes e atinge todos os setores da sociedade, e por ser um fenômeno tão abrangente, ela exige novos modos de pensar e enxergar a realidade. As coisas mudam muito rápido hoje em dia, o território mundial ficou mais integrado, mais ligado, por exemplo, na década de 50, uma viagem de avião cruzando o Oceano Atlântico durava 18 horas, hoje a mesma rota pode ser feita em menos de 5 horas. Em 1865, a notícia da morte de Abraham Lincoln levou 13 dias para chegar na Europa, mas hoje, ficamos sabendo de tudo o que acontece no mundo em apenas alguns minutos. Não podemos negar que a globalização facilita a vida das pessoas, por exemplo o consumidor foi beneficiado, pois podemos contar com produtos importados mais baratos e de melhor qualidade, porém ela também pode dificultar. Uma das grandes desvantagens da globalização é o desemprego. Muitas empresas aprenderam a produzir mais com menos gente, e para tal feito elas usavam novas tecnologias fazendo com que o trabalhador perdesse espaço. A necessidade de união causada pela Globalização fez com que vários países que visavam uma integração econômica se unissem formando os chamados blocos econômicos (ALCA, NAFTA e Tigres Asiáticos, por exemplo), o interesse dessa união seria o aumento do enriquecimento geral. Não podemos esquecer também que, hoje em dia, é essencial o conhecimento da língua inglesa. O inglês, que ao longo dos anos se tornou a segunda língua de quase todos nós, é exigido em quase todos os campos de trabalho, desde os mais simples como um gerente de hotel até o mais complexo, como um grande empresário que fecha grandes acordos com multinacionais. Para encarar todas estas mudanças, o cidadão precisa se manter atualizado e informado, pois estamos vivendo em um mundo em que a cada momento somos bombardeados de informações e descobertas novas em todos os setores, tanto na música, como na ciência, na medicina e na política. QUESTÕES: 1) Defina o que é globalização. 2) Que recursos as multinacionais utilizam na concorrência, quando ocorre a expansão de suas filiais para os países subdesenvolvidos? 3) Qual o objetivo dos blocos econômicos nessa nova ordem multipolar? E cite-os. 4) Caracterize essa nova ordem multipolar 5) Faça uma lista com imagem de vários produtos, empresas, roupas, tênis que vêm de outros países. A RODA GLOBAL - QUESTÕES PARA DEBATE (3º ANO) 1. Qual a definição de globalização dada pelo autor? 2. No séc. XVIII a máquina a vapor foi o motor da primeira revolução industrial. No final do séc. XX qual pode ser considerado o motor dessas novas transformações? 3. Atualmente, quem são os reais responsáveis pelas grandes decisões econômicas mundiais? 4. É possível afirmar que a Nike não produz, literalmente, um único par de calçados? Justifique sua resposta. 5. De que forma o processo de globalização colabora com a extinção de empregos? 6. Defina, de forma clara e objetiva, desemprego estrutural. 7. Por que os economistas dizem que o desemprego estrutural é um paradoxo do sistema de globalização? 8. Após a crise de 29 surgiu um novo modelo de Estado. Que modelo foi esse? Caracterize esse modelo. 9. O que inviabiliza a proteção dos empregos por parte dos governos em um mundo globalizado? 10. O texto mostra claramente uma orientação política do autor. Que orientação é essa? Transcreva parte do texto que justifique sua resposta. 11.Qual o posicionamento do ex-presidente FHC (Fernando Henrique Cardoso) quanto ao processo de globalização? Justifique. 12. Quais as classes sociais beneficiadas pelo processo de globalização? Quais são prejudicadas?

O desemprego que vem se acentuando na Europa e em todo o mundo é proveniente de vários fatores, dentre eles o acelerado processo de globalização. Esse processo está extremamente ligado às novas tecnologias, as empresas nativas da Europa inseriram em seu sistema produtivo a informática e a robótica, para acompanhar seus concorrentes dispersos pelo mundo, para ter condições de competir nesse mercado cada vez mais globalizado, e também poder produzir com custos mais baixos e automaticamente acumular mais capitais. A perda de postos de trabalho proveniente da entrada de novas tecnologias nos meios de produção é denominado de desemprego estrutural, e nesse caso é a principal causa desse processo na Europa. Outro motivo não menos importante que o anterior é a migração de empresas para outros países ou continentes, dessa forma, a produção é desenvolvida nas filiais e na Europa permanecem somente as sedes que direcionam os rumos do empreendimento. Isso significa que ao migrar, buscando benefícios (isenção de impostos, mão-de-obra com baixo custo, leis ambientais frágeis, matéria-prima, entre muitas outras), as empresas deixam de gerar emprego para os europeus, agravando o fenômeno do desemprego.

Já que o capitalismo busca o lucro constantemente, as empresas querem atender somente os seus interesses não se preocupando com a classe de proletários, porém, o crescimento desse fator pode gerar um colapso, pois sem condições de gerar receita as pessoas vão ficando marginalizadas, desencadeando uma série de contratempos de ordem política, social, civil entre outros.

Publicado por Eduardo de Freitas

Crises econômicas podem afetar muito o número de empregos e a macroeconomia, no entanto, não é exatamente um desemprego estrutural.

Afinal, o desemprego estrutural é um pouco mais profundo e não ocorre apenas por razões de ineficiência econômica.

O que é desemprego estrutural?

O desemprego estrutural é uma forma de desemprego involuntário. Ou seja, é causado por uma oferta de vagas de trabalho menor do que a demanda.

Existem outros tipos de desemprego estudados pelos economistas, no entanto, o desemprego estrutural parece ser um dos mais difíceis de combater.

Isto porque, políticas voltadas ao combate ao desemprego deste tipo costumam ter efeitos de longo prazo.

Quais são as causas do desemprego estrutural?

A grande causa do desemprego estrutural é o desencontro entre as habilidades que os trabalhadores podem oferecer e as habilidades que os empregadores demandam dos trabalhadores.

No entanto, esse “desencontro” pode acontecer por diferentes razões, que levam à situação de vários trabalhadores não conseguirem ser empregados porque as funções as quais são qualificados já estão saturadas na economia.

Entre os principais fatores que podem contribuir com o desemprego estrutural, estão:

  • Avanços tecnológicos que tornem diversos trabalhadores obsoletos;
  • Dificuldade de realocação do trabalhador após perder o emprego, já que muitos trabalhadores exercem funções muito específicas e não possuem alto grau de qualificação;
  • Alteração estrutural do nível de consumo de algum setor econômico específico.

Outros tipos de desemprego

Os exemplos citados, apenas explicam o desemprego causado por um problema estrutural na economia.

No entanto, existem diferentes tipos de desemprego além do estrutural, como:

  • Conjuntural: desemprego motivado por crises econômicas;
  • Natural: desemprego que acompanha a taxa natural de desemprego, existente em qualquer economia. Normalmente é justificado por pessoas maiores de idade que ainda não trabalham ou até demissões voluntárias.
  • Sazonalidade: em vários setores econômicos, como a pesca, agrícola, entre outros, a sazonalidade é um efeito comum. Neste caso, os trabalhadores são apenas demandando em estações específicas do ano.

Qual a diferença entre desemprego estrutural e conjuntural?

Os dois mais populares e conhecidos tipos de desemprego, estrutural e conjuntural, são muito diferentes.

O desemprego conjuntural, como o nome já aponta, é causado por alguma conjuntura pontual, como uma recessão econômica, que pode levar os empresários a reduzir seus custos e, consequentemente, demitir trabalhadores.

Por outro lado, o desemprego estrutural não é motivado por questões pontuais, mas sim por choques que podem trazer efeitos de longo prazo, como o exemplo de evoluções tecnológicas que tornam trabalhadores obsoletos.

Qual o impacto do desemprego estrutural na economia?

O desemprego estrutural no Brasil, por exemplo, é responsável pormanter diversos trabalhadores no desemprego por vários anos.

Como pôde ser percebido, esse tipo de desemprego não é muito fácil de se resolver, e grande maioria das soluções plausíveis são de longo prazo, como uma maior qualificação geral das pessoas no país.

Por isso, países que têm um alto nível de desemprego estrutural, tendem a ter uma taxa de desemprego muito alta por vários anos, o que compromete diretamente o desenvolvimento do país.

Portanto, o desemprego estrutural é um dos grandes inimigos dos formadores de política pública, que devem ser extremamente inteligentes para atenuar seus efeitos e reduzir o seu número no longo prazo.

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