Ir para CabeçalhoIr para MenuIr para conteúdo principalIr para Rodapé Jornalismo PorNOVA ESCOLA 04/10/2016 Seja Criativo: Fuja das Desculpas Manjadas D1 (D) desculpas. Minha Sombra LIMA, Jorge de. Minha Sombra In: Obra Completa. 19. ed. Rio de Janeiro: José Aguillar Ltda., 1958. D1 Prezado Senhor, D1 (C) História do Brasil. (D) relação entre pais e filhos.Análise As três questões solicitam a habilidade de localizar informações explícitas em um texto. Itens desse tipo oferecem diferentes graus de complexidade, pois os dados solicitados podem vir expressos literalmente no texto ou na forma de paráfrase. Para responder corretamente, é preciso ter a habilidade de seguir as pistas fornecidas. No caso da pergunta relacionada ao texto Seja Criativo: Fuja das Desculpas Manjadas, o caminho para chegar à resposta é ficar atento ao que aparece no primeiro parágrafo, linha 3. É necessário retomar o texto e localizar a informação que completa a frase "Os pais não acreditam em...desculpas." Para responder ao item ligado ao poema Minha Sombra, o caminho é localizar a passagem que apresenta uma ideia semelhante à imitação, já que esse termo não aparece no texto. O sexto verso da primeira estrofe - "fazendo o que eu faço" - representa um jeito de dizer que se imita. A ideia aparece, portanto, na primeira estrofe, que mostra como é o comportamento da sombra pela manhã. Já a questão relativa ao texto Prezado Senhor, apresenta uma complexidade maior do que as anteriores. Para não se confundir com as alternativas propostas, o jovem tem de entender que o interesse dos alunos do Colégio Tomé de Souza não é o cotidiano, mas o cotidiano de nossa história. Ou seja, o texto especifica muitos interesses, mas que ficam subordinados a um que é geral: História do Brasil. Orientações Para trabalhar a habilidade relacionada a esse descritor, ler junto com os estudantes textos de diferentes gêneros e conversar muito sobre os sentidos deles é uma boa estratégia. Vale lembrar que compreensão e interpretação não são atividades que se realizam após a leitura, mas durante ela. Em seguida, o ideal é recuperar com a turma as ideias principais e mostrar como elas formam blocos significativos no texto. O Sapo Era uma vez um lindo príncipe por quem todas as moças se apaixonavam. Por ele também se apaixonou a bruxa horrenda que o pediu em casamento. O príncipe nem ligou e a bruxa ficou muito brava. "Se não vai casar comigo não vai se casar com ninguém mais!" Olhou fundo nos olhos dele e disse: "Você vai virar um sapo!" Ao ouvir esta palavra o príncipe sentiu estremeção. Teve medo. Acreditou. E ele virou aquilo que a palavra feitiço tinha dito. Sapo. Virou um sapo. ALVES, Rubem. A Alegria de Ensinar. Ars Poética, 1994. D3 Duas Almas WAMOSY, Alceu. Livro dos Sonetos. L&PM. D3 Análise Ambas as questões testam a competência de inferir o sentido de uma palavra ou expressão. Aqui lida-se com diferentes níveis de significação dos termos e é preciso relacionar informações, observando o sentido denotativo e conotativo deles. Na primeira questão, ligada ao texto O Sapo, tem-se de acionar o repertório linguístico para inferir o significado no texto de "nem ligou". Essa é uma expressão que os falantes de língua portuguesa usam cotidianamente. No caso, ela indica que o príncipe não deu atenção ao pedido de casamento e deve ser entendida no sentido figurado. Já a palavra "tepidez", relacionada ao texto Duas Almas, é um pouco mais difícil por não ser comum no repertório da garotada do 9º ano. No sentido literal, ela significa mornidão. Acertar a resposta requer um raciocínio com base nas informações sugeridas pelas palavras conhecidas. "Ninho", no sentido conotativo, pode significar proteção e aconchego. Esse poderia ser um caminho para relacionar "tepidez" a aconchegante. Orientações Proponha atividades de leitura em que se possa inferir os sentidos de palavras e expressões com base no contexto para trabalhar essa competência em sala. Outra sugestão é propor exercícios em que se deve explicar denotativamente expressões que aparecem no sentido conotativo, como "ter minhoca na cabeça" e "conversa mole para boi dormir". O Drama das Paixões Platônicas na Adolescência Revista Escola, março 2004, p. 63 D4 Análise A habilidade requerida nesta questão é inferir uma informação implícita em um texto - aquela que não está presente claramente, mas pode ser concluída. Aqui, aparecem duas pistas para deduzir algo sobre Bruno: a determinação de Camila em conquistá-lo e a palavra "gato", que no sentido figurado significa rapaz muito atraente. Considerando essas pistas, é fácil imaginar que Bruno chama a atenção das meninas. Orientações É fundamental ensinar a criar hipóteses interpretativas com base nas pistas apresentadas para reconhecer ideias implícitas num texto. Além disso, deve-se criar sentidos de acordo com as caracterizações de personagens, repetições de palavras, uso de figuras de linguagem etc. Vínculos, as Equações da Mamtemática da Vida MATARAZZO, Maria Helena. Amar É Preciso. 22. ed. São Paulo: Editora Gente, 1992, p. 19-21 D6 (D) do casamento no passado e no presente. Análise Os textos são construídos basicamente de duas formas. Alguns (geralmente, os não-ficcionais) expõem explicitamente do que falarão, explicando isso por meio de conceitos. Os literários, sobretudo aqueles em prosa - como conto, fábula e romance -, apresentam o tema por trás do que acontece com os personagens. Vínculos, as Equações da Matemática da Vida trata do casamento no passado e no presente. Chega-se à resposta observando algumas características.É um texto não ficcional e logo no primeiro parágrafo dele há palavras-chave: aliança e casamento. A partir do terceiro, surgem marcas temporais: antigamente, com o passar do tempo e atualmente. Orientação Uma forma de desenvolver essa habilidade é ensinar a distinguir tema e figura. Em uma fábula, por exemplo, o tema está escondido por trás das ações das personagens (figuras). D7 (C) o ideal é preservar o "eu" e o vínculo afetivo. (D) o melhor é cada um cuidar de sua própria vida.Análise A tese é um ponto de vista assumido, apoiado por argumentos de causa e efeito - por exemplo, por dados e informações. Essa questão avalia a habilidade de reconhecer a ideia central defendida pelo autor. Para respondê-la, é necessário primeiro considerar o "atualmente" que aparece no enunciado, já que o texto trata do casamento desde a Antiguidade. Dessa forma, o leitor tem de perceber que "preservar o 'eu' e o vínculo afetivo" é a temática desenvolvida pelo autor quando se refere ao casamento nos dias de hoje. Orientações Abuse dos textos curtos de opinião para desenvolver essa habilidade. Após lê-los e discuti-los, o grupo pode identificar o tema, a tese e os argumentos propostos. Outra possibilidade é propor atividades de escrita em que são elaborados pontos de vista diferentes sobre um tema. As Amazônias SALDANHA, P. As Amazônias. Rio de Janeiro: Ediouro, 1995. D6 (B) das características da região Amazônica. (C) de um roteiro turístico da região do Amazonas. (D) do levantamento da vegetação amazônica.Análise Neste item, que também avalia a capacidade de identificar o tema de um texto (como o de número 7), é preciso considerar que As Amazônias é predominantemente descritivo: muitos rios, belezas da floresta, matas sem fim, árvores altas, água em grande quantidade. Associar essas palavras citadas é o caminho para concluir que o assunto abordado são as características da região amazônica. Orientações Proponha atividades em que a turma tenha de perceber se o autor apresenta explicitamente o tema de um texto ou se o esconde, deixando-o por trás de fatos concretos e apresentando-o por meio do que acontece com pessoas, animais etc. D14 (B) "não cansa de admirar as belezas da maior floresta" (l. 3). (C) "...maior floresta tropical do mundo" (l. -3-4). (D) "Mata contínua [...] cortada pelo Amazonas" (l. 5-6).Análise O leitor deve ser capaz de perceber num texto um fato da opinião relativa a ele. O primeiro pode ser comprovado por qualquer um mediante dados. A opinião é pessoal e subjetiva. O que conta aqui é perceber que uma ideia subjetiva do autor aparece na frase "não cansa de admirar as belezas...". Orientações A leitura de textos jornalísticos é uma atividade excelente para trabalhar a habilidade. Explique que muitos veículos afirmam buscar a objetividade, a imparcialidade e a neutralidade na transmissão das notícias, o que é impossível porque a linguagem é carregada de pontos de vista e crenças de quem produz o texto. Peça que a turma rastreie nas reportagens informações que podem ser consideradas exatas e outras pessoais. D18 Análise Toda escolha de termos implica uma interpretação e é essencial reconhecer os diferentes sentidos deles em função da intenção do autor. Nesta questão, em que se pede o significado de "água que não acaba mais", deve-se compreender a linguagem figurada. A autora admira o tamanho do Amazonas e usa uma expressão hiperbólica para enfatizar o volume de suas águas. Orientações Os textos jornalísticos são úteis no desenvolvimento das habilidades desse descritor, considerando a ideia de que escolher uma palavra implica uma interpretação. Comparar manchetes de jornais e refletir sobre os significados delas é uma excelente estratégia: o MST invadiu ou ocupou terras? A seleção da era Dunga joga na retranca ou com inteligência? D5 (C) o maior beneficiado com recursos financeiros por aluno foi Roraima. (D) São Paulo recebeu maiores verbas por aluno por ser o maior estado.Análise Está em jogo aqui saber lançar mão de elementos gráficos e não verbais (desenhos, fotos, gráficos etc.) para ajudar a construir sentidos. Nesse caso, exige-se saber ler uma tabela. A análise da coluna de valores permite comparar com facilidade os números e verificar que os maiores recursos vão para Roraima. Algumas alternativas exigem não só localizar e recuperar uma informação, mas comparar e estabelecer relações entre os dados da tabela. Orientações Habitue a classe a ler palavras destacadas em textos e a interpretar imagens e tabelas para confrontar hipóteses formuladas antes da leitura. É possível também exercitar a leitura de imagens para antecipar o tema do texto e construir gráficos com base em tabelas. Há muitos séculos, o homem vem construindo aparelhos para medir o tempo e não lhe deixar perder a hora. Um dos mais antigos foi inventado pelos chineses e consistia em uma corda cheia de nós a intervalos regulares. Colocava-se fogo ao artefato e a duração de algum evento era medida pelo tempo que a corda levava para queimar entre um nó e outro. Não há registros, mas com certeza diziam-se coisas como: "Muito bonito, não? Você está atrasado há mais de três nós!" Jornal O Estado de S.Paulo, 28/05/1992. D12 (C) informar. (D) narrar.Análise Com base no gênero do texto, o estudante tem de identificar o seu objetivo: informar, convencer, advertir, instruir, explicar, comentar, divertir, solicitar, recomendar etc. Ele deve perceber que para cada finalidade predominante há certas características linguísticas mais comuns. O texto do jornal O Estado de S.Paulo informa sobre como, no passado, o homem usou sua engenhosidade para medir o tempo. Apesar de em alguns trechos ele narrar e descrever, o que predomina é o informar. Para encontrar a resposta, é importante relacionar o gênero ao contexto de produção e ao suporte de circulação. Orientações Essa competência é desenvolvida com a leitura e a escrita de textos de gêneros diferentes (notícias, fábulas, avisos, anúncios, cartas, convites etc.). Leve a moçada a observar o contexto de produção (interlocutores, finalidade, lugar e momento em que se dá a interação). Texto I Cinquenta camundongos, alguns dos quais clones de clones, derrubaram os obstáculos técnicos à clonagem. Eles foram produzidos por dois cientistas da Universidade do Havaí num estudo considerado revolucionário pela revista britânica "Nature", uma das mais importantes do mundo. (...) A notícia de que cientistas da Universidade do Havaí desenvolveram uma técnica eficiente de clonagem fez muitos pesquisadores temerem o uso do método para clonar seres humanos. O Globo. Caderno Ciências e Vida. 23 jul. 1998, p. 36. Texto II Cientistas dos EUA anunciaram a clonagem de 50 ratos a partir de células de animais adultos, inclusive de alguns já clonados. Seriam os primeiros clones de clones, segundo estudos publicados na edição de hoje da revista "Nature". A técnica empregada na pesquisa teria um aproveitamento de embriões - da fertilização ao nascimento - três vezes maior que a técnica utilizada por pesquisadores britânicos para gerar a ovelha Dolly. Folha de S.Paulo. 1º caderno - Mundo. 03 jul. 1998, p. 16.D20 (C) O temor de que seres humanos sejam clonados. (D) A informação acerca dos pesquisadores envolvidos no experimento.Análise Nesta questão, comparando as informações veiculadas pelos dois artigos de opinião, o aluno tem de perceber que o temor de que os seres humanos sejam clonados aparece apenas no texto I. A dificuldade diante de um texto varia de acordo com o repertório trabalhadopelo professor. Orientações Para ajudar a classe em tarefas como essa, selecione textos de diferentes gêneros e que abordem um mesmo assunto. Para o tema "liberdade", por exemplo, proponha ler o verbete numa enciclopédia e um poema. Outra opção é trabalhar com textos do mesmo gênero produzidos em diferentes épocas. Texto I A Criação Segundo os Índios Macuxis No início era assim: água e céu. Um dia, um Menino caiu na água. O sol quente soltou a pele do Menino. A pele escorregou e formou a terra. Então, a água dividiu o lugar com a terra. E o Menino recebeu uma nova pele cor de fogo. No dia seguinte, o Menino subiu numa árvore. Provou de todos os frutos. E jogou todas as sementes ao vento. Muitas sementes caíram no chão. E viraram bichos. Muitas sementes caíram na água. E viraram peixes. Muitas sementes continuaram boiando no vento. E viraram pássaros. No outro dia, o Menino foi nadar. Mergulhou fundo. E encontrou um peixe ferido. O peixe explodiu. E da explosão surgiu uma Menina. O Menino deu a mão para a Menina. E foram andando. E o Menino e a Menina foram conhecer os quatro cantos da Terra. Texto II A Criação Segundo os Negros Nagôs Olorum. Só existia Olorum. No início, só existia Olorum. Tudo o mais surgiu depois. Olorum é o Senhor de todos os seres. Certa vez, conversando com Oxalá, Olorum pediu: - Vá preparar o mundo! E ele foi. Mas Oxalá vivia sozinho e resolveu casar com Odudua. Deste casamento, nasceram Aganju, a Terra Firme, e Iemanjá, Dona das Águas. De Iemanjá, muito tempo depois, nasceram os Orixás. Os Orixás são os protetores do mundo. BORGES, G. et al. Criação. Belo Horizonte: Terra, 1999.D21 (A) a diferença entre elas consiste na relação entre o criador e a criação. (B) a origem do princípio religioso da criação do mundo é a mesma nas duas versões. (C) as divindades, em cada uma delas, têm diferentes graus de importância. (D) as diferenças são apenas de nomes em decorrência da diversidade das línguas originárias. Análise Para chegar à resposta correta, o leitor tem de analisar criticamente os textos e perceber que na versão dos índios macuxis, tudo nasce de elementos da natureza. Já para os negros nagôs isso ocorre pela vontade de Olorum. Dessa forma, ele constata a diferença que cada versão apresenta sobre a relação entre o criador e a criação. Orientações Aposte nos textos de opinião que abordem temas para os quais não há uma resposta única. Você pode selecionar alguns trechos e pedir que o grupo destaque as questões controversas. Outra opção é escolher artigos publicados em jornais que apresentam posicionamentos distintos em relação a um tema comum. As tarefas serão, entre outras, verificar as contradições e os argumentos mais convincentes. Assaltos Insólitos SANTANNA, Affonso Romano. Porta de Colégio e Outras Crônicas. São Paulo: Ática 1995. (Coleção Para Gostar de Ler). D2 (D) pintar a casa. Análise A resposta a este item exige o reconhecimento dos elementos que dão coesão ao texto. Dessa forma, identificam-se quais palavras estão sendo substituídas, principalmente para evitar repetições e facilitar a continuidade dele. O autor lançou mão da expressão "essa terapêutica atividade" para substituir outra e retomar uma ideia já citada: "uma pintura na garagem e na cozinha". Orientações Há uma estreita ligação entre o princípio da coesão e a compreensão do texto. Muitas vezes, o aluno não compreende o que lê por não operar bem com as relações de coesão. Por isso, é muito importante propor atividades em que ele tenha que localizar os processos de coesão: pronomes demonstrativos e relativos, advérbios e expressões adverbiais e sinônimos que aparecem para substituir algumas expressões do texto, entre outros. D13 (B) "adentrar". (l. 12) (C) "pão-duro". (l. 25) (D) "botam". (l. 28)Análise Aqui, é preciso identificar o locutor e o interlocutor do texto nos diversos domínios sociais e perceber as variações da fala. Em Assaltos Insólitos, "adentrar" é a única palavra das alternativas propostas raramente ouvida e que, portanto, caracteriza uso de linguagem formal. Orientações Proponha atividades que levem a garotada a perceber diferenças entre a fala e a escrita. Peça que todos transformem um texto oral em escrito e vice-versa. É bom observar que mudar não é corrigir o texto falado, mas transitar de uma modalidade para outra. Em textos de diferentes gêneros, ajude-os a identificar o leitor virtual com base em pistas linguísticas. D11 (C) mente para os assaltantes. (D) mostra os objetos da casa.Análise Para identificar o motivo pelo qual "o dono da casa livra-se de toda sorte de tragédias", a tarefa é estabelecer uma relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto, percebendo que "o rasgo de criatividade" - expressão citada pelo autor - é a ideia de farsa (mentira) que o dono da casa sustenta para os assaltantes. Orientações Um meio de aprimorar essa habilidade é propor atividades de produção de argumentos de causa e efeito dentro de temas diversos. Os jovens podem proceder da seguinte forma: para encontrar as razões de determinado fato citado por você, eles expressam os porquês. Já para encontrar as consequências, baseiam-se na pergunta "O que acontece em função disso?". O Boto e a Baía da Guanabara HETZEL, B. Piraiaguara. São Paulo: Ática, 2000, p. 16-20. D11 (B) enxergava apenas o lado bonito do Rio de Janeiro. (C) julgava os botos mais importantes do que os outros animais. (D) sentia tristeza pela destruição da Baía da Guanabara.Análise Nesta pergunta, é preciso entender o motivo pelo qual "os outros botos zombavam de Piraiguara". Isso fica evidenciado pela conjunção causal "porque" - o conectivo mais comum para indicar as causas de algo proposto. Orientações Trabalhe com textos de opinião, elaborando com os estudantes esquemas, gráficos e tabelas para ajudá-los a compreender as relações entre as proposições do texto: causa e efeito, problema e solução etc. D10 (C) o orgulho do boto pela cidade do Rio de Janeiro. (D) os perigos do Rio de Janeiro para os botos.Análise Uma sequência de eventos contados por alguém e envolvendo personagens, em um determinado lugar e num determinado tempo, é o que forma a matéria literária das prosas narrativas. Nesse item, o objetivo é identificar o conflito gerador do enredo e os acontecimentos desencadeadores dos fatos da narrativa. No texto em questão, toda a discussão entre os botos ocorre porque eles não compreendem o orgulho de Piraiaguara pelo Rio de Janeiro. Esse é o conflito gerador do enredo. As ações dos personagens evoluem ou porque há causas que as determinam, ou porque elas vão se sucedendo no tempo. Orientações Na leitura de narrativas, recupere o enredo com a turma. É importante mostrar três momentos dos textos desse tipo: a apresentação do problema, o enfrentamento dele pelo personagem e a superação ou não dessa situação por ele. D15 (C) condição (D) tempoAnálise Há palavras que marcam a relação entre duas ideias próximas, que dão coerência ao texto, sinalizando a progressão do conteúdo. O leitor precisa perceber essa relação lógico-discursiva, enfatizada por expressões que indicam tempo, lugar, comparação, causa, consequência etc. A conjunção se, no texto, indica circunstância de condição para que determinado fato se realize. O boto só vai ser atropelado caso continue sonhando. Orientações Um jeito de melhorar a competência ligada a esse descritor é propor exercícios de articulação das orações no período. Nessa situação, muitas vezes, é possível estabelecer relações lógico-discursivas unindo as mesmas orações com conjunções de diferentes significados. Assim, há a reflexão sobre a relação entre as orações e os sentidos que podem ser construídos com cada conectivo. A Dor de Crescer MIRTES, Helena. In: Estado de Minas, 16 junho de 1996. D8 (A) adolescentes sofrem mudanças biológicas e mentais. (B) filhos devem ter consciência do significado de liberdade. (C) pais reclamam da ditadura de seus filhos. (D) psicólogos tentam recuperar o valor do diálogo. Análise A resposta requer o conhecimento de tipos de argumentação (causa e efeito, exemplificação, notório saber, dados etc.). É importante saber identificar as estratégicas linguísticas utilizadas pelo autor para defender uma tese. Nesse caso, depara-se com um argumento de causa. A adolescência é um período de passage porque adolescentes sofrem mudanças biológicas e mentais. Há uma relação causal entre o ponto de vista do autor e o argumento usado para sustentá-lo. Orientações Leia com a sala textos de opinião, identificando os tipos de argumento que aparecem. Faça todos observarem que expressões como "evidentemente", "é certo que", "obviamente" e "talvez" revelam como o autor se compromete com o que diz. Destaque ainda que "é indispensável" e "é necessário", por exemplo, indicam o caráter mais ou menos imperativo que envolve as proposições. Revista Veja, 28/07/1999. D9 (D) o sucesso da agricultura moderna. Análise Para conseguir discernir sobre o que é principal e o que é secundário, o caminho é refletir sobre a estrutura e a organização do texto. É necessário perceber que todas as ideias apresentadas ali são decorrentes da principal: "o sucesso da agricultura moderna". O crescimento populacional e o aumento da área cultivada são consequências dela. Orientações Elabore com a turma esquemas, gráficos ou tabelas com o objetivo de ajudar na compreensão do que é ou não principal em um texto. Oriente-os a reconhecer os exemplos e as repetições usados pelos autores com o intuito apenas de reafirmar ideias importantes que já apareceram no texto. Angeli. Folha de S.Paulo, 25/04/1993. D16 (D) "Sorte! Pensei que fosse conjuntivite!" Análise Na tirinha que embasa esta questão, o sentido de humor aparece na última fala. Vale lembrar que o cômico é decorrência de uma distorção. No primeiro balão, Romeu dá a impressão de querer saber o que está oculto por trás do olhar de Dalila. Quando, em seguida, ela revela a tristeza que sente, ele considera sorte, por não se tratar de conjuntivite. Ou seja, rimos porque o último quadrinho distorce o aparente interesse de Romeu pelo olhar da Dalila. Orientações Trabalhe o gênero textual piada. Em geral, ela tem textos curtos, que apresentam diálogos e exploram jogos de linguagem capazes de aprofundar a leitura e aguçar o espírito crítico e a percepção das estratégias linguísticas para a produção de sentidos. Faça uma boa seleção, apresente a todos, peça que leiam e expliquem o que nelas é engraçado. O Encontro (fragmento) TELLES, Lygia Fagundes. Oito Contos de Amor. São Paulo: Ática. D17 (C) incerteza. (D) irritação.Análise Os recursos de pontuação (travessão, aspas, reticências, interrogação, exclamação etc.) são expressivos e ultrapassam os aspectos puramente gramaticais. No trecho do texto destacado no item, as reticências sugerem incerteza. Vale lembrar que elas indicam um prolongamento do pensamento. Algo fica no ar, subentendido, para ser descoberto pelo leitor. É preciso reconhecer o sentido do sinal de pontuação e não a regra. Orientações A piada também pode funcionar muito bem como material para desenvolver a habilidade referente a esse descritor. A pontuação, nesse caso, é fundamental tanto para a compreensão do texto como para orientar a sua oralização. Durante a leitura, deve-se procurar a entonação adequada para produzir o efeito de humor desejado e a entonação pode variar de acordo com a pontuação. Magia das Árvores Máqui. Magia das Árvores. São Paulo: FTD, 1992. D19 (C) ênfase. (D) hesitação.Análise A tarefa aqui exige identificar mudanças de sentido decorrentes das variações nos padrões gramaticais da língua. No trecho destacado, as frases curtas aumentam o número de pausas,proporcionando um efeito de ênfase, fazendo com que o leitor tenha tempo para incorporar a ideia de que não existe solidão, nem entre as árvores nem entre as pessoas. O recurso já veio explicitado na questão. O que falta é atribuir um sentido a ele. Orientações Uma boa estratégia é ler com a moçada textos literários. Nessas leituras, proponha a observação do que o autor "diz" (o conteúdo do texto) e do "como ele diz" (a maneira como o texto está escrito e os recursos da linguagem aplicados). É o uso especial das palavras pelo autor que torna o texto literário artístico. continuar lendo |