Explique como você entende o título do poema cidadezinha qualquer

FUVEST – Literatura – Carlos Drummond de Andrade

Fuvest1992:"Uma flor ainda desbotada ilude à polícia, rompe o asfalto. Façam completo silêncio, paralisem os negócios, garanto que uma flor nasceu. Sua cor não se percebe. Suas pétalas não se abrem. Seu nome não está nos livros. É feia. Mas é realmente uma flor. É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o

[nojo e o ódio. "

Este é um fragmento do poema "A Flor e a Náusea" do livro A ROSA DO POVO de Carlos Drummond de Andrade. a) O que o nascimento da flor representa? b) Que relação se poderia estabelecer entre este poema e o momento histórico em que foi elaborado?

resposta:a) A esperança que brota em meio às dificuldades e adversidades.


b) Relaciona-se com a ditadura de Vargas no Brasil e com a negação do nazifascismo.

Fuvest1996

Cidadezinha qualquer

Casas entre bananeiras

mulheres entre laranjeiras

pomar amor cantar

Um homem vai devagar.

Um cachorro vai devagar.

Um burro vai devagar.

Devagar... as janelas olham.

Eta vida besta, meu Deus

Esse poema é de Carlos Drummond de Andrade e foi escrito na década de 20, sob a influência de idéias modernistas. a) Que aspectos da realidade nacional estão representados nas duas primeiras estrofes? b) Que valores estão implícitos no ponto de vista adotado pelo poeta no último verso do poema?

resposta:a) A vida lenta e monótona das pequenas cidades do interior.


b) A negação desse estilo de vida em favor da vida agitada da modernidade.

Fuvest2000:Leia com atenção os versos finais do poema "Jardim da Praça da Liberdade", de Carlos Drummond de Andrade:

De repente uma banda preta vermelha retinta suando bate um dobrado batuta na doçura do jardim.

Repuxos espavoridos fugindo.

a) Identifique um dos recursos sonoros empregados nestes versos, explicando qual é o efeito expressivo obtido. b) Interprete o último verso do poema, indicando o sentido da palavra "repuxos" e explicando por que os repuxos estão "espavoridos fugindo".

resposta:a) Os recursos sonoros presentes são: a assonância das vogais /a/, /e/, /e/ e a aliteração das consoantes /p/, /t/, /b/.

A sonoridade imita o ritmo da banda musical.

b) "Repuxo" significa "corrente de água". No texto, evidencia-se que o comportamento das águas altera-se com a passagem da banda, perturbadora da "doçura/do jardim".

Fuvest2000

QUERO ME CASAR Quero me casar na noite na rua no mar ou no céu quero me casar. Procuro uma noiva loura morena preta ou azul uma noiva verde uma noiva no ar como um passarinho. Depressa, que o amor não pode esperar!

(Carlos Drummond de Andrade, ALGUMA POESIA)

a) Caracterize brevemente a concepção de amor presente neste poema. b) Compare essa concepção de amor com a que predominava na literatura do Romantismo.

resposta:a) A concepção de amor é idealizada pelo "eu-lírico" do poeta. Ele aceita qualquer tipo de noiva - loura, morena - mas é preciso concretizar o desejo em alguma mulher.

b) Tanto neste poema modernista como no romântico, a concepção ideal de amor é vista de forma platônica. No entanto, quando a figura da mulher, no modernismo, não é idealizada, enquanto no romântico há que ser perfeita, harmônica e de beleza absoluta.

Fuvest2001

Chega! Meus olhos brasileiros se fecham saudosos. Minha boca procura a "Canção do Exílio". Como era mesmo a "Canção do Exílio"? Eu tão esquecido de minha terra... Ai terra que tem palmeiras onde canta o sabiá!

(Carlos Drummond de Andrade, "Europa, França e Bahia", ALGUMA POESIA)

Neste excerto, a citação e a presença de trechos.............. constituem um caso de.............. Os espaços pontilhados da frase acima deverão ser preenchidos, respectivamente, com o que está em: a) do famoso poema de Álvares de Azevedo / discurso indireto. b) da conhecida canção de Noel Rosa / paródia. c) do célebre poema de Gonçalves Dias/ intertextualidade. d) da célebre composição de Villa-Lobos/ ironia. e) do famoso poema de Mário de Andrade / metalinguagem.

resposta:[C]

Fuvest2001:



POLÍTICA LITERÁRIA O poeta municipal discute com o poeta estadual qual deles é capaz de bater o poeta [federal. Enquanto isso o poeta federal tira ouro do nariz. (Carlos Drummond de Andrade, "Alguma poesia") ANEDOTA BÚLGARA Era uma vez um czar naturalista que caçava homens. Quando lhe disseram que também se [caçam borboletas e andorinhas, ficou muito espantado e achou uma barbaridade.

(Carlos Drummond de Andrade, "Alguma poesi



Costuma-se reconhecer que estes poemas, pertencentes ao Modernismo, apresentam aspectos característicos do "poema-piada", modalidade bastante praticada nesse período literário. a) Identifique um recurso de estilo tipicamente modernista que esteja presente em ambos os poemas. Explique-o sucintamente. b) Considere a seguinte afirmação: O POEMA-PIADA VISA A UM HUMORISMO INSTANTÂNEO E, POR ISSO, ESGOTA-SE EM SI MESMO, NÃO INDO ALÉM DESSE OBJETIVO IMEDIATO. A afirmação aplica-se aos poemas aqui reproduzidos? Justifique brevemente sua resposta.

resposta:a) Ambos os poemas são compostos em versos chamados "livres", pois não obedecem às convenções da métrica tradicional, isossilábica (isto é, na qual os versos "medem" o mesmo número de sílabas). Em ambos os poemas, o registro de linguagem é coloquial, ou seja, próprio da conversação, despido dos traços retóricos que caracterizam o discurso de registro formal, típico da tradição literária de que o Modernismo de então procurava afastar-se. Em ambos os poemas, o humor (outro ingrediente de predileção modernista) é essencial ao efeito crítico e não compromete sua gravidade.

b) Nos dois poemas, o humorismo é instrumento de crítica, de "crítica de vida": em "Política Literária", trata-se da vida cultural, suas relações com o poder e suas hierarquias espúrias; em "Anedota Búlgara", trata-se da opressão política.

Fuvest2005:Considere os seguintes versos, que fazem parte de um poema em que Carlos Drummond de Andrade fala de Guimarães Rosa e de sua obra:

(...) ou ele mesmo [Guimarães Rosa] era a parte de gente servindo de ponte entre o sub e o sobre' que se arcabuzeiam de antes do princípio, que se entrelaçam para melhor guerra, para maior festa?

(arcabuzeiam = lutam com arcabuzes, espingardas)

a) A luta entre Augusto Matraga e Joãozinho Bem-Bem (do conto "A hora e vez de Augusto Matraga") apresenta, conjugados, os aspectos de guerra e de festa referidos nos versos de Drummond. Você concorda com esta afirmação? Justifique sucintamente. b) O conflito entre Turíbio Todo e Cassiano Gomes (do conto "Duelo") apresenta essa mesma junção de aspectos de guerra e de festa? Justifique sucintamente.

resposta:a) Esta afirmação se justifica considerando a passagem em que Augusto Matraga, quando não consegue deter a ação violenta de Joãozinho Bem-Bem contra uma família inocente, começa a enfrentar o bando de Joãozinho com o grito festivo e entusiástico: " - Ô gostosura de fim-de-mundo!... "

b) Sim, pois, no conflito entre o marido traído, Turíbio Todo, e o amante de Silivana, Cassiano Gomes, aparecem aspectos de guerra e de festa. Guerra: no próprio jogo que envolve o perseguidor (Turíbio) e o perseguido (Cassiano). Festa: na relação amorosa com Silivana e na aparente vitória de Turíbio.

Fuvest2005:Leia o seguinte texto:

Verão excessivo Eu sei que uma andorinha não faz verão, filosofou a andorinha-de-barriga-branca. Está certo, mas agora nós somos tantas, no beiral, que faz um calor terrível, e eu não agüento mais!

(Carlos Drummond de Andrade - "Contos plausíveis")

a) Com base na queixa da andorinha-de-barriga-branca, reformule o provérbio "Uma andorinha não faz verão". b) Está adequado o emprego do verbo "filosofou", tendo em vista que ele se refere ao provérbio citado no texto? Justifique sucintamente sua resposta.

resposta:a) Uma andorinha não faz verão, mas muitas juntas produzem um calor insuportável.

b) O emprego do verbo "filosofar" se justifica por ter ele sido usado de modo informal dando o sentido de "meditar", "chegar a uma conclusão". O provérbio que foi citado exprime o conteúdo da reflexão da andorinha.

Fuvest2006:O que Pedro Nava afirma no final do texto ajuda a compreender o título do livro "Esquecer para lembrar", de Carlos Drummond de Andrade, título que contém a) um paradoxo apenas aparente, já que designa uma das operações próprias da memória. b) uma contradição insuperável, justificada apenas pelo valor poético que alcança. c) uma explicação para a dificuldade de se organizar de modo sistemático os fatos lembrados. d) uma fina ironia, pois a antítese entre os dois verbos dá a entender o inverso do que nele se afirma. e) uma metáfora, já que o tempo do esquecimento e o tempo da lembrança não podem ser simultâneos.

resposta:[A]

Fuvest2007:PROCURA DA POESIA Não faças versos sobre acontecimentos. Não há criação nem morte perante a poesia. Diante dela, a vida é um sol estático, não aquece nem ilumina. (...) Penetra surdamente no reino das palavras. Lá estão os poemas que esperam ser escritos. Estão paralisados, mas não há desespero, há calma e frescura na superfície intata. Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário. (...)

Carlos Drummond de Andrade, "A rosa do povo".

No contexto do livro, a afirmação do caráter verbal da poesia e a incitação a que se penetre "no reino das palavras", presentes no excerto, indicam que, para o poeta de "A rosa do povo", a) praticar a arte pela arte é a maneira mais eficaz de se opor ao mundo capitalista. b) a procura da boa poesia começa pela estrita observância da variedade padrão da linguagem. c) fazer poesia é produzir enigmas verbais que não podem nem devem ser interpretados. d) as intenções sociais da poesia não a dispensam de ter em conta o que é próprio da linguagem. e) os poemas metalingüísticos, nos quais a poesia fala apenas de si mesma, são superiores aos poemas que falam também de outros assuntos.

resposta:[D]

(UFOP-MG) Observe o texto abaixo:

Fazendeiro de cana

Minha terra tem palmeiras? Não.

Minha terra tem engenhocas de rapadura e cachaça

e açúcar marrom, tiquinho, para o gasto.

 [...]

Tem cana caiana e cana crioula,

cana-pitu, cana rajada, cana-do-governo

e muitas outras canas de garapas,

e bagaço para os porcos em assembleia grunhidora

diante da moenda

movida gravemente pela junta de bois

de sólida tristeza e resignação.

As fazendas misturam dor e consolo

em caldo verde-garrafa

e sessenta mil-réis de imposto fazendeiro.

                             Carlos Drummond de Andrade.

Assinale a alternativa incorreta:

Carlos Drummond de Andrade, neste poema, valendo-se das linguagens desenvolvidas pelo Modernismo:

a) retoma a linguagem do poema romântico, de maneira simétrica e linear, apontando a ideologia nele subjacente.

b) retoma parodisticamente um importante poema do Romantismo brasileiro.

c) faz, em relação ao romântico, uma ruptura ao nível da consciência e ao nível da linguagem.

d) satiriza o sentimento ufanista, comum aos poetas românticos.

e) desmitifica a visão ingênua dos românticos, operando uma leitura crítica da realidade.

(Famih – MG)

Cidadezinha qualquer

Casas entre bananeiras

mulheres entre laranjeiras

pomar amor cantar.

Um homem vai devagar.

Um cachorro vai devagar.

Um burro vai devagar.

Devagar... as janelas olham.

Eta vida besta, meu Deus.

                              Carlos Drummond de Andrade

Todas as características modernistas citadas abaixo podem ser identificadas no poema de Drummond, exceto:

a) Reaproveitamento do popular e do coloquial, uso de uma linguagem simples, fácil, próxima da expressão oral.
b) Concepção do poético como um texto aberto; um discurso que oferece multiplicidade de sentidos e interpretações.

c) Crítica ao mundo rural, ao universo primitivo, distante do progresso, da civilização mecânica e industrial.

d) Exploração do imprevisível, do inesperado; o corte brusco, a fragmentação de ideias possibilita o surgimento do humor.
e) Interesse pelo homem comum, ordem social e pela vida cotidiana.

O Poema de sete faces revela uma das criações deste célebre representante de nossas letras – Carlos Drummond de Andrade. Assim, tendo-o como subsídio, procure, após uma leitura atenta, registrar algumas impressões acerca das características ideológicas e do estilo artístico que tanto demarcaram a trajetória desse alguém tão nobre, por excelência. 



Poema de sete faces


Quando nasci, um anjo torto

desses que vivem na sombra

disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

As casas espiam os homens

que correm atrás de mulheres.

A tarde talvez fosse azul,

não houvesse tantos desejos.

O bonde passa cheio de pernas:

pernas brancas pretas amarelas.

Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.

Porém meus olhos

não perguntam nada.

O homem atrás do bigode

é sério, simples e forte.

Quase não conversa.

Tem poucos, raros amigos

o homem atrás dos óculos e do -bigode,


Meu Deus, por que me abandonaste

se sabias que eu não era Deus

se sabias que eu era fraco.

Mundo mundo vasto mundo,

se eu me chamasse Raimundo

seria uma rima, não seria uma solução.

Mundo mundo vasto mundo,

mais vasto é meu coração.

Eu não devia te dizer

mas essa lua

mas esse conhaque

botam a gente comovido como o diabo.



No meio do caminho– eis uma criação que, digamos assim, universaliza a poesia de Carlos Drummond de Andrade. Lendo-a e nos familiarizando com o discurso nela presente, podemos perfeitamente registrar algumas demarcações, algumas características, posicionamentos ideológicos que predominaram na época em que se fizeram vistos alguns representantes da chamada segunda fase modernista, em especial, na poesia.  Nesse sentido, que tal retratá-los?

No meio do caminho

No meio do caminho tinha uma pedra

tinha uma pedra no meio do caminho

tinha uma pedra

no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento

na vida de minhas retinas tão fatigadas. 

Nunca me esquecerei que no meio do caminho

tinha uma pedra

tinha uma pedra no meio do caminho

no meio do caminho tinha uma pedra

Respostas

Constatamos, consoante as características impressas pela era modernista, que a alternativa que mais se adéqua ao que nos propõe o enunciado da questão é aquela demarcada pela letra “A”, haja vista que, uma vez modernista, o poeta em questão não retoma (e nem teria condições de retomar) a linguagem  das criações artísticas cultuadas no Romantismo, tampouco a carga ideológica, ora demarcada por uma visão camuflada acerca da realidade. Isso seria impossível diante do que nos atesta as criações registradas pela era modernista.

Ao direcionarmos o olhar para a alternativa demarcada pela letra “C”, constatamos que as afirmações nela presentes vão de encontro ao que tanto pregaram as concepções cultuadas pelo Modernismo, uma vez que uma delas foi justamente a crítica à elite burguesa, aos valores sociais, especificamente dizendo. Dessa forma, como o próprio poema capta as impressões voltadas para uma vida simples, banalizada até, o discurso que nele se evidencia não pode, de forma alguma, ser concebido, revestido sob um tom crítico.

Desde os primeiros diálogos traçados pelo poeta, sobretudo fazendo referência à palavra “torto”, identificamos uma das características inerentes à época a que pertenceu Carlos Drummond de Andrade. Época essa demarcada pelo período pós-guerra e que, sem sombra de dúvida, deixou inúmeros conflitos advindos da condição de estar no mundo. Dessa forma, não poderíamos presenciar outro alguém que não fosse aquele que se sente questionado, conturbado em meio aos conflitos exteriores, o que resulta vez ou outra nos muitos questionamentos interiores.

Assim, o que se vê é um eu-lírico revestido por inquietações diante de uma realidade, diante de um mundo que não o satisfaz. Dessa forma, tal sentimento muitas vezes se deixa transparecer de forma camuflada, sobretudo (como ocorre com o poema em questão) por meio de um certo tom de humor ora mesclado ao de ironia. Vê-se então que a voz poética se incorpora num ser que se sente deslocado, que se sente questionado e que, sobretudo, não aceita o mundo em que vive, pois o concebe totalmente o oposto daquele que realmente idealiza. Mesmo mudando de nome, a pessoa não mudaria, como em:

Mundo mundo vasto mundo,

se eu me chamasse Raimundo

seria uma rima, não seria uma solução.

Mundo mundo vasto mundo,

mais vasto é meu coração.

Estando diante da criação em voga, um leitor, porventura desavisado, certamente se perderá em meio às afirmações pregadas pelo autor, sobretudo por meio da passagem – “No meio do caminho tinha uma pedra”.Contudo, ao apurarmos nossos conhecimentos acerca do que é a Literatura propriamente dita, passamos a compreender muito bem esse ir e voltar de  Drummond, aparentemente (para não dizer nitidamente) perdido em meio a uma indagação, uma indagação que se demarca “graças” à condição de estar no mundo, condição que, mesmo historicamente passada, apresenta-se mais atual do que nunca. Dessa forma, inferimos que o poeta diante de tal criação não se desapega da arte, do fazer poético, mas que, no entanto, sente-se preso às amarras da condição de estar no mundo em face dos graves problemas que assolam a realidade circundante, sobretudo simbolizada pela palavra “pedra”: “Tinha uma pedra no meio do caminho”.

Fatec 2007

Mãos dadas

Não serei o poeta de um mundo caduco.

Também não cantarei o mundo futuro.

Estou preso à vida e olho meus companheiros.

Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.

Entre eles, considero a enorme realidade.

O presente é tão grande, não nos afastemos.

Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.

Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,

não direi os suspiros ao amanhecer, a paisagem vista da janela,

não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,

não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.

O tempo é minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,

a vida presente.

Carlos Drummond de Andrade, Sentimento do mundo (1940)

Considere as seguintes afirmações sobre o texto. I. Trata-se de um poema em que o eu lírico afirma seu desejo de que a poesia possa reconstruir aquilo que, tendo sido destruído no passado, permanece atual em sua memória. II. O poeta manifesta a confiança de que sua nova poesia poderá superar os problemas pessoais que quase o levaram ao suicídio e o fizeram desejar isolar-se. III. O poeta convoca outros poetas para que, juntos, possam se libertar das velhas convenções que prejudicam a poesia moderna. IV. Os versos da 1 estrofe indicam o anseio do eu lírico de que sua poesia se aproxime dos homens e ajude a transformar a vida presente. V. Na 2 estrofe, o eu lírico nega que a poesia desse momento histórico deva tratar de temas sentimentais ou amorosos. São corretas apenas as afirmações a) I, II e III. b) I e IV. c) II e III. d) III e IV. e) IV e V.

resposta:


[E]


Considerando o poema "Mãos dadas", no conjunto da obra a que pertence ("Sentimento do mundo"), é correto afirmar que Carlos Drummond de Andrade a) recusa os princípios formais e temáticos do primeiro Modernismo. b) tematiza o lugar da poesia num momento histórico caracterizado por graves problemas mundiais. c) vale-se de temas que valorizam aspectos recalcados da cultura brasileira. d) alinha-se à poética que critica as técnicas do verso livre. e) relativiza sua adesão à poesia comprometida com os dilemas históricos, pois a arte deve priorizar o tema da união entre os homens.

resposta:


[B]