O que devo levar em consideração ao escolher materiais científicos para meu artigo?
Olá, tudo bem? Em nosso post de hoje voltaremos a discutir sobre o universo das publicações científicas. Como temos destacado ao longo de nossos posts, nós defendemos o conhecimento aberto, e, dessa forma, estimulamos aqueles que nos acompanham a publicarem em revistas científicas que defendem este conhecimento, bem como que procurem por artigos científicos gratuitos. Levando em consideração esta questão, no post de hoje iremos apresentar algumas dicas para que você possa encontrar esses artigos científicos que se encontram disponibilizados de forma gratuita na web, bem como iremos ajudar você a selecionar os melhores artigos científicos a fim de que esses materiais sejam incluídos em seu estudo. Como sabemos, a fim de que esse estudo seja, de fato científico, é crucial que ele obedeça a alguns critérios metodológicos, como partir de uma base teórica sólida para consolidar as reflexões.
As necessidades da academia
As pautas que trazemos aqui para a discussão são suscitadas pelos próprios debates que ocorrem nas universidades. Diante desse cenário, julgamos pertinente a conversa sobre o conhecimento aberto e a importância de recorrermos a materiais gratuitos. Essas dúvidas são postas, também, pelos próprios pesquisadores. Com isso, verificamos que uma das principais é onde encontrar esses artigos científicos de qualidade e de forma gratuita. Eles servirão como base para o seu estudo. Contudo, existem critérios que precisamos levar em consideração antes que esses materiais sejam escolhidos. O primeiro deles é a acessibilidade, isto é, este material tem que chegar até as pessoas de forma rápida e eficaz. Além disso, esses artigos devem ser acessíveis a você, de modo que, quando solicitados, você consiga apresentá-los rapidamente. Sendo assim, recomendamos que você salve esses materiais no formato PDF/livros físicos.
A importância de guardar os materiais utilizados
Seja o material impresso ou virtual (em geral, artigos), é crucial que eles sejam de fácil acesso a você. Com esse armazenamento é possível visualizar como a sua pesquisa transcorreu do início ao fim, isto é, pode-se ter uma panorama geral das suas escolhas enquanto pesquisador. Além disso, pode-se visualizar os tipos de materiais que predominam nessas escolhas (artigos, dissertações, teses e afins). Esses fatores dependem das suas escolhas bibliográficas ou da teoria que deseja abordar. Esses materiais fornecem sustento para o seu marco teórico ou mesmo para que faça uma análise/realize a parte aplicada de seu estudo, caso seja esse o objetivo. Esses materiais precisam estar disponíveis na íntegra em PDF, você pode ser questionado quanto a base de dados que está sendo utilizada. Nós temos bases de dados gratuitas e privadas.
As bases de dados gratuitas e privadas
Nas bases de dados gratuitas conseguimos acessar esses materiais de forma rápida e gratuita, como é o caso da Google Acadêmico. Trata-se de uma base de dados a partir da qual você consegue coletar materiais científicos na íntegra e de forma gratuita. Basta acessar a Google Acadêmico. Acessando a página, basta digitar as palavras-chave associadas ao seu tema e obter uma série de materiais, divididos entre livros, artigos, dissertações e teses. Temos outras bases abertas, como é o caso da Scielo. Ela é menos abrangente, uma vez que não reúne materiais de todas as áreas e suas linhas de pesquisa. A partir do momento que você procura materiais “bons”, infere-se que eles precisam ser científicos. Como nós apoiamos o conhecimento aberto, o primeiro lugar que procuraríamos os artigos seria na Google Acadêmico.
As parcerias feitas pelas instituições públicas
Todo material científico indexado é de qualidade
Não podemos afirmar que um artigo científico que está em uma base de dados fechada é melhor do que aquele que circula em uma base de dados aberta. Esse é um mito, porque, na verdade, os materiais que integram as bases de dados abertas foram desenvolvidos e aprovados por pesquisadores que levam a ciência muito à sério. Esses materiais passam por uma análise rigorosa. Há uma preocupação com a vida em uma sociedade melhor e, para isso, escrevem e publicam artigos de acordo com as demandas e necessidades mais urgentes. Por esse motivo, defende-se que o conhecimento científico deve ser acessível e aberto. Surge, daí, uma questão: como mensurar as revistas científicas e os seus artigos no momento da coleta de materiais? É preciso que compreendamos como se dá essa seleção, o que implica compreendermos algumas dinâmicas das áreas.
Como coletar materiais científicos?
O modelo híbrido da PUBMED
Ao acessar essa base de dados, irá se deparar tanto com materiais pagos quanto com aqueles que são gratuitos. Os resumos são disponibilizados e alguns artigos são disponibilizados em HTML, quando gratuitos. A partir desse momento iremos discutir sobre os mecanismos para chegar até esses materiais. A grande questão é: quais são os melhores materiais, afinal? Precisamos pensar na quantidade de informações que são disponibilizadas a cada poucos segundos para chegarmos a essa resposta. Há cerca de dois anos atrás, no ano de dois mil e dezenove, estimava-se que a cada trinta segundos um artigo era publicado em todo o mundo. Com toda a certeza, hoje, dois anos depois, a taxa de publicação por segundo deve ser menor. Estimamos que, nesse contexto, a cada quinze segundos um novo artigo científico é publicado em todo o mundo. Vivenciamos, então, a era do excesso de informação.
A era marcada pelo excesso de informação
A escolha de autores basilares para estudos científicos
Existem autores que são muito célebres em suas áreas, de modo que o espaço no qual optaram por publicar não irá impedir a escolha por este material, pois possuem renome. Algumas revistas também consideram quem são esses autores ao avaliarem o material científico submetido. Além disso, quando um material científico é submetido a uma revista, a análise é feita pelos pares às cegas. Não há como saber quem são os autores desta publicação para que a análise seja imparcial. Assim, novamente gostaríamos de chamar a atenção para o fato de que artigos científicos publicados por autores renomados, independentemente de seu espaço de circulação, podem e devem ser citados, pois não serão contestados. São resultados e falas que você pode apresentar com segurança. Para isso, basta que você faça uma varredura para verificar quem são os autores célebres em sua área de atuação.
Os materiais de autores renomados
Além de publicarem em revistas científicas ou livros físicos (prática ainda bastante comum em algumas áreas), esses autores podem optar pela publicação em outros espaços, sendo os mais frequentes os blogs, revistas simples, revistas de grande circulação, mídias sociais, veículos específicos a algumas áreas (como é o caso dos blogs da área jurídica). É permitido que você use esses materiais, desde que seja, de fato, um autor de renome e que seja conhecido na seara nacional e internacional. Antes de pensar onde essa coleta de dados pode ser feita e quais serão os mecanismos a serem empregados, é de suma importância que você conheça esses autores. Embora seja o mais comum, pode ser que o pesquisador, com este tema específico, não tenha uma referência de grande renome. Nesse caso, alguns outros cuidados precisam ser tomados para que as escolhas desse pesquisador não sejam questionadas.
Como posso encontrar informações sobre os autores?
Avaliando o impacto dos autores e artigos internacionais
Para acessar esse currículo internacional, basta digitar no próprio Google a palavra ORCID e clicar no primeiro link. No site haverá um campo para que você digite o nome completo do pesquisador que deseja investigar. Contudo, um plus que gostaríamos de mencionar é a exploração do impacto produzido por esse autor. Você pode analisar o impacto de um autor mensurando a quantidade de vezes em que os seus materiais foram citados ao longo dos anos. Se esse autor tem se comprometido com a defesa do conhecimento aberto, essas informações chegarão até você de forma rápida. Por meio do próprio Google você conseguirá obter essa informação. Quanto mais esse autor for citado, mais relevância terá perante à comunidade acadêmica. O engajamento é um requisito essencial.