El Niño e La Niña quando ocorre

El Niño e La Niña são fenômenos climáticos que resultam das interações entre a atmosfera e o oceano. Ambos envolvem mudanças na temperatura da superfície oceânica e na circulação atmosférica, gerando alterações significativas no clima global. Enquanto o El Niño consiste no aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico Tropical, o La Niña provoca o resfriamento dessas mesmas massas.

O El Niño é um fenômeno atmosférico-oceânico caracterizado por um aquecimento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial em decorrência do enfraquecimento dos ventos alísios. Esse evento, que costuma ocorrer em intervalos de dois a sete anos, provoca diversas alterações climáticas globais e inúmeros prejuízos socioeconômicos e ambientais às regiões afetadas.

Quando acontece um El Niño, os ventos sopram com menos força ou mesmo invertem a direção em todo o centro do Oceano Pacífico, resultando em uma diminuição da ressurgência de águas profundas e na acumulação de água mais quente na costa oeste da América do Sul e, consequentemente, na diminuição da produtividade primária e das populações de peixe.

Consequências do El Niño

O El Niño resulta em altos índices pluviométricos em algumas regiões, como na costa oeste da América do Sul, e em graves períodos de seca e estiagem em outras, como na Austrália. No Brasil, ele tem forte influência, provocando excesso de chuvas nas regiões Sudeste e Sul, e secas em outras, como na região Nordeste.

A economia da região semiárida apresenta-se como um complexo de pecuária extensiva e agricultura de baixo rendimento, atividades sensíveis às secas. Com a queda na quantidade de chuvas, a agricultura de subsistência é totalmente afetada, causando um sério problema econômico para todos que dependem desse meio de sobrevivência.

El Niño e La Niña quando ocorre
El Niño e La Niña quando ocorre
Imagem de Simon pressa no Unsplash

O que é La Niña?

O La Niña é um fenômeno oceânico-atmosférico caracterizado pelo esfriamento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial, sendo um evento com particularidades opostas ao El Niño. Classificado como uma anomalia climática, esse fenômeno acontece, em média, em um intervalo de dois a sete anos, e provoca alterações significativas nos padrões de precipitação e temperatura ao redor da Terra.

O fenômeno La Niña ocorre a partir da intensificação dos ventos alísios, que sopram na faixa equatorial de leste para oeste. Com isso, uma quantidade maior que o normal de águas quentes se acumula no Oceano Pacífico Equatorial Oeste, enquanto no Pacífico Leste, próximo ao Peru e Equador, verifica-se a presença de águas mais frias, causando um aumento no desnível entre o Pacífico Ocidental e Oriental.

Assim como o El Niño, o La Niña também afeta a circulação geral da atmosfera, provocando alterações nas condições climáticas de várias regiões do mundo. No Brasil, as consequências são diferentes daquelas provocadas pelo El Niño. Em anos de La Niña, ocorrem chuvas mais abundantes no norte e leste da Amazônia, que podem estar associadas ao aumento na vazão dos rios da região, causando enchentes.

Na região Nordeste, também ocorre um aumento na quantidade de chuvas, o que é benéfico para locais com clima semiárido. No Sul do país, observa-se a ocorrência de secas severas e aumento das temperaturas, prejudicando as atividades agrícolas que sustentam essa área. Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, por sua vez, os efeitos são imprevisíveis, podendo ocorrer secas, inundações e tempestades.

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El Niño é um fenômeno atmosférico-oceânico caracterizado por um aquecimento anormal das águas superficiais no Oceano Pacífico Tropical. Altera o clima regional e global, mudando os padrões de vento a nível mundial, afetando assim, os regimes de chuva em regiões tropicais e de latitudes médias.Derivada do espanhol, a palavra "El Niño" refere-se à presença de águas quentes que todos os anos aparecem na costa norte de Peru, na época de Natal. Os pescadores do Peru e Equador chamaram a esta presença de águas mais quentes de corrente El Niño, em referência ao Niño Jesus (Menino Jesus), isso pelo fato de que a ocorrência da ressurgência proporciona o acréscimo de peixe na superfície marítima.

O El Niño ou o El Niño Oscilação Sul (ENOS) é um fenômeno da natureza que acontece de forma irregular, com frequência de 2 a 7 anos, e gera alterações climáticas nas porções central e leste do Oceano Pacífico Equatorial.

Ocorre durante 3 a 4 meses no hemisfério sul e abrange os países circundantes do oceano Pacífico, tal qual a região entre a Indonésia, a Austrália e a costa do Peru.

Vale observar que seu nome “El Niño”, do espanhol, significa “o menino”. Essa designação decorre da época em que o mesmo acontece, próximo do nascimento do Menino Jesus (25 de dezembro), no final do ano.

Resumo sobre o El Niño

Registrado desde 1877, o El Niño tornou-se tema na pauta dos meteorologistas. Isso aconteceu mais precisamente no final da década de 90, uma vez que nos anos de 1997 e 1998 constatou-se um forte El Niño na costa oeste da América do Sul, com elevação de quase dois graus e meio do oceano.

Segundo pesquisas, para o ano de 2014 estaria previsto outro intenso evento, fato que não chegou a ocorrer.

Entretanto, foi em 1982 e 1983 que foi registrado o mais forte El Niño, com um aquecimento de aproximadamente 6 °C da temperatura do Oceano Pacífico.

El Niño e La Niña quando ocorre
El Niño e La Niña quando ocorre

Note que para que seja considerado “El Niño”, o fenômeno tem de perdurar pelo menos 3 meses, de forma que a temperatura do mar tende a elevar-se no mínimo meio grau.

O El Niño assinala o aquecimento das águas climáticas do oceano pacífico, uma vez que os ventos alísios (ventos que sopram nos trópicos na região do Equador de leste para oeste) diminuem e, assim, provocam o aquecimento das águas marítimas.

Isso afeta as regiões próximas, resultando na falta ou excesso de chuvas e elevações da temperatura. Assim, a corrente de Humbolt afeta a costa de países latino-americanos tal qual o Peru e o Chile.

Para os pescadores da região, esse fenômeno além de abalar o clima, afeta a economia. Isso porque há grande redução de peixes e outros animais marinhos durante a ocorrência do El Niño.

El Niño no Brasil

O El Niño afeta grande parte do globo terrestre, ocasionando mudanças climáticas consideráveis, desde o aquecimento demasiado ou a umidade intensa.

No Brasil, o fenômeno afeta o índice pluviométrico de determinadas regiões, além do que é responsável pelo aumento das temperaturas.

Dessa forma, no norte e nordeste do país são intensificados os períodos de seca e estiagem. Isso desequilibra a fauna e a flora locais, acarretando um maior número de queimadas.

Enquanto isso, nas regiões sudeste e sul do país, ocorre um grande aumento da quantidade de chuvas. Isso, de certo modo, também afeta a natureza circundante com desmoronamentos, enchentes, elevação dos níveis dos rios, dentre outras.

El Niño no Mundo

Outras regiões do globo são afetadas pelo El Niño, como: as ilhas do Pacífico, Austrália, Índia, Indonésia e Sudeste da África.

Elas sofrem com a queda do índice pluviométrico durante o verão, que normalmente seria mais úmido, o que gera perdas significativas da fauna e da flora.

Da mesma forma, alguns países da América do Sul sofrem com a falta de chuvas e aumento de temperaturas por exemplo, o Chile, a Bolívia, e o Peru.

Por sua vez, na costa oeste da América do Sul e na América do norte, países como o Canadá e os Estados Unidos sofrem com o aumento notório das chuvas, o que tem levado a inúmeras catástrofes e enchentes.

La Niña

Outro fenômeno atmosférico-oceânico que apresenta características opostas ao El Niño é denominado de La Niña (que significa “menina”, em espanhol).

Nesse fenômeno, ocorre o resfriamento anormal das águas do oceano por períodos de aproximadamente 9 a 12 meses, resultado do aumento da intensidade dos ventos alísios.

Da mesma maneira que o El Niño, esse fenômeno ocorre de forma irregular, ou seja de 2 a 7 anos. Os episódios mais recentes e significativos do La Niña ocorreram nos anos de 1988-1989 (um dos mais intensos), em 1995-1996 e em 1998-1999.