Como era a vida dos operários dentro das fábricas

A revolução Industrial viu nascer um novo grupo de trabalhadores: o operariado. As suas condições de trabalho eram muito duras, salários baixos e sem qualquer tipo de segurança. As condições de vida eram também más, as casas não tinham quaisquer condições de habitabilidade e a doença proliferava. Para lutar contra isto surgiram os sindicatos e os partidos socialistas que defenderam os direitos da classe operária.

A Revolução Industrial alterou profundamente as relações de trabalho e a forma de produção. A oficina de Antigo Regime, núcleo de produção em pequena escala, deu lugar à fábrica, unidade de produção em série. O artesão deu lugar ao operário. Este apenas tem a sua força de trabalho para sobreviver, vendia-a ao industrial, ao empresário, a troco de um salário.

As condições de trabalho e de vida do operariado no início da era industrial eram duras e demoraram muito tempo até terem alguma melhoria. O êxodo rural, a quebra de rendimento do artesanato e o crescimento populacional, atirou para as cidades uma grande quantidade de mão de obra sem formação que se sujeitou a qualquer tipo de trabalho. O industrial recrutava os operários necessários sem regras de trabalho definidas, não havia tabelas salariais que definissem o valor a pagar, não estava estabelecido um horário de trabalho nem qualquer direito em caso de acidente ou doença. A falta de regulação no mundo laboral permitia todo o tipo de arbitrariedades e o operário sofria imenso nos momentos de crises económicas, quando tinha de enfrentar o desemprego sem apoio de qualquer espécie.

Como era a vida dos operários dentro das fábricas

No local de trabalho o operário enfrentava problemas de toda a ordem. As fábricas não eram aquecidas no inverno e no verão o calor era sufocante, não havia iluminação suficiente para a execução do trabalho, a falta de arejamento era uma constante, o barulho das máquinas ensurdecedor, ausência de vestiário especifico para a execução de determinados ofícios, falta de sanitários, a não existência de espaços para tomar refeições e jornadas de trabalho que variavam entre 12 a 16 horas por dia. Outro aspeto importante era o risco permanente de acidentes, nas fábricas o operário trabalhava com rodas e correias de transmissão e na mina poderiam acontecer desabamentos e incêndios.

Os salários eram bastante baixos, já que a elevada quantidade de mão de obra disponível estava sujeita à lei da oferta e da procura e, tratando-se de trabalho não especializado, qualquer um aprendia rapidamente tarefas repetitivas e mecânicas.

Para além das péssimas condições de trabalho e dos magros salários, as condições de vida fora do local de trabalho eram degradantes. As casas não tinham condições de higiene, eram pequenas para albergar famílias, alugadas a preços elevados para as suas posses, sem luz nem aquecimento para o inverno e localizadas em bairros operários que envolviam a zona da fábrica.

A alimentação destas famílias era altamente deficitária e desequilibrada o que também dificultava a sua capacidade de trabalho. Face aos magros recursos, toda a família tinha de trabalhar pelo que o trabalho infantil era uma realidade comum e o trabalho feminino altamente explorado. Neste cenário, era normal que as doenças proliferassem, o alcoolismo, a prostituição, a delinquência e a criminalidade eram uma realidade que se acentuava em momentos de desemprego e de crise económica.

Como era a vida dos operários dentro das fábricas

Para alterar este panorama os operários começaram a associar-se para exigirem melhores condições de trabalho e de vida. Nasceram as primeiras associações que deram origem aos sindicatos que iriam defender os seus interesses. Estas associações inicialmente eram ilegais e as suas ações passaram por protestos e greves. Com o decorrer do tempo foram sendo aceites e apresentaram as suas reivindicações: definição de regras e estabelecimento de horários de trabalho; descanso semanal obrigatório; direito à greve; direito a férias; regulamentação do trabalho infantil e feminino; proteção na doença; seguros para acidentes e melhorar as condições dos locais de trabalho. Todas estas reivindicações foram progressivamente sendo alcançadas com greves, protestos e com petições enviadas ao parlamento.

Este último aspeto tornou-se importante, pois as condições de vida e de trabalho dos operários tornaram-se objeto de debate político surgindo as ideias socialistas que defendiam os seus interesses. A classe operária foi tomando consciência da sua força e importância para o desenvolvimento económico e social pelo que foi afinando a sua intervenção política, exigindo representação nas instituições políticas e ganhar o direito de voto. Os partidos que olhavam pelos interesses dos operários, partidos socialistas e trabalhistas, defendiam que o desenvolvimento económico deveria trazer garantias de justiça social. Os operários eram um grupo fundamental para a produção, geravam riqueza que era apropriada quase na totalidade pelas classes altas, pelo que os meios de produção deveriam estar nas mãos do Estado que redistribuiria a riqueza em favor do coletivo. Estes partidos afirmavam-se de esquerda e progressistas, opunham-se aos partidos de direita e conservadores das classes burguesas.

Como era a vida dos operários dentro das fábricas

Como era a vida dos operários dentro das fábricas

eles trabalhavam muito tanto crianças como mulheres e homens e geralmente eram por um salário miserável. Fora das fábricas geralmente muitos não tinham residência,eram submetidos a condições horriveis de trabalho. ... As jornadas de trabalho chegavam a 14 ou 16 h diárias, com pequenas pausas de 30m para refeições.

Como se transformou a Revolução Industrial?

De um modo geral, a Revolução Industrial transformou não só o setor econômico e industrial, como também as relações sociais, as relações entre o homem e a natureza, provocando alterações no modo de vida das pessoas, nos padrões de consumo e no meio ambiente.

Quais são os aspectos que nortearam a Revolução Industrial?

Vários são os aspectos que nortearam a Revolução Industrial. Neste post, descreverei sobre a reação dos trabalhadores frente a perda de seus empregos diante das máquinas. Foi um processo que teve início na Inglaterra em meados do século XVIII até o XIX e ocasionou uma série de mudanças na vida da população.

Como começou a Terceira Revolução Industrial?

A Terceira Revolução Industrial também conhecida como Revolução Tecnocientífica, iniciou-se na metade do século XX, após a

Quem acredita que a Revolução Industrial começou em 1780?

O historiador Eric Hobsbawm, inclusive, acredita que a Revolução Industrial só foi iniciada de fato na década de 1780 |1|. O avanço tecnológico característico da Revolução Industrial permitiu um grande desenvolvimento de maquinário voltado para a produção têxtil, isto é, de roupas.

Como era a vida dos operários dentro das fábricas

a vida dos operarios na revolução industrial As fábricas não eram ambientes adequados de trabalho, tinham péssimas condições de iluminação e ventilação. ... A média de vida dos trabalhadores era muito baixa comparada à de hoje. A jornada de trabalho chegava até 16 horas por dia, sem direito a descansos e férias.

Como era a vida dos operários dentro das fábricas após a Revolução Industrial?

Os operários eram submetidos a condições desumanas de trabalho. As fábricas geralmente eram quentes, úmidas, sujas e escuras. As jornadas de trabalho chegavam a 14 ou 16 horas diárias, com pequenas pausas para refeições precárias.

Como era a vida dos operários das primeiras fábricas?

Os operários naquela epoca viviam em condições miseráveis, homens mulheres e até crianças iniciavam a jornada de trabalho diária muito cedo e trabalhavam de 14 a 15 horas por dia. dentro das fabricas havia muita umidade e poeira, e barulho ensurdecedor.

Como eram as condições de trabalho na fábrica?

Eram precárias as condições de vida e trabalho dos artesãos no início da primeira revolução industrial: as fábricas tinham um ambiente insalubre; o tempo de trabalho chegava a 80 horas semanais; os salários eram bem abaixo do nível de subsistência.

Como o texto descreve as condições de trabalho e os trabalhadores nas fábricas após a Revolução Industrial?

Os trabalhadores trabalhavam de dez a dezoito horas por dia. As fábricas eram extremamente rígidas( era proibido falar, olhar para janelas e etc) e eles tinham que seguir o ritmo das máquinas, e mesmo assim ganhavam baixos salários para viver um vida decente.

Como eram as primeiras fábricas?

"As primeiras fábricas surgiram, no Brasil, nas décadas iniciais do século XIX. Eram estabelecimentos de pequeno porte e tiveram, em geral, vida efêmera. Somente a partir de 1870 começaram a aumentar, em número e em importância, num processo que se intensificaria entre os anos 1885-1895.

Qual a expectativa de vida de um operário?

Ao mesmo tempo, as condições de trabalho oferecidas nas fábricas eram precárias. Sem instalações apropriadas e nenhuma segurança, as fábricas ofereciam risco de danos à saúde e à integridade física dos operários. As mortes e doenças contraídas na fábrica reduziam consideravelmente a expectativa de vida de um operário.

Quais eram as condições de trabalho dos operários?

Os operários eram submetidos a condições desumanas de trabalho. As fábricas geralmente eram quentes, úmidas, sujas e escuras. As jornadas de trabalho chegavam a 14 ou 16 horas diárias, com pequenas pausas para refeições precárias. Muitos trabalhadores adquiriram doenças respiratórias por causa do ar poluído que vinha das máquinas.

Quando começaram os movimentos operários?

Ainda assim, os movimentos operários continuaram a existir sob a influência de outras orientações. No início do século XIX, o movimento ludita (ou ludismo) incentivava a destruição das máquinas industriais.

Quem é o operário ou proletariado?

O operariado ou proletariado é o trabalhador operário que surgiu com a Revolução Industrial e que em troca da sua força de trabalho recebe um salário para sobreviver. Dica 1 – Quer saber onde e por que começou a Revolução Industrial?