O resguardo quebrado pode trazer riscos à saúde da mulher e à do seu parceiro. O papai e a mamãe precisam saber que devem respeitar o tempo recomendado por especialistas antes de retomarem a atividade sexual depois do parto. Se o casal desobedecer a essa orientação, poderá desenvolver infecções.
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A seguir, explicaremos os principais problemas associados ao descumprimento do resguardo. Também existem medidas que a mulher pode adotar para acelerar a recuperação depois do parto. Por exemplo, é bom ficar atenta sobre quais alimentos podem ser consumidos e os que devem ser evitados, após dar à luz.
Tire as suas dúvidas a respeito do tema e saiba quando é preciso buscar ajuda médica. Confira!
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O período corresponde ao momento de involução do útero que ocorre após o nascimento do bebê e da saída da placenta. Esse intervalo de tempo também abrange a duração da recuperação do tecido uterino em que houve a inserção placentária.
É importante pontuar que não há diferenças entre o resguardo do parto normal e o da cesariana. Assim, os cuidados e o tempo de recuperação são semelhantes em ambos os casos. “Isso porque é algo fisiológico e natural do corpo da mulher”, afirma Carolina Curci, ginecologista e obstetra.
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Enquanto o Dr. Jurandir Piassi Passos, médico do Departamento de Obstetrícia da UNIFESP – EPM, detalha que o prazo pode variar. Porém, há um período mínimo recomendado. “O tempo de duração do resguardo pós-parto é de aproximadamente 40 dias, variando um pouco para mais ou para menos dependendo de cada mulher”, explica o obstetra.
Problemas do resguardo quebrado
O período de recuperação dos órgãos genitais femininos deve ser respeitado. “O resguardo caracteriza-se pela saída de um fluxo vaginal de início vermelho vivo, como uma menstruação, que vai escurecendo, tornando-se marrom escuro e que gradualmente vai clareando até se tornar incolor, chamado lóquio. Essa secreção é rica em proteínas e altera o pH vaginal”, afirma Passos.
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O casal deve ficar atento para impedir o surgimento de complicações que geralmente são decorrentes de atividade sexual ocorrida durante o período de resguardo. Há o risco de infecção vaginal e uterina para a mulher. Já para o homem, aumenta a chance de infecção prostática.
Os problemas podem acontecer porque, depois do parto, as paredes da vagina demoram um tempo para cicatrizarem por completo. Mesmo com a lubrificação durante o sexo no pós-parto, ela não vai evitar machucados nas camadas de tecido que revestem a parede da vagina. Por isso, a mulher pode sentir dor e depois desenvolver infecções vaginais.
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Ela também deve ficar atenta se perceber um cheiro diferente nas secreções depois do parto. A expulsão de líquidos da vagina é comum, mas se o odor ficar muito forte ou se surgir muito sangue, é sinal de uma infecção. Se isso acontecer, busque um atendimento médico imediatamente.
Recuperação mais rápida
Depois de dar à luz, a mamãe pode ter uma recuperação mais rápida se adotar alguns cuidados. Ela deve manter uma dieta saudável. Isso inclui alimentos que fornecem nutrientes como ferro e proteína, por exemplo. Isso porque são importantes para auxiliar na cicatrização dos tecidos e no fortalecimento do sangue.
Por isso, a mulher que busca um resguardo mais acelerado deve ingerir itens como ovos, carne e peixe. Também não podem ficar fora da alimentação produtos como feijão e beterraba.
Nos primeiros 15 dias após o parto, ela deve evitar fazer esforços e atividades braçais para garantir uma melhor regeneração. Nesse período, o recomendado é praticar regularmente apenas exercícios físicos de intensidade leve e moderada.
Shutterstock O resguardo quebrado pode resultar em infecções, a alimentação saudável pode ajudar na recuperação
Mitos e verdades
Muitas informações circulam sobre o que pode e o que não pode ser feito durante o resguardo. É importante distinguir o que é verdade e o que é mito. Assim, a mamãe vai tomar boas decisões do que fazer e do que evitar. A seguir, reunimos alguns esclarecimentos sobre isso.
Engravidar depois do parto é impossível
Essa afirmação é um mito. Ainda que o período fértil da mulher geralmente aconteça 45 dias depois de dar à luz, existe uma probabilidade, mesmo que pequena, de ela engravidar novamente.
Não se deve lavar a cabeça
Essa crença antiga também não é verdade. Nesse período, os hábitos de higiene são ainda mais importantes, inclusive a lavagem da cabeça.
O cabelo tende a cair
Segundo a Dra. Curci, realmente, é possível que o cabelo da mulher caia depois do parto. Isso acontece por conta das alterações hormonais, além do estresse e da dieta inadequada.
O desejo sexual diminui
Fato! A queda do apetite sexual é comum no resguardo, também devido à mudança hormonal. Outro fator que contribui para isso é o cansaço causado pelos cuidados com o bebê.
Com base no que foi apresentado, você aprendeu que é preciso evitar relações sexuais e ter cuidados com a alimentação e com a prática de exercícios físicos durante o período de recuperação do pós-parto. É preciso ter atenção, afinal, já explicamos que o resguardo quebrado pode causar problemas de saúde na mulher e no seu parceiro.
Se gostou de tirar as suas dúvidas sobre o assunto, confira ainda os cuidados que devem ser tomados depois do parto normal e as precauções após a cesárea.
Resguardo ou quarentena são os nomes mais populares para definir o puerpério, uma fase na vida da recém-mamãe que se inicia logo após o parto, podendo se estender até a sexta ou oitava semana seguinte. Neste período o útero — que durante a gestação chega a ficar 50 vezes maior — e os demais órgãos da mulher se recuperam e voltam ao seu estado normal.
Além dos cuidados com o bebê, a mãe não deve se esquecer de também se cuidar em relação à recuperação pós-parto. Existem muitos mitos e proibições em torno desta fase e, no post de hoje, ajudaremos a desvendar (e confirmar!) alguns deles, deixando você bem mais tranquila quanto a este período tão turbulento. Vamos lá!
12 mitos sobre resguardo
1. É proibido praticar atividades físicas
Exercícios mais pesados, como corridas, são proibidos nos primeiros 45 dias nos casos de parto normal e 90 dias nos casos de cesárea porque o esforço pode atrapalhar o processo de recuperação. Já caminhadas leves, de 20 a 30 minutos, podem ser feitas após 30 dias de parto, e para nadar confortavelmente, sem risco de escapes de sangue, é melhor esperar cerca de dois ou três meses.
2. A mulher não poderá engravidar enquanto estiver amamentando
Mito! Nos primeiros 42 dias do resguardo, há pouquíssima probabilidade de engravidar, e essa hipótese continuará baixa enquanto a mulher estiver amamentando por livre demanda, (no mínimo de 3 em 3 horas) que faz com que a ovulação seja inibida. No entanto, isso não quer dizer que não há risco de gravidez, e a partir da 7ª semana pós-parto, ele pode triplicar. Por isso, a mulher deve adotar um método contraceptivo que não interfira no leite, como a minipílula à base de um único hormônio (progesterona) ou o DIU de cobre.
Dica: 8 cuidados que você deve ter no período pós-parto
3. Relações sexuais são proibidas na quarentena
Verdade! Os vasos do útero, onde ficava a placenta, estão abertos e há um grande risco de contaminação e infecção. O atrito do pênis durante a penetração também pode causa dor e, por isso, o sexo deve começar gradualmente e bem devagar.
4. Mulheres que tiveram parto normal podem ter problemas na vida sexual
Isso depende! Algumas vezes, esses partos exigem demais da musculatura da vagina, e a consequência disso é a redução da força muscular na região. O que os ginecologistas recomendam nesses casos é a prática de exercícios locais, que podem ajudar a mulher a retomar a vida sexual com o mesmo prazer de antes da gravidez.
5. Após o nascimento do bebê, nunca mais haverá sexo entre os pais
Mentira! Esse é um dos mitos sobre resguardo. A verdade é que a libido dos pais pode ser alterada pela nova rotina da casa, que passa a se basear em novas preocupações e choros de recém-nascido. A disponibilidade e a importância dada para as relações sexuais mudam e interferem, sim, na dinâmica do casal, mas, fisicamente, o sexo no pós-parto não é menos prazeroso.
Há relatos de casais que consideram exatamente o oposto, e declaram que nada mudou depois do nascimento do filho. Por isso, é sempre muito importante que marido e mulher mantenham o hábito de conversar sobre a vida a dois — além de carinho, atenção, respeito, cordialidade e a capacidade de se colocar no lugar do outro.
Confira no banner abaixo mais sobre o período pós-parto, a amamentação, a primeira ida ao médico, a retomada da vida a dois, entre outros assuntos que mudam com a chegada do seu bebê.
6. A mulher não pode lavar o cabelo nos primeiros dias da quarentena
Isso é um dos grande mitos sobre resguardo! Não há problema em lavar os cabelos. A lavagem pode ser feita já no primeiro dia do pós-parto, inclusive.
7. A queda de cabelo pode aumentar após o parto
Verdade! O cabelo pode cair devido à alteração de alguns hormônios da mulher nesta fase e à perda da placenta. Felizmente, esse processo atinge o seu auge até 90 dias depois do parto e após este período tudo se normaliza.
8. Os cabelos não devem ser tingidos durante a amamentação
Em relação às tinturas, o ideal é adiar esse procedimento, pois podem conter amônia ou formol — produtos químicos muito perigosos para o bebê, que podem ser transferidos a ele por meio do leite materno. As tintas mais modernas, que já não contém este tipo de substâncias, e, portanto, podem ser utilizadas.
9. É proibido carregar peso no resguardo
Verdade! Principalmente no primeiro mês e até mesmo um tempo depois, o ideal é fazer força somente nos braços — procurando se sentar para pegar alguma coisa pesada — e agachar com as costas eretas para apanhar algo no chão, poupando a coluna que já está fragilizada pelo peso que carregou na gravidez.
Dica: Como deve ser a alimentação da mulher no período pós-parto?
10. A amamentação ajuda a voltar ao corpo de antes da gravidez
Verdade! A amamentação, ao contrário do que parece, não favorece somente o bebê: ela pode induzir a liberação de hormônios para que o útero retorne ao tamanho normal mais rapidamente, diminuindo a barriguinha!
Quando o bebê suga o seio, a glândula hipófise (localizada no cérebro) acaba sendo estimulada para produzir o hormônio ocitocina que, entre outras funções, ajuda a promover a redução do volume abdominal. Devido a esse processo, é normal sentir cólicas nas primeiras semanas do resguardo.
11. A mulher deve ingerir somente canja de galinha na quarentena
Mito! O prato é saudável e equilibrado, mas não precisa ser o único do cardápio neste período. Pelo contrário, é recomendada uma dieta equilibrada tanto para recuperar a forma física quanto para nutrir o bebê por meio da amamentação. Por isso, consuma muitos alimentos ricos em ferro e cálcio e muita carne vermelha. Laticínios também são bem-vindos, assim como muita água: é indicado que se tome de dois a três litros por dia, principalmente antes e depois de amamentar.
Maçã, pera e ameixa ajudam a prevenir e combater o intestino preso, outro problema comum na fase de resguardo, devido à compressão do útero no órgão. Também procure evitar refeições pesadas e gordurosas, além de alguns itens que podem provocar cólicas no bebê, como chocolate, café, refrigerantes, talo de alface, tomate e feijão.
12. Não é aconselhável dirigir neste período
Não é muito indicado dirigir no primeiro mês, pois isso pode atrapalhar a cicatrização da região entre o ânus e a vagina, chamada de períneo, principalmente se esse tiver sido submetido a uma episiotomia — pequeno corte para facilitar o parto normal. Caso a mulher não chegue a sentir incômodos nessa região, nos casos onde não houve episiotomia por exemplo, poderá dirigir a partir de duas a três semanas, após a avaliação do obstetra.
Esses são alguns dos mitos sobre resguardo que geram tantas preocupações para as recém-mamães. Esperamos que você tenha conseguido tirar todas as suas dúvidas e que possa ter um período tranquilo e sem preocupações desnecessárias. Lembramos também que o ideal é conversar com o seu médico para que todas as dúvidas que ainda existam sejam muito bem esclarecidas.
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